ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
Acidentes e complicações se dividem no trans
operatório e pós operatório
TRANS-OPERATORIOS
• Fratura de raízes
• Lesão de nervos
• . Deslocamento dental para áreas adjacentes
• Fratura óssea
Lesão de nervos:
Injúrias de nervo (Seddon, HJ. Brain 66:237, 1943)
• Neuropraxia - compressão com dano mínimo.
Sensibilidade normal em poucos dias a 3
semanas
• Axonotimesia - esmagamento sem ruptura com
alguma degeneração.
Sensibilidade normal somente após 6 a 8 semanas
• Neurotmesia - ruptura ou esmagamento
severo. Sensibilidade melhora em 3 meses com
sutura (neurorafia), mas nunca completamente
Todas as 3 são parestesias, dividias entre mais simples
e mais complexas
A simples exposição do feixe nervoso da alveolar
inferior durante a cirurgia leva a 20% de risco de
parestesia.
Lesão do N. Lingual e do N. Alveolar Inferior
• Dos distúrbios de sensibilidade após cirurgia de
inclusos, 64% se resolvem espontaneamente em até 6
meses e 1% se tornam permanentes
Terceiros molares inferiores-estudo radiográficos
• Raizes provocam o desvio do canal mandibular
• Apices das raízes se tornam escurecidas
quando projetadas no canal mandibular
• A presença do terceiro molar provoca
descontinuidade da linha que delimita o canal
mandibular
Para ajudar:
Além de tomar todos os cuidados: realizar ostectomia,
não fazer muita força.. pode prescrever
• Lesão de Nervos
Etna - Vitamina B12, Uridina e Citidina - tomar 2
cápsulas de 8/8 horas durante 30-60 dias ,que vai
atuar na regeneração da bainha de mielina
• Laserterapia
Semanais 2 a 3 vezes por semana
Deslocamento dental para áreas adjacentes
4 casos reportados
• 28 deslocado para o processo coronoide da
mandíbula
• 28 alojou-se entre a tuberosidade e o osso
zigomático
• 38 deslocado para a fossa submandibular
• 48 alojou-se entre a mucosa e a tabua óssea
lingual
O que fazer?
• Avaliar clínica e tomograficamente o
posicionamento do dente
• Realizar o procedimento para remoção do
dente quando houver experiência no manejo de
espaços faciais profundos
• Dúvidas? Encaminhar para o CBMF
Fratura óssea
• Geralmente acomete a mandíbula, na região de
ângulo
• Avisar o paciente após exame físico e
radiográfico
• Realizar redução e fixação da fratura com
placa e parafusos
• Encaminhar para o CBMF
Pós-operatórios
• Trismo
Acontece por conta de instrumentais que afastam os Lesões:
tecidos
• Cronicas
Tratamento • Crescimento lento
• Compressa quente na face 24 h após a • Assintomaticas
cirurgia para ajudar a absorver o edema(após o • Sintomaticas: Infectados, Compressão nervosa
período do gelo) • Detectador por radiografias de rotina
• Drogas relaxantes musculares (carisoprodol- CISTOS MAXILARES
mioflezx, ciclobenzapina-miosan, orfenadrina-
dorflex) EPITELIAIS
• Fisioterapia Revestido por membrana
• Dor e edema Acontece ao decorrer da vida
Tratamento De desenvolvimento
Manutenção da administração de drogas anti- • Odontogenicos (vinculados ao desenvolvimento
inflamatórias e analgésicas por no mínimo 3 dias do dente)
• Não odontogênicos (não estão vinculados)

• Abscesso subperiosteal Inflamatório

Acontece depois de cerca de 30 dias na extração Uma agressão gerada e ou outros estímulos externos
dentária • Cisto radicular
Tratamento NÃO EPITELIAIS
Antibióticoterapia para fazer drenagem do abcesso e Não possuem membrana
remoção do que estiver dentro ou ao redor do alvéolo
• Osseo simples (osso traumático, hemorrágico)
• Enfisema • Cavidade latente de STAFNE
• Ar entre os tecidos (ar do motor que pode • Osseo aneurismático
ficar encapsulado entre os tecidos)
Pode mudar a posição dos dentes, não absorve raiz
• As bactérias invadem o tecido
dentaria mas absorve a porção trabecular do osso
Tratamento
ODONTOGENICOS -subtipos
Antibióticoterapia e drenagem
• Erupção
Cistos Maxilares • Periodontal lateral
• Dentigero e primordial
• Cavidade patológica de tecido conjuntivo • Ceratocisto
revestido interiormente por tecido epitelial que
possui no seu interior um conteúdo fluido ou NÃO ODONTOGENICO
semi fluido • Naso-palatino
• Uma membrana que envolve toda a lesão que • Globulo maxilar
será removida • Nasolabial
• Nem sempre sairá liquido de dentro dele
CARACTERISTICAS CLINICAS
CISTOS MAXILARES
Cistos epiteliais/odontogênicos
ERUPÇÃO
• Erupção impedida por cisto dentigero
• Frequencia: baixa
• Caract clinicas: Pequena tumefação na área,
indolor, mole, flutuante, coloração de gengiva
normal ou azulada
No lugar onde estaria o dente permanente aparece o
cisto, que impede que o dente erupcione, sendo
necessaria a remoção
Se localiza na gengiva e NÃO em osso como o dentigero
PERIODONTAL LATERAL
• Posição periodontal lateral em que uma etiologia
inflamatória e o diagnostico de ceratocisto
colateral tenham sido excluídos
• Idade: entre segunda e sétima década
• Genero: Masculino
• Localização: Pre-molares inferiores
DENTIGERO
• Envolve a coroa de um dente não irrompido e
esta preso em seu colo
• Originario da alteração do epitélio reduzido do
esmalte dentário, após formação completa da
coroa do dente
• 17,3% dos cistos maxilares
• Segundo tipo de cisto odontogênico mais comum
após os radiculares
• Mais em homens que mulheres
• Idade:1 e 2 decadas de vida
• Distribuição anatômica: terceiros molares
inferiores e caninos superiores permanentes
Sempre estará vinculado a um dente, sendo necessário
realizar biopsia para diferenciar: ceratocisto e
ameloblastoma
PRIMORDIAL
• Ocorre a partir da degeneração da lamina
dental, o que leva ao desenvolvimento de um
cisto ao invés de um dente
• Regiao de terceiros molares inferiores é a
região mais afetada
• Histopatologicamente semelhante ao do cisto
dentigero
Geralmente ocorre no LUGAR do dente, desenvolve o
cisto ao invés do dente. Há uma degeneração do botão
que formará o dente.
INVOLUÇÃO palavra-chave, ou seja, regressão do cisto
para remover a lesão para não fraturar a mandíbula
CERATOCISTO
• Grandes dimensões
• Tendencia a recidiva
• Segunda e terceira década de vida
• Genero: Masculino
• Etnia: Brancos
• Localização: Mandibula
• Caract clinica: Dor, tumefação, drenagem,
parestesia lábio inferior, deslocamento de
dentes
• Crescimento: 2 a 14 mm por ano
Grau grande de recidiva, ou seja pode retornar devido
ao seu tecido epitelial
Comprime o nervo alveolar inferior, realizar
acompanhamento anual
NASO-PALATINO
• Derivado restos epiteliais embrionários do canal
naso-palatino
• Situado acima das raízes dos ICS podendo
provocar seu afastamento e podendo ser
confundido radiograficamente com o forame
incisivo
• Idade: Quarta década
• Etnia: Negros e brancos
• Genero: mais masculino que feminino
 • Lozalização: Dentro ou ao lado do canal incisivo
(cisto naso palatino do canal incisivo) e partes
moles abaixo da papila (cisto da papila incisiva)
Todos os anteriores estão vinculados ao
desenvolvimento do dente!
GLOBULO MAXILAR
• Lesão que ocorre entre o ILS e CS, cuja origem
ainda não é bem estabelecida. Atualmente não é
mais considerado distúrbio de desenvolvimento
• Único cisto em que a vitalidade dos dentes
desenvolvidos é conservada
➢ Acessar o alvéolo com as costas da cureta
para não danificar o epitélio
➢ Formação óssea: coagulo estável de fora para
dentro
➢ Regra: 2 dentes para mesial, 2 dentes para a
distal para fazer a incisão relaxante onde tem
a lesão
NASO LABIAL
Acomete as partes moles, ao nivel da prega
(incisura) nasolabial,abaixo da asa do nariz
Caracteristicas clinicas:
• Crescimento lento
• Levantamento da asa do nariz
• Distorção da narina, formação
protuberância no sulco gengival-labial
• Incidencia: rara
• Idade: quarta e quinta década
• Genero: feminino> masculino
• Realizar incisão trapezoidal alta
RADICULAR
Origem a partir dos restos epiteliais do ligamento
periodontal após inflamação
• Idade: terceira década de vida
• Genero: masculino
• Etnia: brancos
Caracteristicas clinicas:
• Assintomaticos
• Dentes sem vitalidade pulpar
• Tumefação sem perfuração das corticais
• Crescimento lento
TRATAMENTO CIRURGICO DOS CISTOS EPITELIAIS
• Exame clinico
• Imagem
• Aspiração
• Histopatologia (conteúdo dos cistos)
Usualmente não provocam dor, não levam a distúrbios
sensoriais, promovem a expansão da cortical óssea,
mucosa apresenta aspecto normal.
A camada epitelial dos cistos pode em raros casos,
sofrer degenerações ameloblasticas ou malignas.
Portanto, é importante que parte representativa da
lesão seja submetida ao exame patológico
A exceção do ceratocisto que pode apresentar um
conteúdo mais consistente, os demais cistos epiteliais
usualmente contem liquido com cristais de colesterol em
seu interior.
Fragmentos residuais da membrana tendem a produzir
cistos recorrentes
TECNICAS CIRURGICAS
• Marsupialização
• Descompressão
• Enucleação:
Enucleação + Curetagem
Enucleação + Brocagem
Enucleação + Cauterização elétrica
Enucleação + Crioterapia
Enucleação + Solução de Carnay • Anulação da pressão inrtra-cistica
• Regressão do volume da lesão
• Resseção marginal ou segmentar (retira parte
da mandíbula ou hemiarco inteiro) • Retorno da simetria facial
• Preservação de estruturas anatomias vizinhas
Enucleação é indicada para ceratocisto e cistos • Diminuição da agressividade da lesão
menores que 3 cm • Remover compartimentos intra-cisticos
Realizar • Obturador de acrilicop/ patologias mais
agressivas
1. Acesso a janela lateral do seio maxilar
2. Descolar
3. Osteotomia
4. Realizar punção da lesão e aspiração do
conteúdo
5. Remoção com a cureta, clivagem da interface
osso-parede cística (com as costas da cureta)
6. Suturar o retalho
7. Sempre fechar por primeira intenção
ENUCLEAÇÃO
Pós operatório
• Controle radiográfico a cada 3 meses por pelo
menos 1 ano
• Ceratocisto- Todo ano nos primeiros 5 anos e
de 2 em 2 anos a partir de então
Quando as duas corticais osseas foram reabsorvidas
pelo cisto é esperado que uma imagem radiolucida
persista no local, mesmo que a remoção da lesão.
MARSUPIALIZAÇÃO/DESCOMPRESSÃO
1. Acesso
2. Osteotomia
3. Chega no epitélio
4. Tira uma parte do conteúdo cístico
5. Suturar o epitélio cístico na mucosa bucal
(gengiva)
6. Cicatriza por segunda intenção Marsupialização quando sutura a mucosa cística na
mucosa saudável
Isso faz com que o osso cresça e o cisto diminua e faça
a enucleação Descompressão quando usa um dispositivo para manter
a cavidade aberta e retira o mesmo de após 1 semana
Descompressão é a mesma ideia porem utiliza um
dispositivo, geralmente um conta gotas. Sutura o CURATIVO- INDICAÇÕES
dispositivo na sutura para que consiga limpar Marsupialização e descompressão
Objetivos • Preservar dentes envolvidos
 • Preservar estruturas anatômicas vizinhas
• Cistos grandes e de baixa recorrência
• Riscos de hemorragia
TRATAMENTO CIRURGICO DOS CISTOS EPITELIAIS
Marsupialização
POS OPERATORIO
• Remoção do tamponamento em 3 dias
• Higienizacção com irrigações diárias
• Radiografias a cada 3 meses
• Reentrada se a abertura ocluir
MARSUPIALIZAÇÃO X DESCOMPRESSÃO
Marsupialização
• Pode precisar de posterior enucleação
• Remoção de grande parte da tampa do cisto
• Sutura das bordas da membrana cística a
mucosa bucal
• Remoção e troca de gases medicamentosas
Descompressão
• Sempre seguida de enucleação
• Remoção de pequena parte da tampa cística
• Sutura do dreno a mucosa bucal
• Remoção do dreno e irrigação da cavidade
Devemos ou não conservar dentes envolvidos com
lesões císticas?
➢ Ceratocisto- Nunca
➢ Cisto Dentigero – Conservar, se tratar de
dente anterior com probabilidade de erupcionar.
Dentes posteriores devem ser analisados com
cautela
VANTAGENS DA TECNICA DE MARSUPIALIZAÇÃO EM
RELAÇÃO A ENUCLEAÇÃO
• Melhor contorno ósseo final
• Previne a ocorrência de fraturas
• Preserva a inervação
• Evita a invasão de estruturas adjacentes
ABRODAGEM DOS CISTOS INFECTADOS
Pré medicação
• Uso de antibióticos
Curetagem
• Remoção cuidadosa dos fragmentos da
membrana cística
VANTAGEM DA ENUCLEAÇÃO EM RELAÇÃO A
MARSUPIALIZAÇÃO
• Biopsia excisional
• Evita cavidade acessória
• Requer apenas uma intervenção cirúrgica
TRATAMENTO CIRURGICO DOS CISTOS NÃO EPITELIAIS
• Osseo simples (ósseo traumático, hemorrágico)
• Cavidade latente de STAFNE
• Osseo aneurismático
Psudocistos – Tratamento: Somente estimular o tecido
ósseo, curtas as paredes do osso
OSSEO SIMPLES (TRAUMATICO)
• Ocorre até 20 anos de idade em consequencia
de ruptura de vasos intra-osseos
• Coagulo é reabsorvido e a cavidade se expande
por diferença de pressão hidrostática
• Mais comum em mandíbula na região de
molares
• Uniloculado, assintomático e vazio
Tratamento ósseo simples traumatico
Exploração cirúrgica com objetivo de confirmar o
diagnostico radiológico. O conteúdo da cavidade pode ser
gasoso ou conter fluido de cor vermelha ou amarelada
Sutura oclusiva
Tratamento cavidade latente de STAFNE
A localização e aparência radiológica da lesão são
usualmente características e na justificam intervenção
cirúrgica. O sialograma da glândula submandibular pode
auxiliar em casos de diagnostico difícil
CISTO ANEURISMATICO
 • Ocorre principalmente em ossos longos mas
pode ser encontrado na mandíbula em indivíduos
com menos de 20 anos de idade
• Produz expansão cortical e sensibilidade na área
• Aparencia de bolhas de sabão. Contem sangue
em seu interior imerso em tecido fibroso e
células gigantes multinucleadas
Tratamento: Curetagem