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Oclusão Normal na dentadura Decídua

• A emergência desses dentes na cavidade bucal ocorre no período médio


entre 6m e 2a6m de idade, obedecendo a seguinte sequência de erupção:
IC, IL, 1M, C e 2M.
• ⚠️ Em meninas a erupção dos dentes é mais precoce que em meninos.

Dentadura decídua:

• Ao nascer temos:
1. Incisivos calcificação completa da coroa;
2. Caninos com metade da coroa calcificada;
3. Molares com cuspides calcificadas e coalescidas no sulco oclusal.

• Apinhamento primario fisiologico:


1. Pode haver apinhamento antero inferior;
2. Incisivos centrais inferiores podem apresentar giroversão por serem os
primeiros a erupcionarem não tendo referencia;

• Cronologia:
1. Incisivos centrais inferiores;
2. Incisivos centrais superiores;
3. Incisivos laterais;
4. 1° molares;
5. Caninos;
6. 2° molares.

É esperado a dentiçao completa com 2 anos e 6 meses!!!!

Aspectos de Desenvolvimento da Oclusão

• Após 3 anos padrao morfologico da dentição decidua esta totalmente


estabelecido;

Os dentes devem apresentar:

1. Bom alinhamento;
2. Respeitar linha do rebordo alveolar;
3. Espaçamento variável entre os dentes na regiao anterior.
4. Dentes verticalizados nas bases alveolares e com curva de spee
planificada;
5. Incisivos devem guardar transpasse horizontal positivos de aprox 2 mm;
6. Incisivos devem guardar Transpasse vertical com os incisivos sup cobrindo
o terço incisal dos incisivos inf.

Arco tipo 1: prognostico mais favoravel

• Apresenta diastemas variáveis na região anterior;

Arco tipo 2: prognostico desfavoravel

• Não apresenta diastemas.

Classificação em relaçao ao Canino deciduo:

Classe 1:

• Ponta da cuspide do canino superior ocluindo na ameia do 1° molar inf;

Classe 2:

• Ponta da cuspide do canino super ocluindo na mesial da ameia do 1° molar


inf;

Classe 3:

• Ponta da cuspide do canino sup ocluindo na distal da ameia do 1° molar


inf.

Espaço primata:

• Serve para acomodação dos incisivos centrais que são maiores;


• Superior: mesial do canino distal do lateral;
• Inferior: distal do canino e mesial do 1° molar.

Classificação das maloclusões:

Angle/ respeita 3 principios:

1. Mandibula e arco dental devem ocupar posição normal mésio-distal;


2. 1° molares sup ocupam posiçao fixa e definida com o cranio;
3. Se há mudanças nos 1° molares os caninos também sofrem.

Classe 1:

1. Cuspide mesio-vestibular dos 1° molares permanente sup oclui no sulco


mesio-vestibular do 1° molar inf.
Classe 2:

1. Cuspide mesio-vestibular do 1° molar permanente sup oclui mesialmente


ao sulco mesio-vestibular do 1° molar inf e o 2° pré molar inf.

Subdivisão: Em relação ao incisivos

1. Incisivos centrais sup apresentam inclinação axial vestibular


exagerada;
2. Incisivos centrais sup apresentam inclinação axial vertical ou
palatina.

Classe 3:

1. Cúspide mesio-vestibular do 1° molar sup permanente oclui entre o 1° e o


2° molar inf.

⚠️ A classe 3 também não é necessariamente bilateral e a classificação deve ser


feita como a da classe 2.

CLASSIFICAÇÃODE LISHER:

1. Define a alteração do dente em relação à sua posição normal.

→ São 10 classificações:

1.Mesioversão;

2.Distoversão;

3.Vestíbulo ou labioversão;

4.Linguoversão;

5.Infraversão: Dente aquém (antes) do plano oclusal.

6.Supraversão: Dente além (depois)

do plano oclusal.

7.Giroversão;

8.Axiversão;

9.Transversão: Dente que erupciona na região de outro dente.

10.Perversão: Um dente que existe mas não está em contato. Ele não estava
visível na cavidade.
Classificação de Simon:

Utilizou 3 planos anatômicos:

1. Plano Orbital: Perpendicular à órbita, usado para referência de


anomalias anteroposteriores.
• Protração da Maxila:
-Maxila muito a frente do plano orbitário.
• Retração da Maxila:
-Maxila muito atrás do plano orbitário.
2. Plano Sagital Mediano: Divide a face em dois planos. É referência
para anomalias transversais.
• Contração da Maxila:
-Maxila pouco expandida com contatos cruzados.
• Distração da Maxila:
-Maxila muito expandida com contatos desequilibrados.
Também chamada de mordida cruzada inversa ou síndrome
de brodie.
3. Plano de Frankfurt: Plano tridimensional. Pega do meato acústico
externo até o olho. Referência para anomalias verticais.
• Atração da Maxila: Maxila mais próxima do plano de frankfurt
que o normal;
• Abstração da Maxila: Maxila mais distantes do plano de
frankfurt do que o normal.

Aspecto de Normalidade da Dentadura Mista:

Dentadura mista

• Carateriza - se pela presença simultânea de dentes decíduos e


permanentes nos arcos dentários que perdura dos 6 aos 12 anos;
• Estagio de caráter dinâmico de transitoriedade;
• De acordo com erupção dentaria dividimos didaticamente entre 1º ,2º e 3º
período transitório.

1º PERÍODO TRANSITÓRIO:

• Marca a chegada dos dentes permanentes irrupção dos primeiros molares


permanentes;
• Esfoliação dos incisivos decíduos e irrupção dos incisivos permanentes;
• Relação sagital entre primeiros molares permanentes pode não ser
definitiva, pode apresentar-se em relação de topo a topo.
• Com frequência, essa relação vai sofrer ajustes sagitais no segundo
período transitório, com a ocupação do Leeway Space (espaço livre ou
disponível de Nance).

Ocorrem Fenômenos compensatórios

• Presença de diastemas na dentadura decídua;


• Maior vestibularização dos incisivos permanentes em relação
• aos decíduos;
• Aumento na largura intercaninos (+-3mm).

- Resumindo, no primeiro período transitório temos a fusão de várias alterações


dentoalveolares, tais como o aumento da distância intercaninos e a
vestibularização dos incisivos permanentes, resultando no alinhamento
espontâneo dos incisivos permanentes. Em tese, a regularização dos incisivos ao
longo da linha do rebordo alveolar reflete o caráter efêmero deste apinhamento: o
chamado apinhamento primário temporário.

Período inter-transitório:

• Período de latência sem esfoliação e irrupção de elementos;


• Só existem eventos intraósseos que não refletem clinicamente. Os
caninos, pré molares e 2 molares decíduos estão em formação;

Características de normalidade:

• Transpasse horizontal positivo de aproximadamente 2mm; Terço incisal


do inferior sobreposto pelo incisivo superior;
• Pequenas irregularidades no alinhamento dos incisivos permanentes.

Fase do patinho feio:

• A coroa do canino encosta na raiz do lateral, fazendo com que a coroa


do lateral fique distalizada, abrindo um diastema;
• Fase do "Patinho Feio" – identificada pela mudança na posição dos
incisivos laterais causada pelo movimento eruptivo intra-ósseo do
canino superior aproximando-o da raiz do incisivo lateral, reduzindo o
espaço físico e provocando convergência das raízes dos incisivos
laterais e consequente divergência da coroa dos mesmos.

⚠️ Corrigir a fase do patinho feio por questões estéticas pode gerar


impactação dos caninos.
2º PERÍODOTRANSITÓRIO:

• Esfoliação dos caninos e molares decíduos. Irrupção dos caninos, pré-


molares e segundos molares permanentes;
• Leeway Space - Sobra de espaço proveniente da troca do molares
decíduos (maiores) pelos pré molares permanentes (menores); Esse
espaço é preenchido pela mesialização do 1 molar;
• Quando os segundos molares decíduos esfoliam, evidencia-se uma
sobra de espaço, de 1,7mm para o arco inferior e 0,9mm para o arco
superior, devido ao menor tamanho mesiodistal do segundo pré-molar;
• O "Leeway Space" ou espaço livre ou disponível de Nance permite o
ajuste final da relação sagital entre os primeiros molares permanentes;

Quando falamos de oclusão mista, precisamos analisar os planos terminais


dos segundos molares decíduos:

1.Quando há plano reto na distal dos 2° molares decíduos a classificação de


angle será classe 1 ou classe 2;

2.Quando há um degrau mesial na distal dos 2° molares decíduos teremos


classificação de angle 1 ou 3;

3.Quando há degrau distal na distal dos 2° molares decíduos, teremos


classificação de angle 2.

⚠️ O leeway space interfere diretamente na classificação de angle.

• A - Plano terminal reto - Classe II ou Classe I;

• B - Plano terminal em degrau mesial - Classe I ou Classe III;

• C - Plano terminal em degrau distal - Classe II.

Aspectos de Normalidades da Dentadura Permanente:

Dentadura permanente

• As 6 primeiras chaves se relacionam com a oclusão estática . As 4


últimas chaves se relacionam com a oclusão dinâmica.
ESTABILIDADE segundo Andrews:

• Chave 1 - Relação Molar Cúspide mesiovestibular do 1° molar superior


ocluindo no sulco mésio vestibular do 1° molar inferior. Temos bom
encaixe posterior de pré molares e caninos. Quando temos esse
encaixe mesializado ou distalizado, implicará também no encaixe dos
anteriores;
• Chave 2 - Angulação mesiodistal dos dentes. A coroa tem leve
inclinação para mesial e a raiz um leve inclinação para distal. Se
essa inclinação for exagerada, gera algum grau de apinhamento;
• Chave 3 - Inclinação vestíbulo - lingual dos dentes no arco superior,
quando observamos os dentes no sentido vestibulolingual notamos que
a raiz dos incisivos centrais inclinam-se fortemente para o palatino;
diminuindo nos laterais e caninos, atingindo valores próximos a zero
nos pré-molares e molares. A inclinação vestibular da coroa tem
limites;
• Chave 4 - Áreas de contato interproximal rígidas (manter integridade do
periodonto mesmo com desgaste interproximal). Os dentes necessitam
ter áreas de contato entre eles. A área de contato deve ser considerada
como verdadeira entidade anátomo - fisiopatológica. Quando não há
espaço, fazemos sua manutenção com lixinhas, para gerar
acomodação. Discos podem prejudicar o esmalte;
• Chave 5 - Os arcos devem ter formato parabólico;
• Chave 6 - Ausência de rotações dentais;

DINÂMICA Segundo Outros Autores que Classificam a Oclusão como


Algo Dinâmico

• Chave 7 - Curva de Spee, não pode ser côncava e nem convexa. Ela
necessita ter um caráter mais plano. Uma curva planificada, suave;
• Chave 8 - Preservação da Guias de Oclusão Dinâmica;
• Chave 9 - Equilíbrio dental por meio dos tecidos moles e dentes
adjacentes. O equilíbrio vestíbulo lingual está relacionado com
lábios e língua (equilíbrio dos incisivos). Interposição da língua –
Quando durante a fala a língua é projetada contra os incisivos, isso
pode fazer com que haja abertura da mordida dos dentes anteriores.
Quem trata interposição lingual é o fonoaudiólogo. O equilíbrio
mesio distal está relacionado com os dentes adjacentes.
• Chave 10 - Relacionado a harmonia facial principalmente quando se
trata de extração de elementos para corrigir má oclusão.

ETIOLOGIA DAS MAlOCLUSÕES

FATORES PRÉNATAIS

• Aqueles que se instalam antes do nascimento, cujo o controle é


praticamente impossível. Estão relacionados. fatores hereditários.

Como por exemplo a desarmonia de bases ósseas:

• As bases que sustentam os arcos dentários devem guardar entre si uma


relação aceita como normal.

A influência racial hereditária também é importante, visto que quanto mais


homogêneo é a raça, menor é o índice de maloclusão.

• -Melanodermas: Classe I
• -Leucoderma: Classe II
• -Xantodermas: Classe III

Os tipos faciais também influenciam:

• Braquicefálico: Mais predisposição a sobremordida exacerbada;


• Dolicocefálico: Mais predisposição a mordida aberta.

Os dentes supranumerários e extranumerários também podem gerar má oclusões.


O extranumerário é sempre muito parecido com os dentes.

A anodontia (ausência congênita parcial - hipodontia ou total). Os mais comuns


são: incisivos laterais superiores e pré molares inferiores.

As anomalias morfológicas, como exemplo os dentes conóides (prevalentes no


incisivo central).

Anomalias de Tamanho: Podemos ter microdontia (atrela diastemas) ou


macrodontia (atrela apinhamento) dentária em que a forma é mantida, sofrendo
variação apenas de tamanho. Os excessivamente grandes ou pequenos são de
natureza hereditária.
As enfermidades maternas são fatores pré natais. A rubéola por exemplo implica
nas alterações epiteliais atingindo o esmalte e a dentina. A sífilis gera má
formação dentária, originando dentes de hutchinson.

Alguns fatores têm relação não com a mãe, mas com o próprio organismo do
indivíduo, mas ainda são pré natais, como:

• Displasia ectodérmica: Atinge os elementos dentários decíduos e


permanentes. Não tem comprimento neurológico.
• Discrepâncias Osteo Dentárias: Trata-se da diferença entre o volume
dentário e a capacidade da base óssea. Serão discrepâncias positivas
quando há maior oferta de espaço do que o exigido pelos dentes e negativa
quando há falta de espaço.
• E a falta de coalescência dos segmentos que formam o lábio e o palato,
podendo determinar sérias deformações (fissuras lábio-palatais).

FATORES PÓS-NATAIS

• São aqueles que se Instalam após o nascimento. Para tomas as causas


após o nascimento, há a possibilidade de aplicação de algum recurso
preventivo, mesmo que seja para minimizar o efeito Indesejável.

1. Fatores Extrínsecos :

• São aqueles que não estão diretamente ligados aos arcos dentários e de
uma forma geral constituem-se nos hábitos bucais;
• Hábitos de sucção - Hábitos não-nutritivos. Sucção dos dedos ou chupeta.
O uso de chupeta é aceitável até os 2 anos. Recomenda - se bicos
ortodônticos que simulem a mama. Após os 2 anos, a sucção pode gerar
patologias.
• A sucção de dedos é pior que a sucção da chupeta e não é aceitável em
nenhuma condição. Para corrigir, a grade palatina é uma opção.

2. Fatores Íntrisecos:

• As cáries extensas, pois a integridade da coroa do dente é fundamental na


manutenção do espaço para erupção dos permanentes. Se um dente
decíduo possui cárie, ele deve ser tratado e não extraído aleatoriamente. A
sua extração precoce pode gerar má oclusões.
• Restaurações insatisfatórias (principalmente dos decíduos) o ideal é que
não haja restauração insatisfatória pois pode atrapalhar a erupção do
permanente.
• Anquilose dentária: Atrapalha a erupção do permanente, prejudicando a
arcada.
• Freio labial anormal: Quando com inserção ampla, provoca diastemas.
• Trauma: Gera muita das vezes (quando existe avulsão ou intrusão) pode
gerar má oclusão. Quando há avulsão devemos realizar o reimplante.

Os únicos fatores que não possuem tratamento são os pré natais. Os pós
natal, sejam intrínsecos ou extrínsecos possuem tratamento.

MANUTENÇÃO DE ESPAÇO

Etiologia:

-Traumatismo ou cárie

Traumatismo: Pinkhan (1995) elucidou que na dentição decídua a perda precoce


pode ocorrer nos dentes anteriores e posteriores.

• Com relação à perda dental anterior, principalmente de incisivos, sua


etiologia está relacionada ao traumatismo e à cárie dentária.
• Em dentes posteriores, a maior parte das perdas precoces ocorre por
lesões de cárie.

Carie: Segundo Tomita et al. (2000) as crianças brasileiras apresentam altos


índices de extrações dentárias sem a devida manutenção do espaço perdido.
Estas ocorrem principalmente devido a presença de extensas lesões de cárie.

CONSEQUÊNCIAS ORTODÔNTICAS

Ademais, Kronfeld (1953) afirma:

• Quanto maior é o intervalo entre a perda precoce e a erupção do seu


sucessor permanente maior será a probabilidade de má posição do
permanente. Porém, em grande parte dos casos, as perdas contribuem
para a ruptura do equilíbrio dentário, acarretando marcas irreversíveis no
germe do dente sucessor permanente, na oclusão do indivíduo e
desarmonia do sistema estomatognático como um todo (Proffit, 1978).

DISTÚRBIOS DIRETO NA OCLUSÃO

-Falta de espaço;

-Extrusão do antagonista;

-Giroversão;

-Influência na erupção do 1º molar permanente;

- Desvio de linha média;


-Impactação dos sucessores;

-Encurtamento do arco dentário.

Alterações comportamentais observadas em crianças após a perda


prematura de dentes decíduos em região estética

-Baixa auto - estima;

-Distúrbio de comportamento;

-Depressão;

-Isolamento;

-Apelido;

-Dificuldade.

Manutenção de Espaço

• Tipos de mantenedores:
1. Espaço correspondente ao dente decíduo se encontra preservado,
podendo haver a movimentação, usamos: aparelhos mantenedores de
espaço;
2. Espaço já comprometido com inclinação mesio-distal dos dentes
adjacentes: aparelhos recuperadores de espaço.

Banda-alça:

• Perdas posteriores unilaterais;


• Vantagem: aparelho fixo, não depende de colaboração;
• Molar permanente precisa ter um grau de extrusão.

Coroa-alça:
• Perdas posteriores unilaterais, também não precisa de colaboração;
• 1° molar destruído, coroa de metal.

Arco lingual de Nance:

• Indicado: perdas bilaterais do arco inferior


• Vantagem: fixo, não depende da colaboração

Botão Palatino de Nance:

• Indicação: perdas bilaterais no arco superior;


• Apoio no acrílico para não haver mesialização;
• Vantagem: fixo, não depende de colaboração.
Placa com dente de estoque:

• Indicação: molar permanente que não está extruido para bandas, também
é indicado para dentes anteriores;
• Desvantagem: removível;
• Manutenção: ortodontia preventiva.

Recuperadores:

- Os recuperadores de espaço são dispositivos dinâmicos

• Objetivo: recuperar espaço nos casos em que o diâmetro mesiodistal,


destinado ao dente permanente em fase de erupção, foi perdido
parcialmente;

*Não são todos os casos que conseguimos recuperar

Placa lábio ativa

• Serviço especializado para inferiores


• Função: distalizar os molares e recuperar o espaço perdido

Placa com mola recuperadora de espaço

• Para superiores, temos que evitar que chegue nessa situação;


• Função: distalizar 1° molar, podendo perder o espaço do 2° molar
Obs: no estagio 8 de nolla(2/3 de raiz formada) não há necessidade de
mantenedor de espaço, porque o dente sucessor já está praticamente irrompendo
na cavidade bucal

ORTO 2

CONCEITOS CEFALOMÉTRICOS

• Leonardo da Vinci foi um dos primeiros a utilizar esses métodos (1452-


1519);
• Em 1931 ocorreu uma padronização com o desenvolvimento do cefalostato
que permitiu a padronização da telerradiografia de perfil e surgiu a
cefalometria radiográfica.

Cefalometria:

• É a ciência que tem como objetivo efetuar medidas lineares e angulares do


crânio e da face sobre uma radiografia (telerradiografia lateral).

Análises Cefalométricas:

• Estudos preconizados por diferentes autores com o intuito de evindeciar as


anomalias dento faciais.

Telerradiografia:

A qualidade da imagem é fundamental para obter um bom traçado cefalometrico;

• O foco deve ter uma potência de : 90kv e 20 mA;


• A distância da ampola do Rx ao centro da face do paciente deve ser de
1,52m;
• O plano de Frankfurt deve ficar paralelo ao Solo.

Conceitos Básicos:

• A cefalometria deve ser sempre utilizada em conjunto com a análise facial


do indivíduo;
• As estruturas mais distantes do filme sofrem maior ampliação;
• As estruturas que sofrem menor distorção são as da esquerda do paciente;
Pontos Cefalométricos:

Ponto sela (S): É o centro geométrico da sela túrcica ou fossa hipofisiária. É


definido visualmente;

Násio (N): É o ponto mais anterior na linha de união do osso frontal com os ossos
propicios do nariz;

Ponto A: Ponto subespinhal, é o ponto mais profundo do contorno anterior da


maxila;

Ponto B: Supramentoniano, é o ponto mais profundo da sínfise mentoniana;

Mentoniano (Me): Ponto mais inferior do contorno da sínfise mentoniana;

Gônio (Go): Representa o ponto mais inferior e mais posterior da mandíbula;

Gnátio (Gn): Ponto mais anterior e inferior da sínfise mentoniana;

Orbitario (Or): Ponto mais inferior no contorno inferior da órbita.

Relação das Bases Apicais:

Angulo SNA/SNB:

Variação Adjetivo
2° Normal
>2° Protruído
<2° Retruído

Ângulo SNA: formado pela intersecção das linhas SN e NA. Mede a posição da
maxila em relação à base anterior do crânio.

Ângulo SNB: formado pela intersecção das linhas SN e NB. Mede a posição da
mandíbula em relação à base anterior do crânio.

Ângulo SN.GoGn: formado pela intersecção do plano mandibular GoGn com a


linha SN. Expressa o grau de inclinação da mandíbula em relação à base anterior
do crânio.

Cefalograma:
É o conjunto de todas as estruturas anatômicas para uma determinada análise
com o respectivo desenho, pontos, linhas e planos que nos dará os valores
lineares e angulares onde faremos as avaliações pertinentes.

Análise da Dentadura Mista

A transição da dentadura decídua para a permanente é a ideal para se


diagnosticas precocemente problemas relacionados a maloclusão;

Nesse momento a analise da dentadura mista é de fundamental importância para


avaliar a quantidade de espaço disponível no arco para a erupção dos dentes
permanentes sucessores ;

Característica da Dentadura mista:

• Presença de dentes decíduos e permanentes em diferentes estágios de


desenvolvimento.

Para análise da dentadura mista deve-se observar 3 fatores:

1. Tamanho de todos os dentes permanentes anteriores ao 1 ° molar


permanente;
2. Perimetro do Arco;
3. Radiografia (periapical e panorâmica).

Objetivos da Análise:

• Prever o tamanho dos dentes permanentes não erupcionados e se estes


terão espaços na arcada.

Requisitos para Análise:

• Presença dos 4 incisivos sup e inf e os quatros 1° molares permanentes

Métodos de Análise:

• Radiográfico - tamanho dos caninos e pré-molares calculados através de


radiografias (nance e huckaba);
• Estatístico – tamanho dos caninos e pré-molares deduzidos através do
tamanho dos dentes permanentes na boca (moyers e tanaka johnston).
Analise através do modelo de gesso:

• Espaço presente (Ep) - a medida dos perímetros do osso basal que


suporta os dentes;
• Espaço requerido (Er) - somatório do maior diâmetro mésio-distal dos
dentes;
• Discrepância - diferença entre Ep e Er.

Positiva Ep > Er Presença de espaço


Negativa Ep < Er Ausência de espaço
Nula Ep = Er Espaço suficiente

Segmento Anterior:

EPa mesial de canino á linha média bilateralmente = ____mm;

ERa: comprimento mesio-distal de cada incisivo = ______mm;

Da = EpAnt – ErAnt = ____mm .

Segmento Posterior:

Lado direito: mesial do 1° molar permanente á mesial do canino;

Lado esquerdo: mesial do 1° molar permanente á mesial do canino.

Fórmula de Moyers:

• Dt= (EPa – ERa) + ( EPp – ERp)

Método Tanaka Johnston:

O método específico de predição proposto por tanaka, preconiza a utilização de


metade da somatória do diâmetro mesio-distal dos incisivos inf permanentes,
acrescido de um valor predeterminado, que corresponde a 10,5 mm (hemi-arco
inf) e 11,0 mm (hemi-arco sup).

Fórmula:
𝑦
𝑋 = ( + 𝐴 𝑜𝑢 𝐵) × 2
2

X= largura mésio-distais dos caninos e pré-molares não irrompidos;


Y= largura dos 4 incisivos inferiores;

A= constante usada para o arco inferior (10,5mm);

B= constante usada para o arco superior (11,0 mm);

Medidas padrões encefalometricas:

SNA = 82° podendo variar 2 ° pra mais ou pra menos;

SNB = 80° podendo variar 2 ° pra mais ou pra menos.

ANB= 0° a 4° Classe I esquelética, >4° Classe II esqueletica, <0° Classe III.

Tratamento Ortodôntico interdisciplinar:

Orto-perio:

• Extrusão ortodôntica com finalidade de recuperar espaço biológico;


• *E.B. = 3mm;
• *2/3 de raiz para extrusão p/ orto;
• Histologicamente: em dentes extruídos ortodonticamente, gengiva e osso
alveolar acompanham o dente e deposição óssea na região da crista
alveolar.

Tecnica empregada por Neder 1996:

Tracionamento lento:

• A variação decorre de quantidade e intervalo entre as ativações, sendo


recomendado extrusão de 1 mm a cada 13-15 dias ou mais;
• Estariam indicados nessa modalidade todos os casos onde se tem como
objetivo promover aumento vertical de tecido ósseo e/ou gengival,
topografia gengival, preparo de locais para implantes e de fratura ou
perfurações antigas;
• A quantidade de extrusão e ditada de acordo com a porção radicular
remanescente mais apical em relação à crista óssea, portanto mede-se
essa distancia e acrescenta-se 3 mm, que e a quantidade ideal para
restaurar o dente mantendo-se a distancia biológica.

Tratamento ortodôntico em pacientes com periodonto reduzido

- O tratamento ortodôntico em adultos tem aumentado sensivelmente nos últimos


anos;
- Muitas vezes esses casos requerem um plano de tratamento e mecânicas mais
complexas;

- Dentre as limitações mais frequentes: doenças / periodontais, com perda de


inserção e ausência de elementos dentários;

É apto ao tratamento ortodôntico:

- Pacientes cujos problemas periodontais encontram-se controlados, sem


sangramento gengival a sondar e com boa higiene bucal, mesmo que o periodonto
encontre-se reduzido, sem que isso signifique mais deterioração do tecido de
sustentação;

- Além da ausência de placa bacteriana, para que esse tipo de movimento tenha
sucesso, é necessário que seja aplicada uma força bastante leve (5-10g).

Tratamento Classe II

Diagnostico:

-Anamnese;
-Queixa principal;
-Exame fisico;
-Diagnostico em relação cêntrica;
-Panorâmica;
-Telerradiografia de perfil;
-Radiografia de mão e punho;
-Análises de modelos;
-Referência das 6 chaves de Andrews;
-Analises cefalometrica: USP, jarabak, ricketts, stainer e macnamara.

Tratamento precoce

-Ortopedia.

Classificações:

Padrão I:

• Equilíbrio facial;
• Maxila e mandíbula bem relacionadas entre si;
• Face harmoniosa;
• Simetria facial;
• Selamento labial passivo ou discreto;
• Espaço Inter labial.

Padrão II:

• Degrau positivo entre a maxila e mandíbula decorrente de uma protrusão


maxilar e/ou deficiência mandibular, delineando um perfil facial muito
convexo.

Padrao III:

• Degrau sagital negativo entre a maxila e a mandíbula, em relação ao


prognatismo mandibular e/ou deficiência maxilar, perfil facial torna-se reto
ou côncavo.

Padroes face longa e face curta:

• Discrepâncias evidenciadas no sentido vertical , e correspondem a


extrapolação da variação de normalidade da face na vista central;

Face longa :

• Lábios não se tocam;


• Exposição dos dentes ântero-superiores em repouso e da gengiva ao sorrir,
causado pelo excesso de terço inferior da face, incluindo a maxila.

Face curta:

• Altura facial diminuída pela deficiencia desproporcional do terço inferior da


face.

Conclusão:

• Diagnostico correto da liberdade no tratamento;


• Escolher época certa para começar o tratamento ou seja tratar
maloclusao classe 2 no período de crescimento normalmente teremos
um melhor prognóstico;
• Analise facial e de extrema importância na decisão de que tipo de
tratamento poderemos optar.

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