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Pulpotomia

Clínica Odontopediátrica II

Carolina Correia 26033 Sofia Santos 26119


Alunas do 4ºano de MIMD
Pulpotomia
Procedimento clínico que consiste na
extirpação total da polpa vital inflamada da
câmara coronária e posterior colocação de
um medicamento para estimular a reparação
da polpa radicular.

Finalidade:
• Manter a polpa radicular sã, sem sinais
clínicos nem radiográficos de infeção:
• Sem dor
• Sem sensibilidade
• Sem inflamação
• Sem presença de reabsorção radicular
Indicações
 Grandes lesões de cáries com perda substancial da crista marginal num dente
restaurável
 Inflamação pulpar mínima e reversível
 Sinais radiológicos de cárie que penetra mais de 2/3 em
profundidade de dentina
 Dúvida sobre exposição pulpar mecânica ou cariosa
 Ausência de abcesso ou fístula
 Situações em que a extração do dente decíduo é contra – indicada
 Nenhuma evidência de reabsorções internas
 Nenhuma perda óssea
 Todo o atingimento pulpar em ausência de patologia nos estados
fisiológicos II e III ou (I)
Contra – indicações

 Dentes não restauráveis


 Envolvimento da furca
 Polpa radicular afetada
 Presença de abcesso
 Rizálise superior a 2/3 de raiz
 Dente definitivo próximo da sua erupção
 Calcificações pulpares
Avaliação da polpa

Polpas indicadas Polpas não indicadas


• Polpa com coloração vermelho vivo • Grandes hemorragias derivadas de
com consistência dura (resistente); pequenas exposições pulpares;
• Sangramento devido ao toque do • Polpa coronária liquefeita/pastosa,
instrumental que provocou amolecida ou sem consistência;
exposição • Lesões pulpares irreversíveis:
sangue escuro e/ou hemorragia
intensa e duradoura
Material
 Sulfato de ferro (Hemostático)
 MTA
 Tricresol – formol ou Formocresol
 Gluteraldeído o Hidróxido de cálcio
 Hidróxido de cálcio + Oxido de Zinco
 Biodentine (Silicato trícalcium)

NOMENCLATURA DE WEISSHAAR
FIXAÇÃO Formocresol e Gluteraldeido
HEMOSTASE Sulfato de Ferro, Eletrocirurgia e Laser
CICATRIZAÇÃO Ca(OH)2, Colagénio, Proteinas Morfogenéticas
*Formocresol já não se utiliza por ter propriedades cancerígenas, apesar de ser bactericida e desvitalizante
Caso Clínico

 Menina 7 anos com uma grande lesão de


cárie no dente 8.5.
 Sinais radiológicos da cárie que penetra
mais de 2/3 em profundidade de dentina.
 Inflamação pulpar mínima e reversível.
 A menina não apresenta abcesso ou fístula
associada.
 Não foram encontradas reabsorções
internas nem perdas ósseas.
Caso Clínico:

Plano de tratamento: PULPOTOMIA


Cimento de
Algodão com
Óxido de Zinco
Sulfato de ferro
e Eugenol
Caso Clínico:
Procedimentos:
1. História clínica
2. Exame clínico
3. Radiografia pré – operatória
4. Anestesia local
5. Isolamento absoluto com dique de
borracha, se possível.
6. Preparo cavitário (cavidade de acesso endodôntico) com broca
esférica com movimentos vai e vem na câmara coronária para fora,
removendo o do teto da câmara pulpar. Desta maneira é removida
toda a polpa coronária.

7. Aplicar uma bola de algodão embebido e não completamente


encharcado com uma solução de 15,5% de Sulfato de Ferro sobre o
coto pulpar por 10 a 15 segundos.

8. Remoção da bola de algodão após 10/15 segundos e verificar se parou a hemorragia.

Se após 3 tentativas de conseguir a hemóstase, ainda houver sangramento


abundante, deve-se efetuar PULPECTOMIA.
9. Espatulação do IRM (pó e líquido) numa placa de vidro com a espátula de cimentação.
Quando a consistência for a desejada, fazer uma bola com o cimento e preencher a
câmara pulpar com IRM com auxílio de uma bola de algodão húmida.
10. Restauração definitiva do dente com coroa de aço pré – formada:
• Desgastar 1-1,5mm na face oclusal com a broca em forma de chama
• Pequeno desgaste na face vestibular para remover o abaulamento desta face.
• Raramente é necessário fazer qualquer tipo de desgaste na face palatina/lingual.
• A seleção da coroa é feita pela medição da distância mesio-distal.

Vista vestibular Vista oclusal


12. Preenchimento da coroa com Óxido de Zinco e Eugenol. A consistência do cimento
deve ser viscosa e preencher praticamente todo o interior da coroa.

13. Colocar a coroa lingualmente e depois girar para vestibular. A coroa deve adaptar-se
com um “estalo”, caso não se verifique é porque é demasiado larga.

14. Radiografia pós operatória.

15. Acompanhamento clínico e radiográfico de 6 em 6 meses


Referências Bibliográficas
Aula teórica da UC Clínica Odontopediátrica I lecionada no ano letivo 2020/2021

Aula prática da UC Clínica Odontopediátrica I lecionada no ano letivo 2020/2021

Imagens retiradas de trabalhos realizados na UC Clínica Odontopediátrica I prática


lecionada no ano letivo 2020/2021

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