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CASOS CLÍNICOS:
Quando se vê uma mordida cruzada com atresia de arco é importante identificar se a atresia
é de arco, de dente ou as duas coisas que levam ao quadro de mordida cruzada no paciente.
É importante avaliar a face do paciente também.
Mordida Cruzada:
Realizar tratamento durante a fase do crescimento e desenvolvimento craniofacial.
Antigamente os dentistas aguardavam a erupção de todos os dentes, hoje não mais.
Observar a idade dentária, que nem sempre coincide com a idade cronológica.
Importante o monitoramento a partir dos 7 anos, não obrigatoriamente que será colocado o
aparelho nessa idade, mas assim será possível o correto acompanhamento.
Objetivos do tratamento:
1. Bioelasticidade óssea (crescimento).
É importante tratar desse osso na fase de crescimento, osso maleável.
2. Relacionamento favorável das bases ósseas.
Bases ósseas se entende como maxila e mandíbula, estas devem estra bem relacionadas
no sentido Antero posterior (mordida cruzada anterior) e no sentido transversal (mordida
cruzada posterior). Esse bom relacionamento permite um bom relacionamento da
musculatura e atm.
3. Funcionamento da ATM.
4. Movimentos mandibulares normais.
5. Estética
Depois do crescimento, o ajuste será dentário. Para mexer em osso, só por meio de cirurgia.
É importante saber ver quais são as prioridades. Exemplo: Paciente criança com problema
funcional, esquelético e dentário a prioridade deve ser dada para o osso, visto que é um
paciente que está na fase de crescimento. Na sequência a função e depois o dente (pois é
possível movimentar em qualquer idade).
MORDIDA CRUZADA
TOME NOTA!
Tanto da mordida cruzada anterior quanto na posterior podem existir problemas de ordem
dento-alveolar, esquelética
Quando o paciente tem mordida cruzada anterior e posterior, trata-se primeiro a posterior,
visto que a sutura mediana do palato se consolida muito rápido. Por volta dos 12 aos 14 anos
tem-se a imbricação, ou seja, a união das maxilas e a formação da sutura palatina.
Adulto o foco é dente e função.
Criança a prioridade é o tratamento esquelético.
É possível ter um problema só na maxila, só na mandíbula ou nos dois, bem como o problema
ser apenas dentário, com a angulação dos dentes.
O problema pode ser funcional (quando um paciente topo a topo muda a posição da mandíbula
para ter uma oclusão menos desconfortável, por exemplo) ou por crescimento desfavorável
da maxila.
A respiração bucal pode atrapalhar no crescimento da maxila, pois a criança não respira bem
pelo nariz e não desenvolve bem a maxila.
Na mordida cruzada funcional, o cruzamento da região anterior
ocorre devido à interferência dentária (que acontece muito na
dentadura mista com os toques prematuros) e a mandíbula é jogada
para frente, devido à presença da fossa articular, que impede de
jogar para trás a mandíbula, trazendo mais conforto ao paciente e a
musculatura se acostuma.
Dificilmente acontece uma mordida cruzada anterior apenas por causa da inclinação dos
incisivos superiores para lingual ou inclinação dos incisivos inferiores para a vestibular.
Geralmente a função está associada.
Toda vez que um dente tende a lingualizar, principalmente incisivos tanto superior como
inferior, ele diminuirá espaço. Mas toda vez que o dente vestibulariza ele abre espaço.
O problema funcional é esperado que seja corrigido com a movimentação dos dentes.
Relação molar e do canino normalmente são boas quando o problema é dentário apenas.
O envolvimento é de poucos dentes.
No caso em questão não há indicação de problema esquelético, ao avaliar o vedamento labial e
a harmonia da face.
A correção pode ser feita com aparelho removível que apresenta grampo de retenção, mola
para empurrar os dentes para frente e um arco vestibular.
O arco vestibular serve para retenção do aparelho e para alguns
movimentos que serão feitos ao pressionar a alça, portanto, mesmo
se ativar o arco vestibular, ele só servirá para retenção.
Ativa 1 mm da mola a cada 30 dias, no início ativa menos pois como é removível o aparelho
pode escapar. O problema dele é que depende da colaboração do paciente.
Aparelho removível usa direto, só tira para as principais refeições, mas dorme com ele. A
correção é rápida, mas pode-se deixar um pouco mais (3 meses) para contenção da mordida
cruzada, ativando apenas a retenção que altera ao tirar e colocar, nesse caso o paciente pode
colocar apenas em algumas horas do dia e para dormir.
CASO CLÍNICO:
Ausência de selamento labial e perfil
levemente côncavo.
Mordida cruzada anterior.
Quando se tem um paciente Classe III verdadeiro, há um problema esquelético. Ao observar
um paciente com perfil harmônico, mas que possui mordida cruzada anterior, como uma
Classe III, vale verificar se esta situação não é por problema funcional.
Para verificar a origem do problema, se é dentoalveolar ou esquelética, devemos colocar o
paciente em máxima intercuspidação e em relação central, para verificar se elas divergem.
Mordida cruzada anterior pode ser por problema funcional (MIH diferente da RC), esquelético
ou dentário.
Aparelho progênico
Paciente em repouso lembra Classe I, mas quando oclui (devido às interferências, que podem ser em qualquer
região e na dentadura mista geralmente é em canino), o paciente fica em Classe I ou Classe III (quando o
TOME deslocamento ou interferência são muito grandes), mas se não for grande a interferência ele pode manter-se
NOTA! em classe I. Quando coloca o paciente em relação cêntrica tem-se topo a topo. Ao observar os dentes os
incisivos superiores estão lingualizados e os incisivos inferiores vestibularizados. Esse ponto é crucial para
diferenciar a Classe III verdadeira de uma Mordida cruzada anterior funcional (Pseudo classe III). Bases
ósseas em equilíbrio. O perfil pode ser normal ou côncavo se a interferência for muito grande.
MORDIDA CRUZADA ANTERIOR ESQUELÉTICA
Classe III