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Prova 1 PEDIATRIA

1- Cite transtornos que possam ocorrer durante o estágio


de iniciação e proliferação (lâmina dentária, fases de
botão e de capuz) que podem levar á alteração no
número e na forma do dente.

• HIPODONTIA: ausência de um ou alguns dentes.


• O termo oligodontia ou anodontia parcial implica agenesia
de vários elementos dentários e está comumente associada
a anormalidades sistêmicas. A anodontia é a expressão
extrema da oligodontia, ou seja, ausência total de dentes.
• DENTES SUPRANUMERÁRIOS: ocorrem frequentemente em
crianças e podem ser responsáveis por várias alterações na
dentição decídua e mista, como alteração na oclusão,
diastemas, giroversão, cistos dentígeros. OBS: não é comum
em decíduo.
• Os dentes natais (presentes ao nascimento) e neonatais
(irrompidos entre 0 e 30 dias de vida) serão considerados
estruturas mineralizadas supranumerárias quando, por meio
do exame radiográfico, for determinada a presença dos
incisivos decíduos ainda intraósseos.

2- Discorra sobre a DISPLASIA DO ECTODERMA:


A displasia ectodérmica compreende um grupo de doenças
hereditárias e pode ser identificada em crianças. Dentre as
anomalias faciais encontradas, citam-se: nariz em sela, lábios
protusos, orelhas mal formadas com implantação obliqua,
região supraciliares salientes. Ocorre também a perda da DVO
devido a ausência de elementos dentários, associada a
presença de discretas fissuras ao redor da boca e olhos. A
redução ou ausência da lâmina dental leva os incisivos e
caninos a apresentarem forma conoide. Geralmente acomete as
duas dentições, ocorrendo hipoplasia de esmalte, podendo ou
não haver anodontia.
As DE podem ser classificadas de acordo com a produção de
suor: hidrótica, em que há produção de suor e hipoidrótica, em
que a produção de suor é reduzida ou ausente. Na forma
hidrótica, as principais alterações encontradas são: unhas
distróficas, pelos escassos e anomalias dentárias, não havendo,
entretanto, comprometimento das glândulas sudoríparas e
sebáceas.
Na displasia ectodérmica hipoidrótica, ocorre diminuição dos
cabelos, diminuição da sudorese e hipodontia. A diminuição do
suor, provoca elevação da temperatura corporal, ocorrendo
crises de hipertemia e convulsões febris. A pele geralmente é
hiperpigmentada, fina/desidratada e muitas vezes descamativa.
No boca, é frequente a anodontia completa ou parcial na
dentição decídua e permanente, o molar é o segundo dente
mais afetado e apresenta taurodontismo.
O tratamento odontológico consiste em movimentações
ortodônticas, confecção de facetas estéticas, próteses parciais
ou totais, reconstrução estética com compósitos e implantes
osseointegrados. A reabilitação dentária, além de melhorar as
funções mastigatórias e fonéticas, resgata a autoestima e
possibilita melhor integração social desses indivíduos.

- Base óssea subdesenvolvida


- Ausência de formação de germes
- Tratamento envolve expandir maxila – mandíbula
- Geralmente não apresenta problemas cognitivos/sistêmicos.

3 – Discorra sobre a relação ad sífilis congênita e sua


manifestação bucal
Os dentes da sífilis são uma das possíveis consequências para a sífilis
congênita.
Normalmente, eles não se desenvolvem na dentição decídua,
aparecendo apenas com a formação da arcada permanente. A
principal alteração é no seu formato e tamanho, ele é menor que os
dentes apresentados em dentições comuns. Na maioria dos casos, os
dentes afetados são os incisivos e os molares.
Os dentes incisivos se desenvolvem em formato que lembra chave de
fenda, e os molares com um formato que lembra amora. Eles
apresentam diversas protuberâncias irregulares ao longo de sua
estrutura, com uma coroa dentária também diminuída, além do maior
espaçamento entre os elementos e a presença de sulcos em seu
interior.

4-Dente neonatal x Dente Natal


Quando a criança já nasce com o dente, ele é chamado de dente
natal. Se nasce em até 30 dias de vida, se chama dente neonatal.
O dente natal deve-se fazer uma avaliação radiográfica, pois o dente
pode ser um dente decíduo precoce (implantado e sem mobilidade)
que se proserva, ou um supranumerário onde apresenta raiz curta e
com mobilidade, sendo recomendado a extração (perigo da criança
engolir/aspirar).

5-Como é feita a avaliação dos dentes decíduos?


A avaliação Vestibulo-Lingual é feita levando em consideração:
A- Relação terminal dos 2º molares decíduos
B- Espaço primata
C- Tipos de arco (I e II)
D- Longo eixo/Plano oclusal
DENTES DECIDUOS SÃO MAIS PERPENDICULARES AO PLANO
OCLUSAL. A inserção do longo eixo é mais vertical e perpendicular ao
plano oclusal.
6- Explique a Relação terminal dos 2 molares decíduos:

• Plano vertical (reto) – 76% dos casos, os segundos molares


• decíduos terminam de forma reta (distal)
• Em degrau mesial – 14% - O segundo molar decíduo inferior
esta mesialisado em relação ao superior. Melhor
ortodonticamente.
• Em degrau distal – 10% - O segundo molar decíduo inferior
esta distalisado em relação ao superior. O primeiro molar
permanente fica distalisado em relação ao superior.

➔ Essa relação é imutável na faixa etária dos 3 aos 5 anos.


➔ A referência é sempre do inferior
7- O que é espaço primata?
São espaços fisiológicos dos dentes decíduos.
➔ Está entre o IL e o C no arco superior (distal)
➔ Está entre o C e o 1M em arco inferior. (mesial)
Sua função é permitir um espaço adequado em direção MD para
erupção de dentes permanentes. Pode ser um fator de compensação.
• QUANTO MAIS ESPAÇO NA DENTIÇÃO DECÍDUA, MAIS
ESPAÇO TERÁ PARA OS DENTES PERMANENTES.
• Oclusão perfeita – canino superior oclui em espaço primata
inferior e o inferior oclui no espaço primata superior.

8- Diferencie os ARCOS DE BAUME:


➔ O ARCO TIPO 1 de Baume é o ideal, mais favorável para
uma dentição sem apinhamentos. Na dentição decídua há
diastemas generalizados. O espaço primata é maior e se
tem um ótimo fator de compensação.
Permite maior eficiência na higiene, menor retenção de
alimento e menos carie interproximal.
* Espaço primata superior 1,2 e inferior 0,7

➔ O ARCO TIPO 2 de BAUME tem o pior prognóstico na hora


da troca da dentição, mais chance de cárie interproximal
e difícil higienização.
espaço primata superior 0,55 e inferior 0,45.
Canino a canino – menos espaço para os permanentes,
carie interproximal e espaços primatas menores.

➔ ARCO MISTO: quando ocorre arco tipo 1 no superior e


arco tipo 2 no inferior.
Dentes decíduos inferiores são praticamente
perpendiculares ao plano oclusal (mais verticalizados).

9 – Dentição decídua x dentição permanente


- Dentes decíduos são perpendiculares ao plano oclusal
- Dentes decíduos são mais verticalizados que os
permanentes.
- Dentes permanentes são mais vestibularizados.
- longo eixo: a curva de Wilson e Spee quase não existe
na dentição decídua.
- Primeiro surto de crescimento transversal – dos 0 aos 2 anos
de idade (8 primeiros meses).

10 – Qual a cronologia de erupção?

Incisivos centrais -> Incisivos Laterais -> Primeiro molar decíduo (primeiro
senso de oclusão) por volta de 1 ano e meio -> Canino decíduo -> Segundo
molar decíduo.

Primeiro ganho em altura – também com o primeiro molar decíduo

Oclusão – termina com a erupção dos segundos molares decíduos (30 a 36


meses)

Reabsorção – para erupção dos permanente

➔ Se o 1M nascer depois do canino pode dar problema se


ocluir do inferior para dentro, por exemplo: mordida
cruzada
11- Qual a pior idade para sofrer um trauma dentário?
Entre 4 e 5 anos, porque o IC permanente está com a coroa completa mas a raiz
ainda não.

12- Fale sobre o desenvolvimento da dentição mista.


Com a presença de apenas um permanente, já é considerado dentição mista.

Espaço livre de Nance -> diferença da somatória MD do canino, primeiro e


segundos molares decíduos em relação ao canino, primeiro pré e segundo
pré molares. (discrepância positiva).

13 – Fatores de compensação entre dentição decídua e permanente:

1. ARCO TIPO 1 E TIPO 2: a criança com arco tipo 1 possuí um


melhor prognostico para acomodação dos dentes.
2. Segundo surto de crescimento transversal (6-9 anos): sutura na
maxila cresce em lateralidade, ótimo para acomodar
permanentes em crescimentos.
3. Utilização do espaço primata: O espaço primata ajuda a
acomodação dos dentes na troca da dentição – principalmente
quando se tem a troca dos 4 incisivos decíduos pelos 4
permanentes.
4. Maior vestibularização dos permanentes: isso ganha mais
dente no arco. Os decíduos são implantados verticalmente no
osso alveolar, diferente dos dentes permanentes que são mais
vestibularizados. Essa vestibularização ajuda a ganhar um pouco
mais de espaço.
5. Utilização do espaço livre de Nance: Em outras palavras, os
dentes decíduos acabam sendo maiores que os permanentes, o
que faz com que haja um espaço remanescente após a troca de
dentição

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