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Exame clínico e receituário

EXAME CLÍNICO  Estabelecimento das hipóteses diagnósticas;


solicitação de exames complementares,
Anamnese: tirar todas as informações possíveis que
confirmação do diagnostico, definição do
vão fazer com que eu o conheça.
prognostico, tratamento e proservação.
 Identificação do paciente, queixa principal,  A partir do momento que conhecemos o
história da doença atual, história médica paciente, conseguimos fazer uma seleção mais
(fundamental para caracterizar o risco do adequada dos fármacos que serão utilizados.
paciente), história bucodental, antecedentes
Exame físico intra e extraoral.
familiares, hábitos nocivos e higiênicos.
 Anamnese e relação profissional-paciente: está ASA I
no centro do processo de diagnóstico; a  Paciente saudável, no mínimo um baixo nível
maioria dos diagnósticos são baseadas nela de ansiedade. 
(quando bem conduzida); é o ponto focal da  Diante do atendimento odontológico, a
relação profissional/paciente. Comunicação ansiedade pode ser alterada. 
verbal e não-verbal (observar comportamento,  Risco mínimo de emergência durante o
características físicas); diálogo deve conservar atendimento.
a formalidade (instaurar uma relação de ASA II
confiança, mas não invadir a privacidade do  Paciente com alterações sistêmicas, mas na
paciente). maioria das vezes vai estar controlado, tendo
 Informações importantes sobre tratamento e acompanhamento. 
diagnóstico.  O fato dele estar tomando medicamento indica
 Entender quem é o paciente e classificar ele que se houver uma oscilação da doença, não
em uma escala de risco. vai ser de uma forma tão brusca, vai ser mais
 História da doença atual: narrativa cronológica equilibrado (o remédio não garante que não
haverá oscilação).  
e clara sobre a queixa principal: data dos
 Risco reduzido durante o atendimento (risco
primeiros sinais e sintomas; descrição desses
não nulo) 
primeiros sinais e sintomas; evolução até o
presente; tratamento e seus resultados; exames ASA III
realizados.  Paciente que não faz acompanhamento e não
faz controle, a doença oscila de forma
 Se houver dor: como se apresenta? Localizada
drástica. 
ou irradiada? Constante ou intermitente?
 Grande risco durante o atendimento.
Sintomas associados? Alívio ou agravo?
Medicamento? Qual?
COMO CLASSIFICAR O PACIENTE?
 Na história médica que conseguimos
 Pela anamnese.
caracterizar o paciente. Visa obtenção de
informações detalhadas sobre as doenças de
NORMAS DE RECEITUÁRIOS
caráter sistêmico. Precisa saber quais os 1. Estrutura da receita;
medicamentos que o paciente usa, pede pra 2. Tipos de receituários;
trazer bula/receita, precisa ter isso  Denominação Comum Brasileira (DCB) –
documentado para não correr o risco da nomenclatura oficial dos fármacos e
interação medicamentosa. O que prescrevemos princípios ativos aprovados pela ANVISA; 10
na odontologia, até mesmo o anestésico local, mil nomes genéricos utilizados nas
pode interagir com fármacos que o paciente prescrições.
faz uso.  Tipos de receitas: comum; receita de controle
 Para as mulheres, precisa perguntar sobre uso especial; notificação de receita.
de anticoncepcional, se está grávida, se está na
menopausa, se faz reposição hormonal. FORMATO DE UMA RECEITA:
 Perguntar também sobre hábitos; e 1. Receita comum – sem restrição de cor.
antecedentes familiares pois pode ser que 2. Referência, genéricos, manipulação.
tenha um fundo hereditário. 3. Decreto n 793, de 5 de abril de 1993 – lei dos
 Nunca esquecer a assinatura do paciente na genéricos
anamnese, pois funciona como um documento. 4. Identificação do profissional: nome, especialidade,
 Sinais vitais são aqueles que evidenciam o inscrição no CRO, endereço do local de trabalho;
funcionamento e as alterações da função
corporal. Pressão arterial, pulso, temperatura,
respiração.
5. Cabeçalho: nome e endereço do paciente (endereço para comprar só pode ser com essa notificação
não é obrigatório), forma de uso do medicamento do tipo B.
(interno ou externo). Resumindo: tipos de receituários que dentistas podem
6. Inscrição: nome do medicamento, concentração, prescrever: simples, controle especial, notificação do
quantidade. tipo B.
7. Orientação: como fazer o uso, especificando doses, Receita simples e controle especial: diferença é no
horários das tomadas ou aplicações e duração do número de vias.
tratamento. Notificação do tipo B: receituário azul com registro na
8. Data e assinatura (a tinta e próprio punho). vigilância sanitária para prescrever benzodiazepínicos.
Sempre seguir a sequência determinada: uso do
OUTRAS RECOMENDAÇÕES: medicamento, princípio ativo, concentração,
1. Formulações magistrais (indica para o paciente quantidade que o paciente vai fazer uso e a posologia
manipular, mas não é muito usado na odontologia) – 2 (como vai usar o medicamento e por quanto tempo).
receitas separadas (solicitação da preparação e Sempre escrever as receitas de forma simples, objetiva,
orientação ao paciente); clara, para que o paciente use de forma correta.
2. Evitar deixar espações em branco entra a orientação  Controle especial - muito pouco prescrito.
e a assinatura (adulteração);  Notificação tipo B:
3. Solicitar a leitura pelo paciente (dúvidas); - precisa de um registro na vigilância sanitária, então
4. Comum 2 vias (rubrica após leitura, prova legal); pega um talonário (número de série).
sempre ficar com uma cópia da receita. - controle muito rigoroso 
5. Não autorizo substituição por genéricos; (isso é para Prescrição de benzodiazepínicos: um colega receita
para mim com a receita B, daí fico com a caixa e dou
o dentista que atende em clínica particular, serviço
um para o paciente, e faz a orientação com a receita
público só prescreve pelo princípio ativo). simples.
EXEMPLO DE RECEITA
Na UEPG coloca o endereço da faculdade e coloca os
dados do professor.
Receita de controle especial: Exemplo de receita simples:
 o SNC, antidepressivos tricíclicos, codeína, Nome - Especialização - CRO - Endereço
tramadol, anti-inflamatórios seletivos para Nome do paciente
COX-2 (celecoxibe e etoricoxibe),
USO INTERNO
antimicrobianos (10 dias).
 Três vias: retenção da farmácia e orientação - IBUPROFENO – 600mg – 40 comp.
ao paciente. Tomar 1 comp a cada 12 horas durante dois dias.
 Os antidepressivos tricíclicos são usados para
dor na ATM.
 São fármacos que precisam de uma receita
especial; não precisa ser de cor diferente, a
diferença é que precisa fazer 3 vias, como é
um fármaco de controle especial fica retido na
farmácia. Então na receita comum o paciente
leva uma via e na receita especial o paciente
leva três vias.
Notificação de receita: o dentista pode prescrever o
tipo “B” – azul: benzodiazepínicos.
 É um receituário diferente, é uma notificação
de receita, só consegue imprimir a partir de Ponta grossa, 18/04/23.
um registro que faz na vigilância sanitária, é
completamente rígido, não pode ter rasura se
não a farmácia não vende, deve ser muito bem
preenchido o medicamento, quantidade e
forma farmacêutica, dose por unidade
posológica e posologia. Podemos fazer a
orientação do uso em receituário simples, mas

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