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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA

05/09/2017

RECEITUÁRIO

 O mais importante é a organizaçã o, entender que o Nome


Clinico geral
receituá rio nada mais é do que uma carta que você esta CRO
mandando ao farmacêutico para que ele faça o que você
deseja/pensou para aquele paciente. É uma comunicaçã o
entre dentista e farmacêutico.
 Identificaçã o CLARA (pode colocar como quiser, criar uma
identidade visual, mas tem que colocar especializaçã o,
identificaçã o, endereço e telefone – importante para o
farmacêutico e para o paciente te achar...), comunicaçã o
Endereço: estrada de Madureira 123,
CLARA. O mais legível possível. sala 456 – nova Iguaçu.
 Escrever a especialidade (podem ser até duas) Telefone 21 xxxx xxxx (caso tenha
duvidas o próprio farmacêutico
pode ligar para tirar duvidas)
 PASSO SEGUINTE: dados do paciente
 Nome
 Gênero (existem nomes que servem para os dois e tem medicamento que é ou
feminino ou masculino)
 Via de administraçã o (oral, sublingual, retal, IV, IM, SC, ID e etc.) – anula
necessidade de definir como uso interno e externo.

1. Medicamento – posologia – quantidade que vai precisar (tem que tomar


cuidado porque no Brasil as leis sã o feitas pela metade, entã o o ideal é você
colocar o nú mero de comprimidos (pode gerar problema para o paciente),
exemplo: amoxicilina 500mg, 03 vezes ao dia durante 7 dias, entã o vai
precisar de 21 comprimidos o ideal era isso, só que pode acontecer da
embalagem nã o vir com a quantidade de comprimidos desejados e o paciente
nã o pode levar comprimidos a mais e nem abrir a embalagem e cortar ao
meio. Eu particularmente coloco 1 caixa, o que pode variar na quantidade
escolhendo a apresentaçã o comercial de acordo com o mais pró ximo do
prescrito.
Modo de administraçã o – apresentaçã o comercial (como se apresenta)
Intervalo da dose (quanto em quanto tempo) – duraçã o do tratamento (por
determinado tempo). Nã o esqueçam intervalo da dose e duraçã o do
tratamento

2. Outro medicamento
Outra via de administraçã o

3. Data, assinatura e carimbo. (nã o da para você andar sem carimbo eu tenho
um em cada buraco, um no carro, um em casa, um na casa da amante vai que
de lá eu tenho que ir direto para o hospital).
 EXEMPLO: Nome
Clinico geral
CRO
Manuel da Silva 40 anos

Uso via oral: (medicamentos que eu quero)

1. Amoxicilina 875mg – 2 caixas


Tomar 1 (um) comprimido de 12/12 horas durante 7 (sete) dias.

2. Dipirona gotas – 1 frasco


Tomar 30 (trinta) gotas de 6/6 horas em caso de dor.

Uso tópico:

1. Uroxol creme – 1 tubo


Aplicar sobre a ferida 3x ao dia.

Rio de Janeiro, 19/05/2016

Endereço: estrada de Madureira 123, sala 456 – nova Iguaçu.

Manuel da Silva 40 anos

Avaliação pre operatória:

Solicito exame

Material: sangue

1. Hemograma
2. Coagulograma

Data Nome CRO

 Solicitaçã o de exame. Tem que dizer PRA QUE? QUAL MATERIAL VAI SER COLHIDO?
QUAL EXAME?
 Aprendam isso de uma vez, terminou de fazer a receita entrega na mã o do paciente e
leia a receita, explique como tomar o medicamento (o paciente nã o fala que nã o sabe
ler). Uma vez aconteceu comigo eu prescrevi um antibió tico para uma criança o auxiliar
entregou a via do paciente dois dias depois a mã e estava na porta reclamando do doutor
que prescreveu errado, eu olhei na receita e estava tudo certo. A mã e falou que o
remédio acabou, ela colocou 5 ml e acabou... 3 x por dia ai me deu na cabeça como vc
esta dando esse remédio? Abro coloco o pó ate os 5ml e dou, o erro era que era um
medicamento de suspensã o para ser misturado com a agua entã o obvio que acabou.
 Historia do velho que nã o evacuava (e estava pá lido e blá ).... nunca evacuava ate que o
doutor perguntou se ele já tinha feito coco ? o senhor respondeu que nã o fazia outra
coisa a três dias.

PROCESSO INFLAMATORIO

 Quando a gente tem uma lesã o da membrana celular eu vou ter uma açã o da enzima
fosfolipase A2 em que ela vai quebrar a parte dessa membrana e transforma-la em acido
araquidô nico.
 Entã o é importante eu saber que quando eu utilizo um corticoide eu faço o uso de um
anti-inflamató rio esteroidal ele vai agir aqui nessa camada. Entã o os corticoides de uma
maneira geral eles vã o atuar inibindo a açã o da fosfolipase, logo eu nã o vou ter a quebra
da membrana em acido araquidô nico. Uma vez que se forma o acido araquidô nico ne?!
Eu sob açã o das enzimas cicloxagenase eu vou transformar o acido araquidô nico em
mediadores inflamató rios, o principal que vai nos interessar aqui sã o as prostaglandinas
que sã o os principais quimiotá ticos para o processo inflamató rio da forma que nó s
entendemos. Entã o os antiinflamatorios nã o esteroidais eles agem aqui ta? Ele procuram
agir aqui nessa regiã o ok?
 Quando usa corticoide (anti-inflamató rio esteroidal) ele age impedindo a fosfolipase A2
assim nã o há formaçã o de acido araquidô nico.
 Cascata de inflamaçã o: AINES impede formaçã o dos mediadores da inflamaçã o
(cicloxigenase)

AINE: ANTIINFLAMATORIOS

 Açã o analgésica
 Açã o antiinflamatoria
 Açã o antipirética (antitérmico)
 Todo anti-inflamató rio nã o esteroidal tem essas açõ es, logicamente que dependendo do
seu grupamento pode ter uma açã o mais analgésica do que antiinflamatoria, mais
antipirética do que analgésica entretanto ela vai ter as três açõ es.

 Vã o agir na cicloxagenase impedindo que ela se transforme em prostaglandina... estas


tem duas isoformas.
 COX-1: desempenha funçã o homeostá tica (que o nosso organismo precisa, funcionais)
 COX-2: facilita a resposta inflamató ria – sempre que possível eliminar a COX 2. (mais
ligadas a transformaçã o em prostaglandinas, a açã o inflamató ria).
Tem importante papel na angiogenese .
- causando problemas de vascularizaçã o, acidentes vasculares -> proibidos (retornaram
em doses menores)
 Em teoria a gente gostaria mais de inibir a COX 2 e menos a COX 1 (que regula suco
gá strico, regula outras coisas).
 Quando se descobriu as duas isoformas a indú stria farmacêutica começou a trabalhar
em medicamentos que tivesse afinidade pela COX 2. Porque teoricamente esse anti-
inflamató rio teria uma açã o mais potente por agir diretamente no braço da cadeia
inflamató ria e nã o traria os efeitos colaterais/adversos que esses medicamentos tem
pela inibiçã o da isoforma COX 1. Entã o descobriu se a pó lvora.
 Entã o esses medicamentos foram lançados só que depois descobriu que a isoforma 2
tinha importante papel na angiogenese entã o os pacientes depois de um tempo tinha
problema de rela... e muitos faziam uma serie de alteraçõ es isquêmicas (ave iam) por
conta da dificuldade da rela... pela angiogenese. E ai boa parte desses medicamentos
foram proibidos é uma pena porque para o dentista eram medicamentos excelentes uma
vez que a dose utilizada seria irrelevante nã o causando os efeitos colaterais. Alguns
voltaram em doses menores.

 Lipoxigenase: potente efeito quimiotá tico, bronco constriçã o e alteraçõ es na


permeabilidade vascular.

 INDICAÇÃO CLINICA:
 Os anti-inflamató rios e analgésicos, os AINES de maneira geral você pode iniciar
antes do procedimento cirú rgico, chamado de medicaçã o preemptiva em que a gente
inicia antes. Ou seja, quando o paciente vai ser operado ele já esta sob o efeito do
medicamento, alguns estudos apontam que isso melhora a resposta no pó s-operató rio.
Quando inicia o procedimento cirú rgico você já tem lesã o na membrana iniciando a açã o
do acido araquidô nico e posteriormente de prostaglandina. Entã o quando paciente esta
sendo operado que você vai fazer a agressã o à quela membrana e ele já estiver sobre
efeito daquele medicamento isso pode refletir numa menor ou num efeito inflamató rio
menos exacerbado. O que acontece numa extraçã o de terceiro molar vai fazer incisã o,
tudo, paciente mora em cachoeira de Macacu ai que eu vou comprar o medicamento
apó s 3 a 4 horas do procedimento já gerando um processo inflamató rio.

 Podem ser usados antes de se iniciar o procedimento cirú rgico ou devem ser
administrados apó s o seu termino, quando o paciente ainda esta sobre efeito anestésico.
(medicaçã o preemptiva – eu nã o sou um defensor muito ferrenho, mas na equipe temos
como base a medicaçã o preemptiva).
 Na clinica vocês vã o prescrever sempre para o paciente iniciar uma hora antes do
procedimento cirú rgico. Ok?
 O tratamento da dor instalada é mais difícil, pois inú meros mecanismos.

 ASPIRINA: (acido acetilsalicílico)

 Inibidor nã o seletivo da COX


 Maior propriedade analgésica e antipirética (primeiro (excelente) analgésico e
(bom) anti-inflamató rio).
 Na cirurgia traz uma complicaçã o que nã o é muito interessante por causa da
inibiçã o de agregaçã o plaquetá ria. É ruim tanto no pré quanto no pó s-operató rio, há
estudos que indicam que mesmo que você inicie o medicamento apó s a coagulaçã o
sugere se a reabsorçã o do coagulo tem inicio mais precoce podendo ter uma alteraçã o
de cicatrizaçã o ou você tem um sangramento tardio.
 Entã o a gente já sabe que o acido acetilsalicílico numa dose de até 375mg/dia ele
nã o é impeditivo de se realizar procedimento cirú rgico ta? Ele nã o promove agregaçã o
plaquetá ria suficiente para impedir o procedimento cirú rgico.
 Entã o esse paciente que faz o uso da aspirina (aspirina prevent ou AAS infantil),
que é uma dose de 100mg esses pacientes que sã o revascularizados, AVE isquêmico, ate
mesmo alguns casos, dependendo da situaçã o, um AVE hemorrá gico. Mas
principalmente isquêmicos, historia patoló gica pregressa de tromboembolismo,
trombose ou embolismo, esse paciente faz uso regular desse medicamento. Eu posso
realizar procedimento cirú rgico nesses pacientes? SIM, eu posso. Idealmente você vai ter
que pedir coagulograma e olhar o IMR dele que geralmente vai estar normal, sem
apresentar grandes problemas.
 Mas a gente deve evitar doses que sejam maiores que essa.
 Entã o geralmente esse acido acetilsalicílico é usado numa
dose media de 500mg a cada 4 ou 6 horas, de acordo com o que
quiser.
 Dor leve a moderada
 Antiplaquetá rio
 75 – 100 mg/dia: sem contraindicaçã o cirú rgica (pacientes que usam com
regularidade)
 Nã o deve ser prescrito em cirurgia
 Gripe – resfriado? Associado a antigripais porque nos resfriados tem vírus tendo
uma febrícula associada a dores de cabeça, contra indicado em casos de dengue que na
forma hemorrá gica pode ser potencializada pelo medicamento.

 ACETAMINOFENO (PARACETAMOL mais conhecido)

 Inibidor nã o seletivo da COX


 Maior propriedade analgésica e antipirética
 Nã o tem a potencia analgésica da aspirina, sendo sua açã o antipirética muito
baixa e açã o anti-inflamató ria nã o.
 Dor leve a moderada
 Alto potencial hepatotoxico (os americanos usam muito estã o experimentando
muitos casos de cirrose hepá tica devido o uso descontrolado) (4g – dose má xima/dia).
Tomar muito cuidado com paciente hepá ticos
 Dose 12 mg/kg em intervalos de 4 a 6 horas, no má ximo 4g diá rios.

 DIPIRONA SODICA (METAMIZOL)

 É o analgésico mais utilizado no Brasil, mas este já foi proibido em inú meros
países essa proibiçã o se da pela possibilidade de agranulocitose.
 Inibidor nã o seletivo da COX
 Maior propriedade analgésica e antipirética (EXCELENTE)
 Dor leve a moderada e ate um pouco acima do moderada (a dose de 1 grama de
6/6h)
 Risco de agranulocitose
 4g – dose má xima/dia
 Dose: 15mg/kg, em intervalos de 6 horas, pode chegar a 4 horas.

 CETAROLACO DE TROMETAMOL (DEOCIL)

 Inibidor seletivo da COX 1


 Maior propriedade analgésica (utiliza muito, tem como vantagem o uso sublingual.
Interessante em casos de dor onde o paciente nã o consegue engolir o medicamento).
 Potente açã o analgésica: dor pó s-operató ria
 De açã o rá pida
 Dose: 10mg em intervalos de 04 – 06 horas (90mg/24horas). Contem episó dios
dolorosos de cirurgia oral muito bem.
 Contra indicaçã o: gravidez e lactaçã o (nã o tem estudos (nada comprovado) – mas
nenhum remédio da com segurança durante a gravidez)
 Dor leve a moderada (muito pró ximo da dipirona)

 Dores mais graves é muito difícil você conseguir controlar com analgésicos periféricos,
geralmente consegue com opioides. As vezes, usa a associaçã o dos dois como exemplo:
TYLEX é uma associaçã o de paracetamol com a codeína.

 O problema dos analgésicos centrais é a constipaçã o entã o ao usar analgésico central


geralmente associa com metamucil, almeida prado 46

 IBUPROFENO (sache espidufem ou alivium)

 Inibidor nã o seletivo da COX


 Têm as três açõ es (nã o é um antipirético potente como a dipirona)
 Maior açã o analgésica (2400mg/dia)
 01 gota por quilograma de peso a cada 4 horas (alivium – a criança aceita muito
bem)
 Medicamento interessante para dores leves, dor moderada nem tanto
 Meia vida: 01 a 02 horas
 Dose: 600mg, 04 vezes ao dia. (vantagem de fazer dose maior)
 Dores leves
 Dose maior nã o necessá rio usar outro medicamento

 CETOPROFENO

 Inibidor nã o seletivo da COX


 Tem uma boa açã o analgésica, MAS nã o é um analgésico. Entã o a gente começa a
sair daqueles medicamentos que a sua principal açã o nã o é a analgesia, mas sim açã o
anti-inflamató ria particularmente nos casos de dor mais intensa no pó s-operató rio.
 Eficá cia equivalente aos outros AINES
 Meia vida: 01 a 03 horas
 Dose: 100 – 300mg/dia – 2 a 3 vezes ao dia (50mg de 8/8h)
 Pode se apresentar como supositó rio

 DICLOFENACO

 Inibidor nã o seletivo da COX


 Tem a base de potá ssio e base de só dio
 Açã o analgésica, anti-inflamató ria (parecido com o cetoprofeno)(associar
analgésico – dipirona, cetarolaco ou o tylenol,) e antipirética
 Açã o interessante para traumas cirú rgicos.
 Meia vida: 01 a 02 horas
 Dose: 50 – 70mg, 04 vezes ao dia (50mg 3x ao dia – 8 em 8h – bá sico)

 NIMESULIDA

 Inibidor da COX (+ COX 2 – preferencial)


 Meia vida: 03 horas
 Hipersensibilidade alérgica a AINE (da para usar)
 Dose: 100mg, 12/12 horas ou 200mg (dose má xima), 01 vez ao dia – ARFLEX
 Começam a surgir alguns problemas relacionados a eles, como os efeitos colaterais
e outras coisas mas, ainda nã o estã o comprovados. Hoje é tido como padrã o.
 Qualquer anti-inflamató rio para um procedimento cirú rgico em ate 5 dias deve
parar com a medicaçã o (má ximo de prescriçã o)
 Anti-inflamató rio padrã o
 Causa reaçõ es gá stricas e intestinais.
 Efeitos colaterais: angiogenese
 Associaçã o nimesulida + cetarolaco é muito positiva, controlando 98% dos pó s-
cirú rgicos. Pode se utilizar durante 3 a 5 dias, mais que 5 dias há indicaçã o de ERRO
cirú rgico.

 TENOXICAM

 É um medicamento fabuloso, eu utilizo muito em hospital. Para processos


inflamató rios mais severos. A minha primeira escolha para pacientes de cirurgia
maxilofacial.
 Um dos melhores para processo inflamató rio pode vir em sache para o paciente
com dificuldade de deglutir o comprimido.
 Inibidor nã o seletivo da COX
 Meia vida: 72 horas
 Pacientes com comprometimento renal
 Dose 40mg/dia ou 20mg de 12/12 horas dose má xima de 40 mg
 Potencial alergênico (alto) – eu parei de usar por conta disso.

 Anti-inflamató rio central – exemplo: tramal, efeito é sonolência e alteraçã o de humor


(menos constipaçã o que a codeína)

 Analgésico central – codeína, receituá rio azul 30mg de 6 em 6 horas.

AQUI A GENTE JÁ COMEÇA COM OS INIBIDORES SELETIVOS:


 CELECOXIBE (celebra)
 Inibidor seletivo da COX 2
 Meia vida: 72 horas
 Dose: ate 400mg/dia
 Ainda esta liberada sua utilizaçã o, bom medicamento. (eu nã o achei essas coisas
nã o no sentido de dor e de açã o anti-inflamató ria)
 Nã o achei uma Brastemp nã o, mas foi um dos primeiros. (meloxicam pró ximo da
nimesulida)
 Comprimidos de 100 a 200mg, 02 vezes ao dia de 12 em 12 horas.

 O sufixo COXIBE indica os inibidores seletivos.

 ETEROCOXIBE

 Inibidor seletivo da COX 2


 Medicamento excelente
 Meia vida: 22 horas
 Dose: ate 90mg/dia
 Comprimidos de 60 a 90mg, 01 vez ao dia (dose má xima é de 120mg mas a
vigilâ ncia só libera ate 90mg)
 Ó timo controle de edema medicamento eficiente, baixíssima reaçã o
gastrointestinal.

 Para fecha nó s temos também os analgésicos centrais que nã o estã o anotados ai os mais
utilizados sã o: o tramal (cloridrato de tramadol), e a codeína ta? A codeína (da muita
constipaçã o), popularmente conhecida como TYLEX pode fazer ate uma dose de ate
30mg de 6 em 6 horas, é um medicamento para a dor ok? Lembra que esse paciente esta
sobre efeito de analgésicos centrais ele pode ter reaçõ es de sonolência, alteraçã o de
humor. O tramadal também 50mg você pode fazer 2 ou ate 3 vezes ao dia, mas cuidado
avise ao paciente que nã o deve dirigir e bla ate saber como o paciente vai reagir ao
medicamento.

ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS (AIE)

 Tem uma diferença que ele esta numa cadeia acima, inibindo a formaçã o do acido
araquidô nico.
 A primeira coisa que a gente tem que colocar aqui é que com os anti-inflamató rios
estoroidais você nã o tem controle de dor, por que? Todos os anti-inflamató rios nã o
esteroidais como dipirona e paracetamol/diclofenaco, todos eles tem açã o sobre os
nossos receptores periféricos. Entã o eles tem uma açã o periférica onde se ligam aos
receptores de dor e inibem a. Os anti-inflamató rios esteroidais nã o se ligam a receptores
da dor, entã o nã o vai ter controle de dor
 Tem açã o especifica no controle de processo inflamató rio. Comumente a diminuiçã o da
dor vem dos efeitos periféricos da inflamaçã o como o edema, que comprime nervos,
distendendo tecidos.
 Entã o se você tem a perspectiva de fazer um procedimento cirú rgico que resultara em
um grande edema o ideal é um anti-inflamató rio esteroidal.
 Em cirurgia oral há muita discussã o sobre seu uso.
 Melhor controle de edema
 Nã o tem controle de dor, uma vez que nã o se ligam a receptores periféricos
 Controle de processo inflamató rio potente
 Diminui efeitos periféricos – como exemplo: edema (pressã o)

 Glicocorticoides de ação curta (8 a 12 horas): cortisona – hidrocortisona (açã o mais


rá pida)

 Glicocorticoides de ação intermediaria (12 a 36 horas): prednisolona,


metilpredinisolona, prednisona. (meio da cirurgia)

 Glicocorticoides de ação prolongada (36 a 72 horas): betametasona, dexametasona.


(começar no dia anterior da cirurgia)

 Pode associar com analgésico, AINE.


 Em cirurgia oral o melhor é a técnica cirú rgica porque tudo se trata de lesã o celular,
quanto menos traumá tica for a cirurgia menor a chance de dor, inflamaçã o ...
 O mais indicado é hidrocortisona + betametasona (moléculas grandes que nã o age
rapidamente).

 CONTRA INDICAÇÃO:

 Ulceras péptica
 Hipertensã o arterial
 Edema (agudo)
 Aumento do apetite
 Aumento da gordura abdominal
 Reparaçã o retardada de feridas
 Tendência à hiperglicemia
 Supressã o da resposta à infecçã o
 Sucessã o da síntese de glicocorticoides endó genos (síndrome de cushing
iatrogênica)
 Osteoporose
 Euforia, entretanto, algumas vezes ocorre depressã o.

 Uso de ate 03 dias de corticoide nã o precisa fazer desmame de 3 a 5 dias é


recomendá vel e mais de 05 dias é obrigató ria. Ao ir reduzindo a dose o seu organismo
vai voltando a produzir.

 Entã o a gente tem a potencia, a atividade... entã o a gente utiliza muito, a atividade
inflamató ria da dexametasona é uma atividade muito interessante ta? Bastante
interessante, com a dose relativamente baixa ok?
 E veja que a atividade da hidrocortisona é uma atividade baixa para uma dose
relativamente alta.

 Entã o para você manter com uma dose de 4mg de dexametasona de 8 em 8 horas esta
numa excelente dose. Você vai estar com uma excelente atividade. Ok gente?

ANTIBIOTICOS

 Antibiotico é um ser vivo contra outro ser vivo, é um fungo que produzia uma substancia
que inibiam bactéria, crescimento de microrganismo bacteriano.
 A tendência é um medicamento que iniba ou que ele mate os microorganismos
infecciosos tendo um menor efeito possível sobre o hospedeiro.
 Inibir/matar os microrganismos infecciosos e ter efeitos mínimos ou nenhum efeito
sobre o receptor.
 Os primeiros antibió ticos ainda sã o muito bons, utilizados ate hoje mas tinham efeitos
sobre o hospedeiro, por exemplo, a .... . (neuro utiliza muito, nã o to lembrando agora!)
 Pensar mais em infecçã o bacteriana e tem vá rios mecanismos de açã o (açã o em cima de
fungo e de bactéria)
 As penicilinas e as cefalosporinas tem açã o na parede celular, entã o é o que a gente mais
utiliza.
 As polimexinas estã o muito associada com infecçã o fungica, atuando na estrutura da
membrana do fungo/microrganismo, na síntese proteica com o hormô nio 50s ta?
(eritromicina muito bom). Tetraciclina era muito utilizado na odontologia e hoje nã o é, a
perio ainda usa bastante, também atua na síntese proteica mas no posicionamento AS é
diferente, eu uso bastante..
 Outro mecanismo de açã o é um quimioterá pico, quando nã o é algo natural, ou seja, de
um bio para um bio. Que é a sulfa, muito utilizada para via aérea superior.

 QUANDO INDICAR ANTIBIOTICO?

 Quando é dose profilá tica e quando é dose terapêutica? Sã o coisas diferentes...


entã o você vai utilizar na profilaxia ou na terapêutica.

 PROFILAXIA

 Procura prevenir infecçã o cirú rgica (ferida operató ria)


 Você vai agir sem que haja um processo infeccioso instalado, você prevê que vc vai
ter um transito de bactéria que pode resultar num processo infeccioso.
 Entã o basicamente essa é a dose profilá tica. Quando você, por exemplo, tem um
paciente que se enquadra e vocês vã o lá ao site da associação americana (American
Heart Association) para olhar os protocolos de profilaxia antibió tica em odontologia para
prevençã o de endocardite bacteriana.
 Risco de infecçã o > 2,9%

 TERAPÊUTICA
 Quando você diagnostica uma infecçã o, você saber que vc vai ter uma infecçã o,
você tem uma infecçã o instalada, isso é dose terapêutica.

 ETIOLOGIA DA INFECÇÃO DAS FERIDAS

 Flora endó gena (de uma maneira geral a gente tem uma bacteremia da nossa
pró pria flora que varia de 43 a 96%)
 Entã o em todo nosso procedimento cirú rgico há uma invasã o bacteriana na nossa
ferida só que é uma flora nossa. De uma maneira geral uma flora indígena, essa flora
indígena quando encontra situaçã o disponível pode se tornar agressiva.
 Em condiçõ es normais você tem uma técnica asséptica e consegue controlar
infecçã o porque o seu hospedeiro esta saudá vel.
 Hospedeiro hígido com cadeia asséptica adequada eu preciso fazer profilaxia
antibió tica nele? NÃ O! Um paciente que nã o esta hígido ou tem quebra da cadeia
asséptica (posso prever isso) eu posso fazer a profilaxia antibió tica.
 Fontes exó genas podem ter importâ ncia durante o ato cirú rgico, portanto uma
rigorosa técnica asséptica deve ser mantida com o intuito de prevenir a contaminaçã o.
 CASO/SE acontecer quebra da cadeia asséptica e você percebeu pode realizar no
pó s-operató rio ne ? um antibió tico profilá tico (nã o é profilá tico das bactérias que você
esperava mas sim das bactérias de uma infecçã o que esta por vir de um erro
profissional, nã o tem ela instalada mas tem a possibilidade de ter)
 Dentista tem contato com mú ltiplos microrganismos desenvolvendo uma
resistência.
 Técnica cirú rgica que vai ter quebra de cadeia asséptica (fontes exó genas) você
prescreve a profilaxia antibió tica.

 FATORES DE RISCO PRÉ OPERTATORIO

 Deficiente lavagem das mã os do cirurgiã o


 Desinfecçã o da pele do paciente
 Quebra da técnica cirú rgica

 FATORES DE RISCO DO PACIENTE

 Os pacientes que possuem fatores de risco e que você pode iniciar uma profilaxia,
nã o é obrigató rio, mas você pode! Sã o pacientes elegíveis para uma profilaxia. Você
inicia pré bacteremia, esse paciente tem que estar coberto no momento que você expõ e
o involucro. Sã o pacientes que de maneira geral pode cair em imunossupressã o, porque
sua pró pria flora pode se tornar patoló gica.
 Diabetes
 Tabagismo
 Obesidade
 Desnutriçã o
 Idade avançada
 Imunossupressã o
 Radioterapia
 Cirurgia recente
 Mú ltiplas doenças crô nicas
 Dose preventiva você nã o precisa estender, você faz dose inicial, dose de ataque.
Observar dose para que nã o tenha subdose e tempo adequado.
 Inicia com amoxicilina (padrã o de escolha do pré operató rio) você vai fazer 1 ou 2g
uma hora antes da cirurgia, e você estende isso por cinco dias a possibilidade de você
fazer resistência bacteriana é mínima. Ou você faz uma dose antes e uma depois (6
horas apó s) e encerra.

 PROFILAXIA ANTIBIOTICA

 Antibió tico profilaxia deve ser realizada antes do inicio da cirurgia para que no
momento da incisã o exista concentraçã o tecidual adequada

 O uso de antibió tico profilá tico que tem inicio no pos operató rio

 DESVANTAGENS:

 Relaçõ es alérgicas e toxicas


 Seleçã o de bactérias resistentes
 Sobre infecçã o
 Pesem o custo beneficio que vocês utilizarem

 PROFILAXIA ANTIBIOTICA

 Em cirurgia bucal, o antibió tico de escolha é a penicilina (amoxicilina) – no nosso


caso.

 Em casos de alergia a penicilina utilizaremos a clindamicina. Algumas pessoas


gostam ou tendem a usar as cefalosporinas particularmente para meio bucal o espectro
dela é superado pela clindamicina.

 Vocês vã o procurar na American Heart Association como faz o regime e em que


dose. Vai la para ver o que vai tomar de acordo com as possibilidades que tem.

 PENICILINA

 Associaçã o com acido clavulâ nico (ou clavulanato de potá ssio) funciona muito
bem, fez com que ela tivesse uma resistência maior a grupos produtores de beta
lactamicos (indica em casos de paciente com sistema respirató rio comprometido). Para
odonto a penicilina sozinha atende bem nã o tendo necessidade de associaçã o em
pacientes normais.
 Grupo do beta-lactamico
 Atuam na síntese da parede celular
 Bactericida (em menor dose é bacteriostá tico – no caso de subdose) – dar
preferência.
 Atividade contra gram + aeró bios e anaeró bios, gram –
 Penicilina V: 500mg, 4/4 horas (era medicamento muito bom, mas já perdeu
muito).
 Amoxicilina: 500mg, 6/6 horas ou 8/8 horas (geralmente) ou 850mg de 12/12
horas – da 1 g e meio por dia.

 CEFALOSPORINA

 Ferida de pele (nã o é lesã o bucal) que você suturou, ira utilizar cefalosporina de
primeira geração que é a cefalexina em dose de 500mg de 6 em 6 horas, para esses casos
específicos.
 A partir da terceira geração (de segunda para terceira geraçã o) que se indica para
lesã o endodô ntica e pericoronarite, infecçõ es grandes/graves que nã o respondem aos
medicamentos de primeira escolha, mas você sempre ira iniciar com o medicamento de
primeira escolha. Entã o, no caso infecçã o bucal/de pele... Teoricamente tem que fazer
cultura (amostra) para fazer o antibiograma.
 Grupo beta-lactamico
 Atuam na síntese da parede celular
 Bactericida
 Espectro de açã o semelhante a penicilina
 Classificados em:
1º G: similar a penicilina G e V
2º G: cocos G- e bacilos
3º G: bacilos G- e pseudô monas
4º G:

 ERITROMICINA

 Grupo de macrolideos

 Muito utilizado por muito tempo, primeiro substituto da penicilina.


 Atuam na síntese proteica basicamente
 Bacteriostá tico
 Pouca absorçã o por via enteral
 hepatoxicidade
 Pouca eficá cia contra anaeró bios (associar medicamento contra anaeró bio) e tinha
muita infecçã o por anaeró bico (eficá cia baixíssima)
 Entã o quando você for fazer a eritromicina substituindo a penicilina, por exemplo,
você tem que associar alguma coisa para anaeró bio. (entã o ela nã o pode ser feita
sozinha)

 CLINDAMICINA
 Na verdade é uma segunda geraçã o da lipomicina, utilizada por muito tempo como
primeira escolha para lesã o ó ssea (tinha boa difusã o por tecidos ó sseos)... Ampliaram
seu espectro, criando a clindamicina (EXCELENTE)

 É ó timo, mas tem efeitos colaterais, NÃ O utilizem por mais de 07 dias, estourando
10 dias. A utilizaçã o acima de 10 dias pode ter um quadro chamado colite
pseudomembranosa. (se nã o melhorar TROCA)
 Penetra bem em todos os tecidos, exceto LCR e cérebro.
 Atividade contra anaeró bios
 Metabolismo hepá tico
 Efeito colateral: colite pseudomembranosa
 Dose: 300 – 600mg, 06/06 horas ou 08 em 08 horas (600mg – usa mais, bom para
infecções grandes)

 METRANIDAZOL

 Medicamento para antiprotozoá rio (250mg – antiparasitá ria)


 Efeito contra germes G- anaeró bio e alguns G+ anaeró bicos
 Bactericida (germes gram negativos e anaeró bios)
 Boa absorçã o por via enteral
 Dose: 400mg, 08/08horas pela dificuldade dos microrganismos faz 7 dias.
 O problema é a quantidade de reaçã o adversa, o paciente reclama muito de
ná usea, vô mito, gosto metá lico, cefaleia, disfagia, diarreia, muita reaçã o no trato
gastrointestinal – tem que avisar isso ao paciente.
 Bom para infeçõ es periodontais onde tem muito gram negativo e anaeró bicos.

 Pericoronarite: interessante associar amoxicilina + metronidazol


PROFILAXIA DA ENDOCARDITE INFECCIOSA: RECOMENDAÇÕES ATUAIS DA
“AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA)”

Nos ú ltimos 50 anos, a American Heart Association (AHA) tem recomendado


vá rios regimes de profilaxia antibió tica a fim de se evitar o estabelecimento da EI, relacionada a
procedimentos odontoló gicos, gastrointestinais e genituriná rios invasivos em pacientes
suscetíveis à doença. O protocolo de 1997, divulgado pela AHA, apresentava algumas
características notá veis, como a classificaçã o do risco das condiçõ es cardíacas em alto,
moderado ou baixo. Além disso, trazia o conceito de que a maioria dos casos de EI nã o era
decorrente de procedimentos invasivos, mas de episó dios aleató rios de bacteremia transitó ria
causada por há bitos rotineiros de higiene bucal, como a escovaçã o, o uso de fio dental ou até
mesmo por meio da mastigaçã o (Dajani et al., 1997)

*EI = endocardite infecciosa

A AHA propõ e, agora, que a profilaxia antibió tica da EI seja realizada previamente
a “todos os procedimentos odontoló gicos que envolvem manipulaçã o do tecido gengival ou da
regiã o periapical ou perfuraçã o da mucosa bucal, somente para pacientes com condiçõ es

cardíacas de alto risco para a EI” (Wilson et al., 2007). A profilaxia antibió tica nã o é necessá ria
nos casos de: injeçõ es anestésicas rotineiras em tecidos nã o-infectados; tomadas radiográ ficas;
colocaçã o, ajustes ou remoçã o de pró teses, brackets ou bandas ortodô nticas; esfoliaçã o de
dentes decíduos; sangramento por traumas nos lá bios ou mucosa oral (Wilson et al., 2007).
FIM!

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