Terapêutica Medicamentosa
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Prescrição em Odontologia
Existem alguns tipos de receituários. Esses
receituários vão ser escolhidos em função do
medicamento que é administrado de modo
que, na odontologia, devemos conhecer:
Como o medicamento é apresentado –
forma pronta na farmácia, ou podemos
prescrever como esse medicamento será feito
em uma farmácia de manipulação.
Vias em que o medicamento é administrado
– sabendo que existem regras que devem ser
cumpridas e obedecidas para prescrever o
medicamento.
Forma Farmacêutica
É o estado final do medicamento, que após a
transformação a partir de matérias primas, por
procedimentos técnicos e científicos, tem a
finalidade de promover efeito terapêutico
possível com o mínimo de efeito colateral ou
sem promover nenhum tipo de efeito
colateral.
O profissional deve entender que
sistemicamente os pacientes são diferentes,
então a dose tóxica para uns pode ser mais
baixa.
Ex.: uma criança tem uma capacidade menor,
então sua dose é reduzida em função do seu
peso.
Fórmula Farmacêutica
É o conjunto de substâncias que entram na
constituição de um medicamento.
Pode ser apresentada:
 Oficinal – são fórmulas fixas com
denominações imutáveis. Ex.: água
oxigenada, álcool iodado. São substâncias
que conseguimos comprar em uma
farmácia sem a necessidade de um
receituário.
 Magistral – é uma formulação preparada
na farmácia atendendo uma prescrição
preparada pelo dentista que estabelece
qual é a sua composição. Ex.: solução de
fluoreto de sódio.
Juliana Chagas – 2019.
 Especialidade farmacêutica – produto
oriundo da indústria farmacêutica e está
disponível no mercado. Comprados com
receita e alguns até são vendidos sem
receitas, como analgésicos.
Denominação Comum Brasileira (DBC)
Lista de fármacos e princípios ativos
aprovados pela ANVISA (Agência de Vigilância
Sanitária). Apresenta mais de 10.000 nomes
genéricos que podem ser usados em
prescrições.
Não é necessário que conheça todos os nomes
Devemos ir ao dicionário quando não
sabemos o nome do remédio, para saber se o
medicamento interfere em algum
medicamento ou procedimento.
Devemos conhecer bem os medicamentos
que prescrevemos! Devemos conhecer sua
composição, princípio ativo, interação
medicamentosa, dose, formas farmacêuticas.
Formas Farmacêuticas
 Sólida: Via Oral; Aplicação Local.
Obs.: a drágea NÃO deve ser partida – tem
uma camada superficial para mascarar o gosto
e odor.
O comprimido pode ser partido.
A cápsula também NÃO deve ser partida –
protege do suco gástrico.
 Líquida: Via Oral; Aplicação Local; Via
Endovenosa.
A Suspensão é uma forma viscosa onde o
medicamento fica suspenso, por isso deve
agitar bastante antes de utilizar – comum ter
antibióticos nessa forma para pacientes que
não consegue ingerir na forma sólida.
A solução é a mistura de duas ou mais
substância homogêneas – tem em gotas,
Cavitárias como colutório muito usado para
bochecho, Verniz, e soluções injetáveis.
 Gasosa: Respiratória ou Inalatória. Ex.:
sedação com óxido nitroso.
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Obs.: O gel é mais biocompatível na boca que
o creme.
As pomadas são mais utilizadas em ulceras
pois pode hidratar e criar uma película que
deixa mais confortável.
Vias de Administração
Todas as formas farmacêuticas dependem de
uma Via, que irá depender da forma, do
paciente, da rapidez que se quer o efeito.
 Absorção: transporte de um fármaco desde
o seu local de adm até a corrente sang. A
via escolhida irá afetar a velocidade da
absorção e a extensão (duração) da
absorção. Isso influencia no intervalo de
tempo em que o medicamento será
consumido pelo paciente.
 As vias podem ser:
Enterais: tem contato com segmentos do
TGI – sublingual (vaso-dilatador, anti-
hipertensivo), oral, bucal (colutórios,
anestésico tópico) e retal (paciente
inconscientes e crianças).
Sublingual p efeito é rápido.
Parenterais: não tem contato com o TGI –
Respiratória ou inalatória (óxido nitroso),
Percutânea (adesivo que diminui a dor da
injeção), Submucosa ou supraperiosteal
(anestesia local), Intra-articular (usada na
irrigação da ATM), Intravenosa (sedação
venosa), Intradérmica (vacina de alergia),
Endodôntica.
Obs.: Estudar os resumos de farmacocinética
quando chegar nessa parte.
Vantagens e desvantagens da via oral;
variáveis que interferem na absorção via oral
Quando usar a via Parenteral?
1. Sem condições para ingestão oral.
2. Necessário início rápido do efeito.
3. Concentrações sanguíneas mais altas – não
passa pelo metabolismo de primeira
passagem.
Juliana Chagas – 2019.1 UERJ
Receituário
Existem três tipos de receituário:
 Receita Comum – é a mais utilizada. É
empregada na prescrição em
medicamentos de referência ou genéricos
para serem adquiridos em farmácias- seja
tradicional ou de manipulação; ou quando
se deseja selecionar substâncias,
quantidades e formas farmacêuticas para
serem adquiridos em farmácias de
manipulação.
 Receita de Controle Especial – utilizada na
prescrição de medicamentos à base de
substâncias sujeitas a controle especial.
Esses medicamentos são adquiridos nas
farmácias, mediante retenção da receita.
Essa receita é emitida em DUAS vias.
Ex.: compra de medicamentos de
antibióticos.
 Notificação de Receita – é o documento
que autoriza a dispensação de
medicamentos à base de outras
substâncias, não incluídas na receita de
controle especial, que também estão
sujeitas a controle especial – quer um
controle mais rígido.
Ex.: ansiolíticos – usamos para controle da
ansiedade.
Receituário comum
Deve conter:
1. Nome do profissional, endereço do
consultório, especialidade, número de
inscrição no conselho, telefone.
2. Nome do paciente, endereço residencial
do paciente.
3. Medicamento: Nome comercial ou
genérico, concentração, quantidade (2
caixas, 1 frasco), modo de usar.
4. Escrever a tinta de próprio punho, legível,
usar nomenclatura e sistema de pesos e
medidas oficiais (g e mg).
5. Impressa no computador (data e assinatura
de próprio punho).
6. Informações relevantes. Ex.: Não autorizo a
substituição por genérico.
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7. Instituição pública ou privada: Receituário
da instituição, carimbo com nome e
inscrição no conselho, data e assinatura do
profissional.
Obs.: deve colocar Uso interno – quando o
medicamento for ingerido; Uso externo –
quando o medicamento for aplicado
topicamente.
Pode colocar uma identificação que o paciente
é menor de idade; pode acrescentar o peso do
paciente pois é uma informação relevante.
Quando manipulado, deve conter todas as
informações do medicamento.
Obs².: na prescrição de ansiolíticos do grupo
dos benzodiazepínicos, a receita comum
deverá ser acompanhada da notificação de
receita do tipo B, de cor azul, para a
dispensação do medicamento nas farmácias.
Receituário de Controle Especial
Além das informações presentes no
receituário comum, esse tipo de receituário
terá as seguintes informações:
1. Identificação do comprador – nome,
endereço, telefone.
2. Identificar a farmácia – com assinatura e
carimbo do farmacêutico responsável e a
data da venda.
Juliana Chagas – 2019.1 UERJ
Obs.: a receita que ficará com o comprador
pode ser a Receita comum.
Medicamentos que precisam da RCE:
 Analgésicos de ação central – controle da
dor – Codeína, Dexatropropoxífeno,
Tramadol.
 Anti-inflamatórios não esterioidais –
controle da dor e edema – Celecoxbe e
Etoricoxibe.
 TODOS os antibióticos.
 Antidepressivos tricíclico – tratamento da
dor crônica da ATM – Amitriptilina.
A receita é válida em todo o território
nacional, por 10 dias, a contar da data da sua
emissão.
Em resumo, os medicamentos sujeitos a
controle especial, de uso odontológico,
podem ser prescritos e dispensados por meio
da receita de controle especial ou da receita
comum, ambas em duas vias – Quadro 9.1
Notificação de Receita
Essa receita difere pela coloração:
 (A) Amarela – morfina e derivados
(médico).
 (B) Azul – benzodiazepínicos.
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 (B2) Azul – Derivados anfetaminas Essa receita é importante pois seu

(médico). medicamento pode causar dependência física
 (Especial) Branca – imunossupressores, ao paciente e danos ao mesmo.
anabolizantes (médico).

Deve conter:
Deve solicitar, juntamente a ANVISA, a
requisição da notificação de receita.
A ANVISA dá um talonário onde será
preenchido seus dados e os do paciente. Uma
parte é destacada e entregue ao paciente e a
outra fica com o profissional para controle.

Diferente da RCE, na parte inferior da  Identificação do emitente: nome do

Notificação de receita vem a descrição da
gráfica  nome, endereço e CGC impressos no
rodapé de cada folha do talonário. Deverão
constar, também, a numeração inicial e final
concedida ao profissional ou instituição e o
número da autorização para confecção de
talonários emitida pela Vigilân cia Sanitária
local.
profissional com o número de sua inscrição no
CRO, com a sigla da respectiva Unidade
Federativa; ou nome da instituição, endereço
completo e telefone. Esses dados podem ser
impressos na gráfica autorizada ou inseridos
por meio de carimbo;