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Formas Farmacêuticas

Fundamentos da elaboraçã o da prescriçã o e


seu cumprimento pelo paciente
Pesquisa Clínica e Desenvolvimento de Medicamentos

Prof. Dr. José Carlos


Email: jose.nascimento@unilab.edu.br
Formas Farmacêuticas

• Forma farmacêutica
 É a forma física (só lida, semissó lida e líquida)
 Depois de embalada é denominada medicamento

Fonte: PhRMA
Classificaçã o das Formas farmacêuticas

• Sólidas: comprimidos, cá psulas, drá geas, pastilhas e


supositó rios.
• Líquidas: soluçõ es, xaropes, suspensõ es, emulsõ es, elixires,
loçõ es, linimentos, enemas, ó leos medicinais, chá s ou
infusõ es.
• Semi-sólidas: pastas, pomadas, cremes:
 Destinadas à aplicaçã o sobre a pele e mucosas, visando
açã o local ou penetraçã o percutâ nea.
• Especiais: géis, Aerossó is, pensos transdérmicos, ampolas,
Fonte: PhRMA
sprays.
Formas Farmacêuticas

• Comprimidos
 Formas Cilíndricas ou redondas
 Compressã o de um pó cristalino ou de um granulado em
má quinas apropriadas

Fonte: PhRMA
Formas Farmacêuticas

• Drá geas
 Comprimidos revestidos por uma camada de esmalte
 Resistência a secreçã o gá strica
 Liberaçã o prolongada
 Absorvida no intestino

Fonte: PhRMA
Formas Farmacêuticas

• Cá psulas
 Medicamentos em pó , grâ nulos ou líquido
 Envolvido em gelatina solú vel
 Deve ser dissolvido no intestino
 Liberaçã o rá pida

Fonte: PhRMA
Formas Farmacêuticas

• Xarope
 Medicamento + açú car + á gua
 (1 parte de á gua para 2 partes de açú car)
• Cuidado em diabéticos

Fonte: PhRMA
Formas Farmacêuticas

• Suspensã o
 Medicamento obtido pela associaçã o de dois
componentes que nã o se misturam
 Deve ser agitado antes de usar

Fonte: PhRMA
Formas Farmacêuticas

• Supositó rios
 Forma cô nica ou ovoide, destinadas a serem introduzidas
na ampola retal
 Os excipientes usados podem ser Lipossolú veis ou
Hidrossolú veis (gelatina glicerinada ou polietilenoglicois
de peso molecular elevado)

Fonte: PhRMA
Formas Farmacêuticas

• Ó vulos
 Sã o preparaçõ es destinadas a serem introduzidas na
vagina
 Substâ ncias hidrossolú veis ou lipossolú veis

Fonte: PhRMA
Formas Farmacêuticas

• Enemas
 Clisteres
 Destinadas a serem introduzidas na porçã o terminal
do intestino (ampola retal)

Fonte: PhRMA
Frequência de utilizaçã o das formas farmacêuticas

Forma farmacêutica Frequência


• Fatores determinantes (Sólidos)
 Técnicos Comprimido 45,8
 Confere maior estabilidade química e Cápsulas 13,0
Líquidos orais 16,0
física
Injetáveis 15,0
 Industriais
Tó picos uso externo 3,0
 Maior facilidade de produçã o em larga
Supositó rios 3,3
escala Prep. Oculares 1,8
 Usuá rios Aerossó is 1,2
 Portabilidade e administraçã o Outros 0,3

Sastry, et al. Recent technological advances in oral drug delivery. A review. Pharm. Sci. Technol. Today, 3. 138-145, 2000.
Exemplos de formas farmacêutica Só lidas

Comprimidos de diversos formatos

Pó s e granulados Cá psulas
Exemplo de formas farmacêuticas só lidas ou dispositivos de
liberaçã o modificada (tipo bomba osmó tica)

• Adalat - nome comercial da nefidipina

• Ao lado - protó tipo contendo azul de metileno


Farmacotécnica

Fármaco
+
Adjuvantes

Controle de Qualidade
Processos
Forma Farmacêutica
+
Embalagem

Medicamento
Fármaco Adjuvantes Processos

Forma Farmacêutica

Controle de
Qualidade

Embalagem
Primária

Medicamento
Pesquisa Clínica e Desenvolvimento de Medicamentos

• Pesquisa clínica

 Qualquer investigaçã o em seres humanos, com o objetivo de descobrir ou verificar os


efeitos farmacodinâ micos, farmacoló gicos, clínicos e identificar reaçõ es adversas ao
fá rmaco com intuito de averiguar sua segurança e eficá cia.
Processo de desenvolvimento de medicamentos
Prescriçã o ou receita

• Um receituário médico é o mesmo que uma prescrição médica

• Ordem escrita com detalhadas instruçõ es sobre o medicamento para o paciente

• Em quantidade determinada

• Indicando a via de administraçã o

• Duraçã o do tratamento
Prescriçã o e seu cumprimento pelo paciente

• No Brasil, apenas determinados profissionais podem usá-lo para prescrever algum


medicamento
• Médicos

• Médicos veteriná rios

• Enfermeiros

• Farmacêuticos

• Cirurgiõ es dentistas

• Nutricionistas
Prescriçã o e receita

• Principais características de uma boa prescriçã o

 Completa

 Legível

 Sem rasuras
Prescriçã o e receita

• Quanto à origem

 Ambulatorial: atendimento em ambulató rio

 Hospitalar: paciente internado

• Quanto ao tipo de medicaçã o

 Manipulada (magistral/galênica): o médico escolhe substâ ncia/dose e o farmacêutico


prepara.
 Oficinal (especializada): droga produzida pela indú stria farmacêutica.
Prescriçã o e receita

• As prescrições, quanto ao tipo, classificam-se como:

 Urgência/emergência: quando indica a necessidade do início imediato de tratamento.

 Caso necessário: necessidade específica do paciente, considerando-se o tempo mínimo


entre as administraçõ es e a dose má xima.
 Baseada em protocolos: critérios de início do uso, decurso e conclusã o, quimioterapia
antineoplá sica.
 Padrão: aquela que inicia um tratamento até que o prescritor o interrompa.
Prescriçã o e receita

• As prescrições, quanto ao tipo, classificam-se como:

 Padrão com data de fechamento: quando indica o início e fim do tratamento,


antimicrobianos em meio ambulatorial.
 Verbal: utilizada em situaçõ es de emergência, sendo escrita posteriormente, possui
elevado risco de erros.
Prescriçã o ou receita

• Medicamentos isentos de prescriçã o médica.

 Medicamentos de venda livre

 Anti-inflamató rios, analgésicos, antitérmicos, antialérgicos, relaxantes musculares etc.


Prescriçã o ou receita

1. Definir um problema do paciente

2. Especificar objetivo terapêutico

3. Verificar se é adequado para o paciente

4. Iniciar o tratamento

5. Fornecer informaçõ es, instruçõ es e recomendaçõ es

6. Monitorar (interromper?) o tratamento


Prescriçã o ou receita

• Receituá rios

 Comum

 Receituá rio de Controle Especial

 Receita B
Prescriçã o ou receita

• Uma prescriçã o é composta das seguintes partes:

1. Cabeçalho

2. Nome do paciente

3. O símbolo R ou superscriçã o

4. Indicaçã o da via de administraçã o do medicamento

5. Inscriçã o: nome do medicamento

6. Subscriçã o ou instruçõ es para o farmacêutico

7. Instruçõ es para o paciente

8. Assinatura do profissional
Prescriçã o ou receita

• Uma prescriçã o é composta das seguintes partes:

1. Cabeçalho

2. Nome do paciente

3. O símbolo R ou superscriçã o

4. Indicaçã o da via de administraçã o do medicamento

5. Inscriçã o: nome do medicamento

6. Subscriçã o ou instruçõ es para o farmacêutico

7. Instruçõ es para o paciente

8. Assinatura do profissional
Prescriçã o ou receita

• Quando for preciso utilizar a expressã o “se necessário”, deve-se obrigatoriamente definir:

• Dose;

• Posologia;

• Dose má xima diá ria deve estar claramente descrita;

• Condiçã o que determina o uso ou interrupçã o do uso do medicamento.

• Exemplo:

• Paracetamol comprimido de 500mg uso oral. Administrar 500mg de 6 em 6h, se


temperatura igual ou acima de 37,5ºC. Dose má xima diá ria 2 gramas (quatro
comprimidos de 500mg).
Prescriçã o e seu cumprimento pelo paciente

• Receituário de controle especial

• Prescrever medicamentos de tarja vermelha

• Possuem a indicaçã o de “venda sob prescriçã o médica

• Vendido com retençã o da receita

• É utilizado para prescriçã o de medicamentos da lista “C”


Fundamentos da elaboraçã o da prescriçã o e seu
cumprimento pelo paciente

• Receituário de controle especial

• Prescrever medicamentos de tarja vermelha

• Possuem a indicaçã o de “venda sob prescriçã o médica

• Vendido com retençã o da receita

• É utilizado para prescriçã o de medicamentos da lista “C”


Notificaçã o de receita tipo “B1” – Cor azul.

• Medicamentos na lista “B1”


(psicotró picos).

• Validade apó s prescriçã o: 30 dias,


somente no estado emitente.

• Quantidade má xima/receita: 60
dias de tratamento.

• Limitada a 5 ampolas para


medicamento injetável.
Fundamentos da elaboraçã o da prescriçã o e seu
cumprimento pelo paciente
• Receituá rio controle especial
Notificaçã o de receita tipo “A” – Cor amarela.

• Medicamentos nas listas “A1”e “A2”


(entorpecentes) e “A3” (psicotró picos).

• Validade apó s prescriçã o: 30 dias, em todo o


territó rio nacional.

• Quantidade má xima/receita: 30 dias de


tratamento.

• Limitada a 5 ampolas para medicamento


injetável.
Anexo I - Portaria 344/98 Atualizada pela RDC 39/12
Anexo I - Portaria 344/98 Atualizada pela RDC 39/12
Estrutura da prescriçã o de medicamentos
Estrutura da prescriçã o de medicamentos
Estrutura da prescriçã o de medicamentos
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescrição – Erros
Prescriçã o Racional

• Determinar a posologia apropriada

• Estabelecer um plano de monitorizaçã o

• Planejar um programa educacional para o paciente


Por que promover uso racional de medicamentos ?

• 50-70% das consultas médicas geram uma prescriçã o medicamentosa.

• 50% de todos os medicamentos sã o prescritos, dispensados ou usados inadequadamente.

• 75% das prescriçõ es com antibió ticos sã o errô neas.

Brundtland, Gro Harlem. Global partnerships for health. WHO Drug Information 1999; 13 (2): 61-64.
Referências bá sicas

• Anexo 03: Protocolo de segurança na prescriçã o, uso e administraçã o de medicamentos*

• https://pt.slideshare.net/francismarleal/prescrio-mdica?from_action=save

• Manual de orientaçõ es bá sicas para prescriçã o médica / Célia Maria Dias Madruga,
Eurípedes Sebastiã o Mendonça de Souza – 2ª ed. rev. ampl. Brasília: CRM-PB/CFM, 2011.

• Silva, Penildon. Farmacologia - 8ª Ed. 2010.

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