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1. Identificação: nome; idade; sexo; cor; estado civil; profissão; naturalidade; residência; religião.
2. Queixa principal: motivo que trouxe o paciente ao médico nas palavras dele; evitar escrever “rótulos diagnósticos’’.
3. História da doença atual: começar com uma pergunta aberta e depois focar para obter: início; duração; frequência; fatores precipitantes; sintomas
associados; fatores de melhora e piora; episódios prévios; progressão dos sintomas; situação no momento atual.
4. História médica passada: antecedentes fisiológicos: história obstétrica; gestação e nascimento; desenvolvimento neuropsicomotor; imunizações;
desenvolvimento sexual; história menstrual; métodos contraceptivos; história sexual e hábitos fisiológicos. Investigar doenças preexistentes do
paciente, que existiam antes da doença atual que motivou a consulta médica. Antecedentes patológicos: doenças comuns da infância e da vida
adulta; alergias; cirurgias prévias; traumatismos; transfusões sanguíneas; internações hospitalares eletivas ou emergenciais.
5. Histórico familiar: doenças e mortalidade de pais, irmãos e tios. Se falecidos: qual a causa da morte e a idade? Questionar: enxaqueca, diabetes,
tuberculose, hipertensão, câncer, doenças alérgicas, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, dislipidemias, úlceras pépticas e varizes.
Caráter hereditário ➡ Hemofilia, anemia falciforme, rins policísticos. Doenças mentais; sintomas em familiares também presentes na queixa atual do
paciente.
6. Histórico social: alimentação; habitação; ocupação atual e anterior; atividades físicas; condições socioeconômicas; condições culturais; vida
conjugal e familiar.
7. Medicações: nome, dose, frequência, duração, motivo, assiduidade à prescrição e disponibilidade para obtê-la.
8. Tabaco/Álcool/Drogas: tipo, quantidade, frequência, duração, reações e tratamento.
9. Revisão dos Sistemas:
Crânio: tamanho; presença de lesões e cistos; características dos cabelos; pontos dolorosos; tumorações.
Face: inspeção: alterações na coloração e tumores; palpação: avaliar dor e sensitividade bilateral.
Olhos: inspecionar os globos oculares, córnea, esclerótica; tamanho pupilas e sua reação a luz; inspecionar e palpar as
pálpebras; verificar a acuidade visual;
Fossas nasais: inspecionar a forma, o tamanho e a presença de inflamações.
Ouvido: inspecionar externamente (alteração de pele, massas e secreção); palpar ouvido externo e mastoide avaliando
presença de dor; examinar canal auditivo e membrana timpânica com otoscópio; avaliar audição com testes de Rinne e Weber
(diapasão).
Boca: inspecionar mucosa, dentes, úvula, amígdalas, língua (em cima, embaixo e lateral). Obs.: inspecionar com luz,
solicitando para abrir a boca, colocar a língua pra fora, falar “ahhh” e elevar a língua.
5. Pescoço
6. Cardiovascular
Manifestações comuns das doenças cardiovasculares: dispneia; fadiga; precordialgia; palpitações; desmaio; edema;
cianose. Importante avaliar: sinais vitais; nível de consciência; perfusão periférica; coloração das extremidades; estase de
jugular; edema; ascite.
Inspeção/palpação: localizar Ictus cordis (normal: 5º Espaço intercostal esquerdo na linha médio-clavicular. Cardiomegalias:
deslocado para baixo e para esquerda próximo à linha axilar). Buscar frêmitos, pulsações epigástrica, supraesternal e jugular.
Palpar pulsos.Obs.: pulso parvus tardus: baixa amplitude (estenose de valva aórtica); pulso em martelo d’água: grande
amplitude (insuficiência de valva aórtica).
Ausculta
Bulhas cardíacas
B1 B2 B1 B2
Tum Ta Tum Ta
B1 B2 B3 B1 B2 B3
Tum Ta Tu Tum Ta Tu
B4 B1 B2 B4 B1 B2
Tu Tum Ta Tu Tum Ta
Sopros
Radiação do sopro
7. Respiratório
Inspeção: comparar ambos os lados do tórax analisando a forma (tórax em tonel, funil, peito de pombo (pectus carinatum) e
cifoescoliose torácica), tiragem intercostal e respiração paradoxal; determinar frequência e ritmo respiratório.
Palpação: traqueia: massas e desvios; tórax: amplitude dos movimentos.
Percussão: som claro pulmonar/maciço/timpânico.
Ausculta: ruídos respiratórios: murmúrio vesicular (bem distribuído/reduzido em algum segmento); ruídos adventícios: roncos,
sibilos, cornagem, atrito pleural e sons crepitantes.
Pontos de Ausculta
Alterações Semiológicas
Consolidação ⬇ ⬇ Maciço -
8. Abdominal
Inspeção: forma (plano/globoso), cicatrizes, circulação colateral, estrias, varizes, pulsação, abaulamentos e hematomas
(Gray-Turner: flancos; Cullen: periumbilical).
Ausculta: ruídos hidroaéreos (presente/ausente/aumentado); sopros em focos arteriais (artéria aorta e renal).
Percussão: timpânico/submaciço/maciço; delimitação da macicez hepática.
Palpação: indolor/doloroso à palpação superficial e profunda; presença/ausência de visceromegalias; presença/ausência de
massas palpáveis; espaço de Traube livre (baço); ascite (sinal do piparote positivo/negativo); fígado (tamanho, superfície
(lisa/irregular), borda (fina/cortante/romba) consistência (mole/endurecida). Obs.: inicie a palpação pelo ponto mais distante da
dor referida pelo paciente.
Manobras e sinais
Murphy: tosse ou inspiração profunda durante palpação do quadrante superior direito ➡ Dor e
interrupção da inspiração (colecistite).
Blumberg: palpação do quadrante inferior direito no ponto de McBurney ➡ Dor durante a
descompressão (apendicite).
Rovsing: palpação do quadrante inferior esquerdo ➡ Dor referida em quadrante inferior direito
(apendicite).
Obturador: rotação interna da perna direita com o joelho flexionado. ➡ Dor referida em quadrante
inferior direito (apendicite).
Giordano: punho percussão lombar ➡ dor (pielonefrite).
Regiões do abdome:
1. Hipocôndrio esquerdo.
2. Flanco direito.
3. Mesogástrio.
4. Flanco esquerdo.
5. Fossa ilíaca direita.
6. Hipogástrio.
7. Fossa ilíaca esquerda.
8. Hipogástrio.
9. Fossa ilíaca esquerda.
10. Geniturinário
Genitália masculina
Inspeção: rash, úlcera, cicatriz, nódulo, induração, descarga, massa escrotal, hérnias, varicocele.
Palpação: bolsa escrotal (avaliar os testículos, tumorações, herniações e dor) e pênis (descarga
uretral e avaliação de fimose).
Genitália feminina
Inspeção: genitália externa, mucosa vaginal e cérvix; inspecionar presença de inflamação, descarga,
sangramento, vesículas, úlceras, secreções, nódulos e massas.
Exame especular: colo uterino.
Mamas: inspeção de alterações de pele, simetria, edemas, massas, descargas pilares. Palpar
gânglios supra e infraclaviculares.
Inspeção: simetria da coluna, pélvis, MMSS, MMII (comparar os 2 lados). Exame da marcha. Avaliar articulações (cor, edema
e mobilidade).
Palpação: força muscular.
Buscar por: atrofia muscular, fraqueza, redução da amplitude de movimento das articulações, instabilidade, hiperemia,
edema, desvio de coluna (cifose, lordose e escoliose) e alterações de marcha.
13. Vascular
Inspeção: edema (inchaço), empastamento (enrijecimento), varizes, turgência de jugular, ausência de pelos, hipercromias,
dermatite ocre, palidez, cianose.
Ausculta: sopros carotídeos e abdominal.
Palpação: massa abdominal pulsátil (aneurisma de aorta) e pulsos (normal (+++/3); diminuído (+/3); hiperpulsátil (++++/3).
Pulso central: carotídeo; pulsos periféricos: MMSS: axilar, braquial, radial e ulnar; MMII: femoral, poplíteo, tibial posterior e
pedioso.
Status mental
Nervos cranianos
Motricidade
Movimentos passivos: feitos por você no paciente; movimentos ativos: feitos pelo paciente. Flexão
e extensão dos MMSS (ombros, cotovelos, punhos) e MMII (joelho, calcanhar).
Mão: peça para afastar os dedos e fechar o polegar.
Graduação da força: (0) ausência de contração; (1) contração sem movimento; (2) movimenta contra
a gravidade; (3) movimenta contra a resistência do examinador com 1 dedo; (4) movimenta contra a
resistência do examinador com 2 dedos; (5) força muscular intacta.
Reflexos osteotendinosos
Testar: bicipital (C5-C6); braquiorradial (C5-C6-C7); tricipital (C7-C8); patelar (L3-L4); aquileu (S1-S2). Classificação utilizada:
0: abolido;
1: hipoativo;
2: normal;
3: hiper-reflexia;
4: hiperreflexia com clônus.
Sensitividade
Dolorosa (alfinete), tátil (algodão), térmica (algodão molhado no éter ou no álcool; tubo de ensaio quente e frio), vibratória
(diapasão) e proprioceptiva.
Cerebelo (equilíbrio e coordenação)
Avaliar a marcha; teste dedo-nariz (movimentos alternados lentos/rápidos com olhos abertos/fechados);
Coluna dorsal
Teste de Romberg (avaliar equilíbrio do paciente em pé com pernas unidas, braços/mãos juntos ao corpo e olhos fechados).
Propriocepção (posição articular)
Mostrar ao paciente a posição do dedo polegar do pé voltado para cima e para baixo; pedir para fechar os olhos; movimentar
o dedo para cima e para baixo aleatoriamente; perguntar qual o posicionamento do dedo.
Sinais de irritação meníngea
Rigidez de pescoço;
Kernig: paciente em decúbito dorsal com quadril e joelho flexionado; realizar manobra de extensão do
joelho ➡ dor referida em porção posterior da coxa.
Brudzinski: paciente em decúbito dorsal; realizar flexão do pescoço ➡ flexão involuntária do quadril e
joelhos.
15. Linfonodos:
Duro ou
Consistência Macio Macio
emborrachado
Região Generalizado ou
Localização Localizado
inflamada supraclavicular
Frequência cardíaca
Bebês 100-170
Frequência respiratória
0 anos 30-40
Adultos 14-18
PRONTUÁRIO E PRESCRIÇÕES
Prontuário SOAP
(S) Subjetivo: queixas e outras informações fornecidas pelos pacientes, parentes ou acompanhantes.
(O) Objetivo: exame físico e os achados de exames complementares.
(A) Avaliação: conclusões sobre a situação do paciente, os pensamentos relativos ao diagnóstico e a resposta ao tratamento, tomando por base os achados
subjetivos e objetivos.
(P) Planos: exames a serem solicitados visando o diagnóstico, as razões para inclusão, modificação de doses ou retirada de itens da terapêutica e as informações
prestadas aos pacientes e familiares visando orientação e educação.
16. Dieta
17. Hidratação (soro)
18. Medicações endovenosas
19. Medicações orais
20. Cuidados gerais
21. Observações específicas
Precauções de Isolamento
Febre
Mialgia
COVID-19
Anosmia
Disgeusia
Contato • Lavagem das mãos Vírus / bactérias Diarreia infecciosa aguda em pacientes
entéricas incontinentes ou usando fralda
• Uso de luva e avental
• Quarto privativo ou distanciamento de leitos de pelo menos 1 metro
• Equipamentos de avaliação clínica (termômetro, estetoscópio, etc.) de uso
exclusivo do paciente e higienizadosPrecauções
após o uso. de Isolamento
* Varicela, Zóster requer dois tipos de isolamento.
** Clostridium difficille requer lavagem das mãos com água e sabão. Clostridium Diarreia de adulto com história de uso
difficille** recente de antibiótico
Varicela, Zóster
Exantema vesicular
disseminado*
Vírus Sincicial
Infecção respiratória em lactentes e
Respiratório ou crianças jovens
Parainfluenza
Antimicrobianos
Penicilina G Framp IM 600.000 / 1.200.000UI dose única (Streptococcus grupo A); 2.400.000UI dose única (sífilis primária)
Benzatina 1.200.000
Ciprofloxacino Comp 500mg 250 a 500mg de12/12h (ITR); 250mg 1x/dia ou de 12/12h (ITU não complicada); 250 a 500mg de 12/12h (ITU
VO complicada)
Piperacilina +
Amp EV 2,25g / 4,5g 4,5g de 8/8h ou de 6/6h
Tazobactam
Oxacilina Fr amp 500mg 250 a 500mg de6/6 ou de 4/4h (infecções leves); 1g de6/6 ou de 4/4h (infecções graves)
EV
Metronidazol Comp 250mg / 400mg 250mg de 8/8h (giardíase); 500mg de 6/6h (amebíase); 400mgde 8/8h (anaeróbios)
VO
Medicamento Apresentação Posologia
Amoxicilina+ Comp
625mg / 1g 625mg de 8/8h ou 1g de 12/12h
Clavulanato VO
Fr amp 1.000.000 /
Penicilina Cristalina Varia de acordo com a infecção
EV 5.000.000UI
Anti-hipertensivos
Antiácidos
Antieméticos
Anti-histamínicos
Analgésicos
Amarela (A1, A2 e A3): medicamentos opioides e anfetaminas. Impressas e fornecidas ao médico pela vigilância sanitária.
Azul (B1 e B2): medicamentos psicotrópicos. Drogas inibidoras do apetite, sedativos diazepínicos e barbitúricos.
Branca (C1, C2, C3, C4, C5): medicamentos antibióticos, anticonvulsivantes não barbitúricos e não sedativos, antidepressivos, antipsicóticos,
antiparkinsonianos.
Programa farmácia popular: alguns medicamentos para hipertensão, diabetes, asma, anticoncepção, osteoporose e Parkinson. Disponíveis
gratuitamente ou com copagamento nas farmácias conveniadas à rede do Programa Saúde Não tem Preço.
Declaração de óbito
Parte I: o médico deve declarar a causa básica do óbito em último lugar (parte I - linha d), estabelecendo uma sequência, de baixo para cima, até a
causa terminal ou imediata (parte I - linha a);
Parte II: declarar outras condições mórbidas preexistentes e sem relação direta com a morte (que não entraram na sequência causal declarada na
parte I);
Obs.: causa básica da morte e a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as
circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal;
Anote apenas um diagnóstico por linha;
Ao lado de cada causa, preencha a duração de tempo aproximado da doença (do diagnóstico até a morte).
Exemplo preenchido
Principais abreviaturas
ABD: abdome
ACM: a critério médico
BEG: bom estado geral
BPM: batimentos por minuto
BRNF em 2T: bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos
Bx: biópsia
CA: câncer
CCIH: comissão de controle de infecção hospitalar
CD: conduta
DEA: desfibrilador externo automático
CH: concentrado de hemácias
DIH: dia de internação hospitalar
DM: diabetes mellitus
DUM: data da última menstruação
DPOC: doença pulmonar obstrutiva crônica
EF: exame físico
FAB: ferimento por arma branca
FAF: ferimento por arma de fogo
FAV: fístula arteriovenosa
FC: frequência cardíaca
FCC: ferimento corto-contuso
FR: frequência respiratória
Fx: fratura
GI: gastrointestinal
HAS: hipertensão arterial sistêmica
HD: hipótese diagnóstica
HDA: hemorragia digestiva alta
HDB: hemorragia digestiva baixa
HMC: hemocultura
IAM: infarto agudo do miocárdio
ID: intradérmica
IG: idade gestacional
IM: intramuscular
IN: intranasal
IOT: intubação orotraqueal
LCR: líquido cefalorraquidiano
LOTE: lúcido, orientado no tempo e espaço
MMSS: membros superiores
MMII: membros inferiores
MSD: membro superior direito
MVBD: murmúrio vesicular bem distribuído
NBZ: nebulização
NDN: nada digno de nota
NPT: nutrição parenteral total R
NM: ressonância magnética
PA: pressão arterial
PA: panículo adiposo
PAF: perfuração por arma de fogo
PAM: pressão arterial média
PCR: parada cardiorrespiratória
PCR: proteína C Reativa
PEG: péssimo estado geral
PIC: pressão intracraniana
PS: pronto-socorro
PO: pós-operatório
POI: pós-operatório imediato
POT: pós-operatório tardio
PVC: pressão venosa central
RA: ruídos adventícios
RCP: ressuscitação cardiopulmonar
RHA: ruídos hidroaéreos
RX: radiografia
SC: subcutânea
SF: solução fisiológica
SG: solução glicosada
SIC: segundo informações coletadas
SL: sublingual
SNC: sistema nervoso central
SNE: sonda nasoenteral
SNG: sonda nasogástrica
SSVV: sinais vitais
SO: sala operatória
SVA: sonda vesical de alívio
SVD: sonda vesical de demora
Tbg: tabagista
TC: tomografia computadorizada
TCE: traumatismo cranioencefálico
TEP: tromboembolismo pulmonar
TVP: trombose venosa profunda
TQM: traqueostomia
Tx: transplante
TTRN: taquipneia transitória do recém nascido
VAS: vias aéreas superiores
VE: ventilação espontânea
VMG: visceromegalia
VO: via oral
VR: via retal
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES
Eletrocardiograma
2. Ritmo
Onda P positiva precedendo QRS em D1, D2 e AVF?
Sim ➡ Sinusal
Padrões eletrocardiográficos
Taquicardia sinusal
Taquicardia nodal
Flutter atrial
Flutter ventricular
Fibrilação atrial
Fibrilação ventricular
Taquicardia ventricular
V7 e V8 (ou infra de ST em parede anterior com imagem em espelho) Posterior Coronária direita ou circunflexa
Gasometria
1. Alcalose ou acidose?
Acidose: pH < 7,35
Alcalose: pH > 7,45
Obs.: compensação imediata (pulmão): alteração da frequência respiratória para aumentar ou reduzir a quantidade de CO2 no sangue. Aumento da
frequência respiratória alcaliniza o sangue, reduzindo o CO2 dissolvido nele; compensação tardia (rim, após 48h): o rim controla a quantidade de H+ e
bicarbonato excretada na urina.
Possíveis situações:
Compensado: PaCO2 esperada = PaCO2 do paciente. Pulmão ventilando em concordância pra equilibrar o distúrbio;
Distúrbio misto:
PaCO2 esperada > PaCO2 do paciente: Algo está causando hiperventilação pulmonar ➡ acidose respiratória;
PaCO2 esperada < PaCO2 do paciente: Algo está causando hiperventilação pulmonar ➡ alcalose respiratória.
Ânion gap normal (8-12): hiperalimentação; diarreia; acetazolamida; soro fisiológico 0,9%; espironolactona; doença de Addison; acidose
tubular renal.
Ânion gap aumentado (>12): metanol; uremia; cetoacidose diabética; etileno glicol; salicilatos (fase tardia); acidose láctica.
Sumário de urina
Unidade Formadora de Colônias (UFC): > 105UFC/mm³ ➡ infecção.
Nitrito
Presente: bactérias produtoras de nitrato redutase: E. coli, Klebsiella, Proteus, Enterobacter, Citrobacter, Pseudomonas;
Ausente: bactérias não produtoras de nitrato reductase: Staphylococcus, Streptococcus, Haemophilus.
Proteinúria
Glicose
Leucócitos: normal < 2-5 células/hpf. Acima disso, pensar em: infecção, inflamação ou contaminação;
Eritrócitos: normal <2 células/hpf. Hematúria microscópica se > 3 células/hpf em 2 ou 3 amostras urinárias.
Exames laboratoriais
Sangue:
Hemoglobina: 12-17g/dL
Hematócrito: 36-50%
VCM: 80-100 fL
HCM: 28-32 pg
CHCM: 32-35g/dL
RDW: 10-14%
Plaquetometria: 150-400 x 10³/mm³
Leucócitos totais: 5-11 x10³/mm³
Basófilos: 0-1%
Eosinófilos: 1-5%
Mielócitos: 0%
Metamielócitos: 0%
Bastões: 0%
Segmentados: 45-70%
Linfócitos: 20-45%
Monócitos: 4-10%
Sódio: 135-145 mEq/L
Potássio: 3,5-4,5 mEq/L
Cálcio: 8,5-10 mg/dL
Cálcio iônico: 2,24- 2,46 mmol/L
Fósforo: 2,5-4,3 mg/dL
Magnésio: 1,5-2,5 mg/dL
Cloro: 102-109 mmol/L
Bicarbonato: 22-26 mEq/L
pCO2: 25-45mmHg
pO2: >60mmHg
• pH: 7,35-7,45
Lactato: 0,5-1,6 mmol/L
Osmolaridade: 280-295mmol/L
Creatinina: <1,5mg/dL
Ureia: 10-50mg/dL
Amilase: 28-100U/L
Lipase: <60U/L
AST: 12-38U/L
ALT: 7-41U/L
Fosfatase Alcalina: 30 -120U/L
Gama-GT: 1-94U/L
Bilirrubinas totais: 0,3-1,3mg/dL
Bilirrubina direta: 0,1-0,4mg/dL
Bilirrubina indireta: 0,2-0,9mg/dL
Proteínas totais: 6,5-8,1g/dL
Albumina: 3,5-5,0g/dL
CK-MB: <25U/I
CK-MB massa: <3,6 ng/mL
Troponina: <0,5ng/mL
Mioglobina: <90mcg/L
Vitamina B12: 174- 878 pg/mL
Vitamina A: 360 - 1200 ug/L
Ferro sérico: 40- 160 ug/dL
Ferritina:
Mulheres: 6-159 mg/mL
Homens: 28- 397 mg/mL
Saturação de Oxigênio: 95- 100%
Ácido fólico: 3-17 mg/mL
Glicemia: 70-100 mg/dL
Triglicerídeos: <150 mg/dL
Colesterol total: < 200 mg/dL
HDL: >35 mg/dL
LDL: <130 mg/dL
Urina:
pH: 4,5-7,5
Glicose: nenhum
Proteína: nenhum
Leucócitos: <10.000 células/mL
Hemácias: <10.000 células/mL
Densidade: 1,005 a 1,030
Ácido úrico:
Mulheres: 3,5-7,2 mg/dL
Homens: 2,6-6,0 mg/dL
Cristais: 1-2 por campo
UFC: < 100.000 colônias
Função tireoidiana:
Obs.: de preferência veias da extremidade superior, pois afetam menos a mobilidade e causam menos flebite.
Técnica
1. Posicionar o torniquete 8-10cm do local de punção. Pedir para paciente abrir e fechar a mão.
2. Selecionar e friccionar o local com antisséptico (Clorexidina 2% ou Álcool 70%).
3. Estabilizar a veia com a mão não dominante realizando uma tração da pele distalmente ao sítio escolhido.
4. Manusear o cateter com a mão dominante e bisel voltado para cima; avançar por 1 ou 2 mm. Angulação: 10-30º - veias superficiais; 30-45º - veias
profundas.
5. Estabilizar a agulha e avançar o cateter.
6. Retirar o torniquete.
7. Comprimir o cateter sobre a pele e remover a agulha. Acoplar seringa para fazer a coleta caso queira amostra sanguínea.
8. Acoplar equipo e observar perviedade através do gotejamento.
9. Fixar cateter e anotar data e horário.
Retirada: desacoplar o equipo, remover fita adesiva de fixação, retirar o cateter. Pressionar o local por 5 minutos. Posicionar algodão ou gaze no local e pedir para o
paciente segurar por mais 10 minutos, prevenindo formação de hematoma.
Drenagem torácica
Técnica
Posicionar o paciente: decúbito dorsal, com o braço (ipsilateral ao hemitórax que será drenado) em abdução e cotovelo em flexão sob a cabeça.
Sítio de incisão: 5° EIC entre a linha axilar anterior e média.
Degermação e antissepsia do paciente.
Preparar o tubo com a fixação de uma pinça Rochester na porção inicial do dreno e a outra 4 cm distantes à última fenestração.
Anestesiar, com agulha a 90°, o periósteo das duas costelas imediatamente acima e abaixo do 5° EIC, além de planos musculares, subcutâneo e
pele.
Realizar incisão de 2-3 cm paralela ao espaço intercostal imediatamente acima da costela.
Divulsionar os tecidos, com uma pinça hemostática média curva, até alcançar a pleura parietal.
Perfurar a pleura com a pinça e realizar exploração digital.
Inserir o tubo com auxílio das pinças Rochester através da incisão na direção apico-superior (hemotórax) ou apico-anterior (pneumotórax).
Observar retorno de sangue ou condensação do dreno; conectar o tubo ao sistema de drenagem fechado; retirar a pinça que está a 4 cm da última
fenestração.
Fixação do dreno: ponto em U-horizontal + nó do cirurgião + três bailarinas + três seminós.
Cobrir o local com curativo oclusivo e solicitar radiografia de tórax.
IOT Assistida por drogas
Materiais: Laringoscópio testado + lâmina; cânula de intubação adequada (7,5-8 para mulheres, 8-9 para homens); material de aspiração; seringa de 20mL para
insuflar o cuff; fonte de oxigênio + AMBU/Ventilação mecânica; material de fixação da cânula; estetoscópio para checar a posição do tubo; drogas a serem usadas no
procedimento.
Preparação
Separar e testar os materiais que serão utilizados incluindo meio alternativo em caso de falha do procedimento; monitorização cardíaca e oximetria de
pulso; acesso venoso calibroso.
Pré-oxigenação
Oxigênio a 100% por 3-5 minutos através de máscara facial.
Pré-tratamento
Lidocaína (1,5 mg/kg) ou Fentanil (1-3 mcg/kg).
Paralisia com indução
Agentes indutores: Etomidato, Quetamina, Midazolam ou Propofol.
Bloqueadores neuromusculares: Succinilcolina ou Rocurônio.
Proteção e posicionamento
Hiperextensão da cabeça (se não houver risco); colocação do coxim na região occipital; realizar a pressão cricoide.
Posicionamento do tubo
Introduzir a lâmina do laringoscópio no lado direito da boca do paciente, deslocando a língua para a esquerda até que ela se insira na valécula.
Exposição da glote e visualização das cordas vocais e passagem do tubo endotraqueal. Conectar e insuflar dispositivo bolsa-máscara-balão para
observar se há expansão torácica simétrica. Auscultar o epigástrio, hemitórax esquerdo e direito. Capnografia e posterior radiografia de tórax deve ser
usados para confirmar o procedimento;
Pós-intubação
Fixação do tubo traqueal. Além disso, realizar oxigenação e manter monitorização.
Técnica
1. Paciente em decúbito dorsal com exposição do pescoço e extensão cervical (se não for politraumatizado).
2. Realizar a pré-oxigenação do paciente.
3. Degermação, antissepsia do paciente e colocação dos campos cirúrgicos.
4. Imobilizar a cartilagem tireoide com 1º e 3º dedos da mão não dominante deixando o 2º dedo livre para localizar a membrana cricotireóidea.
5. Com a mão dominante, inserir o jelco conectado à seringa, diretamente sobre a membrana cricotireóidea, em ângulo de 45° caudalmente, aplicando
pressão negativa na seringa (puxando o êmbolo), aspirando à medida que a agulha avança. Bolhas de ar, no soro, confirmam o espaço intratraqueal.
Cricotireoidostomia cirúrgica
Técnica
7. Inserir uma pinça hemostática ou um afastador traqueal dentro da incisão e girá-lo 90 graus para abrir a via aérea;
8. Inserir um tubo endotraqueal ou um tubo de traqueostomia de tamanho apropriado, com balão, através da incisão da membrana cricotireóidea,
direcionando o tubo distalmente para dentro da traqueia;
9. Insuflar o balão e ventilar o paciente;
10. Observar as insuflações pulmonares e auscultar o tórax para verificar a ventilação;
11. Fixar o tubo endotraqueal.
SUPORTE DE VIDA
Suporte básico de vida
Passo 1: Avaliação
Responsividade + Pulso carotídeo + Respiração
(Simultaneamente)
Pedir ajuda
(carrinho parada + ajuda médica)
Passo 2: RCP
Ciclos de:
30 compressões (freq. 100-120/min – profundidade 5-6 cm)
Troca as funções a cada 5 ciclos ou 2 minutos
Uso do D.E.A.
Abrir / Ligar
Colar as pás
Ouvir o comando do D.E.A.
Durante a análise ➡ Afastar
Choque?
Sim Não
AFASTAR! Reiniciar RCP
Chocar! Nova análise após 2 min
Reiniciar RCP
Nova análise após 2 min
Desfibrilação
Medicamentos (IV/IO)
Pulso e PA;
Elevação sustentada de PETCO2 ≥40mmHg;
Ondas de PA espontâneas em monitorização de PA invasiva.
Causas reversíveis
Hipovolemia;
Hipóxia;
H+ (acidose);
Hipo/hipercalemia (potássio);
Hipotermia;
Tensão por pneumotórax;
Tamponamento cardíaco;
Toxinas;
Trombose pulmonar;
Trombose coronariana.
OBSTETRÍCIA
Cálculo idade gestacional (IG)
1º passo: data da última menstruação (DUM) ou USG obstétrico.
2º passo: encontrar total de dias até a data atual.
3º passo: dividir por 7 (resultado = total de semanas).
Hipertensão na gestação
Hipertensão crônica: níveis pressóricos elevados antes de 20 semanas de gestação, sem proteinúria.
Hipertensão gestacional (HG): PAS > = 140mmHg e/ou PAD > = 90mmHg; sem proteinúria após 20 semanas.
Pré-eclâmpsia (PE): HG e/ou proteinúria (> 300 mg / 24h), disfunção uteroplacentária, presença de disfunção de órgãos maternos.
PE superimposta: hipertensão essencial e/ou proteinúria, disfunção uteroplacentária, disfunção de órgãos maternos.
PE severa: PAS > = 160mmHg e/ou PAD > = 110mmHg + PE.
Eclâmpsia: PE severa + convulsões.
HELLP: PE severa + hemólise, elevação de enzimas hepáticas e baixo número de plaquetas.
Exames no pré-natal
Período Exames
Hemograma;
Tipagem sanguínea e fator Rh;
Coombs indireto (se for Rh negativo);
Glicemia em jejum;
1ª Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR Teste rápido diagnóstico anti-HIV;
consulta
Anti-HIV;
ou Toxoplasmose IgM e IgG;
1º Sorologia para hepatite B (HbsAg);
trimestre Urocultura + Urina tipo I (sumário de urina)
Ultrassonografia obstétrica;
Citopatológico de colo de útero (se for necessário)
Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica)
Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica).
2º Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame
trimestre preferencialmente entre a 24a e a 28a semana);
Coombs indireto (se for Rh negativo).
Hemograma;
Glicemia em jejum
Coombs indireto (se for Rh negativo);
VDRL;
3º
trimestre Anti-HIV;
Sorologia para hepatite B (HbsAg);
Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente
Urocultura + sumário de urina;
Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de gestação).
Resultados e condutas
Jejum:
<110mg/dL Teste negativo.
2h: <140mg/dL
TTGO 75g (2h)
Jejum:
>110mg/dL 2h: DM gestacional.
>140mg/dL
Exame Resultado Interpretação/conduta
Ausência de
anemia Suplementação de ferro a partir da 20a semana: 1 drágea de sulfato ferroso/dia (200mg), corresponde a 40mg de ferro
elementar. Ingerir a medicação antes das refeições
Hb >11g/dL
Anemia grave
Referir a gestante ao pré-natal de alto risco.
Hb <8g/dL
Gestante Rh-
Tipagem Solicite o teste de Coombs indireto: negativo, repeti-lo a cada 4 semanas, a partir da 24ª semana; positivo, referir a
sanguínea Parceiro Rh+ gestante ao pré-natal de alto risco.
Rh desconhecido
Traços ➡ repita em 15 dias; caso se mantenha, referir gestante ao pré-natal de alto risco;
Proteinúria Traços + hipertensão/edema ➡ referir a gestante ao pré-natal de alto risco;
Maciça ➡ referir a gestante ao pré-natal de alto risco.
Puiria Bacteriúria Trate a gestante para infecção do trato urinário (ITU) empiricamente, até o resultado do antibiograma;
Leucocitária Solicite sumário de urina após o termino do tratamento
Sumário
Cultura positiva ITU de repetição ou refratária ao tratamento: ajustar medicação com base no antibiograma e referir a
de urina e gestante ao pré-natal de alto risco;
(> 10 col/mL)
urocultura Pielonefrite: referir a gestante ao hospital de referencia em intercorrências obstétricas.
Isolada: uma vez que tenha sido excluído sangramento genital, e necessário referir a gestante para
Hematúria consulta especializada;
Piúria associada: considerar ITU e referir a gestante para consulta especializada.
Teste rápido TR positivo Encaminhar a gestante para pré-natal no serviço de atenção referência em DST/Aids.
diagnóstico para
HIV TR negativo Repetir a sorologiano 3º trimestre.
Sorologia Positivo Encaminhe a gestante para pré-natal no serviço de atenção referência em hepatites.
para
hepatite B Teste negativo Vacinar a gestante caso ela não tenha sido vacinada anteriormente. Repetir sorologiano 3º semestre.
Aleitamento
Benefício Contraindicação
Benefício Contraindicação
Tuberculose ativa
Involução uterina HIV
Redução de sangramento pós-parto Lesões herpéticas ativas na
Mãe Retorno ao peso anterior mama
Redução do risco de câncer de mama e ovário Quimioterapia/radioterapia em
Ligação afetiva entre mãe e criança curso
Abuso de álcool
Aumento da imunidade
Melhora da motilidade gastrointestinal
Criança Prevenção de doenças infecciosas (otite média, gastroenteritis, doenças respiratórias e Galactosemia
do trato urinário)
Redução de risco de câncer infantil, diabetes tipo 1 e enterocolite necrotizante.
Partograma
Quando iniciar: fase ativa do parto (dilatação de 3cm, 3 contrações a cada 10 minutos e duração >40 segundos cada).
Avaliar/registrar
Intervalos de 1h: batimentos cardiofetais e as contrações uterinas; Intervalos de 2h: dilatação, tipo de apresentação (pélvica, cefálica, transversa),
descida e posição e condição da bolsa amniótica (íntegra ou rota. Se rota: avaliar coloração do líquido – claro, grumos, meconial);
Linha de alerta: traçada na posição de 1h após abrir o partograma;
Linha de ação: traçada na posição de 4h após a linha de alerta.
Exemplo de partograma:
Cardiotocografia (CTG)
Definição: exame de monitoramento de saúde fetal por meio do registro da frequência cardiofetal (FCF) e contratilidade uterina.
Indicação: 3º trimestre em gestantes com fatores de risco para prognóstico fetal adverso. Válido por 1 semana em condições maternas estáveis. Exceções:
diabéticas insulinodependentes e gravidez prolongada (realizar > 1 vez por semana).
Procedimento: posicionar 2 transdutores no abdome da gestante. Uma monitora contração uterina e o outro a FCF. Registro deve ser de no mínimo 20 min.
1. Contração uterina
Duração: No de quadrados horizontais (2 quadrados equivalem a 1 minuto). Frequência: No de contrações em 10min.
2. Linha de base da frequência cardíaca fetal (FCF):
Normal: 110-160bpm).
Taquicardia: hipóxia, corioamnionitis, hipertireoidismo, anemia fetal/materna, taquiarritmia. Bradicardia: gestação prolongada, apresentação occipital
posterior ou transversa, desproporção cefalopélvica. Bradicardia severa: < 80bpm por > 3min - hipóxia severa, prolapso de cordão umbilical,
compressão prolongada de cordão umbilical, convulsão materna, anestesia materna epidural/raquidiana.
3. Variabilidade
Variação para mais/menos da FCF em relação a linha de base (normal: 6-25bpm);
4. Acelerações
Elevação abrupta na FCF da linha de base > 15bpm por > 15 seg. Em fetos sadios, ela está relacionada à contração uterina;
5. Desacelerações
Redução abrupta da FCF da linha de base > 15bpm por > 15seg. em resposta a hipóxia.
Precoce: fisiológica. Resposta vagal à compressão da cabeça fetal pela contração uterina. Começa e
termina com a contração.
Tardia: insuficiência placentária. Começa no pico da contração uterina e termina depois do término da
contração.
Obs.: considera-se a CTG normal quando ela não apresenta desacelerações ou a desaceleração é variável com < 30 segs. de duração.
PEDIATRIA
APGAR
Aplicado no 1º e 5º minuto de vida.
(A) Aparência
(0) Azul, pálido;
(1) Corpo rosado, extremidade azuis;
(2) Completamente rosado.
(P) Pulso
(0) Ausente;
(1) <100bpm;
(2) >100bpm.
(G) Gesticulação / irritabilidade reflexa
(0) Sem resposta;
(1) Faz caretas;
(2) Tosse, espirro ou choro.
(A) Atividade/tônus muscular
(0) Flácido;
(1) Algumas flexões nas extremidades;
(2) Movimento ativo.
(R) Respiração
(0) Ausente;
(1) Lenta;
(2) Boa, chorando.
Desenvolvimento neuropsicomotor
0 - 12 meses
Motor: desaparecimento dos reflexos primitivos: moro (3m); sucção (6m); palmar (6m); Babinski (12m). Postura: sustentar cabeça (1m); rolar e sentar
(6m); levantar (10m); andar (12 -18m). Mãos: passar objetos entre as mãos (6m); movimento de pinça (10m); apontar objetos (12m);
Social: sorriso social (2m); ansiedade a desconhecidos (6m); ansiedade de separação (9m);
Verbal/cognitivo: reagir a voz das pessoas (4m); nome e gestos (9m); permanência de objetos (9m); falar “mama/papa” (10m).
12 -36 meses
Motor: subir escada (18m); associar cubos: No de cubos é idade x 3 (1 ano ➡ associar 3 cubos; 2 anos ➡ 6 cubos; 3 anos ➡ 9 cubos); comer com
garfo/colher (20m); chutar bola (24m);
Social: brincar com outras crianças (24-36m); se distanciar e reaproximar da mãe (24m); formação da identidade de gênero (36m);
Verbal/cognitivo: 200 palavras em sentenças de 2 palavras (aos 2 anos).
Cálculo da venóclise
1º passo: calcular necessidade calórica diária pelo peso da criança (fórmula de Holliday–Segar).
2º passo: dividir necessidade calórica diária por 100 para encontrar o peso calórico do paciente.
3º passo: calcular necessidade diária de água, eletrólitos e glicose.
Para cada 1kg de peso calórico (100kcal de necessidade calórica), são necessários:
Água: 100mL
Sódio: 3mEq
Potássio: 2mEq
Glicose: 8g
SG 5% - - - - 20g 252
Principais aditivos
Soluções isotônicas
SG 5% 100mL
SG 5% 250mL
SG 5% 500mL
SG 10% 1000mL
Bomba de infusão
1º passo: calcular volume hídrico em 24h.
2º passo: determinar taxa de hidratação que você quer administrar no paciente.
3º passo: calcular quantos mL/hora para programar a bomba de infusão: Volume total em mL ÷ 24ℎ .
Nascimento
3 meses
5 meses
6 meses
9 meses
12 meses
15 meses
4 anos
Mallampati
Classe 1 Classe 3
Visualiza-se toda a parede posterior da orofaringe, incluindo o polo inferior Visualiza-se a inserção da úvula e o palato mole. Não é possível evidenciar a parede
das tonsilas palatinas. posterior da orofaringe.
Classe 2 Classe 4
Visualiza-se parte da parede posterior da orofaringe. Visualiza-se somente parte do palato mole e o palato duro.
Exames pré-operatórios
65-74 anos Ht, ECG, Cr, Glicemia Ht ou Hb, ECG, Cr, Glicemia
> 74 anos Hb, Ht, ECG, Cr, Glicemia, Radiografia de tórax Hb, Ht, ECG, Cr, Glicemia, Radiografia de tórax
Anestésicos locais
Paciente:
Desnutrição, albumina baixa, obesidade.
Tratamento com corticoide, imunomoduladores, quimioterapia ou radioterapia.
Tabagismo, mal controle de diabetes, doença arterial periférica, insuficiência venosa.
Infecção ativa em outro local do corpo.
Idade avançada.
Procedimento:
Cirurgia de emergência ou oncológica;
Cirurgia aberta (vs. Laparoscópica);
Preparação inadequada do procedimento, antissepsia e assepsia.
Ausência de antibioticoprofilaxia (quando adequada).
Febre pós-operatória
Mesa cirúrgica
Escala de Glasgow
Ocular (1-4)
(4) Abre os olhos espontaneamente;
(3) Abre os olhos em resposta a um chamado;
(2) Abre os olhos em resposta a estímulo de dor;
(1) Não abre os olhos;
Não testável: olhos fechados devido a algum fator impossibilitante.
Verbal (1-5)
(5) Orientado, conversa normalmente;
(4) Confuso, desorientado;
(3) Pronuncia palavras desconexas;
(2) Emite sons incompreensíveis;
(1) Emudecido;
Não testável: não emite sons devido a algum fator impossibilitante.
Motora (1-6)
(6) Obedece a comandos;
(5) Localiza estímulos dolorosos;
(4) Reflexo de retirada de estímulos dolorosos;
(3) Flexão anormal a estímulos dolorosos;
(2) Extensão a estímulos dolorosos;
(1) Não se movimenta;
Não testável: não se movimenta devido a algum fator impossibilitante.
Reflexo Pupilar
Presente/normal nos dois olhos: 0
Ausente/alterado em um dos olhos: -1
Ausente/alterado nos dois olhos: -2
Obs.: Glasgow ≤8 é indicação de entubação.
Politrauma
(A) Vias aéreas (paciente consegue falar?) + proteção de coluna cervical.
(B) Respiração (padrão ventilatório / ausculta pulmonar).
(C) Circulação (pulso, PA, ausculta cardíaca) + controle de hemorragia.
(D) Neurológico (aplicar escala de Glasgow).
(E) Exposição + controle do ambiente (prevenir hipotermia!).
(A) Alergia.
(M) Medicações de uso habitual.
(P) Passado médico; prenhez.
(L) Líquidos e alimentos ingeridos recentemente.
(A) Ambiente e eventos relacionados ao trauma.
Choque hemorrágico
Cristaloide + Cristaloide +
Conduta Cristaloide Cristaloide
CH CH
Atendimento ao queimado
Classificação
1º grau: eritema;
2º grau: flictenas (bolhas), superficial (avermelhado) ou profunda (esbranquiçada);
3º grau: placa esbranquiçada ou enegrecida com textura de couro.
Calculo da superfície queimada: Aplicar “regra dos 9” para estimar a superfície corporal queimada.
3. Ressuscitação volêmica (fórmula de Parkland)
Solução Ringer lactato; metade do volume total calculado é administrada nas primeiras 8h. A outra metade é administrada 16h seguintes;
MONITORAR A DIURESE: adulto (0,5-1ml/Kg/h), criança (1-2ml/Kg/h).
*HAS, Hipertensão Arterial Sistêmica; RCV, Risco Cardiovascular; PA, Pressão Arterial; MAPA, Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial; MRPA, Monitorização
Residencial de Pressão Arterial.
Classificação
PA sistólica PA diastólica
Exames de rotina:
Eletrocardiograma
Plasma: Glicemia de jejum; Colesterol total, HDL e triglicérides; Potássio;
Creatinina; Ácido úrico
Sumario de urina
Ritmo de filtração glomerular estimado
Obs.: LDL= colesterol total − (HDL + (triglicérides÷ 5))
Tratamento:
Metas:
Estágio 1 e 2, com risco cardiovascular baixo e moderado e HA estágio 3 ➡ < 140/90 mmHg
Estágio 1 e 2 com risco cardiovascular alto ➡ < 130/80 mmHg
Recomendações:
Peso: manter IMC < 25 antes dos 65 anos ou IMC < 27 após 65 anos
Circunferência abdominal: mulheres < 80 cm e homens e < 94 cm;
Dieta DASH
Restrição do consumo de sódio: até 2g de sódio, equivalente a 5g de cloreto de sódio.
Moderação no consumo de álcool: mulheres (ou pessoas de baixo peso) até 1 dose/dia e homens até 2 doses/dia.
Exercício: no mínimo 30 min/dia de atividade física moderada, de forma continua (1x30min) ou acumulada (2x15min ou
3x10min) em 5 a 7 dias da semana. Sugestões: andar, correr, nadar, dançar, etc. Atividade moderada é definida pela maior
intensidade pra sentir cansaço sem ficar ofegante (ainda conseguindo conversar).
Terapia farmacológica:
Estágio 1 e risco cardiovascular moderado ou baixo (aguardar 3-6 meses pelo efeito de modificações do estilo de vida);
PA 130-139/85-89 mmHg e doença cardiovascular preexistente ou alto risco cardiovascular.
*RCV, Risco Cardiovascular; MEV, modificações de estilo de vida; IECA, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina; BRA, Bloqueador dos Receptores da
angiotensina II.
Diabetes Mellitus
Sintomas:
Polidipsia.
Polifagia.
Poliúria.
Perda de peso.
Indicação de rastreamento:
> 45 anos
IMC > 25
Hipertensos
Histórico familiar de diabetes.
Exames:
Glicemia aleatória:
≥ 200 mg/dL ➡ Diabetes
140-199 mg/dL ➡ Investigar
Glicemia em jejum:
≥ 125mg/dL ➡ Diabetes
100-124 mg/dL ➡ Pré-diabetes
< 100 ➡ Normal
HbA1c < 7,5% ou Glicemia < 200 mg/dL ou sintomas leves: Modificações do estilo de vida (MEV) + Metformina.
HbA1c 7,5-9,0% ou Glicemia 200-299 mg/dL ou sintomas moderados: MEV + Metformina + 2ª medicação hipoglicemiante.
HbA1c > 9,0% ou Glicemia > 300 mg/dL ou sintomas significativos: MEV + Metformina + Insulina ou agonista do GLP1.
HbA1c < 9,0% ou Glicemia > 300 mg/dL + desidratação e /ou cetose: hospitalização para correção glicêmica (solução de insulina venosa),
reposição/correção hidroeletrolítica.
Obs.: Metformina é contraindicada em pacientes com doença renal crônica, insuficiência cardíaca, e doença hepática. Pioglitazona é contraindicada em pacientes
com insuficiência cardíaca.
Conduta ambulatorial
Alvo terapêutico:
Monitorar:
Anemia
Hiperbilirrubinemia
Câncer de pele
Queixas/alterações:
Recomendações/orientações gerais:
Melanoma (ABCDE)
(A) Assimetria.
(B) Bordas irregulares.
(C) Cor (tons de preto escuro, múltiplas colorações).
(D) Diâmetro maior que 5mm.
(E) Evolução (mudanças rápidas de tamanho, forma e cor).
Carcinoma basocelular
Lesão (ferida ou nódulo) com bordas peroladas, róseas ou translúcidas que não cicatriza, podendo ulcerar e sangrar.
Carcinoma espinocelular
Mancha vermelha descamativa e sangrante formando uma ferida. Frequentemente oriunda de uma cicatriz prévia.
Úlceras
Arterial: ponta dos dedos dos pés. Paciente com doença arterial periférica (pele sem pelos, descamada e com ausência de pulsos).
Venosa: região do maléolo medial. Paciente com insuficiência venosa (pernas edemaciadas, endurecidas e com hiperpigmentação). Prevenção:
meias compressivas, elevação das pernas, e diuréticos.
Diabética: planta dos pés. Paciente diabético, com neuropatia periférica, perde a sensibilidade a pequenos tramas nos pés. Prevenção: controle
glicêmico, inspeção constante dos pés, calcados apropriados para diabéticos.
Por pressão: pontos de pele com proeminência óssea que sofrem pressão prolongada, levando a isquemia/necrose tecidual (paciente acamado,
cadeirante, maus tratos). Região sacral, trocanter. Prevenção: mudança de decúbito a cada 2 horas.