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 Autor dos livros:

 AUTISMO – AZUL E DE TODAS AS CORES


- Paulinas Editora – 2018

 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E EDUCAÇÃO


ESPECIAL (Cap. AUTISMO e EDUCAÇÃO
INCLUSIVA) – Imprece – 2019

 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SÍNDROMES


INFANTIS - Paulinas Editora – 2020

 AUTISMO – UM OLHAR POR INTEIRO (Cap.


DESVENDANDO O AUTISMO: MITOS E
VERDADES) – Literabooks – 2020
 DIABETES:
 Crianças com síndrome de Down têm 4x mais chances de desenvolver
diabetes do que outras crianças ( 1 em cada 60 criança com Down).
 É mais provável que o diabetes seja do tipo 1, que é uma condição em
que o sistema imune ataca e destrói as células produtoras de insulina
no pâncreas.
O QUE É O DIABETES?
Boa parte da comida que ingerimos é transformada em glicose para fornecer
energia ao nosso organismo.

O pâncreas, um órgão que fica bem próximo ao estômago, produz um hormônio


chamado insulina, que possibilita o uso da glicose.
Quando a pessoa tem diabetes, o corpo não produz insulina suficiente ou não
consegue utilizá-la tão bem quanto deveria.
Isso faz com que a glicose se acumule no sangue e, finalmente, os sintomas da
doença comecem a se manifestar no organismo.

A longo prazo, se não for controlado, o diabetes pode causar complicações graves
na saúde, com efeito em vários órgãos, incluindo o coração, os olhos e os rins.
ESPASMOS EPILÉTICOS:
 ESPASMOS EPILÉTICOS:
 Crianças com síndrome de Down
podem ter espasmos epiléticos –
5%,
 que são ataques epiléticos raros,
que requerem atenção médica.
 Eles geralmente ocorrem no
primeiro ano de vida e são
caracterizados por movimentos
anormais no corpo.
O QUE SÃO OS ESPASMOS EPILÉTICOS?

Espasmos epiléticos, também chamados de espasmos infantis, síndrome


de West ou ataques de Salaam, são ataques epiléticos raros que podem
ocorrer em crianças pequenas com síndrome de Down.
Eles também acontecem em crianças sem a síndrome, em menos de um
caso para cada 2.000 indivíduos.
Os espasmos são mais comuns em crianças com alguma dificuldade de
desenvolvimento, manifestando-se em cerca de 5% das crianças com a
síndrome que, portanto, são muito mais suscetíveis a esse tipo de
ocorrência do que as sem a trissomia.
Fique atento às características dos
espasmos epiléticos:
• Ocorrem em crianças pequenas,
normalmente até 12 meses
• Cabeça inclina para frente, de
repente
• Às vezes, movimentos rápidos de
braços e pernas
• Movimentos curtos, geralmente de
menos de um segundo
• Movimentos em série, com pequeno
intervalo entre eles
O QUE PODE SER OBSERVADO?
Os espasmos epiléticos geralmente ocorrem em crianças com menos de 12 meses
e os primeiros episódios costumam acontecer entre 3 e 6 meses de idade.
Os pais talvez percebam que a cabeça da criança inclina, de forma repentina, para
frente.
Às vezes, os braços e pernas também se movem rapidamente e a criança pode
ficar incomodada com isso.
Os movimentos são muito curtos - duram menos que um segundo -, mas podem
ocorrer em série, com um intervalo de tempo muito pequeno entre um e outro.
Esses espasmos sucessivos podem acontecer assim que a criança acorda.
Algumas famílias também percebem que há uma pausa ou regressão no
desenvolvimento da criança durante essa fase.
Ela também pode ficar menos interativa e passar a sorrir menos.
EXISTEM MOVIMENTOS INCOMUNS QUE PODEM NÃO SER ESPASMOS EPILÉTICOS?
Os bebês pequenos podem fazer movimentos involuntários por muitas razões diferentes.
Alguns podem ter um reflexo de ‘sobressalto’ exagerado, como se tivesse tomado um susto,
que pode ser notado, por exemplo, quando o bebê ‘pula’ ao escutar um barulho alto.

Alguns bebês podem curvar as costas ou se sentirem incomodados se o leite voltar do


estômago. Isso é chamado de refluxo e acontece com frequência em bebês com síndrome de
Down.
Muitas crianças, principalmente as que têm problemas de aprendizagem, podem apresentar
movimentos fora do comum de tempos em tempos.
Alguns bebês chegam a fazer movimentos parecidos com os que ocorrem durante espasmos
epiléticos, mas os resultados dos testes são normais.
Pode ser que, nesse caso, a criança seja diagnosticada com mioclonia infantil benigna.
Essa condição não requer nenhum tratamento e melhora ao longo do crescimento da criança.
ATENÇÃO:
Leve ao neuropediatra um registro em vídeo dos episódios
suspeitos.
Para ajudar no diagnóstico de espasmos epiléticos, é importante
anotar:
• Data e horário dos movimentos involuntários
• Descrição do episódio (preste atenção à cor das diferentes
partes do corpo da criança)
• O que ocorreu antes (bebê dormia, brincava, etc) e depois do
evento (criança chateada, com sono, etc)
VISÃO
VISÃO:
Os problemas de visão que afetam as
crianças com síndrome de Down são os
mesmos que ocorrem em qualquer outra
criança, mas tendem a acontecer com
mais frequência e de forma mais
acentuada.
PROBLEMAS DE VISÃO EM PESSOAS COM SÍNDROME DE
DOWN

Por causa do atraso no desenvolvimento da fala, algumas crianças


com a trissomia às vezes precisam fazer exames oculares que
foram criados para crianças que não conseguem se comunicar.

As que têm cardiopatias, em geral, não enfrentam problemas caso


precisem de cirurgia oftalmológica, mas é melhor consultar o
cardiologista.
COMO AS IMAGENS SÃO FORMADAS

1 – Quando olhamos para algum objeto, a imagem atravessa a córnea e


chega à iris, que regula a quantidade de luz recebida por meio da pupila.

2 – Através da pupila, a imagem chega ao cristalino e é focalizada sobre


a retina.

3 – Na retina, os raios de luz são transformados em impulsos


eletroquímicos e são enviados pelo nervo óptico ao cérebro, que
decodifica e interpreta a imagem captada.
Entre eles, destacam-se:
CATARATA CONGÊNITA - turvação indolor do cristalino que está
presente no nascimento ou logo após o nascimento.
ESTRABISMO – (20%) - os olhos apontam para direções
diferentes.
HIPERMETROPIA – (40%) - dificuldade para ver de perto, mas
pode afetar a visão de longe
MIOPIA – (14%) - dificuldade para ver de longe, visão para perto
é normal.
ASTIGMATISMO - (30%) - a imagem é distorcida ou desfocada.
NISTAGMO – (10%) - movimento involuntário dos olhos.
AUDIÇÃO
AUDIÇÃO:
 75% das pessoas com
síndrome de Down
sofrem perda auditiva
ao longo da vida.
 Nas crianças, a causa
mais comum é o fluido
na orelha média que,
caso não tratado, pode
comprometer a
linguagem e a
aprendizagem.
O MECANISMO DA AUDIÇÃO
O ouvido transforma os sons em sinais elétricos que o
cérebro é capaz de entender.
1) Os sons alcançam a orelha média
2) Passam pelo CONDUTO AUDITIVO EXTERNO (canal
do ouvido)
3) E atingem o TÍMPANO, que vibra
4) As vibrações do TÍMPANO chegam até três
pequenos ossos da orelha média (martelo, bigorna e
estribo), que vibram e amplificam o som como um
sistema de alavanca
5) As vibrações amplificadas são conduzidas aos
líquidos da orelha interna (CÓCLEA)
6) Em seguida, atingem as CÉLULAS RECEPTORAS,
que transformam as vibrações em impulsos elétricos
7) Estes impulsos caminham através do NERVO
AUDITIVO até o cérebro, que os percebe como sons
 Crianças com síndrome de Down precisam ter a audição testada regularmente.
 Todos os bebês recém-nascidos devem ser examinados para descobrir se têm
um problema de audição.
 Entretanto, os testes de rotina em recém-nascidos, precisam ser repetidos,
pois o fluido pode aparecer futuramente.
 Como o problema afeta muitas crianças com a síndrome, todas elas precisam
de um exame auditivo completo (otoscopia, audiometria e timpanometria) aos
seis meses, e depois anualmente para o resto da vida.
 Há profissionais que orientam exames mais frequentes.
 O protocolo da AAP (American Academy of Pediatrics) estabelece que os
testes sejam feitos a cada 6 meses até os 3 anos, já que este é o período
crucial de desenvolvimento da criança, e depois anualmente, uma vez que pode
se formar liquido na orelha média no intervalo de um ano.
Se em algum momento você achar que seu filho
pode não estar ouvindo bem, você deve informar o
médico ou agente de saúde que o atende.
Por causa da síndrome de Down, a audição dele
deve ser avaliada por um especialista.
É mais difícil testar a audição de crianças com
deficiência, por isso é importante que o teste seja
feito por alguém com experiência nesta área.
Boa parte das pessoas com síndrome de Down vai adquirir uma perda
auditiva ao longo da vida, sendo que, nas crianças, a causa mais
comum é o FLUIDO NA ORELHA MÉDIA.

Essa questão pode ser tratada de várias formas, que incluem a


inserção de tubos de ventilação no tímpano por meio de cirurgia e
aparelhos auditivos.

Vale lembrar que é necessário levar crianças com síndrome de Down


ao especialista para testes auditivos regulares, o que é de
importância vital para assegurar que não haja perda auditiva.
ALTERAÇÕES
NO SANGUE
ALTERAÇÕES NO SANGUE:
Existem algumas diferenças
nas contagens das células
sanguíneas em pessoas com
síndrome de Down e também
uma chance maior de
desenvolverem leucemias.
 ALTERAÇÕES ORTOPÉDICAS:
 Como consequência da frouxidão ligamentar
e da hipotonia muscular, podem apresentar
várias tipos de condições ortopédicas.
 Entre elas:
 INSTABILIDADE CRANIOVERTEBRAL – (15
a 30%), que se caracteriza pelo excesso de
movimento entre duas vértebras no alto da coluna
vertebral.
 ESCOLIOSE – (50%)
 PÉ PLANOS ou chatos – ausência diminuição do
arco medial plantar, mais conhecido como a curva do
pé.
O QUE É A INSTABILIDADE CRANIOVERTEBRAL?
Muitas pessoas com síndrome de Down – 15 e 30% - apresentam instabilidade
no pescoço - INSTABILIDADE CRANIOVERTEBRAL, ela engloba
a instabilidade atlanto-axial, a mais comum, e a instabilidade atlanto-occipital.
A coluna vertebral (espinha dorsal) é um conjunto de ossos com formatos
específicos (vértebras), um se movendo em cima do outro, em harmonia.
O movimento ocorre em várias articulações e a estabilidade delas depende da
força dos ligamentos que unem os ossos, e do tônus dos músculos que
circundam os ossos.
A medula espinhal é um feixe de nervos que atravessa um canal que percorre o
centro das vértebras da coluna vertebral.
Esses nervos levam informação do cérebro para os músculos dos braços,
pernas e tronco.
PÉS PLANOS

As crianças com síndrome de Down têm maior chance de apresentarem PÉS PLANOS ou
CHATOS, devido à HIPOTONIA e à FROUXIDÃO LIGAMENTAR, fatores que contribuem para
a MOBILIDADE EXCESSIVA DAS ARTICULAÇÕES - os ossos dos pés não estão devidamente
estabilizados e alinhados para a pessoa ficar de pé e caminhar adequadamente.
O pé plano é aquele com ausência ou diminuição do arco medial plantar, mais conhecido
como a curva do pé. O grau do pé plano varia de pessoa para pessoa.
Se permanecer sem tratamento, a criança pode desenvolver uma maior deformidade das
articulações.
O uso contínuo desse padrão de postura inadequada ao ficar de pé e caminhar pode
provocar dor.
ESCOLIOSE

Cerca de 50% de pessoas com síndrome de Down apresentam ESCOLIOSE, que é um


desvio da coluna - diagnosticada por um profissional de saúde e encaminhada para um
especialista, para avaliação e tratamento.
O especialista pode recomendar exames radiológicos regulares para acompanhar a
progressão da curva, o uso de órteses (coletes externos) corretivas para evitar a
progressão até formas mais graves ou ainda, se necessário, a correção cirúrgica destas
curvas, em casos em que a condição possa interferir com a capacidade de respiração pela
deformidade do tórax e diminuição do espaço para os pulmões
A instabilidade no pescoço é a que gera maior preocupação em pessoas
com síndrome de Down, seus médicos, familiares, professores e
qualquer outra pessoa que faça parte de suas vidas.

Apesar dos danos graves causados pela instabilidade craniovertebral


serem muito raros, quando eles ocorrem podem ser devastadores e
acarretar paralisia e, em casos extremos, até mesmo a morte.

Precisamos estar cientes dos sintomas que distinguem uma pessoa


que tem problemas na coluna cervical superior e que,
consequentemente, esteja mais propensa à luxação craniovertebral.
Com relação às outras questões ortopédicas, é importante
prestar atenção aos possíveis sintomas, já que as
anormalidades ligadas aos quadris, joelhos e pés interferem
com as possibilidades de execução de atividades motoras
plenas.

O quanto antes as alterações ortopédicas forem diagnosticadas,


maiores serão as chances de medidas terapêuticas e
preventivas, como fisioterapia e uso de órteses, apresentarem
bons resultados.
 SAÚDE BUCAL:
 Há questões odontológicas que são mais comuns, como a erupção
dentária tardia e irregular e o bruxismo, que é o ranger ou travar dos
dentes.
ALTERAÇÕES
DERMATOLÓGICAS
 ALTERAÇÕES DERMATOLÓGICAS:
 A maioria das pessoas com síndrome de Down possuem a pele bem seca
e podem apresentar certas alterações dermatológicas, tais como:

 LÍNGUA FISSURADA,
 LENTIGOS (manchas na pele),
 ALOPECIA AREATA (que provoca queda de cabelo),
 DERMATITE SEBORREICA e VITILIGO (perda de pigmentação da pele).
 Além de alterações dermatológicas, é possível que apresentem
ALTERAÇÕES DE IMUNIDADE, o que pode levar a uma maior incidência
de infecções cutâneas, por bactérias, fungos ou vírus.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DERMATOLÓGICAS
XEROSE
 É a pele excessivamente seca que está presente em
cerca de 70% das pessoas com síndrome de Down.
 A xerose está relacionada à diminuição dos óleos na
superfície da pele.

Sinais e Sintomas
 A pele seca pode ficar esbranquiçada e apresentar
descamação, especialmente nos braços e pernas.
 É possível que surjam pequenas rachaduras.
 O quadro pode se agravar nos meses frios do
inverno, quando o ar é mais Seco.
QUERATOSE PILAR
É uma condição comum de pele que provoca ‘bolinhas’, chamadas
pápulas.
Elas são ásperas e pequenas, parecidas com acnes, e geralmente
brancas, mas também podem ser vermelhas.
Ocorre em 30 a 40% da população em geral e é ainda mais comum em
indivíduos com síndrome de Down.
A queratose pilar ocorre a partir do acúmulo de queratina, uma
proteína que faz parte da barreira de defesa da pele.
Quem tem pele seca ou apresenta outras condições de pele, como
dermatite atópica, corre mais risco de ter queratose pilar.
QUERATOSE PILAR
Sinais e Sintomas
Presença de pequenas manchas
brancas ou avermelhadas na pele,
principalmente nos braços,
pernas, nádegas e
bochechas, que deixam a pele
com aspecto áspero e,
às vezes,
causam coceira.
DERMATITE SEBORREICA

 1/3 das crianças com síndrome de Down pode apresentar a dermatite


seborreica - vermelhidão e descamação, e coceira, em áreas com
maior concentração de glândulas sebáceas, como o couro cabeludo e
partes do rosto (sobrancelhas, cantos do nariz e atrás das orelhas).

 É uma doença de caráter crônico, com períodos de piora e melhora, e


o estresse agrava a doença, apesar de não ser a sua causa.
A dermatite seborreica não é contagiosa e não está relacionada à falta
de higiene.
DERMATITE SEBORREICA
Sinais e Sintomas
Lesões avermelhadas com descamação e coceira.
No couro cabeludo, essa descamação pode se soltar e cair em pequenos
fragmentos, dando origem ao que popularmente chamamos de caspa.
HIPERCAROTENEMIA
 É possível que alguns indivíduos com síndrome de Down não
metabolizem bem o excesso de betacaroteno contido nas frutas
e legumes amarelos, como mamão, laranja, cenoura e abóbora,
e acabem desenvolvendo esta condição, caracterizada pela
coloração amarelada da pele.
Sinais e Sintomas
 O único fator aparente é a tonalidade entre o amarelo e o
laranja nas palmas das mãos, solas do pés, rosto e outras
partes do corpo
LENTIGOS
 É uma condição benigna, causada pela exposição excessiva ao sol, que faz com
que a pele apresente manchas de cor acastanhada ou enegrecida, com
superfície plana.
 O surgimento das manchas se deve não só ao aumento do número de
melanócitos (células que produzem a melanina, pigmento que dá a cor à pele),
mas também ao aumento da produção de melanina por esses melanócitos.

Sinais e Sintomas
 Não há sintomas, e o único sinal vísivel são manchas amarronzadas ou
acastanhadas, que ocorrem em geral em áreas expostas à radiação ultravioleta
do sol, como dorso das mãos, antebraços, pescoço e face. Com o tempo, elas
aumentam em número e tamanho.
ACANTOSE NIGRICANS
 É uma alteração dermatológica que deixa regiões da pele grossas e
escuras, com o aspecto verrucoso.
 A obesidade, o diabetes e as disfunções da tireoide são fatores que
contribuem para o surgimento da acantose nigricans.
ACANTOSE NIGRICANS

Sinais e Sintomas
O sinal mais evidente da doença são as áreas
escuras e grossas em regiões de dobras e pregas,
como axilas, virilha, mãos, pés e pescoço.
As lesões, que geralmente surgem de forma
progressiva e gradual, não são doloridas, mas
algumas pessoas sentem coceiras
LÍNGUA GEOGRÁFICA
 Ocorre em 10% das pessoas com síndrome de Down, sendo
lesões benignas cuja característica são placas vermelhas e lisas
na língua, com bordas irregulares e salientes, de diferentes
tamanhos e que possuem um aspecto de mapa.
LÍNGUA GEOGRÁFICA
Sinais e Sintomas
Os sintomas variam dependendo
do caso,
podendo haver sensibilidade
maior e sensação de queimação
ao ingerir alimentos
condimentados ou frutas
cítricas.
LÍNGUA FISSURADA
 É uma condição benigna que ocorre em cerca de 80% dos indivíduos
que têm síndrome de Down e é caracterizada pela presença de sulcos
e fissuras na parte dorsal da língua.
 Pode aparecer em conjunto com a língua geográfica.
LÍNGUA FISSURADA
Sinais e Sintomas
Rachaduras, sulcos ou fissuras, que variam entre
dois e seis milímetros de profundidade, dividindo a
superfície da língua em múltiplas ‘ilhas’.
A manifestação não causa danos à saúde oral.
Pode haver irritação e ardor, principalmente quando
a boca entra em contato com alimentos ácidos
QUEILITE
 É a presença de fissuras e pele
avermelhada no canto da boca,
devido ao acúmulo de umidade,
podendo ser piorada por
infecções por fungos ou
bactérias, causando ardência no
local.
 A queilite pode se tornar crônica,
com períodos de melhora e piora.
QUEILITE
Sinais e Sintomas
Entre os principais sintomas, estão
fissuras ou rachaduras na boca,
vermelhidão na região, dor, queimação e
formação de crostas com pus.
ALTERAÇÕES DERMATOLÓGICAS LIGADAS A DESORDENS VASCULARES
CUTIS MARMORATA
É uma desordem vascular temporária do recém-nascido, que ocorre em bebês com
ou sem síndrome de Down, causada pela exposição ao frio nas primeiras semanas
de vida.
CUTIS MARMORATA
Sinais e Sintomas
Os bebês apresentam mãos, pés e troncos um pouco
mais azulados ou avermelhados devido a uma
imaturidade no centro regulatório da temperatura
corporal.
Também conhecida como ‘pele mosqueada’, a condição
faz com que a pele fique com aspecto de mármore.
ACROCIANOSE
É uma doença vascular que deixa a pele das mãos e, menos
frequentemente, dos pés com uma coloração azulada ou roxa (cianose).
Ela ocorre por causa da predominância de sangue pobre em oxigênio que
chega às extremidades dos membros.
A acrocianose intensifica-se em ambientes com baixas temperaturas.
ACROCIANOSE

Sinais e Sintomas
A pele fria e úmida,
com aspecto pálido, é um
possível sintoma,
além da coloração azulada
nas extremidades
ALTERAÇÕES DERMATOLÓGICAS AUTOIMUNES
PSORÍASE
É uma doença inflamatória da pele, crônica e não contagiosa.
Se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, geralmente em placas,
que surgem no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.
Acredita-se que sua causa esteja relacionada ao sistema imunológico.
PSORÍASE
Sinais e Sintomas
A psoríase é uma doença cíclica, ou seja, apresenta
sintomas que desaparecem e reaparecem
periodicamente.
Entre eles, destacam-se manchas vermelhas com
escamas secas e esbranquiçadas, pequenas manchas
escalonadas, coceira e pele ressecada e rachada
ALOPECIA AREATA
Perda de cabelo em áreas do couro cabeludo
ou outras partes que possuam pelos.
A alopecia areata pode ocorrer em qualquer
idade, inclusive durante a infância.
Ela é mais comum em pessoas que têm
síndrome de Down, ocorrendo em cerca de 5
a 9% dos indivíduos com a trissomia,
enquanto que na população geral fica em
torno de 1 a 2%.
É uma doença autoimune, cujos anticorpos
passam a agredir o pelo, seja na cabeça ou
em outros lugares, como sobrancelhas.
ALOPECIA AREATA
Sinais e Sintomas
Além da perda do cabelo, não há nenhum outro sintoma.
Não há coceira, dor ou irritação na área afetada.
A extensão da perda do cabelo pode ser apenas em alguns pontos ou mais
significativa. Geralmente, formam-se áreas arrendondas sem cabelo,
únicas ou múltiplas.
Há casos raros em que a pessoa perde o cabelo em toda a cabeça ou em
todo o corpo.
O ciclo da doença é variável e o cabelo pode voltar a crescer nas áreas
afetadas, ou não.
VITILIGO
É uma doença caracterizada pela perda da coloração natural da pele.
As células responsáveis pela pigmentação (melanócitos) são destruídas, o que
resulta em manchas brancas, de formato irregular, acometendo qualquer parte da
superfície corporal.
Pode surgir em áreas machucadas ou onde há queimaduras solares.
As causas da doença ainda não são claras, mas, assim como a alopecia areata,
fatores autoimunes devem estar associados à condição.
O vitiligo aparece em 1 a 2% da população e é mais frequente em pessoas que têm
síndrome de Down.
É importante salientar que o estresse emocional não é a causa da doença, mas
sim um fator agravante.
O vitiligo é benigno, não é contagioso e não traz prejuízos à saúde.
Sinais e Sintomas
A maioria das pessoas não manifesta
qualquer sintoma além do surgimento de
manchas brancas na pele, que possuem
uma distribuição característica e variam
de tamanho.

Sintomas emocionais podem ocorrer já


que a doença afeta a autoestima do
indivíduo e, nesses casos, é
recomendado acompanhamento
psicológico
ALTERAÇÃO DERMATOLÓGICA INFECCIOSA
FOLICULITE
A foliculite é a infecção de pele mais comum em pessoas com síndrome de Down.
Consiste em uma infecção na unidade pilo-sebácea em que aparecem pequenas
espinhas avermelhadas, com ou sem pus.
A infecção pode ser causada por bactéria ou fungos.
FOLICULITE
Sinais e Sintomas
A infecção aparece como pequenas espinhas, de ponta
branca, em torno de um ou mais folículos pilosos.
A maioria dos casos de foliculite é superficial, mas pode
coçar e doer.
É possível que ocorra em qualquer parte do corpo, mas
geralmente surgem na face, couro cabeludo, axilas, coxas,
nádegas e virilha.
QUESTÕES GASTROINSTESTINAIS
 QUESTÕES GASTROINSTESTINAIS:
 Cerca de 10% das pessoas com
síndrome de Down apresentam
problemas na estrutura e no
funcionamento do trato
gastrointestinal, podendo apresentar:
 A DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG, que é
uma anomalia na parte inferior do
intestino grosso, e
 DOENÇA CELÍACA, que é caracterizada
pela intolerância ao glúten, são
exemplos disso.
 Algumas crianças com síndrome de Down têm mais chance de
apresentar problemas nessas duas áreas (anatômica e
funcional), quando comparadas ao resto da população.
 Algumas questões podem ser sérias e terão efeitos imediatos
no bebê recém-nascido.
 Outras são menos graves mas, ainda assim, geram bastante
preocupação.
 Em algumas dessas condições, os problemas vão se desenvolver
lentamente e talvez não
sejam notados pelos pais ou profissionais de saúde por algum
tempo.
SINTOMAS DE PROBLEMAS
GASTROINTESTINAIS
 Vômito
 Diarreia
 Constipação intestinal ou Prisão de Ventre
 Dor abdominal
 Ganho de peso insuficiente
 ...
PROBLEMAS ESTRUTURAIS DO TRATO
GASTROINTESTINAL
Cerca de 10% das crianças com síndrome de Down vão ter
um desses problemas.
 Anomalias no trato gastrointestinal superior
 Obstruções do intestino delgado
 Anomalias no ânus
 DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG, que é uma anomalia na
parte inferior do intestino grosso
PROBLEMAS FUNCIONAIS DO TRATO
GASTROINTESTINAL
 Dificuldades de alimentação
 Refluxo gastroesofágico
 Má absorção
 DOENÇA CELÍACA, que é caracterizada pela
intolerância ao glúten.
 Intolerância alimentar
PROBLEMAS DO SONO
 PROBLEMAS DO SONO:
 Os distúrbios do sono, sejam eles de
origem comportamental ou físico,
podem ter efeitos no aprendizado da
criança e precisam ser tratados,
atingem cerca de 20% das pessoas
com Down.
 A APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO -
consequência do bloqueio da
passagem de ar na garganta, é uma
das questões mais comuns.
Características da APNEIA do sono que podem ser observadas durante a noite incluem
uma combinação entre:
- ronco alto, tosse, respiração ruidosa;
- sono agitado (quando a criança se mexe muito, é aconselhável colocar uma grade protetora
ao lado da cama para que ela não caia no chão);
- dormir com a cabeça inclinada para trás (para tentar abrir a passagem de ar);
- outras posições anormais para dormir (por exemplo, deitado sobre as pernas, posição
conhecida como “laptop”, muito frequente em crianças com síndrome de Down devido à sua
grande flexibilidade);
- várias respirações interrompidas;
- transpiração excessiva;
- urinar na cama.
No entanto, esses comportamentos também podem acontecer na ausência de apneia
obstrutiva do sono e então é necessário uma avaliação cuidadosa.
PRINCIPAIS DICAS PARA LIDAR COM PROBLEMAS DO
SONO COMPORTAMENTAIS:
• Assegurar que o quarto é apropriado para dormir, como: ter
cama confortável, temperatura adequada, ser escuro, silencioso e
sem muitos estímulos.
• Estabelecer uma rotina consistente à noite para a hora de
dormir, que termine com a criança relaxada e pronta para deitar.
Ensinar a criança a dormir sozinha sem a sua presença desde
bem pequena.
• Evitar pedidos de bebidas, comidas, mais histórias, para não
piorar os problemas relacionados a estabelecer a rotina para
dormir ou acordar durante a noite.
• Recompensar o bom comportamento na hora de dormir.
• Evitar levar a criança para sua cama para dormir.
• Evitar sonecas prolongadas no fim da tarde.
• Evitar bebidas que contenham cafeína.
• Restringir TV/vídeos/computador/tablet no quarto perto da
hora de dormir.
• Ser generoso, mas firme e consistente!
Se não estiver conseguindo lidar com os problemas de sono
comportamentais sozinho,
peça ao seu médico indicação de profissionais que possam ajudar
a planejar um programa baseado nessas técnicas

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