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DISSONIAS EM CRIANÇAS
Perturbações do sono pediátricas são muito comuns, com uma prevalência de 25% a 37%. A
maioria envolve dificuldades para iniciar e manter o sono em função de insônia comportamental da
infância (distúrbio de associação ou transtorno de conduta), sono insuficiente, má higiene do sono,
síndrome do atraso das fases do sono e outros distúrbios do ritmo circadiano. A apneia obstrutiva
do sono também é um problema comum e subdiagnosticado, presente em 1% a 4% das crianças.
Outros distúrbios do sono que levam as crianças ao atendimento médico são hipersonolência,
distúrbios do movimento e narcolepsia.
EPIDEMIOLOGIA
• A insônia comportamental é muito comum e afeta de 20% a 30% das crianças com 5 anos de
idade ou menos. Ela pode ser levemente mais comum em meninos.
• O distúrbio de associação do início do sono é mais comumente observado em lactentes e
crianças pequenas. O transtorno de conduta é mais comumente observado em crianças pequenas
e crianças em idade pré-escolar.
• O padrão de interrupção do sono na primeira infância pode evoluir para um problema crônico que
pode persistir em muitas crianças.
A síndrome do atraso das fases do sono é um distúrbio do ritmo circadiano. Dentre os distúrbios do
ritmo circadiano, a síndrome do atraso das fases do sono é a mais comum na população pediátrica,
com uma prevalência de 1% a 16% em adolescentes.
A apneia obstrutiva do sono (AOS) está presente em 1% a 4% da população pediátrica geral.
Ela está ligada a inúmeras consequências deletérias, incluindo prejuízo cognitivo, de
desenvolvimento e comportamental; hipertensão; comprometimento do metabolismo da glicose; e
aumento de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.
A AOS tem maior prevalência em subgrupos específicos de crianças, como aquelas com
anormalidades craniofaciais, pouco tônus muscular, síndrome de Down ou obesidade.
O pico de incidência da AOS em crianças ocorre entre 3 e 6 anos de idade. Embora o ronco seja,
muitas vezes, um sintoma proeminente da AOS, nem todas as crianças que roncam têm AOS.
OBS: O único jeito de distinguir definitivamente entre o ronco primário e a AOS em uma
determinada criança é por meio da polissonografia assistida.
Crianças com transtorno de deficit da atenção com hiperatividade (TDAH) têm maior incidência de
distúrbios do sono, incluindo distúrbios respiratórios do sono, resistência para ir dormir,
despertares noturnos e sonolência diurna.
ETIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
A inspiração é desencadeada por um sinal enviado dos centros respiratórios no tronco encefálico
aos músculos da respiração, resultando no ar sendo sugado para dentro através das vias aéreas
superiores e inferiores. Durante o sono, há uma redução no tônus muscular, e o calibre da via aérea
superior diminui. Na apneia obstrutiva do sono (AOS), isso pode causar uma redução do fluxo
aéreo, às vezes a ponto de este parar completamente. Dependendo do grau de limitação do fluxo,
sua duração e consequências associadas, os eventos podem ser classificados como ronco
primário, despertar relacionado ao esforço respiratório, hipopneias ou apneias.
Com base no grau de obstrução presente, pode-se fazer um diagnóstico de ronco primário;
síndrome da resistência das vias aéreas superiores; hipoventilação obstrutiva crônica; e AOS leve,
moderada ou grave.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Pode-se prevenir a síndrome do atraso das fases do sono das seguintes maneiras:
• Evitar a exposição a luzes brilhantes no fim do dia por pelo menos 2 horas antes da hora de deitar
• Evitar bebidas com cafeína ao menos 8 horas antes de dormir
• Manter uma boa higiene do sono
• Ter uma rotina regular que permita um tempo total de sono suficiente, sem cochilos e com um
horário de acordar fixo, e que não varie entre dias letivos, fins de semana e feriados.
DIAGNÓSTICO
FATORES DE RISCO