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Existem dezenas de distúrbios do sono, que podem surgir em qualquer idade, e são mais
frequentes em crianças ou idosos. Sempre que existirem, estes distúrbios devem ser
tratados, pois quando persistem podem afetar gravemente a saúde do corpo e da mente.
Entenda por que precisamos dormir bem.
Ela pode surgir isoladamente ou ser consequência do estresse ou de uma doença, como
depressão, alterações hormonais ou doenças neurológicas, por exemplo, ou ser
provocada por certas substâncias ou remédios como álcool, cafeína, ginseng, tabaco,
diuréticos ou alguns antidepressivos.
O que fazer: o tratamento para a insônia consiste em melhorar a higiene do sono por
meio de hábitos que favoreçam a boa qualidade do sono, o que pode ser feito através de
sessões de psicoterapia com técnicas cognitivas-comportamentais ou técnicas de
relaxamento, por exemplo. Além disso, o médico pode indicar o uso de medicamentos
como benzodiazepínicos, antidepressivos ou anti-histamínicos por um curto período de
tempo.
2. Apneia do sono
Também chamada de síndrome da apneia obstrutiva do sono, ou SAOS, esta é uma
perturbação da respiração em que ocorre uma interrupção do fluxo respiratório, devido
ao colapso das vias aéreas, por 10 segundos ou mais, sendo mais comum de acontecer
em homens entre os 40 e 50 anos e em pessoas obesas, que consomem álcool e/ ou
possuem alterações no nariz, na boca ou na mandíbula.
Esta doença provoca alterações no sono, ocorrendo uma incapacidade de atingir fases
mais profundas, e dificultando o descanso adequado. Assim, pessoas com apneia do
sono costumam ficar sonolentas durante o dia, gerando complicações como dores de
cabeça, perda da concentração, irritabilidade, alterações da memória e pressão alta.
Ela costuma ser provocada por situações que privam a existência de um sono adequado,
como haver pouco tempo para dormir, sono interrompido várias vezes ou despertar
muito cedo, e também devido ao uso de certos remédios que provocam o sono, ou a
doenças como anemia, hipotireoidismo, epilepsia ou depressão, por exemplo.
O que fazer: o tratamento é indicado pelo médico de acordo com a causa do problema, e
consiste especialmente em melhorar a qualidade do sono durante à noite. Cochilos
programados durante o dia podem ser úteis em algumas situações e, em casos
estritamente indicados pelo médico, pode ser recomendado o uso de remédios
estimulantes.
4. Sonambulismo
Sonambulismo faz parte da classe de distúrbios que provocam comportamentos
inadequados durante o sono, chamadas de parassonias, em que há um alteração do
padrão do sono devido à ativação de áreas do cérebro em momentos inapropriados. É
mais frequente em crianças, apesar de poder existir em qualquer idade.
Tem provável causa genética, e pode ser piorada devido a períodos de estresse, pelo uso
de substâncias estimulantes, como cafeína ou álcool, ou em caso de doenças
neurológicas e psiquiátricas. Esta síndrome atrapalha o sono, podendo provocar
sonolência durante o dia e fadiga.
6. Bruxismo
Bruxismo é um distúrbio do movimento caracterizado pelo ato inconsciente de ranger e
apertar os dentes de forma involuntária, causando complicações desagradáveis como
alterações dentárias, dores de cabeça constantes, além de estalidos e dores na
mandíbula.
7. Narcolepsia
A narcolepsia é um transtorno crônico do sono caracterizada por ataques repentinos de
sono, em que a pessoa pode dormir em qualquer lugar, a qualquer hora do dia,
dificultando as atividades do dia a dia. Os ataques podem surgir poucas ou várias vezes
ao dia, e o sono costuma durar alguns minutos.
O que fazer: a narcolepsia não tem cura, no entanto, o médico pode recomendar o uso
de medicamentos estimulantes ou antidepressivos, além de mudanças nos hábitos de
vida, como alimentação saudável, evitar bebidas alcoólicas e tirar cochilos durante o
dia.
8. Paralisia do sono
Paralisia do sono é caracterizada pela incapacidade de se mover ou falar logo após
acordar. Ela surge por um breve período devido a um atraso na capacidade de
movimentar os músculos, após o despertar do sono. Durante um episódio de paralisia do
sono, a pessoa permanece consciente até conseguir recuperar pouco a pouco a força e o
controle dos músculos.
Pessoas com maior risco de desenvolver este fenômeno são aquelas que têm hábitos
irregulares de sono, jet lag, estresse, ansiedade e, em alguns casos, doenças
psiquiátricas.
O que fazer: a paralisia do sono, geralmente, não requer tratamento, já que se trata de
uma alteração benigna, que dura poucos segundos ou minutos. Ao vivenciar a paralisia
do sono, deve-se manter a calma e tentar movimentar os músculos. Em casos graves, o
médico pode prescrever o uso de antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da
recaptação de serotonina.
Atualizado por Marcela Lemos - Biomédica, em setembro de 2021. Revisão médica por
Dr. Gonzalo Ramirez - Psicólogo e Clínico Geral, em setembro de 2021.
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