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Sono e vigília:

relógio biológico

Jaiana Saraiva do Nascimento


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O que caracteriza uma boa noite de sono?

O ato de dormir faz parte do ritmo biológico de cada


indivíduo e obedece a um ritmo circadiano, isto é, se
renova a cada 24 horas – chamado de ciclo sono-vigília.

O ciclo sono-vigília é regulado pela quantidade de luz que


somos expostos ao longo do dia, por intermédio de um
hormônio chamado melatonina. A ausência de luz tem um
papel muito importante na secreção da melatonina.
ESTIMULA

PRODUÇÃO
DE
INIBE MELATONINA
O sono normal é um processo ativo, no qual é observado um padrão cíclico de
atividade cerebral que se repete a cada 90 a 120 minutos

Esse padrão é dividido em duas grandes fases: sono REM e sono não REM

SONO NÃO REM 1


SONO NÃO REM 2
SONO NÃO REM 3
SONO REM
NREM 1: Sono leve inicial, primeiro cochilo. É quando
ainda pode-se despertar com qualquer barulho. Espasmos
são normais porque as ondas cerebrais estão se
modificando. Possui baixa duração (cerca de 10 minutos).

NREM 2: Sono leve intermediário. A temperatura do corpo


começa a baixar, os olhos cessam, a respiração e os
batimentos vão se tranquilizando. Esse ciclo dura cerca de
20 minutos. Nesta fase ainda é possível acordar
facilmente.
NREM 3: Sono profundo, essa fase é fundamental para o
descanso do corpo. A pessoa fica menos sensível aos
barulhos. Todos os músculos relaxam e a mente desliga. É
o momento em que o corpo se recupera do cotidiano, sem
registro de sonhos.
REM: É o sono profundo avançado. Os movimentos
corporais retornam e existe a presença de sonhos e
eventos fisiológicos. As ondas cerebrais ficam ativas e a
respiração e batimentos acelerados. Mas, os músculos
seguem paralisados. Os olhos tendem a se movimentar.
Essa última fase dura somente 10 minutos.
ESTRUTURAS NEUROFISIOLÓGICAS ENVOLVIDAS NO SONO
Três sub-divisões hipotalâmicas são importantes no ciclo sono-vigília: o
hipotálamo anterior (núcleos gabaérgicos e núcleos supraquiasmáticos), o
hipotálamo posterior (núcleo túbero-mamilar histaminérgico) e o hipotálamo
lateral (sistema hipocretinas). O sistema gabaérgico inibitório do núcleo pré-
óptico ventro-lateral (VLPO) do hipotálamo anterior é responsável pelo início e
manutenção do sono NREM. Os neurônios supraquiasmáticos (NSQs) do
hipotálamo anterior são responsáveis pelo ritmo circadiano do ciclo sono-vigília.
PRIVAÇÃO DE SONO

Privação de sono ocorre quando um indivíduo dorme menos do que seu corpo
necessita. O sono insuficiente não permite ao organismo reparar-se
adequadamente, trazendo prejuízos à saúde daquele que dorme menos do que
o necessário. Esses prejuízos podem ocorrer a curto e a longo prazo e alguns
sinais podem ser observados em pessoas com privação de sono
SINTOMAS DA PRIVAÇÃO DE SONO
Sonolência excessiva, necessidade de cochilar no meio das atividades e de
dormir mais no fim de semana para recuperar o sono, dificuldade para
despertar, sensação de memória fraca, redução da capacidade de
concentração, perda da libido e irritabilidade. Algumas pessoas podem sentir
sono em situações perigosas, como dirigir ou controlar máquinas e em
condições raras podem haver alucinações visuais e auditivas.
TIPOS DE PRIVAÇÃO DE SONO
Privação aguda: situação pontual que pode durar um ou dois dias. Exemplo:
um estudante que passa a noite acordado estuando para uma prova difícil que
terá no dia seguinte
Privação crônica: situação cotidiana, ou seja, a pessoa é submetida a poucas
horas de sono ou uma má qualidade deste praticamente todos os dias.
Exemplo: uma pessoa que trabalha a noite e por isso não pode usufruir do pico
de melatonina e não consegue dormir o suficiente durante o dia pelas
demandas pessoais
CAUSAS DA PRIVAÇÃO DE SONO

A privação do sono ou sono insuficiente pode ser decorrente de hábitos


inadequados ou situações específicas que levem à redução do tempo de sono.
Pode ainda ser sinal de doenças mais graves, como insônia, síndrome da apneia
do sono, transtornos de movimento relacionado ao sono, como bruxismo e
síndrome das pernas inquietas, doenças decorrentes de alteração no ritmo
biológico, transtornos neuropsiquiátricos entre outras.
HIGIENE DO SONO

Alguns hábitos podem auxiliar na melhora da qualidade do sono e o


conjunto desses hábitos é chamado de higiene do sono. O uso de cafeína
ou outras substâncias psicoativas, e a constante exposição ao uso de telas
e luzes artificiais próximo a hora de dormir fazem com que a qualidade do
sono seja cada vez pior e a redução desse tipo de hábitos pode influenciar
positivamente numa melhora das noites de sono.
HÁBITOS POSITIVOS PARA HIGIENE DO SONO
Evitar o consumo de cafeína após às 16h
Evitar o uso de eletrônicos no horário de dormir
Se expor à luz solar durante o dia (ao acordar e no fim da tarde) para
ajudar na regulação do ciclo circadiano
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
Evitar praticar atividade física intensa durante a noite
CASOS PRÁTICOS
José, 32 anos, estado civil divorciado, sem filhos, mora sozinho e trabalha como
segurança no período noturno há 3 anos. Buscou atendimento através de sua
agente de saúde pois estava relatando muita irritabiidade, desconcentração em
suas atividades diárias e percebeu muitos lapsos de memória, o que causou
angústia e sintomas ansiosos nele. Em sua anamnese com o psicólogo da
unidade foi possível perceber que a média diária de sono de José era de 1h
durante o descanso no trabalho e mais 4h em casa. Quais poderiam ser as
intervenções e encaminhamentos do psicólogo neste contexto?
CASOS PRÁTICOS
Elisa, 45 anos, casada, três filhos, enfermeira no hospital do câncer e
doutoranda em enfermagem. Buscou atendimento psicológico após apresentar
sintomas de letargia e sonolência durante o dia, insônia, estresse, desejo de
compensar horas de sono nos finais de semana e falta de concentração durante
o período que está estudando. Ela relata que possui plantões são diurnos em 5
dias da semana e 1 dia no período noturno, por isso toma bastante café para
conseguir gerir as demandas diárias e sua média de horas de sono é bastante
variável. Quais hábitos poderiam ser adotados ou excluídos para amenizar os
sintomas relatados por ela?

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