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Ritmos Biológicos, Sono e Sonhos

Matéria: Neuroanatomia e Neurofisiologia


Observações Iniciais
→ Ritimicidade – ritmos biológicos e ritmos que estão presentes no nosso meio
Presente nos seres humanos, nos animais e em objetos.
A sincronia está presente em várias situações e é importante.

Ritmos Circadianos e Zeitgebers

→ Duram cerca de um dia – 24 horas.


→ Podem ser comportamentais, fisiológicos ou bioquímicos;
→ Exemplo: sono;
→ Período é a duração do ciclo – duração de 24 horas.
→ Zeitgebers: significa dicas ambientais que fazem com que os nossos ritmos se sincronizem com essas dicas
ambientes. Ex: luminosidade, alimentação, atividades.

Ritmos Infradianos e Ultradianos

→ Infradianos: sazonais, ciclo menstrual;


Ocorrem menos de uma vez por dia
Ciclo menstrual considerado infradiano pois é um ciclo com duração próxima de um mês.
→ Ultradianos: ocorrem mais de uma vez por dia
Ex: Hormônios, alimentação;
Importância do Hipotálamo Como Relógio Biológico
Nervo Supraquiasmático

→ Quando não se tem dicas externas e o indivíduo consegue regular o ciclo sono vigília sugere que o nosso corpo
tem um relógio interno.
→ O principal relógio biológico que temos fica localizado no hipotálamo, em uma região chamada núcleo
supraquiasmático, ficando acima do quiasmaóptico.

Relógio Molecular

→ Controla a regulamentação do nosso ciclo de sono através da transcrição de DNA em proteínas cry e per.
Essas proteínas irão inibir a transcrição de outras proteínas, e ao longo do dia essa inibição vai acabando.
Quando a inibição não acontece mais, é quando se fecha o ciclo de 24/25 horas

Produção de Melatonina.

A melatonina é produzida pela transformação da serotonina em melotonina. Durante o dia, é produiza pela grandula
pineal (fim do dia) e ela é um indutor de sono. Alterações na melatonina leva a problemas com relação ao sono.

Depressão Sazonal

Estação de inverno intensas – causa depressão sazonal.

Sintomas: tristeza, mudanças no apetite e energia.

Oscilações encefálicas e suas propriedades

→ Período (tempo), frequência, amplitude.


→ Faixas de frequência.
Delta: 1-4 Hz
Teta: 4-8 Hz
Alfa: 8-12 Hz
Beta: 13-30 Hz
Gama: 30-100 Hz

Cada faixa de oscilação está relacionada com determinada atividade mental, determinada atividade que o
indivíduo está desempenhando.

Interfaces para registro da atividade encefálica:


Eletroencefalografia (EEG) – técnica não invasiva, para medir a atividade encefálica.
Eletrocorticorgrama (ECoG) – são técnicas mais invasivas.
EEG profundo ou Potencial de Campo Local;

Sono e Estágios do Sono

→ SONO REM
Caracterizado pelo movimento rápido dos olhos, EEG com oscilações de alta frequencia e pequena amplitude,
perda da tensão postural.
Similaridade com o estado acordado, EEG com baixa amplitude e alta frequencia;
Relaxamento muscular;
Também chamado de sono paradoxal.

→ SONO NÃO-REM
Pode ser dividido em 3 estágios e é caracterizado pela falta do movimento rápido dos olhos.

Acordado: Presença de diversas frequências oscilatórias, EEG dessincronizado;

Estágio 1 do sono não-REM:

▪ Ritmo alfa (8-12 Hz) surge durante o estado de relaxamento;


▪ Diminuição do ritmo cardíaco, respiratório e da tensão muscular;
▪ Dura alguns minutos.

Estágio 2 do sono não-REM:

▪ Definido pelas ondas de 12-14 Hz, os spindles e complexos K – potenciais negativos em ponta;
Estágio 3 do sono não-REM:
▪ Oscilações de grande amplitude e baixa frequência – ondas delta;
▪ Sono profundo.

→ Arquitetura do sono
45-50% no estágio 2 do sono e 20% em sono REM;
Ciclos com duração de 90-110 minutos;
Primeiros ciclos tem mais o estágio 3 – sono de ondas lentas;
Últimos ciclos tem mais sono REM.
A maioria dos nossos sonhos acontecem no sono REM.

→ Ontogenia do sono
Durante a adolescência é natural acordar mais tarde;
Com o avançar da idade, as pessoas passam a acordar em horários mais cedo;
Mulheres são mais propensas a acordar mais cedo;

→ Pesadelos e terrores noturnos


Pesadelos: Lembrados com detalhes e ocorrem durante o sono REM;
São mais comuns nos últimos ciclos do sono.

Terrores noturnos: São mais comuns em crianças, ocorrem durante o sono não-REM, a pessoa pode gritar,
caminhar, ficar muito tempo acordada depois, mas normalmente a pessoa não consegue lembrar detalhes e
muitas vezes não lembra o que aconteceu na manhã seguinte.

→ Privação de sono
Dificuldade de concentração.
Irritabilidade
Desorientação
Efeitos variam com a idade e outros fatores.
Efeitos: sistema imune, diabetes, doenças cardíacas, dores musculares.
A cafeína bloqueia os receptores adenosinérgicos – deixando a pessoa com disposição.

Insônia: relacionado a estresse. Ciclo menstrual pode alterar o ciclo do sono.


Recuperação da insônia, de uma noite mal dormida: Noite 1 – aumenta o estágio 3 de sono profundo. Noite 2 –
aumento do sono REM.

Insônia familiar fatal: surgimento na meia-vida; 7-24 meses pode levar a morte; autópsia mostra
degeneração cerebral.

→ Narcolepsia
Intrusões de sono durante atividades diárias
Entram no estado REM imediatamente após dormir
Cataplexia (perda da força muscular) é comum.
Relacionada com o sistema orexinérgio: humanos com narcolepsia possuem apenas 10% dos neurônios
orexinérgicos.

→ Sonambulismo
Ocorre durante o estágio 3 do sono.
A maioria não está sonhando
Problema: é a inabilidade de acordar quando em contato com objetos ao seu redor;
Mais comum em crianças, mas podem persistir até a idade adulta.

→ Cronotipos
Sincronizados com o dia – dormem cedo e acordam cedo.
Alterados – dormem e acordam mais tarde.
Sono é um estado ativo – encéfalo está em um estado de ativação.
Pelo menos 4 sistemas medeiam o sono: córtex cerebral e diencéfalo geram o sono de ondas lentas; Tronco
cerebral que ativa o prosencéfalo (córtex e diencéfalo) durante períodos acordados – sinaliza ativação das
regiões para que a pessoa acorde; sistema pontinho é importante para o sono REM – atividade para a geração
do sono REM e o sistema hipotalâmico afeta todos os outros sistemas acima.

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