Você está na página 1de 2

Fisiologia do Sono

O sono normal é um estado comportamental representado por alteração temporária do nível de consciência,
mobilidade e motricidade. O sono se diferencia do estado de coma e anestesia devido à sua reversibilidade
rápida e total.
É, portanto, um conjunto de eventos fisiológicos com diferentes níveis de atividade do SNC e do SNP ao longo do
tempo.

Estágios do sono

 Estado de relativa inatividade do cérebro e um sistema neuromuscular


parcialmente inativo.
 É caracterizado por atividade cerebral síncrona no EEG de forma específica. Ele pode
ser dividido em 3 estágios (N1, N2 e N3), que representando progressivamente a
profundidade do sono, com maior limiar para despertar.
 O sono normal inicia-se pelo NREM com estágio N1, que representa uma fase transitória e
Sono NREM curta, passando em seguida para o N2 (50% da noite de um jovem adulto) quando o EEG
começa a apresentar maior amplitude e menor frequência nas ondas com fusos de sono e
complexos K. Nessas fases o consumo energético decai assim como o metabolismo
somático e o metabolismo do SNC, além de redução na atividade do SNA.
 O tônus muscular também decai, a atividade mental atinge o seu mínimo e não há sonhos.

 Um cérebro ativado e um corpo paralisado.


 Não é dividido por estágios e é caracterizado por dessincronia ao EEG.
 Presença de movimentos oculares rápidos e o relaxamento muscular com atonia são
característicos.
 O SNA é ativado, causando variação de frequência cardíaca e respiratória, PA, DC, fluxo
Sono REM sanguíneo cerebral e em homens a ereção peniana.
 A presença dos sonhos indica atividade mental.
 O sono REM ocupa 25% do tempo total de sono em um jovem adulto.
 Durante esse estágio ocorre aumento do metabolismo cerebral regional de
regiões controladoras do comportamento, regiões visuais (sonhos), mas há
marcada desativação metabólica do córtex e regiões cognitivas executivas.

Papel do Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA)

 Contem um sistema de fibras ascendentes que se projetam no córtex cerebral e sobre ele têm uma ação
ativadora.
 Formação reticularNúcleos inespecíficos do tálamo Radiações talâmicas Córtex cerebral.
 Formação reticular: É uma estrutura neuroanatômica que se estende do bulbo ao longo do mesencéfalo,
hipotálamo e alcança o tálamo.
 O segmento bulbar recebe uma rede de várias aferências somáticas gerais (tato, dor, temperatura,
propriocepção), somáticas e viscerais excitatórias, que contribuem para o estado de vigília. Ela possui
autonomia para manter a vigília e consciência e é capaz de manter o estado de alerta com um mínimo de
estímulos externos, indicando que não basta redução das sinapses excitatórias para poder iniciar o sono ou para
reduzir o estado de vigília, mas que também é necessário uma inibição da formação reticular através de sistemas
gabaérgicos e MHC. A atividade dessa região é máxima durante a vigília e substancialmente inativada pelo
sistema inibitório do núcleo Gabaérgico do hipotálamo anterior durante o sono.

Arquitetura do Sono

 O primeiro período de sono REM é mais breve e o último mais duradouro.


 No primeiro 1/3 do sono há predomínio do sono não-REM.
 No último 1/3 do dono há predomínio do sono REM.
 Eventualmente, ocorrem despertares ou microdespertares.
Os estágios se alternam durante a noite na forma de ciclos. Em uma noite de 8 horas de sono há um predomínio de
sono de ondas lentas na primeira metade da noite e sono REM na segunda metade. A latência normal para o
início do sono é menos que 30 minutos e para o sono REM é de 70 a 120 minutos após o início do sono NREM;

Funções do sono: As hipóteses a respeito do sono REM dizem que são aprendizados de tarefas d
procedimento, consolidação de memória, síntese de novas informações e organização de informações em redes de
associação. O sono apresenta papel importante na neuroplasticidade, consolidação de memória episódica e
aprendizado.

Anafarias- UFDPar
Anafarias- UFDPar

Você também pode gostar