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idoso
Lívia Coelho
Objetivo
Aula transtornos do
sono
Objetivos específicos
• Identificar os principais sinais e sintomas de dos principais transtornos do
sono;
• Realizar o diagnóstico diferencial de insônia a partir do exame clínico e
exames complementares.
• Indicar o tratamento farmacológico e não farmacológico para insônia no
idoso.
OO
que
quete
te deixa acordado
deixa acordado de noite?
de noite?
Queixa de 1/3 dos adultos e ½ dos idosos em consultório
2 x mais frequente em mulheres
=
Ciclo circadiano
Núcleo
supraquiasmático
Luz
Ativação do eixo
hipotálamo-hipófise
adrenal (cortisol) e
tronco cerebral
(noradrenalina e
outros hormônios
excitatórios)
Núcleo
supraquiasmático
Pineal
melatonina
Ciclo circadiano
Cafeína
Teofinina
Luz
O que afeta o
ciclo sono vigília
Ciclo do sono
N1 N2
REM N3
Fase Aspectos gerais Características
N1 Estágio de transição do sono EEG: baixa voltagem, frequência mista
Redução da atividade elétrica cerebral Movimentos oculares lentos
Sono leve Tônus aumentado
FC e FR inalteradas
N2 Relaxamento muscular Baixa a moderada voltagem com fusos de sono e
Redução da temperatura corpórea complexos K
Redução da FC Movimentos oculares ausentes
Fusos do sono no EEG Tônus aumentado
Complexos K no EEG FC regular
FR discretamente diminuída
N3 (sono de Sono profundo Ondas θ e Δ de grande amplitude
ondas lentas) Ondas cerebrais de alta voltagem e de Fusos e complexos K reduzidos ou ausentes
baixa frequência Movimentos oculares ausentes
Sono restaurador Tônus diminuído
FC e FR reduzidas
REM Movimentos oculares rápidos Baixa voltagem e frequência mista e ondas c/s
Sonhos vívidos triangulares
Atividade cerebral aumentada Surtos de movimentos oculares rápidos
FC acelerada Tônus muito diminuído ou ausente, exceto diafragma e
FR aumentada grupos musculares
N1 N2
REM N3
Carley, 2016
O sono do idoso
Redução da fase N3
Freitas, 2016
Consolidando o
conhecimento...
Consolidando o
conhecimento...
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A. Queixas de insatisfação predominantes com a quantidade ou a qualidade do sono
associadas a um (ou mais) dos seguintes sintomas:
1. Dificuldade para iniciar o sono;
Insônia 2. Dificuldade para manter o sono, que se caracteriza por despertares frequentes ou por
problemas para retornar ao sono depois de cada despertar;
3. Despertar antes do horário habitual com incapacidade de retornar ao sono.
B. A perturbação do sono causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no
funcionamento social, profissional, educacional, acadêmico, comportamental ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. As dificuldades relacionadas ao sono ocorrem pelo menos três noites por semana.
DSM-5 D. As dificuldades relacionadas ao sono permanecem durante pelo menos três meses.
E. As dificuldades relacionadas ao sono ocorrem a despeito de oportunidades adequadas
para dormir.
F. A insônia não é mais bem explicada ou não ocorre exclusivamente durante o curso de
outro transtorno do sono-vigília (p. ex., narcolepsia, transtorno do sono relacionado à
respiração, transtorno do sono-vigília do ritmo circadiano, parassonia).
G. A insônia não é atribuída aos efeitos de alguma substância (p. ex., abuso de drogas
ilícitas, medicamentos).
H. A coexistência de transtornos mentais e de condições médicas não explica
adequadamente a queixa predominante de insônia.
Insônia Causa transtorno para a qualidade de vida
consequências ou funcionamento do indivíduo (DSM-5)
Insônia
ACTH
adrenalina
cortisol
Hipersensibilidade a estímulos ambientais
Condições clínicas:
Insônia incontinência urinária de urgência,
Diagnósticos insuficiência cardíaca,
diferenciais DPOC,
doença do refluxo gastro-esofágico,
demência, delirium
depressão, transtorno de ansiedade
generalizada
cortisol
Insônia Controle de estímulo e
Tratamento não higiene do sono
farmacológico
Terapia cognitiva comportamental
Insônia
Tratamento não
farmacológico
Primeira linha de
tratamento
cortisol
Insônia Atividades relaxantes
Tratamento não
farmacológico
Realize práticas de
relaxamento muscular,
exercícios de respiração,
ou meditação
(mindfullness)
cortisol
Insônia
Tratamento não
farmacológico
Reduza ou modifique
horários de
medicamentos que
podem afetar o sono
cortisol
Classe Nome Dose
Hipnóticos de 2ª Zolpidem (Stilnox, Stilnox CR, 5 a 10 mg/dia
Insônia
geração Patz)
Tratamento
Usar preferencialmente < 3 sem
farmacológico
Freitas, 2016
Por que não os
benzodiazepínicos
?
Eu tomo só 3mg de
Lexotan®! Eu tomo só 3 Eu tomo ½ cp de
gotinhas de Frontal® de 1mg
Rivotril! manhã e ½
Dormonid à noite...
Comparação
entre
Benzodiazepínicos
Freitas, 2016
Benzodiazepínicos e associação com demência
Billioti de Gage Sophie, Moride Yola, Ducruet Thierry, Osler M, Jørgensen MB. Associations of Benzodiazepines,
Kurth Tobias, Verdoux Hélène, Tournier Marie et al. Z-Drugs, and Other Anxiolytics With Subsequent Dementia
Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case- in Patients With Affective Disorders: A Nationwide Cohort
control study. BMJ 2014 and Nested Case-Control Study. Am J Psychiatry.
2020;177(6):497-505.
Results Benzodiazepine ever use was associated with an Results Any use of benzodiazepines or Z-drugs showed no
increased risk of Alzheimer’s disease (adjusted odds ratio association with dementia after multiple adjustments in
1.51, 95% confidence interval 1.36 to 1.69. either the cohort analysis or a nested case-control design.
Incontinência urinária
delirium
dependência
tolerância
Risco de quedas
Freitas, 2016
Benzodiazepínicos:
a prescrição é
responsabilidade
médica
dependência
Meia vida
Benzodiazepínicos
a prescrição é Efeitos adversos
responsabilidade Meia vida
médica
Consolidando o
conhecimento...
Referências
• AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
• Billioti de Gage Sophie, Moride Yola, Ducruet Thierry, Kurth Tobias, Verdoux Hélène, Tournier Marie et al. Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s
disease: case-control study BMJ 2014
• CARLEY, D.W., FARABI, S.S. Physiology of Sleep. Diabetes Spectr, v. 29, n.1:p.5–9, 2016.
• Freitas, EV et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
• MORIN, C.M., BENCA, R. Chronic Insomnia. Seminar. The Lancet, v. 379, n. 9821, p.1129-1141, mar, 2012.
• Osler M, Jørgensen MB. Associations of Benzodiazepines, Z-Drugs, and Other Anxiolytics With Subsequent Dementia in Patients With Affective
Disorders: A Nationwide Cohort and Nested Case-Control Study. Am J Psychiatry. 2020;177(6):497-505. doi:10.1176/appi.ajp.2019.19030315
• QASEEM A, Kansagara D, Forciea MA, CookeM, Denberg TD. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline from the
American College of Physicians. Ann Intern Med, v.165, n.2, p.125-133, 2016.
• Salzman, C. Do Benzodiazepines Cause Alzheimer’s Disease? Am J Psychiatry 2020 177:6, 476-478
• SATEIA, M.J., NOWELL, P.D. lnsomnia. The Lancet, v. 364, n. 27, p. 1959–73, mar, 2004.
• Suraev A, Grunstein RR, Marshall NS, et al
• Cannabidiol (CBD) and Δ9-tetrahydrocannabinol (THC) for chronic insomnia disorder (‘CANSLEEP’ trial): protocol for a randomised, placebo-controlled,
double-blinded, proof-of-concept trial BMJ Open 2020
• WINKELMAN, J.W. Insomnia disorder. N Engl J Med, v. 373, n.15, p. 1437-1443, out, 2015.
Imagens e figuras adaptadas de: TED-Ed. What causes insomnia. Dan Kwartler, animation by Sharon Colman. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=j5Sl8LyI7k8. Acesso em 17 de junho de 2019.
Caso clínico
sensações desconfortáveis,
como de rastejar, engatinhar,
formigamento, queimação ou
pruriginosas
APA, 2014
Síndrome das pernas
inquietas APA, 2014
A. Necessidade de movimentar as pernas, em geral acompanhada por, ou em resposta a, sensações desconfortáveis
e desagradáveis nas pernas, que se caracteriza por todas as circunstâncias a seguir:
1. A necessidade de movimentar as pernas inicia-se e agrava-se durante períodos de repouso ou de inatividade.
2. A necessidade de movimentar as pernas é aliviada, completa ou parcialmente, pelo movimento.
3. A necessidade de movimentar as pernas é maior no fim da tarde ou durante a noite do que durante o dia ou
ocorre somente no fim da tarde ou à noite.
B. Os sintomas do Critério A ocorrem pelo menos três vezes por semana e persistiram durante no mínimo três
meses.
C. Os sintomas do Critério A são acompanhados de sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional, educacional, acadêmico, comportamental ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. Os sintomas do Critério A não são atribuíveis a nenhum outro transtorno mental ou condição médica (p. ex.,
artrite, edema nas pernas, isquemia periférica, cãibras nas pernas) e não são mais bem explicados por uma condição
comportamental (p. ex., desconforto postural, batida habitual dos pés).
E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos do consumo de drogas ou do uso de medicamentos (p. ex.,
acatisia).
Síndrome das
pernas inquietas
AAN, 2016
Caso clínico
https://www.youtube.com/watch?v=z12MEPiG4cg
Sinais e sintomas
Sonolência diurna
Sono não reparador
Reclamação de roncos pelos familiares
Déficit de atenção, concentração e
memória
Prejuízo profissional
Alteração do humor
PATIL, 2019
SAOS Diagnóstico
FREITAS, 2016
SAOS
tratamento
FREITAS, 2016
Caso clínico
https://www.youtube.com/watch?v=hLfUB4s72GU
Fonte: Carleym 2016; Freitas, 2016
Transtorno
comportamental
do sono REM
N1 N2
REM N3
• WINKELMAN, J.W. Insomnia disorder. N Engl J Med, v. 373, n.15, p. 1437-1443, out, 2015.
• MORIN, C.M., BENCA, R. Chronic Insomnia. Seminar. The Lancet, v. 379, n. 9821, p.1129-1141, mar, 2012.
• CARLEY, D.W., FARABI, S.S. Physiology of Sleep. Diabetes Spectr, v. 29, n.1:p.5–9, 2016.
• AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed,
2014.
• SATEIA, M.J., NOWELL, P.D. lnsomnia. The Lancet, v. 364, n. 27, p. 1959–73, mar, 2004.
• QASEEM A, Kansagara D, Forciea MA, CookeM, Denberg TD. Management of chronic insomnia disorder in adults: a clinical practice guideline
from the American College of Physicians. Ann Intern Med, v.165, n.2, p.125-133, 2016.
• FREITAS, EV et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
• EPSTEIN, L.J., KRISTO, D., STROLLO, P.J. Jr, et al. Clinical guideline for the evaluation, management and long-term care of obstructive sleep
apnea in adults. J Clin Sleep Med., v. 5, n. 3, p.263–276, 2009.
• PATIL SP, AYAPPA IA, CAPLES SM, KIMOFF RJ, PATEL SR, HARROD CG.Treatment of Adult Obstructive Sleep Apnea With Positive Airway
Pressure: An American Academy of Sleep Medicine Systematic Review, Meta-Analysis, and GRADE Assessment. J Clin Sleep Med, v.15, n.2,
p.301-334, 2019.
• Fröhlich et al. Consenso Brasileiro para as diretrizes de diagnóstico e tratamento da síndrome das pernas inquietas. Arq Neuropsiquiatr
2015;73(3):260-280
• American Academy of Neurology (AAN). Treatment of restless legs syndrome in adults. 2016 American Academy of Neurology
Brinde... Sistema endógeno de função de garantia
Sistema da homeostase, com atuação na
modulação do estresse, dor, apetite e no
endocanabinoide sistema imunológico.
Anandamida
A2G – 2 araquidonilglcerol
CB1
THC
Tetrahidrocanabidiol
CBN CB2
Canabinol
CBD
Canabidiol
Cannabis Cannabis sativa, indica e rudelaris
medicinal
CB1
THC
?
Sem evidência
Menor controle
Tetrahidrocanabidiol sobre efeitos
Mais efeitos
adversos
CBN CB2 Potencial de
adicção
Canabinol Redução a longo
prazo de receptores
cababinoides
CBD
Canabidiol