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1) Introdução 2
2) Divertículo de Zenker 2
3) Anel de Schatzki 3
4) Acalásia 4
5) Espasmo Esofagiano Difuso 5
● EXTRAS 6
→ Síndrome Dispéptica 8
1) Introdução 8
2) Doença do Refluxo Gastro-Esofágico 8
3) Úlcera Péptica 10
4) Tratamento Cirúrgico das Úlceras Pépticas 13
5) Complicações Cirúrgicas 15
● EXTRAS 16
● RESUMO DA AULA 21
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PADRÃO DE PROVAS HC UFG:
2022: Tratamento H. Pylori
2021: Dispepsia Funcional (H. pylori positivo)
2020: DRGE (complicação: estenose péptica)
2019: Acalasia (Manometria e conduta)
2018: Tratamento H. Pylori (consenso de Maastricht V)
2018: Acalasia (Class. Rezende e conduta)
2018: Esofagite Eosinofílica
2017: Acalasia (Class. Rezende)
2016: Tratamento H. Pylori (+ IBP com AAS)
2015: Acalasia (Class. Rezende, difícil)
2015: Sinal de Rigler (úlcera perfurada; pneumoperitonio)
2015: Associação de VATER (Vertebral; Anal; Traqueoesofágica; Esôfago; Renais)
2015: Acalasia (Class. Rezende, conduta)
04/02/17:
SÍNDROME DISFÁGICA
1 - INTRODUÇÃO
CONDUÇÃO (= Disfagia Baixa): alimento está no esôfago e tem dificuldade de conduzir pelo
esôfago, ou seja, de continuar descendo pelo TGI.
• Disfagia
• Halitose: “alimento apodrece no TGI
• Regurgitação e Vômitos: alimentos não digeridos
• Risco de broncoaspiração
• Perda de peso
Abordagem inicial:
>>EsofagoGRAFIA baritada<<
Causas
Obstruções Mecânicas:
- Divertículos (Zenker)
- Anel de Schatzki
- Estenose Péptica
- Tumores
- Outros
- Acalasia
- Espasmo Esofagiano Difuso
- Esôfago em Quebra-Nozes
- Esclerodermia (Sd. CREsofagopatiaST)
2 - DIVERTÍCULO DE ZENKER
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Anatomia Regional:
• EES: possui fibras circunferenciais horizontais Músculo Tireo-faríngeo: se localiza acima do mcf.
Ajuda a “engolir forte”. Possui fibras oblíquas
• Triângulo de Killian: é a região da junção desses dois músculos, fragilidade. É nessa região que
ocorre herniação da mucosa e submucosa → Divertículo falso (= pseudo-divertículo), de pulsão
Quadro Clínico:
Diagnóstico:
Obs.: evitar EDA → aparelho pode perfurar divertículo e comunicar com mediastino (mediastinite).
Obs.: rigorosamente, é um divertículo da hipofaringe (e não do esôfago),
estudado como esofágico, pois cresce e comprime o esôfago.
Tratamento:
• Divertículos < 2 cm
Miotomia do EES (cricofaringomiotomia)
Obs.: porém, divertículos desse tamanho não geram clínica e não caem em provas.
• Divertículos ≥ 2 cm
Miotomia do EES + (Diverticulopexia ou Diverticulectomia [se > 5 cm])
CONCEITO: pexia é fixar e, nesse caso, fixação é feita na fáscia pré-vertebral com o divertículo de
cabeça pra baixo!
SOS: as 2 abordagens acima são realizadas por cirurgia cervical, que costuma ser delicada.
• Divertículos > 3 cm → Miotomia do EES + Diverticulotomia via EDA
É usado o grampeador semelhante ao usado em intestino. Grampreia e corta.
3 - DIVERTÍCULO MÉDIO-ESOFÁGICO
- DIVERTÍCULO VERDADEIRO
• Tração: linfonodos inflamados ou infecções fibrosantes
• Pulsão: distúrbios motores (ACALASIA)
- Geralmente assintomático.
- Tratamento: sintomáticos ou se >2cm
4 - DIVERTÍCULO EPIFRÊNICO
• Pulsão: distúrbios motores (ACALASIA) e são mais comuns à direita
- Geralmente assintomático.
- Podem estar ambos no mesmo paciente!
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- Tratamento: sintomáticos ou se >2cm
5 - ACALÁSIA
“a - calasia” = “não - relaxamento”
Fisiopatologia:
- Hipertonia do EEI (P> 35mmHg)
- Destruição dos plexos mioentéricos: esfíncter inferior é controlado pelos Plexos Mioentéricos de Auerbach e
Meissner.
- Perda do relaxamento fisiológico do EEI
- Peristalse anormal
Etiologia:
Idiopática (mais comum no mundo) x Secundária à Doença de Chagas (mais comum no Brasil)
-Na idiopática, destrói o plexo de Auerbach OU Na secundária, destrói ambos os plexos
Quadro Clínico:
Diagnóstico Diferencial:
Acalasia: acomete faixa etária um pouco mais jovem (40-50 anos), lentamente progressiva (10-20 anos)!
Câncer: faixa mais velha, progride mais rapidamente (mortalidade precoce se não tratar)
Diagnóstico:
• Acalasia: no ⅓ superior, a peristalse é normal … porém, nos ⅔ inferiores, a amplitude das ondas de
contração é diminuída, = Peristalse anormal → ao chegar no EEI, não ocorre relaxamento do
esfíncter, = Perda do relaxamento fisiológico … além disso, pressão de repouso/basal tinha níveis
pressóricos mais elevados, = Hipertonia EEI com > 35 mmHg
Classificação de Mascarenhas:
Classificação de Mascarenhas
Grau I: Esôfago com calibre < 4 cm … *sem dilatação, apenas hipertonia do EEI*
Grau II: Esôfago com calibre entre 4 e 7 cm !
Grau III: Esôfago com calibre entre 7 e 10 cm
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Grau IV: Esôfago com calibre > 10 cm → “Esôfago em Sigmóide” (dolicomegaesofago)
-Passa a ser órgão de armazenamento. Acumula tanto alimento que pode gerar esofagite irritativa, sendo
fator de risco para Câncer Escamoso de Esôfago. Assim, CA deixa de ser apenas um DD e passa uma ser
possível evolução
- Grau IV é fator de risco para Câncer Escamoso de Esôfago.
Classificação de Rezende
GRUPO I: Esôfago sem dilatação (“calibre é normal”). Porém, esôfago não consegue mais fazer
esvaziamento completo. Observa-se trânsito lento com pequena retenção de contraste
GRUPO III: Esôfago com grande dilatação / calibre e grande retenção do meio de contraste
-Esôfago inferior hipotônico, pouca/nenhuma atividade motora (∅ ondas terciárias)
GRUPO IV: Dólicomegaesôfago. Grande acúmulo de contraste. Dobra-se sobre o diafragma
Outras Causas Obstrutivas (extra): obstrução extrínseca (ex.: alt. da coluna vertebral, abscesso/ massa
retro-faríngea, aumento da tireóide, compressão cardiovascular [ex.: AE aumentado na EM], aneurisma,
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massa mediastinal]), outros divertículos (ex.: médio-esofágico [= parabrônquico], epifrênico), outros
anéis/membranas (Sd. de Plummer-Vinson [= Peterson-Kelly; é uma membrana adquirida + mulher + an.
ferropriva + disfagia]), disfagia lusória e sling artéria pulmonar, esofagite
(art. subclávia)
Quadro Clínico:
• Queixa de Disfagia
• “Cólica Esofagiana”*
Obs.: ambos podem ser normais, pois quadro é intermitente (por isso são feitos com provocação)
- Para fazer diagnóstico diferencial: ECG → EED tem ECG NORMAL.
Tratamento:
Obs.: Esclerodermia e Polimiosite: a paciente do Caso 5, tem quase todos achados de ES, quase fechando o
CREST. Na ES, espera-se disfagia de condução (entalo). Porém, a paciente também queixou de disfagia de
engasgo acompanhado. Assim, pode-se pensar em doença muscular ou neurológica. Pode-se pensar em uma
síndrome de sobreposição → ES + PM
8 EXTRAS
Fisiologia da Deglutição Esofágica: Ondas peristálticas
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Pequena curvatura proximal → Irrigada pela A. Gástrica E ! origina do Tronco Celíaco
Pequena curvatura distal → Irrigada pela A. Gástrica D ! origina da A. Hepática Comum / Própria
Grande curvatura proximal → Irrigada pela A. Gastroepiplóica E ! origina da A. Esplênica
Grande curvatura distal → Irrigada pela A. Gastroepiplóica D ! origina da A. GastroDuodenal
Fundo gástrico → Irrigado pelas A. Gástricas Curtas ! tributárias da A. Esplênica
Esôfago em Quebra-Nozes:
Esclerodermia:
Leiomioma:
Esofagites:
Esofagite Química: soda cáustica é a principal e mais preocupante. Gera esofagite grave, paciente
necessita de dilatações endoscópicas para alívio da disfagia provocada pela estenose cicatricial
-Fazer EDA precoce ! Não realizar lavagem gástrica ! Neutralização apenas na 1ª hora
-É fator de risco para ocorrência futura de Carcinoma Epidermóide do esôfago
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12/02/22:
SÍNDROME DISPÉPTICA
INTRODUÇÃO
Síndrome Dispéptica é definida por: “Dor epigástrica >=1mês” “alimento não caiu bem”
- Dor ou queimação epigástrica!
- Saciedade precoce!
- Plenitude pós-prandial!
(Basta preencher UM dos critérios acima. Não é necessário preencher todos três)
• OBSERVAÇÃO 01: Risco de CA: >40 anos*; sinal de alarme (↓ peso, anemia, disfagia,
odinofagia)
• OBSERVAÇÃO 02: Refluxo (DRGE): não é dispepsia, mas confunde (abordagem prática
Positivo Negativo
Sem resposta
Dispepsia Dispepsia
Orgênica funcional
IBP (4-8 sem)
IBP
Triciclico
Triciclico
Procinético Prócinético
Dispepsia Funcional:
**DF: é um diagnóstico de exclusão. Apesar disso, é a principal causa de dispepsia (60%) Paciente
apresenta clínica de dispepsia, mas sem causa orgânica encontrada, “é um piti”
Câncer do TGI:
-SEMPRE que o paciente com dispepsia tem epidemiologia de risco para neoplasia, EDA é
obrigatória para afastar esse DD. Solicitar EDA se: Idade > 40 anos ! Sinais de alarme
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1) DOENÇA DO REFLUXO GASTRO-ESOFÁGICO
Conceitos Iniciais:
Extra (CC): Não “rotular de cara”, muitos recebem diag. após episódio isolado de refluxo. DRGE é
crônico
Quadro Clínico:
(2) Regurgitação: ascensão do conteúdo à boca, “sente gosto amargo” … “expansão da pirose”
(3) Complicações:
-Esofagite!
-Úlcera esofágica!
-Estenose péptica (quando algumas das anteriores cicatrizam − disfagia progressiva) !
-Esôfago de Barrett (discutido adiante)
-Complicações ocorrem aproxim. em 50% dos pctesA (extra: as outras em menor frequência)
*(1) e (2): manifestações quase exclusivas da DRGE → são chamados de sintomas TÍPICOS
Diagnóstico:
Cuidado com EDA: EDA NÃO é obrigatória + EDA normal NÃO exclui a doença
-Apesar de não ser obrigatória, endoscopia é um exame comumente realizado
-Principal indicação de endoscopia é para afastar Câncer ou Outras patologias
*Lembrando: complicações ocorrem em 50% dos pacientes: Esofagite, Úlcera, Estenose, Barret.
Esôfago de Barrett:
Curiosidade: como o “novo epitélio” é uma adaptação, ocorre melhora dos sintomas da DRGE
Diagnóstico:
EDA apenas sugere Barrett → confirmação somente com BIÓPSIA (células caliciformes)
-EDA sugestiva: epitélio mais róseo do que as áreas adjacentes → cor vermelho-salmão
EDA 1x …
SEM Displasia EDA a cada 3-5 anos … + Biopsias seriadas
normal, repetir 2-3 anos
EDA 2x 1º ano…
Displasia BAIXO Grau Ablação endoscópica … ou EDA anual
repetir anualmente
Além disso, TODOS pacientes com Barrett devem fazer uso de IBP 1x/dia em doses plenas
Tratamento da DRGE:
**Feito sob três pilares:
-Comportamental!
-Farmacológico!
-Cirúrgico
(1) MEDIDAS COMPORTAMENTAIS:
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-Perder peso!
-Elevar cabeceira da cama à noite!
-Fracionar dieta!
-Evitar comer 2-3 horas antes de deitar!
-Eliminar da dieta os alimentos que pessoalmente causam sintomas!
-Cessar tabagismo
Fundoplicatura → Fundo gástrico “abraça” esôfago distal e passa a exercer função de válvula
-Técnica mais usada: Fundoplicatura de NISSEN, = Fundoplicatura Total, = 360º
-NÃO fazer Nissen se: … nestes casos, nissen tem risco de causar acalasia iatrogênica
-Atividade peristáltica < 60% ou Pressão peristáltica < 30 mmHg no esôfago distal
-Técnicas alternativas: Parcial anterior (Dor, Thal) ! Parcial posterior (Toupet-Lind)
*Macete idiota: pro topete ficar lindo, deve jogar para trás
2) ÚLCERA PÉPTICA
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Conceitos Iniciais:
(extra: é mais frequente)
É uma doença mais frequente no estômago (= úlcera gástrica) e duodeno (= duodenal)
-Pode aparecer em qualquer outro segmento do TGI, mas é bem menos frequente
-Definição (extra): lesão que leva à perda da integridade mucosa > 5 mm (< 5 é erosão)
Cuidado (extra): câncer gástrico pode se manifestar como lesão ulcerada (maioria) ou também
exofítica (minoria). Ter H. pylori é fator de risco para esse câncer. Porém, ter úlcera péptica NÃO é
fator de risco para ter câncer, ou seja, essa neoplasia NÃO precisa ser precedida por uma úlcera
Quadro Clínico:
Dispepsia, tal como descrito no início da aula. Obs.: cuidado: até 40% podem ser assintomáticos
(b) Úlcera Duodenal: dispepsia piora 2-3 hrs após a alimentação A ! piora ao jejum ou à noite B
-Explicação: A alimento fica 2-3 hrs no estômago + ácido é secretado por até 5 hrs (ou seja,
após 2-3h, a secreção ácida continua, mas sem alimento “para proteger”) ! B estômago
tem secreção ácida basal, o que piora o quadro nos períodos sem alimento “para proteger”
UFG: Sinal de Rigler: sinal da dupla parede; significa que existe gás dentro e fora da alça gástrica
na cavidade (pneumoperitônio). Ocorre devido a perfuração de vísceras oca, seja por ulcera
perfurada ou por procedimento.
Diagnóstico:
→ Pacientes com Idade > 45 anos e/ou COM sinais de alarme (= EDAO):
-Conduta: SEMPRE solicitar EDA. Se EDA (+) = Diagnóstico endoscópico
-Além disso, depois de tratar, deve fazer nova EDA → controle de cura
-Explicação: as vezes, primeira biópsia “pegou local limpo” de neoplasia
Obs.: isso não vale para câncer de duodeno, pois é raro + costuma ser exofítico
Fisiologia Gástrica:
Anatomia Gástrica:
-Dividido em 3 grandes regiões → Fundo, Corpo, Antro
-Piloro: faz parte do antro, é a região de transição para o duodeno
→ Antiinflamatórios (AINEs):
-São fármacos que inibem as enzimas ciclooxigenase (COX-1, COX-2)
-COX-1: sintetiza as prostaglandinas “do bem”. Ex.: estimulam a produção de muco
no estômago, ou seja, é importante para a proteção/barreia gástrica fisiológica
→ Helicobacter pylori:
-Bacilo Gram (−) Flagelado. Obs.: H. pylori tem relação com úlcera (mas não com DRGE)
Obs.: H. pylori pode estimular linfócitos B → Linfoma MALT Gástrico. Trata-se de um LNH
indolente e de baixo grau. Nesses casos, o tratamento inicial envolve apenas erradicar a
bactéria. Em casos de insucesso, realizar terapia adjuvante. Como último recurso, cirurgia
- Controle de cura: deve ser feito em casos de Úlcera péptica ou Linfoma MALT ! Deve ser
feito pelo menos 4 semanas após erradicar ! Pode ser feito com nova EDA ou, também,
com os não-invasivos (sobretudo uréia respiratória) ! Sorologia NÃO é válida no controle
-Resumindo (eu que fiz): se diagnóstico presuntivo, não-invasivo! se endoscópico,
invasivo, pois teria que fazer nova EDA de qualquer forma (para controle da úlcera)
-Quando desconfiar: úlcera péptica de repetição, sem relação com H. pylori ou uso AINEs
-Extras: localização atípica, refratária, diarréia aquosa, gastrinemia↑ (ver pg. 96)
Tratamento com → IBP 4-8 semanas + [se pesquisa (+)] Tratar H. pylori
-Controle de cura na situação (a) → fazer controle apenas do H. pylori
-Controle de cura na situação (b) → do H. pylori + da úlcera gástrica (nova EDA)
Classificação de Johnson:
HIPERcloridria:
• Duodenal!
• Gástrica tipo II (“Corpo gástrico”) !
• Gástrica tipo III (“Pré-pilórica”)
HIPOcloridria:
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• Gástrica tipo IV (“Peq. curv. alta”)
Indicações Cirúrgicas:
2ª) Se for úlcera GÁSTRICA → Deve-se retirar a área/região do estômago que contém a úlcera
-Ressecção é feita pelo “medo” da úlcera gástrica ser um câncer e não apenas uma úlcera
Vagotomia ± Antrectomia
→ EXISTEM 3 POSSIBILIDADES:
(A.1) Vagotomia Troncular + Piloroplastia: (extra: forma mais utilizada; na gástrica não, pela 2 ª
lei)
-Índices de complicações e recidivas são intermediários em relação aos tipos (2) e (1.2)
Complicações cirúrgicas
Síndrome de Dumping:
- (Dumping significa derramamento)
- Fisiológico: tônus pilórico faz transferência progressiva do alimento ao duodeno … “é um freio”
- Patológico: tônus ausente faz com que todo o alimento seja transferido ao duodeno subitamente
- Fases:
1) Dumping precoce: 15-20 minutos após refeições
- Sintomas gastrointestinais (ex.: dor, náusea, diarréia − por distenção abdominal) E/OU
- Sintomas vasomotores (ex.: taquicardia, palpitação, rubor − por liberação de bradcinina e
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serotonina pelos enterócitos distendidos)
Gastrite Alcalina
- Fisiopatologia:
• refluxo de secreção biliar +
• refluxo pancreática ao estômago
Como o estômago “não está acostumado” com essas duas secreções alcalinas, ocorre gastrite.
- Fisiopatologia →
• Alça aferente pode angular ou dobrar … essas distorções funcionam como uma
semi-oclusão intestinal.
• Após a alimentação, a alça recebe secreção biliar e pancreática, mas estas ficam
“retidas” → distensão e dor abdominal pós-prandial.
• Quando esvazia rapidamente, ocorre vômito bilioso!
• EXCLUSIVA de Billroth II
- Quando suspeitar:
• Dor abdominal +
• Vômitos biliosos e em jato (não precedidos de náuseas)
• COM melhora após vômitos
SOS:
- cárdia: células mucossecretoras!
- fundo: células parietais [HCl]!
- corpo gástrico: células parietais e células principais [pepsinogênio] !
- antro: células G [gastrina] e D [somatostatina]
EXTRAS
Classificação de Savary-Miller: esofagite de refluxo
A uma ou mais erosões, extensão < 5 mm ! B uma ou mais erosões, > 5 mm, mas não contínuas
entre os ápices de duas pregas mucosas esofágicas ! C erosões convergentes entre ápices de 2
ou mais pregas mucosas, mas envolvem < 75% da circunferência do órgão ! D envolvem > 75%
→ Obs.: desfecho mais comum da infecção pelo H. pylori é gastrite ativa assintomática
Impedânciometria Esofágica:
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Mais comuns envolvem cefaléia, diarréia, artralgia, miopatia, osteoporose
Algumas referências também consideram deficiência de B12 e deficiência de folato
Atuam bloqueando receptores de histamina das células parietais, uma das vias de estímulo
neuroendócrino para a secreção ácida. Menos eficazes, mas também podem ser usados 8 sem
É a complicação aguda mais comum das úlceras pépticas. 90% dos casos ocorrem na parede
posterior do duodeno (a. gastroduodenal). Úlcera duodenal é 1ª causa de sangramentos maciços
-Para demais detalhes, olhar caderno Síndrome da Hemorragia Digestiva (3)
Úlcera Péptica Perfurada: (2ª complicação aguda mais comum das úlceras pépticas)
90% dos casos ocorrem na parede anterior do bulbo duodenal (= 1ª porção duodenal)
*das úlceras gástricas, é a complicação mais comum [gástrica perfura mais do que sangra]
Pode ser: livre (peritonite + pneumoperitônio) / tamponada (bloqueio por órgãos adjacentes-fístula)
-QC: dor aguda abdominal + irritação peritoneal + hipotensão + taquicardia + taquipnéia
-DX: rotina de abdome agudo → pneumoperitônio (radiografia ou tomografia)
*Se formar de fístula gastroduodenal, tem imagem de “piloro duplo”
Obs.: Chicão (caderno e visitas): com a grande evolução dos IBP e dos fármacos contra H. pylori,
tem-se adotado a conduta (a) como “regra geral”, até quando perfuração < 24hrs com estabilidade
hemodinâmica … (b) fica reservada para úlcera gigante (> 3 cm) ou úlcera crônica com obstrução
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Úlcera Péptica Obstruída: (3ª complicação aguda mais comum)
Dispepsia Funcional:
Queixas dispépticas nos últimos 3 meses + que se iniciaram no mínimo 6 meses antes
Presença de pelo menos um dos sintomas abaixo + Ausência de lesões que os justifiquem
-Dor ou Queimação Epigástrica ! Saciedade Precoce ! Plenitude Pós-Prandial
pylori
Hérnia Hiatal:
HH por deslizamento: JEG sobe através diafragma (forma mais comum - 95%)
HH mista: mistura de ambas. HH 2 e 3 são mais operadas, por maior risco de complicar
HH gigante: outros órgãos além do estômago também herniam (ex.: cólon, pâncreas, etc)
**Deslizamento = tipo 1, Rolamento = tipo 2, Mista = tipo 3, Gigante = tipo 4
Hérnia de hiato não necessariamente leva a DRGE. Pode funcionar como um fator agravante
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Mais comum em idosos e adultos de meia-idade, quando ocorre enfraquecimento das estruturas
músculo-fasciais. QC de HH é composto por pirose e regurgitação. Tratamento é clínico na
maioria. Cirurgia pode ser indicada em casos com esofagite grave, refratariedade/recidiva
Obs.: Tipo 1 é a mais relacionada à DRGE ! Tipo 2 não costuma; porém, pode estrangular!!
Perfuração Esofágica:
O esôfago é o órgão mais sujeito à ruptura porque: não tem serosa + “recebe” pressão negativa
intratorácica + é um órgão sujeito a variações súbitas de diâmetro e, também, de pressão
-Causas: lesão iatrogênica ! vômitos vigorosos ! lesão cáustica ! trauma (ppm penetrante)
QC (depende do local da perfuração): cervical, torácica, abdominal ! Ex.: (cervical) dor cervical,
enfisema subcutâneo, disfagia, dispnéia ! (torácica) clássico → mediastinite (dor retroesternal
pleurítica, taquipnéia, dispnéia → radiografia com pneumomediastino [alargado], derrame pleural
bilateral) ! (abdominal) peritonite → radiografia com pneumoperitônio (também ao exame físico)
TTO: depende de diversas variáveis. No Brasil, pela indisponibilidade de stents (que seria opção
para pctes instáveis), considerar tempo de perfuração e se lesão está, ou não, contida. Pg. 107
-Perfuração contida = SNG + ATB EV + Nutrição enteral + Reavaliações (com ex. imagem)
Obs. (UFG-2007) perfuração em porção cervical é mais comum do que perfuração torácica (rara)
Anomalia congênita mais comum do esôfago (1:4.000). Foto pg. 108 (118)
90% dos casos estão associados à fístula traqueoesofágica, sobretudo do coto esofagiano distal
Apresentação mais frequente: inicia com polidrâmnio na gestação (pois feto não deglute líquido);
RN com salivação excessiva, tosse (crises), cianose, asfixia. Pior após alimentar (broncoaspiração)
EF: abdome distendido ! DX: SNG que não progride ! Se houver fístula: ar no esôfago ao RX
-Distenção ocorre na maioria devido à passagem de ar da traquéia ao estômago
Obs.: em até 50% dos casos existem outras anomalias associadas, fazendo parte, sobretudo, de
2 associações: VACTERL → Vertebral defects, Anal defects, Cardiac defects, TracheoEsophageal
fistula defect, Renal defects, Limb defects ! CHARGE → Coloboma of the eye ou Central nervous
system anomalies, Heart defects, Atresia of the choanae, Retard of growth or development,
Genital or urinary defects, Ear anomalies and/or deafness
Mais em homens, acomete 1-3:1.000. Desenvolve entre 1ª-3ª sem e 5º mês de vida
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QC: vômitos não-biliosos após as refeições … RN faminto + alimenta-se com avidez
-Evolui com alcalose metabólica hipoclorêmica, desidratação, perda de peso
Atresia Duodenal:
Ocorre pela não-recanalização duodenal no desenvolvimento embrionário
Acomete 1:10.000 nascidos vivos. Desses, 20-30% são portadores de Sd. de Down
QC: vômitos biliosos sem distensão abd. (ou isolada em epigástrio). Já no 1º dia de vida
-Outros achados: polidrâmnio durante gestação, peristalse abdominal visível, icterícia
DX: radiografia com sinal da dupla bolha … = distensão do estômago + do duodeno proximal
EXTRAS - QUESTÕES:
Extra Exames na Disfagia: na grande maioria das vezes, o 1º exame é esofagografia. Porém, se o
paciente tem s. de alarme, EDA pode ser 1º exame pois “descartar CA é mais importante”. Q3
C42
Extra Pegadinha Acalasia: hipertonia EEI é muito comum, mas não é presente universalmente em
todos os pacientes (em média, 50% dos pctes). Sua ausência NÃO exclui o diagnóstico. Q13 C38
Extra Indicações pHmetria: (1) avaliar/confirmar doença no pré-op (2) dúvida diagnóstica Q43 C31
Extra Pegadinha DRGE: pHmetria faz parte dos exames para indicar cirurgia. Mas se a cirurgia for
indicada por estenose (complicação), pHmetria não ajuda. Cirurgia não é fundoplicatura. Q22 C43
Extra Úlcera Péptica: também existe tipo V, induzida por medicamentos (ex: AINEs, alendronato..)
Extra Pegadinhas Úlcera e H. pylori: se teve indicação EDA e encontrou bactéria, mas com úlcera
já cicatrizada, não precisa de IBP por 4-8 sem, basta tratamento para H. pylori por 1 sem. Pg 83 !
Além disso, se essa úlcera foi biopsiada, já excluiu malignidade e até mesmo já cicatrizou, não
precisa de nova EDA (bastará fazer controle de cura se erradicou o H. pylori) Pg. 79 ! Cuidado
Extra Síndrome do Antro Retido: também é uma complicação cirúrgica das cirurgias para úlcera
péptica. Uma parte do piloro contendo tecido gástrico produtor de gastrina não é retirado. Assim,
ocorre recidiva da hipercloridria e a grande dica é “úlceras recorrentes após a cirurgia”. Q30 C35
Extra Quadro Grave Ruptura Esofagiana: olhar questão e comentário para ver conduta. Q42 C18
Extra Efeitos Colaterais AINEs: úlcera péptica é o EC mais comum, podendo aparecer com AINEs
de qualquer classe ou qualquer perfil de paciente. Aumentos da PA e distúrbios eletrolíticos são
comuns, mas predominam em hipertensos/nefropatas prévios. NIC e Síndrome nefrótica podem
aparecer juntas, mas são mais comuns nos terminados em “eno”. Existem vários outros. Q10 C60
Extra Tratamento Gastrinoma: atenuar queixas dispépticas (IBP altas doses) + ressecção cirúrgica
+ controlar cresc. tumoral em caso de doença metastática (QT, INF-α, Embolização). Simulado 3
Extra Sinal de Rigler (= da dupla parede): visualização acentuada das paredes gástrica e intestinal
à radiografa abd. por causa de ar no espaço peritoneal. Típico de perfuração visceral (ex.: úlcera)
*Sinônimo: Sinal da duplas parede … Obs.: teve uma questão que escreveu S. de Riddler
Extra Megaesôfago Grupo IV: Dólico Distal (Serra-Doria) x Dólico Proximal (Esofagectomia)
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RESUMO DA AULA
SÍNDROME DISFÁGICA
Disfagia de Condução (Esofagiana = Baixa) → ENTALO → Schatzki, Acalásia, EED, Quebra nozes
< 2: miotomia
Hipertonia EES Disfagia
≥ 2: miotomia +
ZENKER Fragilidade ΔKillian Halitose Esofagografia baritada
pexia ou ectomia
HIPOFARÍNGEO Regurgitação
> 3: endoscópica
Esofagomanometria: Farmacológico
Perde relaxamento Disfagia
-Hipertonia EEI + Toxina Botulínica
ACALÁSIA do esfíncter inferior Regurgitação
-Perde relax. fisiol. + Dilatação via EDA
Destrói P. Auerbach Perda de peso
-Peristalse anormal Miotomia à Heller
SÍNDROME DISPÉPTICA
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