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DEFINIÇÃO:
o conteúdo gástrico e/ou duodenal (bile) retorna para o esôfago!
- sem eructos ou vômitos necessariamente
- com ou sem sintomas (fisiológico)
- com ou sem alterações patológicas Pode não haver lesão (esofagite = erosão mucosa)
Consenso atual - presença de pelo menos 1 dos 3 fatores abaixo:
Lesão da mucosa esofágica pelo refluxo gastroesofágico
Sintomas capazes de alterar a qualidade de vida
Riscos de complicação como estenose, Barret e câncer
MECANISMOS DO RGE:
- EEI (interno e externo) – pilar D do diafragma (fibras à E e D) hiato esofágico
- Ligamento freno-esofágico
- Ângulo de entrada do esôfago no estômago (de His)
(deve ser 45° válvula de Gubaroff)
CAUSAS DE DRGE
Aumento da pressão intra-abdominal (obesidade e gestação)
Esclerose Sistêmica progressiva
Úlcera Péptica dificuldade esvaziamento gástrico
Uso prolongado de sonda nasogástrica
Vômitos repetidos
Hérnia Hiatal por deslizamento maioria!
* deslizamento:
- JEG com parte do estômago acima do diafragma
* paraesofágica:
- JEG normal
- parte do estômago acima do diafragma (ao lado do esôfago)
(não é intussucepção)
não dá DRGE ou esofagite!
SINTOMAS:
- DOR
bem característica
= asia/queimação epigástrica irradia para região retroesternal
- pode irradiar para o braço = diagnóstico diferencial IAM
- regurgitação
- eructações
- disfagia
- tosse
- crise asmática
30% pneumologista ou otorrino também!
Rx Contrastado de esôfago
Riscos = contraste entre pregas
pHmetria
avalia o nível de refluxo, com sensores no esôfago em 24h
Manometria esôfago
Distúbio motor esôfago
Cintigrafia
Impedânciometria intraesofágica (pouco uso mas muito bom)
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
estômago pregas; cor + escura
Transição esofagogástrica nível do
pinçamento esofagiano = esfíncter.
No exame normal o esfíncter aperta o aparelho (justo)
(manobra de Bio Turner ? – olha para trás já dentro do
estômago)
- serve para ver a hernia para esofágica (+ 1 orifício =
divertículo
Retrovisão:
ESOFAGITE
Classificação de Savarry-Miller
Grau I: lesões longitudinais sem confluência de erosões.
Grau IV: lesões crônicas = úlceras, fibrose, estenose e Barret (* Barret pode ser considerado “grau 5”)
COMPLICAÇÕES
Hemorragia
Úlcera
Estenose
Barret
Neoplasia Adenocarcinoma do esôfago
Esôfago de Barret: precursor adenocarcinoma
Incidência = 1:146-222 pacientes/ano
Risco: 30x a 125x > população em geral
Fator preditivo para risco = displasia.
Obs.: logo, pode ser ectasia (em outros locais) sem risco de CA!
(problema real é na transição!)
Fim do esôfago
(“tubular”) e início do
estômago (pregas
gástricas)
Esôfago de Barret
EDA:
Coloração salmão aveludado epitélio colunar (sem pregas) x cor esbranquiçada do epitélio escamoso
TRATAMENTO:
Clínico
- gerais (MEV)
- drogas
- Objetivos:
Curto prazo:
- Eliminar os sintomas
- Cicatrizar as lesões
Longo prazo:
- Prevenir ou tratar as complicações
- Evitar as recidivas
MEV:
- Refeições pequenas e frequentes
- Não se deitar após comer (2h)
- Evitar aumento da pressão intra-abdominal (emagrecimento) atividade física e dieta
- Elevar a cabeceira da cama NÃO É O TRAVESSEIRO
- Evitar medicamentos prejudiciais
TERAPIA MEDICAMENTOSA:
- aumentar o clareamento do esôfago; melhorar a competência do piloro (relaxar) procinéticos
- melhorar a barreira antirefluxo
- cobrir o tecido inflamado e sem epitélio protetor mucosa
- melhorar o pH do conteúdo gástrico PRAZOL ou antiácidos ou bloqueador H2
TRATAMENTO CIRÚRGICO
exceto quando há Barret, nunca é na primeira consulta!
Indicações:
- Falha/intolerância tratamento clinico
- Complicação – úlceras
- problemas respiratórias
- Grandes hérnias hiatais
- Regurgitação persistente
- Cirurgia concomitante (aproveita e já faz)
- Atividades profissionais específicas
- Tratamento contínuo de manutenção com IBP, especialmente < 40 anos
Objetivos:
- Posicionar a JEG abaixo do diafragma
- Ajustar o feixe muscular dos pilares diafragmáticos permitindo a passagem levemente folgada do
esôfago através do diafragma (xxx disfagia, xxx refluxo)
nova válvula anti-refluxo para auxiliar na função EEI. (fundoplicatura)
- CIRURGIAS ANTIREFLUXO
Fundoplicatura total ( roda 360° e sutura) de Nissen + uso
Complicações intra-operatórias:
Perfuração do esôfago
Hemorragia
Pneumotórax
Enfisema sc/mediastinal
Lesões de vísceras
Complicações pós-operatórias:
Disfagia
Distensão gasosa
Incapacidade de eructar
Esvaziamento gástrico lento
Diarreia
Recidiva dos sintomas
Resultados:
A melhora clínica (azia, do refluxo) e o grau de satisfação 95 %
Dependem:
- Esofagite não complicada
- Esofagite complicada (Epitélio de Barret, Estenose)
- Condições anatômicas locais favoráveis
(Esôfago Curto/Fibrótico)
(Diafragma Finos – esgarçam com a sutura; Afastados)
(Fígado esteatótico, lobo E grande)
cuidados pós operatórios:
- medicações e antiheméticos
TERAPIA EFICAZ:
Alívio dos sintomas, Cicatrização, Diminuir exposição ao ácido, Melhora da qualidade de vida.
CONSENSO ATUAL
“A fundoplicatura videolaparoscópica é capaz de tratar definitivamente a DRGE com vantangens
adicionais ao tratamento clinico prolongado e ao da cirurgia Convencional!”