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ATIVIDADE DE PANCREATITE
PANCREATITE AGUDA
BELO HORIZONTE
2020
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ATIVIDADE DE PANCREATITE
PANCREATITE AGUDA
BELO HORIZONTE
2020
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Sumário
QUESTÃO 03 .............................................................................................................. 8
QUESTÃO 04 ............................................................................................................ 10
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 11
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ESTUDO DE CASO
Diagnóstico
Evolução clínica
Assim, tanto as EROs quanto o acetaldeído são capazes de atuar nas células
pancreáticas acinares. Os efeitos desses metabólitos variam desde um aumento
sustentado de cálcio intracelular, até aumento da permeabilidade mitocondrial e
liberação de catepsinas. A célula acinar saudável sintetiza diversas enzimas e
geralmente está protegida da autodigestão enzimática, porque gera precursores
inativos (zimogênios). Esses metabólitos são capazes de ativar prematuramente os
zimogênios e formar vacúolos, que levam a um cenário de aumento da síntese de
enzimas digestivas e consequente autodigestão celular.
2. Diagnóstico nutricional.
pelo exame físico. Dessa forma, o paciente apresenta critérios fenotípicos (perda de
massas gordurosa e magra) e etiológicos (redução da ingestão alimentar, doença de
base com aumento da demanda metabólica) para tal diagnóstico.
Não, pois é possível iniciar com Terapia Enteral no segundo dia de internação (02/09).
Isso porque a Terapia Enteral precoce preserva a integridade da mucosa intestinal,
estimula a motilidade e a circulação sanguínea e evita o crescimento acelerado de
bactérias. Também reduz o risco de falência de órgãos, complicações infecciosas e
mortalidade. Além de apresentar estabilidade hemodinâmica e, por isso, ter reduzido
o uso de medicamento vasoativo, apresenta melhora no valor do APACHE e nos
demais parâmetros bioquímicos, como lactato e glicemia de jejum, possibilitando
então a prescrição da nutrição enteral. O paciente não apresenta obstrução ou
disfunção significativa no trato gastrointestinal que justifique a administração de
terapia parenteral. As diretrizes apontam que o uso de nutrição parenteral sem
necessidade está associado a uma piora na evolução clínica do paciente com
pancreatite aguda, como necrose tissular e infecção pancreática.
A meta de terapia nutricional foi de 25 kcal/kg. Entretanto, ela deve ser realizada de
forma gradual, até atingir a meta calórica estabelecida ao longo dos dias, de acordo
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Calorias:
25 kcal/kg
25 kcal x 50 = 1250 kcal
Proteína:
1,5 g/kg
1,5 g x 50 = 75 gramas
Lipídeos:
25% VCT
1250 kcal x 0,25 = 312 kcal
312 kcal/ 9 kcal/g = 35 gramas de gordura na dieta
Dieta hipercalórica/hiperproteica:
1250 kcal / 1,5 kcal/mL = 833 mL de dieta
833 mL / 22 horas = 38 mL/h de dieta
INÍCIO DA TNE
META
EVOLUÇÃO
Dia 02/09:
25% da meta estabelecida 10 mL/h de dieta
6 kcal/kg e 0,7g de ptn/kg
Dia 03/09:
50% da meta estabelecida 20 mL/h de dieta
12,5 kcal/kg e 0,9 g de ptn/kg
Dia 04/09:
75% da meta estabelecida 30 mL/h de dieta
19 kcal/kg e 1,2 g de ptn/kg
Dia 05/09:
100% da meta estabelecida 40 mL/h de dieta + 13 g de módulo de
proteína
25 kcal/kg e 1,5 g de pnt/kg.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lankisch, P. G., Apte, M., & Banks, P. A. (2015). Acute pancreatitis. The Lancet, 386(9988), 85–
96. doi:10.1016/s0140-6736(14)60649-8
MAHAN, L. Kathleen; ESCOT-STUMP, Sylvia; RAYMOND, Janice L.. Krause - Alimentos, Nutrição e
Dietoterapia. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 1256 p.
Mandalia, A., Wamsteker, E.-J., & DiMagno, M. (2018). Recent advances in understanding and
managing acute pancreatitis. F1000Research, 7, 959. doi:10.12688/f1000research.14244.1
WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. São Paulo: Ed Atheneu, 2009.