Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MEMBROS:
A Deus, por ter me permitido realizar mais esta etapa em minha vida profissional.
Fábio Henrique, Sandra, Luiz Ricardo, Rafael, Marcy Lancia, Camila Mendes,
Camila Pereira, Alberto, Diana, Edith e Cristiano. Obrigada por toda amizade,
descontração.
Professores Gabriel F. Anhê e Stephen Hyslop, pela amizade, apoio científico, e por
sempre tão prestativas. Ao Sr. Miguel, Toninho, Aguinaldo e Ivani, pelo trabalho e
A todos aqueles que talvez possa ter esquecido neste momento, mas que estão
para investigação da CI/SDV devido à sua similaridade com a doença humana. Estudos
afinidade para a forma oxidada (insensível ao NO) desta enzima, sendo capazes de
elevar a produção de GMPc, restaurando a sinalização. Este estudo teve como objetivo a
C57BL/6, fêmeas, com 8 a 10 semanas de idade (20-25 g). A cistite foi induzida por
dias. Para avaliação da prevenção da cistite por BAY 58-2667, os animais foram pré-
1:2:7, v:v), por gavagem, 1 hora antes da indução de cistite, e os estudos foram
prevenidas pelo tratamento com BAY 58-2667. A exposição à CYP aumentou a geração
de espécies reativas de oxigênio (ERO) tanto no detrusor quanto no urotélio, sendo esta
bexigas do grupo CYP permaneceram inalteradas pelo pré-tratamento com BAY 58-
Palavras chave: bexiga urinária, cistometria, cistite, síndrome da dor vesical, GMP
cíclico
ABSTRACT
induced cystitis is a widely used experimental model for IC/BPS research because of its
similarity with the human disease. Studies show that excessive oxidative stress during
inflammation affect the bladder function by impairing the nitric oxide (NO) / soluble
guanylate cyclase (sGC) / cGMP signaling pathway. NO- and heme-independent sGC
activators have high affinity for the oxidized, NO-insensitive, form of this enzyme, being
able to raise cGMP production, restoring the signaling. This study aimed to standardize
cystitis and also evaluate the changes in sGC/cGMP signaling pathway. The protective
process associated with cystitis were also evaluated. Female C57BL/6 mice, 8-10 weeks
old (20-25g) were used. Cystitis was induced by an injection(s) of CYP (75-300 mg/kg,
i.p.) and the animals were evaluated after 4, 24 hours or 10 days. For evaluation of the
prevention of cystitis by BAY 58-2667, the animals were pretreated with BAY 58-2667
cystitis induction and studies were performed 24 hours after CYP administration. The
patterns of micturition in both awake (micturition in filter paper; free movement) and
mice with free movement, CYP injection reduced the volume of micturition and
increased the number of micturition spots. Cystometric records of mice injected with
CYP revealed significant increases in urinary frequency and non-voiding contractions
Pretreatment of the animals with BAY 58-2667 significantly prevented the micturition
changes observed in both free-moving and cystometry, and normalized the reduction of
β1 subunits of GCs and the cGMP levels in the CYP group were marked reduced, which
were all prevented by BAY 58-2667 treatment. Exposure to CYP increased the
generation of reactive oxygen species (ROS) in both detrusor and urothelium, which
bladders of the CYP group remained unchanged by pre-treatment with BAY 58-2667. In
conclusion, GCs activators may constitute a new and promising therapeutic approach
Key words: urinary bladder, cystometry, cystitis, bladder pain syndrome, cyclic GMP
LISTA DE FIGURAS
Pág.
Figura 15. Níveis de GMPc em bexigas de animais com cistite induzida pela
Figura 18. Estudo funcional in vitro com detrusor isolado de animais controle
(CYP)............................................................................................... 62
Figura 20. Efeito do tratamento com BAY 58-2667 (1 mg/kg) sobre os níveis
de GMPc...................................................................................... 63
Pág.
com cistite......................................................................................... 52
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACh, acetilcolina
COX-2, ciclooxigenase 2
CTRL, controle
CYP, ciclofosfamida
DAG, diacilglicerol
DHE, diidroetídio
i.p., intraperitoneal
MPO, mieloperoxidase
ODQ, 1H-[1,2,4]Oxadiazolo[4,3-a]quinoxalin-1-one
PDE-5, fosfodiesterase-5
pEC50, potência
PLC, fosfolipase C
Pág.
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 21
1.1. Fisiologia da micção................................................................................... 21
1.1.1 Anatomia do trato urinário inferior..................................................... 21
1.1.2 Ciclo miccional, inervação e mecanismos contráteis e relaxantes......... 23
1.2. Disfunções do trato urinário inferior........................................................... 26
1.2.1 Cistite Intersticial e Síndrome da Dor Vesical (CI/SDV)..................... 27
1.2.2 Cistite induzida por ciclofosfamida (CYP)........................................... 30
1.3. Sinalização NO/GCs/GMPc........................................................................ 30
1.3.1 Estimuladores e ativadores de GCs........................................................ 32
1.4 Justificativa e relevância............................................................................. 35
2. OBJETIVOS......................................................................................................... 37
2.1. Objetivo geral............................................................................................ 37
2.2. Objetivos específicos............................................................................... 37
3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................... 38
3.1. Animais de experimentação...................................................................... 38
3.2. Desenho experimental................................................................................ 38
3.2.1 Padronização do modelo de cistite induzida por CYP.......................... 38
3.2.2 Avaliação do potencial preventivo do BAY 58-2667........................... 39
3.3. Avaliação do perfil miccional....................................................................... 39
3.3.1 Técnica de mancha de micção em papel de filtro.................................. 39
3.3.2 Análise cistométrica............................................................................. 40
3.4. Ensaio funcional in vitro............................................................................... 40
3.4.1 Isolamento e montagem dos tecidos...................................................... 41
3.4.2 Respostas contráteis ao agonista muscarínico, carbacol, e ao KCl........ 41
3.4.3 Respostas contráteis à estimulação elétrica de campo (EFS)................ 42
3.5. Avaliação de edema e análise histológica..................................................... 42
3.6. Determinação da atividade da mieloperoxidase (MPO)............................... 42
3.7. Western blotting............................................................................................ 43
3.8. Determinação dos níveis de GMPc.............................................................. 43
3.9. Real time PCR............................................................................................... 44
3.10. Determinação dos níveis de espécies reativas de oxigênio.......................... 44
3.11. Análise estatística................................................................................... 45
Pág.
4. RESULTADOS...................................................................................................... 46
4.1. Caracterização da cistite induzida por CYP........................................... 46
4.1.1 Alterações macroscópicas, razão peso vesical/corporal e atividade da
MPO....................................................................................................... 46
4.1.2 Análise histológica................................................................................. 48
4.1.3 Caracterização do perfil de micção dos animais com cistite.................. 50
4.1.3.1 Mancha de micção em papel filtro................................................ 50
4.1.3.2 Análise cistométrica...................................................................... 51
4.1.4 Avaliação funcional in vitro de animais controle e com cistite............. 53
4.1.4.1 Curva concentração-resposta ao carbacol..................................... 53
4.1.4.2 Contração induzida por KCl......................................................... 54
4.1.4.3 Curva frequência-resposta............................................................. 54
4.1.5 Avaliação das alterações na sinalização GCs/GMPc na cistite
induzida por CYP.................................................................................. 55
5. DISCUSSÃO.......................................................................................................... 66
6. CONCLUSÃO...................................................................................................... 74
7. REFERÊNCIAS.................................................................................................... 75
8. ANEXO............................................................................................................... 90
21
1. INTRODUÇÃO
uretrais (Figura 1). A bexiga urinária apresenta duas regiões distintas, uma ampla região
localizada acima dos orifícios uretrais, denominada corpo da bexiga, e formada pelo
músculo liso detrusor; e uma região menor, abaixo dos orifícios uretrais, denominada
base da bexiga, e formada pelo músculo liso trígono e junção uretrovesical. A uretra,
por sua vez, estende-se do orifício uretral interno ao externo, sendo formada por três
rabdoesfíncter2.
(Figura 1). O músculo detrusor é formado por três camadas de fibras musculares,
22
camada intermediária.
camada basal de células, aderidas à lâmina própria, uma camada intermediária e uma
superficial (ou apical) composta por células largas e hexagonais, conhecidas como
chuva, sugerindo que a mesma contribui para barreira urotelial3. O urotélio não é
somente uma barreira impermeável à íons, solutos e patógenos, mas parte integral de
interagindo com fibras nervosas, músculo liso, células intersticiais e vasos sanguíneos.
(Figura 2).
(2008).1
24
nervos pélvico e hipogástrico originam-se nas regiões sacral (S2-S4) e lombar (T10-
L2), respectivamente, e o nervo pudendo tem sua origem no núcleo de Onuf, no corno
O nervo pélvico conduz fibras parassimpáticas para o detrusor, sendo sua atividade
bexiga através da fosforilação da miosina de cadeia leve. A PKC ativada, por sua vez,
ATP leva à contração da musculatura lisa pela capacidade de interagir com duas
famílias de receptores purinérgicos: P2X, ligado canal iônico e que promove o influxo
de cálcio extracelular; e P2Y, receptor acoplado à proteína-G e que atua via PLC/IP3 e
NO, por sua vez, promove o relaxamento desta musculatura lisa, mediado pela
O nervo hipogástrico conduz fibras simpáticas para parte do detrusor e para a base
monofosfato cíclico de adenosina (AMPc), que ativa a proteína quinase A (PKA). Esta,
por sua vez, promove a fosforilação da miosina quinase de cadeia leve, inativando-a,
Por fim, o nervo pudendo conduz fibras somáticas ao esfíncter uretral externo e
Os sintomas do trato urinário inferior, também referidos pela sigla inglesa LUTS
(“Lower Urinary Tract Symptoms”), são condições de alta prevalência, comuns tanto
LUTS podem ser divididos três tipos de sintomas, a saber: sintomas de armazenamento
27
Dentre o amplo espectro dos LUTS, o foco deste trabalho é direcionado à Cistite
bexiga, atingindo também a camada muscular23. Desde então, esta doença tem sido
descrita por seus sintomas, que inclui a dor pélvica, constante necessidade de micção
define a CI/SDV como “dor pélvica crônica, com duração superior a 6 meses, pressão
patologia óbvia”21,26-28.
28
termo “cistite intersticial” (CI), já que a dor é o sintoma primordial desta doença. Hoje,
reserva-se o termo cistite intersticial apenas para pacientes com diagnóstico confirmado
são cambiáveis, já que não há uma definição que claramente separe a CI da SDV28,29.
por exemplo, bexiga hiperativa e infecção urinária. Além da dor e excessiva frequência
fluxo urinário e micção em dois tempos. Ulcerações na mucosa, conhecidas como lesões
aproximadamente de 300 para cada 100.000 mulheres29-31. No Brasil, ainda não existem
mecanismos que levam à esta condição ainda não estão bem esclarecidos, sendo a
são também utilizadas. A maioria dos pacientes com CI/SDV necessita de mais de uma
estresse e ansiedade33.
de seus principais efeitos adversos é o de causar cistite nos pacientes. Estima-se que
entre 10 a 40% dos pacientes tratados com altas doses de CYP (> 20 mg/kg) ou por
têm utilizado a CYP como um agente para induzir cistite experimental, um modelo
mecanismo pelo qual a CYP induz cistite ainda não está claro, mas usualmente é
urotélio39,40.
a eNOS e nNOS denominadas NOS constitutivas, pois são normalmente expressas nas
ativação da enzima guanilato ciclase solúvel (GCs), uma proteína heterodimérica que
reduzido (Fe2+), o qual é coordenado a quatro átomos de nitrogênio, sendo este essencial
pode ser melhorado por ativadores da GCs48-51. O estado oxidativo do íon ferro do
que quando o íon ferro encontra-se oxidado (Fe3+) a enzima torna-se insensível ao NO43.
32
YC-1,52,53 que posteriormente deu origem a vários compostos sintéticos com estrutura
similar. Atualmente, esta classe de drogas compreende dois grandes grupos, chamados
oferecer um grande potencial clínico, têm permitido uma melhor compreensão da via de
íon ferro do grupamento heme encontra-se no estado reduzido (Fe2+); assim, são
forte sinergismo quando estas drogas são combinadas ao NO54. Por outro lado, os
mesmo ausente57-59.
34
tanto o estimulador (BAY 41-2272) quanto o ativador de GCs (BAY 60-2770) reduzem
coelho e camundongo in vitro, demonstrou-se que tanto o estimulador da GCs, BAY 41-
estudos prévios de nosso grupo de pesquisa mostraram que os ativadores de GCs são
da via GCs/GMPc63,64. Outro estudo mostrou que o tratamento com BAY 41-2272 é
micção.76
urinário inferior, seja por sua ação direta como neurotransmissor, seja pela ação
nos fundamental. Até o momento, nenhum estudo descreveu alterações nesta via de
sinalização na cistite induzida por CYP. Além disso, ativadores da GCs, como o BAY
tratamento da CI/SDV. Acreditamos que o modelo proposto de cistite induzida por CYP
36
2. OBJETIVOS
Este estudo teve como objetivo geral investigar o papel da via de sinalização
induzida por CYP, bem como das alterações funcionais in vitro do músculo
detrusor;
níveis de ERO.
38
3. MATERIAIS E MÉTODOS
gaiola, ração padrão Nuvilab e água filtrada ad libitum, em ambiente com temperatura
2) Cistite aguda: animais que receberam injeção i.p. de CYP (300 mg/kg) e
3) Cistite intermediária: animais que receberam injeção i.p. de CYP (300 mg/kg) e
4) Cistite crônica: animais que receberam injeções i.p. de CYP (75 mg/kg), durante
cistite intermediária (24 h) foi designado como modelo para avaliação do BAY 58-2667
na prevenção da cistite induzida por CYP. Os animais foram pré-tratados por gavagem
injetados via i.p. com CYP (300 mg/kg) ou salina. Desta forma, os animais foram
filtro (26 x 16 cm; 80 g/m2) durante 3 horas, com água ad libitum, para a coleta da
urina79. Após este período, os papéis foram secos naturalmente por 24 horas. As
Os animais foram anestesiados com uretana (1,8 g/kg, i.p.). A bexiga urinária foi
exposta e cateterizada utilizando um scalp nº 25. Este scalp era acoplado à uma torneira
canulação, a bexiga foi esvaziada, estabilizada por cinco minutos, iniciando-se a infusão
micção)63.
anterior do grupo63.
41
As bexigas foram removidas imediatamente após a eutanásia dos animais. Duas tiras
longitudinais de músculo detrusor com o urotélio íntegro foram obtidas de cada bexiga.
Os tecidos foram montados em banho para órgãos isolados (cuba 10 mL), preenchido de
continuamente com mistura carbogênica (5% CO2 e 95% de O2) e com temperatura
controlada à 37 ºC. Cada tira de tecido foi acoplada a um transdutor de força, sob tensão
E é elevação do tônus basal, Emax é a máxima resposta que o agonista pode produzir,
“c” é o logarítimo da EC50, que é a contração do agonista que produz 50% da resposta
Para a EFS, os tecidos foram montados entre dois eletrodos de platina dispostos de
duração dos pulsos de 1 milisegundo (ms), intervalo entre os pulsos de 0,2 ms, duração
peso úmido da bexiga e peso total do animal. Para a análise histológica, os tecidos
pelo método de Bradford, e as amostras foram tratadas com tampão Laemmli contendo
como uma medida da expressão da proteína, foi determinada por análise densitométrica
bexigas removidas. De acordo com protocolo descrito anteriormente82, o RNA total foi
utilizou-se kit com a enzima transcriptase reversa SuperScript III (Thermo Fisher
minutos em solução de Hank’s (17,1 mM NaCl; 0,7 mM KCl; 0,05 mM KH2PO4; 0,04
Os resultados foram apresentados com médias ± erro padrão das médias (EPM) de
um número experimental (n). Para comparações múltiplas foi utilizado o teste de análise
Student foi utilizado para análises de um mesmo parâmetro entre dois grupos
GraphPad Prism 5.0 (GraphPad Software Inc., California, EUA) foi utilizado para as
análises.
46
4. RESULTADOS
sinais de hemorragia (Figura 6B). Quando analisamos a razão entre peso da bexiga e
peso corporal (mg/g), notamos um aumento significativo dos três grupos cistite em
relação ao grupo controle (P < 0,05; Figura 6C). No grupo cistite intermediário (24 h),
aumento de mais de três vezes em relação ao grupo controle. No grupo cistite crônico
(10 dias) observamos um aumento visível no tamanho das bexigas em relação ao grupo
tamanho sugere remodelamento tecidual. Destacamos que a injeção de CYP não induziu
alterações significativas no peso corporal dos animais expostos em relação aos controles
(Figura 6A).
nos grupos cistite (P < 0,05), especialmente no grupo cistite intermediário (24 h) (Figura
6D).
47
A) B)
C) D)
controles e com cistite. Observamos que o número de micções nos grupos cistite foi
período de três horas, os animais do grupo cistite intermediária produziam mais de 100
aos demais grupos (P < 0,05). Nos grupos cistite de 4 horas e 10 dias observamos uma
micção nos grupos cistite em relação ao controle (P < 0,05). Não notamos diferenças
cistite, observamos que a frequência de CNMs entre os grupos cistite 4 horas e 10 dias
Controle CYP 4h
10mmHg
Complacência (mL/mmHg) 0,02 ± 0,03 0,01 ± 0,003* 0,01 ± 0,01* 0,01 ± 0,01*
Pressão de micção (mmHg) 27,60 ± 1,7 22,33 ± 2,0 20,03 ± 2,5* 21,23 ± 2,2
Frequência de micção (nº/min) 0,27 ± 0,05 0,77 ± 0,12* 0,64 ± 0,07* 0,49 ± 0,08*
Frequência de CNMs (nº/min) 0,23 ± 0,07 1,02 ± 0,17* 2,39 ± 0,32*# 0,82 ± 0,27*
Valores expressos como médias ± E.P.M, n = 5-8 animais por grupo. *P < 0,05 vs CTRL; #P < 0,05 vs 4 h;
P < 0,05 vs 10 dias. CTRL, controle; CYP, ciclofosfamida.
53
menor nos grupos cistite de 4 e 24 horas comparada ao controle (P < 0,05; Figura 11B).
dos grupos avaliados (5,97 ± 0,09 para grupo controle; 6,28 ± 0,03; 5,80 ± 0,11 e 6,06
A) B)
adição do agente despolarizante, KCl (80 mM), produziu resposta contrátil em todos os
grupos (Figura 12), porém apenas no grupo cistite de 4 horas houve um aumento
CYP
GCs nos períodos de 1 a 24 horas após a exposição à CYP (300 mg/kg). A exposição à
A) B)
Figura 14. Alterações induzidas pela injeção de ciclofosfamida (CYP, 300 mg/kg)
sobre expressão protéica e gênica das subunidades da enzima guanilato ciclase
solúvel (GCs). (A) Imagens representativas de western blot para as subunidades α1 e β1
da GCs e respectivos níveis protéicos em bexiga isolada de animais controle e injetados
com CYP (300 mg/kg) ao longo de 24 horas. (B) Expressão gênica da subunidade β da
GCs, avaliada por RT-PCR, após 24 horas de exposição à CYP. Valores expressos
como média ± E.P.M. ANOVA de duas vias, pós-teste de Bonferroni e teste t de
Student não pareado para comparações entre controle (CTRL) x CYP 24 h, n = 6-10
animais/grupo, *P < 0,05 vs CTRL.
Figura 15. Produção de GMPc em bexigas de animais com cistite induzida pela
injeção de ciclofosfamida (CYP, 300 mg/kg) ao longo de 24 horas. Valores expressos
como média ± E.P.M. ANOVA de duas vias, pós-teste de Bonferroni, n = 5-8
animais/grupo, *P < 0,05 vs controle (CTRL).
58
micção dos animais com cistite em 24 horas foi claramente irregular em relação ao
prevenidas pelo tratamento dos animais com o BAY 58-2667 (1 mg/kg), que reduziu o
Nos animais controles, o tratamento com BAY 58-2667 não modificou de modo
A)
veículo + veículo BAY58-2667 + salina veículo + CYP BAY58-2667 + CYP
B) C)
Figura 16. Registro do perfil de micção de animais controle e com cistite, pré-
tratados ou não com BAY 58-2667 (1 mg/kg). (A) Papel filtro representativo do perfil
de micção de um único animal de cada grupo. (B) Número de micções e (C) volume de
micção obtidos durante 3 horas de marcação no papel filtro. ANOVA de duas vias, pós-
teste de Bonferroni, n = 5 animais/grupo, *P < 0,05 vs controle (CTRL), #P < 0,05 vs
Veículo + CYP.. CTRL, controle (veículos); CYP, ciclofosfamida.
CNMs (Figura 17). O tratamento com BAY 58-2667 preveniu de modo significativo as
alterações em todos esses parâmetros (Figura 17). Nos animais controle tratados com
parâmetros não foram alterados. Os parâmetros pressão limiar e pressão de micção não
5min
BAY 58-2667 + salina BAY 58-2667 + CYP
B) C) D)
8 Veículo 10 0.20
Pressão limiar (mmHg)
BAY 58-2667
Pressão basal (mmHg)
*
8
Capacidade (mL)
6 0.15
6
4 # 0.10
#
4
2 * 0.05
2
*
0 0 0.00
E) F) G)
40 0.03 400
Intervalo entre micções (s)
Pressão de micção
30 300
Complacência
(mmHg/mL)
0.02
(mmHg)
# #
20 200
0.01
10 100 *
*
0 0.00 0
H) I)
1.5 5
Frequência de micção
Frequência de CNMs
4 *
*
1.0
(nº / min)
(nº / min)
3
#
2
0.5
#
1
0.0 0
Figura 17. Análise cistométrica de animais controle e com cistite, tratados ou não
com BAY 58-2667 (1 mg/kg). Traçados cistométricos representativos de um animal por
grupo (A) e parâmetros cistométricos pressão basal (B), pressão limiar (C), capacidade
(D), pressão de micção (E), complacência (F), intervalo entre micções (G), frequência
de micções (H) e frequência de CNMs (I). ANOVA de duas vias, pós-teste de
Bonferroni, n = 5-8 animais/grupo, *P < 0,05 vs Veículo + Salina; #P < 0,05 vs Veículo
+ CYP. Setas indicam micções. CNMs, contrações não-miccionais; CTRL, controle
(veículos); CYP, ciclofosfamida.
61
no grupo cistite em relação ao controle (Figura 18B). Contudo, essa alteração foi
significativamente prevenida pelo BAY 58-2667 (P < 0,05; Figura 18A e B). Não
avaliados (Figura 18 C). A adição de KCl produziu resposta contrátil similar em todos
os grupos (Figura 18 D). Em ambos, carbacol e KCl, o tratamento dos animais controles
A) B)
C) D)
Figura 18. Estudo funcional in vitro em detrusor isolado de animais controle e com cistite,
tratados ou não com BAY 58-2667 (1 mg/kg). (A) Curva concentração-resposta, (B)
resposta máxima e (C) potência ao carbacol. (D) Resposta contrátil a adição de 80 mM
de KCl. Valores expressos como média ± E.P.M. ANOVA de duas vias, pós-teste de
Bonferroni, n = 5-8 animais/grupo, *P < 0,05 vs Veículo + Salina; #P < 0,05 vs Veículo
+ CYP. CTRL, controle (veículos); CYP, ciclofosfamida.
62
B). O tratamento com BAY 58-2667 não alterou a expressão das subunidades nos
animais controles.
A) B)
Figura 19. Efeito do tratamento com BAY 58-2667 na expressão das subunidades
α1 (A) e β1 (B) da enzima guanilato ciclase solúvel (GCs) em bexigas de animais
submetidos a cistite por ciclofosfamida (CYP). Imagens representativas de western
blot para as subunidades α1 (A) e β1 (B) da GCs e respectivos níveis protéicos em
bexiga isolada de animais controle e com cistite, pré-tratados ou não com BAY 58-
2667. Valores expressos como média ± E.P.M. ANOVA de duas vias, pós-teste de
Bonferroni, n = 7-10 animais/grupo, *P < 0,05 vs Veículo+Salina; #P < 0,05 vs
Veículo+CYP. CTRL, controle (veículos).
63
Da mesma forma, o tratamento com BAY 58-2667 também foi capaz de prevenir
significativamente a redução dos níveis de GMPc nas bexigas dos animais com cistite
(P < 0,05; Figura 20), mantendo os níveis deste nucleotídeo cíclico similar ao grupo
controle. O tratamento com BAY 58-2667 não alterou os níveis de GMPc nos animais
controles.
Figura 20. Efeito do tratamento com BAY 58-2667 nos níveis de GMPc.
Determinação dos níveis de GMPc em bexigas de animais controle e com cistite,
tratados ou não com BAY 58-2667. Valores expressos como média ± E.P.M. ANOVA
de duas vias, pós-teste de Bonferroni, n = 7-10 animais/grupo, *P < 0,05 vs Veículo +
Salina; #P < 0,05 vs Veículo + CYP. CTRL, controle (veículos).
4.2.4 Níveis de ERO no detrusor e urotélio em animais com cistite e prevenção pelo
BAY 58-2667
0,05; Figura 21 C e D). O pré-tratamento com BAY 58-2667 foi capaz de normalizar a
produção de ERO induzida pela CYP, mantendo os níveis similares ao dos animais
controles (Figura 21). Não observamos alterações significativas nos animais controles
22C). Contudo, o tratamento dos animais com BAY 58-2667 não foi capaz de prevenir
nenhuma destas alterações (Figura 22 A, B e C). O tratamento com BAY 58-2667 não
A) B)
C)
5. DISCUSSÃO
expressão protéica das subunidades desta enzima e nos nívis de GMPc. Demonstramos
também que o pré-tratamento com o ativador de GCs, BAY 58-2667, foi capaz de
local, que resulta em inflamação grave e hiperatividade vesical36. Por haver muitas
similaridades entre a CI/SDV e a cistite induzida por CYP, este modelo tem sido
assim como para identificação de novos e potenciais alvos terapêuticos para esta
doença83.
disfunção miccional.
perfil de micção nos animais conscientes foi caracterizado por elevado número de
ativação resulta na liberação de ACh que produz contração do músculo liso detrusor
foram significativamente menores nos animais com cistite após 4 e 24 horas. Ademais,
68
muscarínicos nos animais expostos à CYP pode se relacionar aos reduzidos volumes de
contribuem para este perfil hiperativo. Também tem sido proposto que condições de
pela adição do agente despolarizante KCl (80 mM) não foi diferente entre os grupos
contrátil da bexiga não foi afetada pela CYP. Dessa forma, é provável que o prejuízo na
horas notamos uma maior resposta contrátil ao KCl em relação aos demais grupos, que
induzida por estimulação elétrica, esta resultou em respostas contráteis dependentes das
neurotransmissores ACh e ATP liberados das fibras parassimpáticas, e, visto que esses
caracterizados.
Dentre os grupos com cistite, observamos alterações mais evidentes no grupo cistite
24 horas, o que nos permite concluir que este é melhor modelo, dentre os avaliados,
O NO, via GCs/GMPc, possui atividade inibitória sobre a musculatura lisa vesical
99
. Ratos tratados cronicamente com inibidores de NOS desenvolvem bexiga
da bexiga observada nos animais com cistite. Deficiências na via GCs/GMPc ainda não
relação ao grupo controle, bem como os níveis de GMPc. Dessa forma, fica evidente a
deficiência desta via de sinalização na disfunção vesical induzida pela CYP, tornando-a
tratamento dos animais expostos à CYP com BAY 58-2667 preveniu significativamente
contração ao carbacol in vitro nos animais com cistite também foi prevenida pelo pré-
das subunidades da GCs e de ELISA para os níveis de GMPc. Notamos que a exposição
na produção de GMPc, alterações estas prevenidas pelo pré-tratamento com BAY 58-
2667.
oxigênio, e por possuírem forte capacidade oxidativa são capazes de oxidar proteínas,
(OH-). O NO também pode reagir com o ânion superóxido para formar peroxinitrito
dismutase105,106.
Entretanto, sabe-se que o BAY 58-2667 liga-se com elevada afinidade ao grupamento
Para avaliar os níveis de estresse oxidativo nas bexigas dos animais expostos à CYP,
detrusor e urotélio, os quais são prevenidos pelo pré-tratamento com BAY 58-2667.
miccional pela exposição à CYP, como evidenciado pela elevação da atividade da MPO,
controles, não inflamados, reforçando que o BAY 58-2667 depende de uma condição
oxidativa prévia para exercer suas ações. Este seria um indicativo de seletividade da
droga e uma grande vantagem farmacológica. Ressalta-se que o com BAY 58-2667 em
sugerindo que este ativador por si produz algum nível de relaxamento da bexiga.
CI/SDV, apesar de não ter ficado claro se esta alteração contribui, parcial ou totalmente,
Dessa forma, acreditamos que a melhora da função vesical pelo BAY 58-2667 pode
também se dar através de um efeito indireto por promover vasodilatação dos vasos
Em suma, este estudo mostrou que a exposição à CYP acarreta alterações vesicais in
expressão e atividade da enzima GCs, os quais são prevenidos pelo tratamento com o
73
ativador de GCs, BAY 58-2667. Sugerimos que a preservação das subunidades da GCs
terapêuticas novas, seguras e efetivas. Nesse sentido, a classe dos ativadores de GCs
6. CONCLUSÃO
• Dentre três grupos experimentais de cistite induzida por CYP, concluímos que o
modelo intermediário, injeção única de CYP (300 mg/kg) e avaliação após 24 horas,
consiste no melhor modelo para o estudo da disfunção miccional induzida por CYP,
uma vez que observamos alterações mais consistentes e similares com a doença em
humanos.
7. REFERÊNCIAS
1. Fowler CJ, Griffiths D, de Groat WC. The neural control of micturition. Nat Rev
histology of the lower urinary tract. Handb Exp Pharmacol. 202: 117-148, 2011.
3. Birder L, Andersson KE. Urothelial signaling. Physiol Rev. 93: 652-680, 2013.
4. Merrill L, Gonzalez EJ, Girard BM, Vizzard MA. Receptors, channels, and
signaling in the urothelial sensory system in the bladder. Nat Rev Urol. 13 (4): 193-
204, 2016.
9. Ehlert FJ, Griffin MT, Abe DM, Vo TH, Taketo MM, Manabe T, Matsui M.
mouse urinary bladder. J Pharmacol Exp Ther. 313 (1): 368-378, 2005.
76
10. Rivera L, Brading AF. The role of Ca+ influx and intracellular Ca2+ release in the
1332-1337, 2005.
14. Carvajal JA, Germain AM, Huidobro-Toro JP, Weiner CP. Molecular
409-420, 2000.
1724, 1997.
mediating contraction of the smooth muscle of the lower urinary tract and prostate
17. Michel MC, Vrydag W. Alpha-1, alpha-2 and beta-adrenoceptors in the urinary
triggering muscle relaxation. Clin Exp Pharmacol Physiol. 32 (7): 503-514, 2005.
77
19. Frazier EP, Peters SL, Braverman AS, Ruggieri MR, Michel MC. Signal
dependent and –independent mechanisms in the relaxation of rat detrusor muscle via
22. Irwin DE, Koop ZS, Agatep B, Milsom I, Abrams P. Worldwide prevalence
and bladder outlet obstruction. BJU Int. 108 (7): 1132-1138, 2011.
23. Skene AJC. Diseases of the bladder and the urethra in women. 2ed. W. Wood, New
York, 1887.
24. Hunner GL. A rare type of bladder ulcer in women: Report of cases. J Boston Med
25. Bourque JP. Surgical management of the painful bladder. J Urol. 65 (1): 25-35,
1951.
Hanno P, Fraser MO, Homma Y, Garrido G, Gomes MJ, Elneil S, Van der
Merwe JP, Lin AT, Tomoe H. A standard for terminology in chronic pelvic pain
syndromes: A report from the chronic pelvic pain working group of the international
32. Rodrigues AM, Fonseca M, Silva Filho AL, Marques JPC, Cardoso FA,
33. Hanno PM, Burks DA, Clemens JQ, Dmochowski RR, Erickson D, Fitzgerald
MP, Forrest JB, Gordon B, Gray M, Mayer RD, Newman D, Nyberg L Jr,
Payne CK, Wesselmann U, Faraday MM. AUA guideline for the diagnosis and
2011.
high dose chemotherapy and bone marrow transplantation. Urology. 43 (3): 355-
342, 1994.
model for pharmacological strategies studies targeting inflammation and pain of the
38. Golubeva AV, Zhdanov AV, Maellel G, Dinan TG, Cryan JF. The mouse
1977.
41. Bjorling DE, Wang ZY, Bushman W. Models of inflammation of the lower
42. Forstermann U, Sessa WC. Nitric oxide synthases: regulation and function. Eur
43. Derbyshire ER, Marletta MA. Structure and regulation of soluble guanylate
44. Gao Y. The multiple actions of NO. Pflugers Arch. 459 (6): 829-839, 2010.
45. Andersson KE, Wein AJ. Pharmacology of the lower urinary tract: basis for
current and future treatments of urinary incontinence. Phamacol Rev. 56 (4): 581-
631.
46. Wheeler MA, Ayyagari RR, Wheeler GL, Weiss RM. Regulation of cyclic
nucleotides in the urinary tract. J Smooth Muscle Res. 41 (1): 1-21, 2005.
47. Báu FR, Mónica FZ, Priviero FB, Baldissera L Jr, de Nucci G, Antunes E.
48. Dautzenberg M, Kahnert A, Stasch JP, Just A. Role of soluble guanylate cyclase
guanylyl cyclase from proteasomal degradation. Circ Res 105: 33-41, 2009.
50. Stasch JP, Schmidt PM, Nedvetsky PI, Nedvetskaya TY, H S AK, Meurer S,
unresponsive soluble guanylate cyclase knock-in mice. Nat Commun 6: 8482, 2015.
52. Mülsch A, Bauersachs J, Schäfer A, Stasch JP, Kast R, Busse R. Effect of YC-1,
689, 1997.
1 potentiates nitric oxide and carbon monoxide induced cyclic GMP effects in
54. Evgenov OV, Pacher P, Schmidt PM, Haskó G, Schmidt HH, Stasch JP. NO-
55. Priviero FB, Webb RC. Heme-dependent and independent soluble guanylate
Schäfer M, Schirok H, Stasch JP, Stoll F, Straub A. The chemistry and biology
of soluble guanylate cyclase stimulators and activators. Angew Chem Int Ed Engl.
57. Martin F, Baskaran P, Xialoei M, Dunten PW, Schaefer, Stasch JP, Beuve A,
van den Akker F. Structure of cinaciguat (BAY 58-2667) bound to Nostoc H-NOX
58. Pankey EA, Bhartuya M, Badeio AM Jr, Haider Y, Stasch JP, Murthy SN,
Nossaman BD, Kadowitz PJ. Pulmonary and systemic vasodilator responses to the
soluble guanylyl cyclase activator, BAY 60-2770, are not dependent on endogenous
82
nitric oxide or reduced heme. Am J Physiol Heart Circ Physiol 300: H792-802,
2011.
60. Rothkegel C, Schimidt PM, Stoll F, Schröder H, Schimidt HH, Stasch JP.
61. Pankey EA, Bhartuya M, Badeio AM Jr, Haider Y, Stasch JP, Murthy SN,
Nossaman BD, Kadowitz PJ. Pulmonary and systemic vasodilator responses to the
soluble guanylyl cyclase activator, BAY 60-2770, are not dependent on endogenous
nitric oxide or reduced heme. Am J Physiol Heart Circ Physiol 300: H792-802,
2011.
62. Guha M. First in class guanylate cyclase stimulator approved for PAH. Nat Biotech.
63. Leiria LO, Silva FH, Davel APC, Alexandre EC, Calixto MC, De Nucci G,
Mónica FZ, Antunes E. The soluble guanylyl cyclase activator BAY 60-2770
64. Alexandre EC, Leiria LO, Silva FH, Mendes-Silvério CB, Calmasini FB, Davel
obese mice: Reversal by the sGC activator BAY 60-2770. J Pharmacol Exp Ther
65. Calmasini FB, Alexandre EC, Silva FH, De Nucci G, Antunes E, D'Ancona CA,
Mónica FZ. Soluble guanylate cyclase modulators, BAY 41-2272 and BAY 60-
2770, inhibit human and rabbit prostate contractility.Urology. 94: 312-315, 2016.
66. Toque HA, Antunes E, Teixeira CE, De Nucci G. Increased cyclic guanosine
monophosphate synthesis and calcium entry blockade account for the relaxant
Monga M, Levi D'Ancona CA, Mónica FZ. BAY 41-2272, a soluble guanylate
68. Baracat JS, Teixeira CS, Okuyama CE, Priviero FB, Faro R, Antunes E, De
Nucci G. Relaxing effects induced by the soluble guanylyl cyclase stimulator BAY
41-2272 in human and rabbit corpus cavernosum. Eur J Pharmacol. 477 (2): 163-
169, 2003.
70. Teixeira CE, Priviero FB, Webb RC. Effects of BAY 41-2272 on smooth muscle
corpus cavernosum from wild-type, neuronal, and endothelial nitric oxide synthase
71. Lasker GF, Pankey EA, Frink TJ, Zeitzer JR, Walter KA, Kadowitz PJ. The
sGC activator BAY 60-2770 has potent erectile activity in the rat. Am J Physiol
cyclase activator, BAY 60-2770 in rabbit corpus cavernosum. BJU Int. 116 (4): 657-
664, 2015.
73. Kedia GT, Uckert S, Jonas U, Kuczyk MA, Burchardt M. The nitric oxide
pathway in human prostate: clinical implications in men with lower urinary tract
75. Mónica FZ1, Bricola AA, Báu FR, Freitas LL, Teixeira SA, Muscará MN,
bladder overactivity by the guanylyl cyclase modulators BAY 41-2272 and BAY
77. Daly DM, Collins VM, Chapple CR, Grundy D. The afferent system and its role
in lower urinary tract dysfunction. Curr Opin Urol. 21(4): 268-274, 2011.
78. Breitenstein S, Roessig L, Sandner P, Lewis KS. Novel sGC stimulators and sGC
activators for the treatment of heart failure. Handb Exp Pharmacol. 1-23, 2016.
85
79. Everaerts W, Zhen X, Ghosh D, Vriens J, Gevaert T, Gilbert JP, Hayward NJ,
cation channel TRPV4 improves bladder function in mice and rats with
2010.
80. Camargo EA, Zanoni CI, Toyama MH, Muscará MN, Docherty RJ, Costa SK.
81. Bradford MM. A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram
82. Alexandre EC, Calmasini FB, de Oliveira MG, Silva FH, da Silva CPV, André
DM, Leonardo FC, Délbin MA, Antunes E. Chronic treatment with resveratrol
83. Chancellor MB, Yoshimura N. Treatment of interstitial cystitis. Urology 63: 85-
92, 2004.
85. Hu VY, Malley S, Dattilio A, Folsom JB, Zvara P, Vizzard MA. COX-2 and
cystitis in the rat. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 2003 284: R574-585,
2002.
86
Chancellor MB, Tyagi P. Multiplex analysis of urinary cytokine levels in rat model
87. Giglio D, Ryberg AT, To K, Delbro DS, Tobin G. Altered muscarinic receptor
cord ameliorates bladder irritation in rat cystitis models. BJU Int 104: 1531-1537,
2009.
92. Sugino Y, O'Malley KJ, Wang Z, Tyagi P, Birder LA, Ogawa O, Yoshimura N.
93. Anderson MC, Tobin G, Giglio D. Cholinergic nitric oxide release from the
94. Liu M, Shen S, Kendig, DM, Mahavadi S, Murthy K, Grider JR, Qiao LY.
95. Birder LA, Apodaca G, de Groat WC, Kanai AJ. Adrenergic- and capsaicin-
evoked nitric oxide release from urothelium and afferent nerves from urinary
oxidative stress: New pharmacotherapeutic targets for lower urinary tract symptoms.
97. Leiria LO, Sollon C, Calixto MC, Lintomen L, Monica FZ, Anhê GF, Antunes
associated with insulin resistance in mice. PLOS One. 7 (11): e48507, 2012.
bladder syndrome/interstitial cystitis: an ESSIC proposal. Eur Urol 53: 60-67, 2008
101.Chien CT, Yu HJ, Lin TB, Lai MK, Hsu SM. Substance P via NK1 receptor
102.de Jongh R, Haenen GR, van Koeveringe GA, Dambros M, De Mey JG, van
104.Mittal M, Siddiqui MR, Tran K, Reddy SP, Malik AB. Reactive oxygn species
in inflammation and tissue injury. Antioxid Redox Signal. 20: 1126-1167, 2014.
105.Droge W. Free radicals in the physiology control of cell function. Physiol Rev. 82:
47-95, 2002.
enzymes and pulmonary disease. Antioxid Redox Signal. 11: 2505-2516, 2009.
107.Kumar V, Martin F, Hahn M, Schaefer M, Stamler JS, Stasch JP, Van den
109. Pulli M, Ali M, Forghani R, Schob S, Hsieh KL, Wojtkiewicz G, Linnoila JJ,
111.Wang ZY, Wang P, Bjorling DE. Role of mast cells and protease activated
113.Pontari MA, Hanno PM, Ruggieri MR. Comparison of bladder blood flow in
patients with and without interstitial cystitis. J Urol 162: 330-334, 1999.
Stasch JP, Abman SH. Cinaciguat, a soluble guanylyl cyclase activator, augments
115.Salloum FN, Das A, Samidurai A, Hoke NN, Chau VQ, Ockailli RA, Stasch
JP, Kukreja RC. Cinaciguat, a novel activator of soluble guanylyl cyclase, protects
8. ANEXO