Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Campinas
2019
JULIANA CORRÊA CAMPOS BARRETO
CAMPINAS
2019
DEDICATÓRIA
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 16
2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 31
3 MÉTODOS ............................................................................................................ 32
4 RESULTADOS ..................................................................................................... 35
5 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 42
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 50
8 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 52
9 ANEXOS ............................................................................................................... 58
1. INTRODUÇÃO
1.1.2 – Epidemiologia
1.1.3 – Etiologia
1.1.4 – Fisiopatologia
1.1.6 – Complicações
1.1.6.4 – Ascite
1.1.7 – Diagnóstico
1.1.8 – Tratamento
cada caso, principalmente nos pacientes que apresentam alto risco de mortalidade
no primeiro episódio de hemorragia. Em menores de 1 ano, a escleroterapia deve
ser a primeira opção de escolha4.
Com relação aos procedimentos endoscópicos, a erradicação de varizes
através do uso de escleroterapia é alcançada em 80 a 100% dos casos e a taxa de
recorrência de varizes esofágicas é de 10 a 40% após a erradicação nos pacientes
pediátricos. Por sua vez, a ligadura elástica requer menos sessões com menos
procedimentos anestésicos e apresenta menos complicações com taxa de sucesso
no controle de sangramento semelhante ao da escleroterapia4.
Na colangiopatia do cavernoma portal, nenhum tratamento é
recomendado para pacientes assintomáticos, exceto naqueles com litíase que já
serão submetidos ao procedimento cirúrgico para tratamento da hipertensão portal
em que a retirada é feita no mesmo momento. Nos pacientes sintomáticos, a
indicação deverá ser avaliada de forma individual8.
Nos quadros de hiperesplenismo, a esplenectomia isolada não é o
procedimento terapêutico de escolha. A realização do shunt esplenorrenal ou da
embolização esplênica pode ser avaliada nos casos de trombocitopenia com
envolvimento sistêmico (sangramentos), infarto esplênico, infecções secundárias à
esplenomegalia de grande volume e retardo no crescimento8.
O objetivo do tratamento cirúrgico para hipertensão portal é desviar o
fluxo sanguíneo portal para circulação sistêmica. Algumas técnicas cirúrgicas de
derivação venosa incluem o Rex shunt, shunt esplenorrenal distal ou proximal. Foi
relatada uma frequência de 4-24% de pacientes que necessitam do procedimento
cirúrgico devido falha no tratamento endoscópico e/ou medicamentoso8,11.
O Rex shunt é a cirurgia de escolha e consiste na criação de um auto-
enxerto que conecta a veia mesentérica superior e veia porta esquerda intra-
hepática perto da inserção fetal da veia umbilical chamada de recesso Rex
permitindo a recanalização do sistema portal. Este procedimento só pode ser
realizado em pacientes que possuem a veia porta esquerda patente e que
apresentem trombose significativa8,12. Em pacientes assintomáticos, a realização da
cirurgia do Rex shunt ainda é controversa. Alguns estudos mostram que essas
crianças apresentam poucos danos hepáticos e, portanto, a cirurgia permitiria o
reestabelecimento do fluxo sanguíneo portal com bons resultados. As diretrizes do
30
Baveno VI afirmam que essa cirurgia deve ser considerada nos pacientes com
OEHVP crônica com complicações associadas4.
1.1.9 - Prognóstico
2. OBJETIVOS
3. MÉTODOS
4. RESULTADOS
alcalina de 30,43% (21/69) para 11,59% (8/69). Não houve essa diferença em
relação às transaminases (aumento de AST e ALT) e ao coagulograma
(alargamento de INR e R). Os resultados dos exames laboratoriais podem ser
observados na Tabela 4.
5. DISCUSSÃO
que não evoluíram com OEHVP, porém os autores ressaltam que não foi feito
acompanhamento a longo prazo e que não foi realizada comparação com grupo
controle13.
A trombofilia hereditária é uma condição que sempre deve ser descartada
nos casos de etiologia desconhecida ou nos casos com história familiar de distúrbios
pró-trombóticos. Porém a forma hereditária não representa um papel importante
como causa de OEHVP e algumas alterações como deficiência de proteína C e S
podem ocorrer como consequência do consumo de proteínas que ocorre nessa
patologia. Publicações mostram uma frequência de trombofilia em 31% dos
pacientes com OEHVP, porém sem diferenciar como causa ou consequência8. Na
nossa casuística obtivemos a prevalência de 10% desse fator de risco.
A USG é considerada o exame de escolha para investigação de OEHVP.
Além de detectar as múltiplas estruturas anecóicas tubulares circundantes a veia
porta que caracterizam o cavernoma portal, essencial para o diagnóstico, também é
capaz de avaliar outras estruturas como o fígado, trato biliar, vesícula biliar e baço11.
Além disso, também permite a observação de outros parâmetros como presença de
ascite, veias colaterais portossistêmicas como veia gástrica esquerda ou
paraumbilical, dimensão do omento menor junto ao ligamento venoso e shunt
esplenorrenal47.
No nosso estudo observamos redução da dimensão hepática em 22%
(17/77) dos pacientes no primeiro exame de USG realizado ao diagnóstico.
Primariamente como a OEHVP é descrita como um distúrbio pré-hepático, o
tamanho, arquitetura, volume e ecotextura hepáticos permanecem normais na
maioria dos casos. Ao longo da evolução ocorre diminuição relativa da perfusão
portal na periferia do fígado com aumento compensatório da perfusão arterial para
que os vasos colaterais possam tentar perfundir o fígado central de forma mais
adequada. O comprometimento da perfusão portal a longo prazo pode levar a atrofia
hepática11-18. Essa evolução clínica foi observada no presente trabalho mostrando
um aumento da frequência em mais da metade dos casos (57,14%) com diferença
estatisticamente significativa.
A descrição da redução hepática na literatura tem sido relatada em
adultos, porém existem poucos estudos em crianças37. Morag et al. (2006)
estudaram 133 pacientes com trombose de veia porta em que 73% foram
submetidos à cateterismo umbilical e após o término de seu estudo de 5 anos,
44
6. CONCLUSÕES
8. REFERÊNCIAS
12) Kathemann S, Lainka E, Ludwig JM, Wetter A, Paul A, Hoyer PF. Imaging of
the intrahepatic portal vein in children with extrahepatic portal vein thrombosis
— Comparison of magnetic resonance imaging and retrograde portography.
Journal of Pediatric Surgery 2018.
13) Gharehbagui MM, Nemati M, Hosseinpour SS, et al. Umbilical Vascular
Catheter Associated Portal Vein Thrombosis Detected by Ultrasound. Indian J
Pediatr 2011; 78:161–164.
14) Ferri PM, Ferreira AR, Fagundes EDT, Liu SM, De Albuquerque NN, Botelho
FC, et al. Trombose de veia porta em crianças e adolescentes: revisão de
literatura. Revista Médica de Minas Gerais 2011; 21(4-S1): S36-S44.
15) Bayraktar Y, Harmanci O. Etiology and consequences of thrombosis in
abdominal vessels. World J Gastroenterol 2006 February 28; 12(8):1165-
1174.
16) Wani H, Ahmed B, Wani G, Masoodi I, Mustafa S. Extrahepatic portal venous
obstruction (EHPVO). The Internet Journal of Gastroenterology 2009; 9(1).
17) Puri P. Pathogenesis of Portal Cavernoma Cholangiopathy: Is it Compression
by Collaterals or Ischemic Injury to Bile Ducts During Portal Vein Thrombosis?
Journal of Clinical and Experimental Hepatology 2014; 4(S1): S27-S33.
18) Pargewar SS, Desai SN, Rajesh S, Singh VP, Arora A, Mukund A. Imaging
and radiological interventions in extra-hepatic portal vein obstruction. World J
Radiol 2016 June 28; 8(6): 556-570.
19) Pardo PK, Aldea AP, González AR, et al. Very Early Presentation of
Extrahepatic Portal Vein Obstruction Causing Portal Hypertension in an Infant:
Uncertainties in the Management and Therapeutic Limitations. Case Rep
Gastroenterol 2016; 10:360–365.
20) Wani ZA, Bhat RA, Bhadoria AS, Maiwall R. Extrahepatic Portal Vein
Obstruction and Portal Vein Thrombosis in Special Situations: Need for a New
Classification. The Saudi Journal of Gastroenterology 2015; 21(3).
21) Kilambi R, Singh AN, Madhusudhan KS, et al. Portal hypertension and
hypersplenism in extrahepatic portal venous obstruction: Are they related?
Indian J Gastroenterol 2018; 37(3):202–208.
22) Rajekar H, Vasishta RK, Chawla YK. Noncirrhotic Portal Hypertension.
Journal of Clinical and Experimental Hepatology 2011; 1 (2): 94-108.
54
36) Shneider BL, De Goyet JV, Leung DH, Srivastava A, Ling SC, Duch M.
Primary Prophylaxis of Variceal Bleeding in Children and the Role of MesoRex
Bypass: Summary of the Baveno VI Pediatric Satellite Symposium.
Hepatology 2016; 63(4).
37) Gupta P, Kalra N, Gulati A, Chandel K, Priyaranjan P, Dahal P. Changes in
liver morphology in patients with extrahepatic portal venous obstruction: a
retrospective magnetic resonance imaging study. Br J Radiol 2019; 92:
20180890.
38) Sarin SK, Agarwal SR. Extrahepatic portal vein obstruction. Seminars in liver
disease 2002; 22(1).
39) Chawla YK, Bodh V. Portal Vein Thrombosis. Journal of Clinical and
Experimental Hepatology 2015; 5(1): 22-40.
40) Liu Y, Hou B, Chen R, Jin H, Zhong X, Ye W, et al. Biliary collateral veins and
associated biliary abnormalities of portal hypertensive biliopathy in patients
with cavernous transformation of portal vein. Clinical Imaging 2015; 39: 841–
844.
41) Kalra N, Shankar, Khandelwal N. Imaging of Portal Cavernoma
Cholangiopathy. Journal of Clinical and Experimental Hepatology 2014; 4(S1):
S44–S52.
42) Moomjian LN, Winks SG. Portal cavernoma cholangiopathy: diagnosis,
imaging, and intervention. Abdom Radiol (2017) 42:57–68.
43) Bajaj JS, Bhattacharjee J, Sarin S-K. Coagulation profile and platelet function
in patients with extrahepatic portal vein obstruction and non-cirrhotic portal
fibrosis. Journal of Gastroenterology and Hepatology 2001; 16:641–646.
44) Di Giorgio A, De Angelis P, Cheli M, Vajro P, Iorio R, Cananzi M. Etiology,
presenting features and outcome of children with non-cirrhotic portal vein
thrombosis: A multicentre national study. Digestive and Liver Disease 2019;
51:1179–1184.
45) Krishna YR, Yachha SK, Srivastava A, Negi D, Lal R, Poddar U. Quality of
Life in Children Managed for Extrahepatic Portal Venous Obstruction. JPGN
2010;50 (5).
46) Konus OL, Özdemir A, Akkaya A, et al. Normal Liver, Spleen, and Kidney
Dimensions in Neonates, Infants, and Children: Evaluation with Sonography.
AJR. 1998; 171: 1693-1698.
56
47) De Alcantara RV, Yamada RM, Cardoso p43SR, Servidoni MFCP, Hessel G.
Ultrasonographic Predictors of Esophageal Varices. JPGN 2013; 57 (6).
48) World Health Organization. The global prevalence of anaemia in 2011.
Geneva: World Health Organization 2015.
49) Colli A, Gana JC, Yap J, Adams-Webber T, Rashkovan N, Ling SC, et al.
Platelet count, spleen length, and platelet count-to-spleen length ratio for the
diagnosis of oesophageal varices in people with chronic liver disease or portal
vein thrombosis (Review). Cochrane Database of Systematic Reviews 2017,
Issue 4. Art. No.: CD008759.
50) Weiss B, Shteyer E, Vivante A, Berkowitz D, Reif S, Weizman Z, et al.
Etiology and long-term outcome of extrahepatic portal vein obstruction in
children. World J Gastroenterol. 2010 Oct 21;16(39):4968-72.
51) Morag I, Epelman M, Daneman A, et al. Portal vein thrombosis in the
neonate: risk factors, course, and outcome. J Pediatr 2006; 148:735-9.
52) Tsaknakis B, Masri R, Amanzada A, Petzold G, Ellenrieder V, Neesse A. Gall
bladder wall thickening as noninvasive screening parameter for esophageal
varices – a comparative endoscopic – sonographic study. BMC
Gastroenterology 2018; 18:123.
53) Chiu B, Superina R. Extrahepatic Portal Vein Thrombosis is Associated With
an Increased Incidence of Cholelithiasis. Journal of Pediatric Surgery 2004;
39(7): 1059-1061.
54) Chawla Y, Dilawari JB, Katariya S. Gallbladder varices in portal vein
thrombosis. Am J Roentgenol. 1994; 162(3):643-5.
55) Yamada RM, Hessel G. Ultrasonographic assessment of the gallbladder in 21
children with portal vein thrombosis. Pediatric Radiol 2005; 35: 290-294.
56) Eto T. Gallstone formation in dogs after selective occlusion of the portal vein
branches. Jpn J Surg 1988; 18: 268-275.
57) Benz EJ, Baggenstoss AH, Wollaeger EE. Atrophy of the left lobe of the liver.
Arch Pathol 1952; 53: 315-330.
58) Tavolini N, Schaffner F. The intrahepatic biliary epithelium in guinea pig: Is
hepatic artery blood flow essential in maintining its function and structure?
Hepatology 1985; 5: 666-672.
57
59) Dhiman RK, Puri P, Chawla Y, et al. Biliary changes in extrahepatic portal
venous obstruction: compression by collaterals or ischemic? Gastrointestinal
Endosc. 1999; 50(5):646-652.
60) Chawla A, Dewan R, Sarin SK. The frequency and influence of gallbladder
varices on gallbladder functions in patients with portal hypertension. Am J
Gastroenterology 1995; 90(11): 2010-4.
61) Peter L, Dadhich SK, Yachha SK. Clinical and laboratory differentiation of
cirrhosis and extrahepatic portal venous obstruction in children. Journal of
Gastroenterology and Hepatology 2003; 18: 185–189.
62) Gana JC, Turner D, Roberts EA, Ling SC. Derivation of a Clinical Prediction
Rule for the Noninvasive Diagnosis of Varices in Children. JPGN 2010; 50(2).
63) Adami MR, Ferreira CT, Kieling CO, et al. Noninvasive methods for prediction
of esophageal varices in pediatric patients with portal hypertension. World J
Gastroenterol 2013 April 7; 19(13): 2053-2059.
58
Idade Valores de FA
1 dia < 250 U/L
2 – 5 dias < 231 U/L
6 dias – 6 meses < 449 U/L
7 meses – 1 ano < 462 U/L
1 – 3 anos < 281 U/L
4 – 6 anos < 269 U/L
7 – 12 anos < 300 U/L
13 – 17 anos Homens: < 390 U/L
Idade Masculino
Recém-nascido 25-75 U/L
Criança 15 - 60 U/L
Adultos Homens: <50 U/L
Idade Masculino
Recém-nascido - Criança 13 - 45 U/L
Adultos Homens: <50 U/L