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Universidade Federal de Uberlândia

Hospital de Clinicas da Universidade Federal de Uberlândia

ESTUDO DE CASO

Discente: Kelly Cristina Batista


IDENTIFICAÇÃO

B. E. B. FAZ DIÁLISE 3 VEZES NA SEMANA NO SETOR DE HEMODIÁLISE DO


HC-UFU. SEXO MASCULINO. NASCIDO EM 20/04/2004, 15 ANOS, NATURAL
DE TUPACIGUARA, MG. FAMÍLIA CATÓLICA NÃO PRATICANTE. ESTÁ
SEMPRE ACOMPANHADO PELA MÃE M. R. E O PAI M. E. S.
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
 Psico-espirituais: Católicos não praticantes.
 Gregária: Família composta por 2 adultos e 3 crianças.
 Aprendizagem: Parou na oitava serie do ensino fundamental.
 Comunicação: Prejudicada. Não se comunica verbalmente, porem emite sons.
 Recreação: A família não possui momentos de recreação devido aos cuidados
com o paciente, os outros filhos possuem a recreação com os colegas na cidade
natal.
 Sono e Repouso: Mãe relata que o cliente tinha um sono irregular, não dormia
a noite e nem na parte do dia, mas nos últimos 5 dias após troca de medicação
relata ter uma boa noite de sono.
 Eliminações: Somente fezes em fralda. Ausência de urina devido a IRC.
 Integridade cutâneo-mucosa: Pele se mucosas integras, sem sinais flogísticos.
RESUMO DOS PROBLEMAS

 No ano de 2008 aos 4 anos foi diagnosticado com hipertensão essencial primária, e
Doença Renal Hipertensiva com insuficiência renal. Realizado biopsia que confirma
Glomerulonefrite Proliferativa. Em 2014 foi diagnosticado Catarata devido ao uso de
medicamentos e em Fevereiro de 2018 foi realizado a facectomia (cirurgia de catarata).

 No ano de 2016 paciente evoluiu para insuficiência renal crônica

 Em agosto de 2018 foi diagnosticado com hemorroida e foi submetido a cirurgia, após
procedimento entrou em choque hipovolêmico e teve uma parada cardiorrespiratória
apresentando Lesão Encefálica Anoxica, Tetraplegia Espatica.
EXAME FÍSICO

Pele e Anexos
 Uso de procedimentos invasivos: Gastrostomia.

Tórax e pulmão
 Ausculta: presença de sibilos discreto.

Abdômen
 O paciente recebe a dieta por meio de uma sonda de gastrostomia.

Eliminações fisiológicas
 Eliminações em fralda com ausencia de urina.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Diagnóstico principal: Doença Renal Hipertensiva com Insuficiência Renal
 As Doenças Renais Crônicas (DRC) são um termo geral para alterações heterogêneas que
afetam tanto a estrutura quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de
risco. Trata-se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que
muitas vezes torna-se grave e que na maior parte do tempo tem evolução assintomática.

Os principais fatores de risco para as doenças renais crônicas são:


 Hipertensão
 Diabetes
 Obesidade
 Doenças cardiovasculares
 Histórico de Doença Renal Crônica na família.
 Tabagismo.
 Uso de agentes nefrotóxicos, principalmente medicações que necessitam de ajustes em
pacientes com alteração da função renal.
EPIDEMIOLOGIA
 Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a prevalência da doença
renal crônica no mundo é de 7,2% para indivíduos acima de 30 anos e 28% a
46% em indivíduos acima de 64 anos. No Brasil, a estimativa é de que mais de
dez milhões de pessoas tenham a doença. Desses, 90 mil estão em diálise (um
processo de estímulo artificial da função dos rins, geralmente quando os órgãos
tem 10% de funcionamento), número que cresceu mais de 100% nos últimos
dez anos.
TRATAMENTO
 Para melhor estruturação do tratamento dos pacientes com doenças renais crônicas é
necessário que, após o diagnóstico, todos os pacientes sejam classificados da seguinte
maneira:
 Estágio 1: TFG ³ 90mL/min/1,73m² na presença de proteinúria e/ou hematúria ou
alteração no exame de imagem.
 Estágio 2: TFG ³ 60 a 89 mL/min./1,73m².
 Estágio 3a: TFG ³ 45 a 59 mL/min./1,73m².
 Estágio 3b: TFG ³ 30 a 44 mL/min./1,73m².
 Estágio 4: TFG ³ 15 a 29 mL/min./1,73m².
 Estágio 5 – Não Diálitico: TFG < 15 mL/min./1,73m².
 Estágio 5 - Dialítico: TFG < 15 mL/min./1,73m².
TRATAMENTO
A Terapia Renal Substitutiva é uma das modalidades de substituição da função renal por
meio dos seguintes procedimentos:
 hemodiálise;
 diálise peritoneal;
 transplante renal.
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Volume de líquidos excessivo relacionado ao mecanismos reguladores
comprometidos evidenciado por ganho de peso em curto período.

 NOC: Equilíbrio hídrico

 NIC: controle hidroeletrolitico


 Monitoração hidrica
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Risco de infecção relacionado ao procedimentos invasivos, doença crônica.

 NOC: Melhorar estado imunológico.

 NIC: Avaliação da saúde


 Controle de imunização/ vacinação
 Educação em saúde
 Identificação de risco.
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Dor aguda relacionado a agentes físicos evidenciado por comportamento expressivo de
irritabilidade distúrbio do sono e expressão facial.

 NOC: Controle da dor

 NIC: Controle da dor;


 Ensino: indivíduo;
 Estabelecimentos de metas mútuas;
 Melhora do sono;
 Controle do ambiente;
 Melhora do enfrentamento.
REFERÊNCIAS
 CARPENITO-MOYET, L.J. Diagnóstico de Enfermagem. 10. Ed. Porto Alegre: Artmed,
2005.
 HERDMAN, T.H.; KAMITSURU, S. Diagnóstico de enfermagem NANDA: definições e
classificação 2015 – 2017. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015;
 JOHNSON, M. et al. Ligações entre NANDA, NOC e NIC: diagnósticos, resultados e
intervenções de enfermagem. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
 POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 6. Ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005.
 RANG, H.P.; DALE, M.M. et al. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
 Wink, Daniel Vitiello; Paz, Felipe dos Santos; Machado, Raquel Bozzetto; Wittmann,
Raul; Ertel, Marília; Castro, Elisabeth C. - SÍNDROME DE EDWARDS - Porto Alegre,
setembro de 2001.
 Amicacina. Disponível em <http://www.minhavida.com.br/saude/bulas/459-amicacina-
solucao-injetavel> acesso em 23 de setembro de 2017.
 Ampicilina. Disponível em <http://www.medicinanet.com.br/bula/506/ampicilina.htm>
acesso em 23 de setembro de 2017.

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