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Coordenação do Curso de Biomedicina

Coordenação do Curso de Enfermagem


Disciplina: Parasitologia Humana
Docente: Rita Terezinha de Oliveira Carneiro

ESTUDOS DE CASOS: PARASITOSES

Orientações:
1°) pesquisar significado dos termos desconhecidos;
2º) usando bibliografia recomendada, identificar a parasitose do seu respectivo grupo
3º) apresentar e discutir em sala o resultado encontrado

Equipe 1: ____________________________________

A.C.R, sexo feminino de 4 anos de idade e pesando 18Kg, moradora da zona periférica
da cidade de Macapá-AM deu entrada no Pronto Atendimento Infantil da cidade relatando
dor abdominal de intensidade moderada. Foi registrado aumento do volume abdominal e
vômitos repetitivos. Relata-se também eliminação de A. lumbricoides pela via oral e
suspensão de fezes e gazes por três dias. A paciente apresentava quadro de desnutrição e
desidratação moderada, distensão abdominal e dor difusa na palpação abdominal, mas
sem sinais de irritação peritoneal. Perfil hidroeletrolítico estava alterado, radiografia
abdominal em ortostatismo na admissão evidenciou imagens “miolo de pão” devido a
intensa distensão das alças de delgado, ausência de níveis hidroaéreos e pneumoperitônio,
com presença e ar na ampola reta. Foi iniciada hidratação venosa, com reposição
hidroeletrolítica com passagem de sonda nasogástrica de alívio, dieta zero e tratamento
com mebendazol (100mg) e óleo mineral. 10 horas após o início do tratamento houve
piora na distensão abdominal e episódios de vômitos com eliminação de três vermes
vivos. A paciente não apresentava sinais de colestase, bilirrubina total e aspartato
aminotransferase (AST) normais e alanina aminotransferase (ALT) pouco elevada (125,0
U⁄L). Assim, no 19° dia de internação a paciente recebeu alta hospitalar em bom estado
geral e sua responsável foi orientada quanto à necessidade de mudança dos hábitos de
higiene e a dar continuidade ao tratamento da criança com albendazol (400mg) por mais
dois dias, além de fazer acompanhamento semanal nos ambulatórios de Pediatria e de
Cirurgia Pediátrica.
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Disciplina: Parasitologia Humana
Docente: Rita Terezinha de Oliveira Carneiro

ESTUDOS DE CASOS: PARASITOSES

Orientações:
1°) pesquisar significado dos termos desconhecidos;
2º) usando bibliografia recomendada, identificar a parasitose do seu respectivo grupo
3º) apresentar e discutir em sala o resultado encontrado

Equipe 2: ______________________________

G.R.D, sexo masculino com 36 semanas de vida, foi admitido na Unidade de Cuidados Intensivos
Neonatais apresentando baixo peso ao nascimento, icterícia fisiológica neonatal com critérios de
fototerapia e sepses neonatal precoce, sendo internado na Unidade de Cuidados Intensivos de
Neonatologia logo após o nascimento. Foi alimentado com leite materno e suplemento de fórmula
láctea semi-elementar desde o segundo dia de vida. Cinco dias após a admissão na unidade
hospitalar apresentou quadro de vômitos e distensão abdominal. A suplementação alimentar foi
mantida desde a admissão na unidade intensiva, quando apresentou leucocitose relativa à custa
de eosinofilia severa (12.810 eosinófilos/uL), mas sem outras alterações no hemograma ou
bioquímica. Os marcados de infecção e o rastreio séptico foram negativos. A radiografia
evidenciou dilatação de algumas ansas intestinais. A suplementação alimentar foi suspensa por
dois dias e retomada no 8º dia de internamento, quando foi observado agravamento clínico com
aparecimento de vômito e distensão abdominal. Os achados clínicos eram semelhantes aos
anteriores: leucocitose relativa com eosinofilia grave (28.440 leucócitos/uL, com 12.800
eosinófilos/uL), marcadores de infecção negativos (PCR – 0,16 mg/dl) e rastreio séptico negativo
(hemocultura para bactérias e fungos e urocultura). Valores normais de hemoglobina, plaquetas,
eletrólitos, função renal e equilíbrio ácido-base. A radiografia abdominal mostrava novamente
algumas ansas intestinais distendidas. A suplementação alimentar foi novamente suspensa, então
observou evolução clínica favorável e diminuição dos eosinófilos periféricos. Dos resultados dos
exames realizados destacam-se: as hemoculturas negativas para bactérias e fungos, o esfregaço
de sangue periférico que confirmou a existência de eosinofilia com normalidade das outras
linhagens celulares; valores séricos normais de cortisol e 17-hidroxiprogesterona; níveis séricos
de IgE total aumentados (49,4 U/mL para um normal 0-15 U/mL) com valores normais das outras
imunoglobulinas (IgG, IgM e IgA); RAST positivo para a proteína do leite de vaca (grau II/III) e
ainda um teste de antígeno para a Giardia, positivo em 3 amostras. detecção da giardia nas fezes
foi também positiva, e após uma técnica de concentração foi possível a visualização dos cistos de
Giardia. O recém-nascido iniciou tratamento com metronidazol durante sete dias, verificando-se
desde então a normalização progressiva do número de eosinófilos séricos. A investigação dos
familiares diretos (pais e irmã) permitiu a identificação do parasita na mãe do recém-nascido, que
foi medicada com albendazol.
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ESTUDOS DE CASOS: PARASITOSES

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2º) usando bibliografia recomendada, identificar a parasitose do seu respectivo grupo
3º) apresentar e discutir em sala o resultado encontrado

Equipe 3: __________________________________

O.S.D, sexo feminino de 6 anos de idade, foi submetida a consulta ginecológica devido a
forte corrimento vaginal que perdurava por mais de três meses. A paciente nega relação
sexual consentida ou fruto de abuso. Nega também sintomas de infecções urinárias ou
alteração no trânsito intestinal. Relato de aparecimento de prurido perianal intenso,
especialmente no período noturno. Exames observacionais relatam rubor vulvovaginal e
escoriações perianal. Rastreio de bactérias causadoras de infecções genitais e perianais
negativo. Tratamento farmacológico realizado com mebendazol por duas semanas
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2º) usando bibliografia recomendada, identificar a parasitose do seu respectivo grupo
3º) apresentar e discutir em sala o resultado encontrado.

Equipe 4: __________________________

T.N.S., sexo masculino de 40 anos, procurou assistência médica queixando-se de


vertigem, dificuldade para falar, cefaléia e parestesias no membro inferior
esquerdo. Hemograma, glicose, ácido úrico, lipidograma e cálcio sérico
mostraram-se normais; VDRL negativo; EEG normal. A tomografia
computadorizada de crânio (TC) apresentou múltiplas lesões vesiculares, algumas
com escólex visível, típicas de neuro cisticercose. O paciente recebeu tratamento
com albendazol (1200mg por dia, por 10 dias) e prednisona (60mg por dia por três
dias, sendo reduzido para 40mg por dia, mantida durante o uso do albendazol).
Nova TC mostrou a persistência de algumas vesículas. Foi repetido o tratamento
com albendazol e prednisona, com evidencia de desaparecimento das lesões
relatadas anteriormente. Após seis meses, o paciente retornou a unidade de saúde
apresentando convulsões. Outra TC foi realizada demonstrando novas lesões
sugestivas de neuro cisticercose. Apesar de esta TC não mostrar cisticercos viáveis,
foi decidido realizar novo tratamento com albendazol e prednisona em função da
possibilidade de ser um caso de reinfestação, podendo haver até mesmo lesões não
demostradas à TC, e da impossibilidade econômica do paciente ser submetido à
ressonância nuclear magnética de encéfalo; também foi iniciado o uso de
carbamazepina 600mg por dia. Uma TC de controle foi realizada no retorno do
paciente 17 meses após, demonstrando o desaparecimento das lesões.
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2º) usando bibliografia recomendada, identificar a parasitose do seu respectivo grupo
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Equipe 5: ___________________________

M.B.S., sexo masculino de 27 anos relatando histórico de viagens em países em


desenvolvimento. Histórico de diarréia de seis meses, associada a flatulência e
cólica intestinal com diagnóstico prévio de síndrome do Cólon Irritável e doença
Inflamatória Intestinal (DII). Realizou tomografia computorizada abdominal, que
não revelou alterações significativas, e um Clister opaco que evidenciou uma
diverticulose intestinal e um dolicocólon. Iniciou uma dieta evitando consumo de
produtos com lactose e, dada uma discreta melhoria sintomática, foi considerado
como diagnóstico principal intolerância à lactose. Contudo, apresentava episódios
semanais de evacuações pastosas com 2 a 3 dias de duração (3 a 4 evacuações
diárias, de coloração normal, sem sangue ou muco nas fezes). Negava dor
abdominal, flatulência, distensão abdominal, alterações cutâneas, intolerâncias
alimentares documentadas ou alterações articulares. Apresentava um ligeiro
desconforto à palpação profunda da fossa ilíaca direita, sem outras alterações
relevantes. Foram pedidas coproculturas que resultaram negativas, e pedido um
exame parasitológico de fezes que revelou a presença de cistos de Entamoeba
histolytica. Foi medicado com metronidazol 750mg por via oral 3 vezes por dia
durante 10 dias, seguido de paromomicina 750mg por via oral 3 vezes por dia
durante 7 dias.

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