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Questões:
1) Qual hipótese diagnóstica? 2) Qual tratamento deve ser realizado?
3) Quais são as principais complicações associadas à infecção por essa doença e como
podem ser evitadas?
CASO 2
IDENTIFICAÇÃO: O paciente em questão é um homem de 32 anos de idade, chamado
André Costa. Ele é natural de uma cidade pequena no interior do Brasil e atualmente vive
na cidade grande. André tem um histórico de viagens frequentes para países em
desenvolvimento, incluindo o Sudeste Asiático e a África.
HISTÓRIA: André procurou atendimento médico em um hospital local com febre alta (39°C),
dor de cabeça e dor abdominal. Ele relatou ter tido esses sintomas por cerca de uma
semana, juntamente com diarreia, constipação e náuseas. André também se queixou de
fadiga e perda de apetite. Ele negou qualquer contato com pessoas doentes e não tinha
nenhum histórico médico significativo.
EXAME FÍSICO: No exame físico, o médico notou que André apresentava dor abdominal
difusa e uma esplenomegalia palpável (aumento do baço). Não foram encontradas outras
anormalidades.
RESULTADOS LABORATORIAIS:
Exame hematológico:
Hemoglobina: 14,5 g/dL (Valores de referência: 13,5 a 17,5 g/dL)
Hematócrito: 42% (Valores de referência: 38,0% a 50,0%)
Leucócitos: 12.500/mm³ (Valores de referência: 4.500 a 11.000/mm³)
Neutrófilos: 75% (Valores de referência: 40% a 60%)
Linfócitos: 18% (Valores de referência: 20% a 40%)
(O paciente apresentou um aumento significativo no número de leucócitos, principalmente
de neutrófilos, em relação aos valores de referência. Isso pode indicar uma infecção
bacteriana em curso)
Exame de cultura de sangue:
Foram colhidas duas amostras de sangue do paciente André Costa para avaliação da
presença de bactérias no sangue, sendo incubadas em meio de cultura específico para
Staphylococcus aureus, Salmonella typhi, Streptococcus pneumoniae, Escherichia coli e
Pseudomonas aeruginosa. Após 48 horas de incubação, foi observado crescimento
bacteriano em apenas uma das bactérias nas amostras, mas não houve crescimento das
outras bactérias patogênicas.
Exame de cultura de fezes:
Para avaliar a presença de bactérias nas fezes, foi realizado um exame de cultura de fezes
em amostras coletadas de André. As amostras foram incubadas em meio de cultura
específico para Shigella spp., Escherichia coli, Salmonella typhi e Campylobacter jejuni.
Após 48 horas de incubação, foi observado crescimento bacteriano característico de apenas
uma das bactérias nas amostras, mas não houve crescimento das outras bactérias
patogênicas.
Exame de cultura de urina:
Para avaliar a presença de bactérias na urina, foi realizado um exame de cultura de urina
em amostras coletadas de André. As amostras foram incubadas em meio de cultura
específico para patógenos comuns, como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e
Salmonella typhi. Após 24 horas de incubação, foi observado crescimento bacteriano em
apenas uma das bactérias nas amostras, mas não houve crescimento das outras bactérias
patogênicas.
Questões:
1) Qual hipótese diagnóstica? 2) Qual tratamento deve ser realizado?
3) Quais são as principais complicações associadas à infecção por essa doença e como
podem ser evitadas?
CASO 3
IDENTIFICAÇÃO: Ana Paula Oliveira, 28 anos, Feminino, Professora
HISTÓRIA: Ana Paula Oliveira procurou o hospital municipal de Recife com queixa de
diarreia líquida e vômitos há três dias, associados a dor abdominal difusa, náuseas, cefaleia
e mal-estar geral. Ela relata ter ingerido água de um poço comunitário há cerca de uma
semana durante uma viagem a uma cidade do interior de Pernambuco.
EXAME FÍSICO: Ao exame físico, Ana Paula Oliveira apresentava sinais vitais dentro dos
limites da normalidade, porém gravemente desidratada, com pele e mucosas secas e sem
turgor. Abdome doloroso difusamente a palpação, sem sinais de irritação peritoneal ou
distensão abdominal.
RESULTADOS LABORATORIAIS:
Exame hematológico:
Hemoglobina: 14,5 g/dL (Valores de referência: 13,5 a 17,5 g/dL)
Hematócrito: 42% (Valores de referência: 38,0% a 48,0%)
Leucócitos: 15.000/mm³ (Valores de referência: 4.500 a 11.000/mm³)
Neutrófilos: 75% (Valores de referência: 40% a 60%)
Linfócitos: 15% (Valores de referência: 20% a 40%)
Monócitos: 6% (Valores de referência: 2% a 8%)
Eosinófilos: 2% (Valores de referência: 0% a 5%)
Basófilos: 2% (Valores de referência: 0% a 2%)
Observação: O paciente apresentou resultado dentro dos valores de referência para os
exames de creatinina, ureia, bilirrubina, TGO e TGP.
Exame de Cultura de Fezes:
Foi realizada a coleta de amostra de fezes da paciente para realização de cultura em ágar
MacConkey e em meio TCBS (Thiosulfate Citrate Bile Sucrose). Após incubação por 24
horas a 37°C, não foram observados crescimentos significativos de bactérias patogênicas,
tais como Salmonella, Shigella ou Escherichia coli enteropatogênica.
Teste de PCR:
O teste de PCR é uma técnica molecular que amplifica o material genético do patógeno,
permitindo sua detecção. Foram realizados testes para detecção de material genético dos
seguintes patógenos:
Rotavírus negativo
Salmonela spp negativo
Campylobacter jejuni negativo
Giardia lamblia negativo
VHA negativo
Teste rápido com fita reagente:
Foi realizada a análise da amostra de fezes da paciente por meio de teste rápido com 2 fitas
reagente para detecção de antígenos de Vibrio cholerae. O teste rápido é uma técnica
imunocromatográfica que utiliza anticorpos específicos para detecção rápida do patógeno
em questão. No teste feito em duplicata:o teste apresentou resultado positivo para
antígenos de Vibrio cholerae na amostra de fezes da paciente um dos testes, confirmando
diagnóstico mas negativo no outro teste, descartando a possibilidade de infecção por cólera.
Questões:
1) Qual hipótese diagnóstica? 2) Qual tratamento deve ser realizado?
3) Quais são as principais complicações associadas à infecção por essa doença e como
podem ser evitadas?
CASO 4
IDENTIFICAÇÃO: Carlos, Paciente do sexo masculino, 35 anos, residente em uma área
rural do Brasil.
HISTÓRIA: Carlos procurou atendimento médico apresentando febre, dor abdominal
intensa, diarreia com sangue e muco há cerca de uma semana. Ele relatou que a diarreia
era frequente, com até 10 evacuações ao dia. Também referiu perda de apetite, náuseas e
vômitos. Carlos relatou que não costumava viajar para áreas endêmicas de doenças
intestinais e não havia viajado recentemente.
EXAME FÍSICO: O paciente apresentava sinais de desidratação, incluindo turgor cutâneo
diminuído e mucosas secas. Sua temperatura estava elevada, em torno de 38,5°C, e a
pressão arterial era normal. No exame abdominal, foi observada sensibilidade e dor difusas,
sem sinais de irritação peritoneal. O exame retal mostrou sangue e muco nas fezes.
RESULTADOS LABORATORIAIS:
Exame hematológico:
Hemoglobina: 13,5 g/dL (Valores de referência: 12,0 a 16,0 g/dL)
Hematócrito: 40% (Valores de referência: 35,0% a 45,0%)
Leucócitos: 9.500/mm³ (Valores de referência: 4.500 a 11.000/mm³)
Neutrófilos: 50% (Valores de referência: 40% a 60%)
Linfócitos: 40% (Valores de referência: 20% a 40%)
Monócitos: 7% (Valores de referência: 2% a 8%)
Eosinófilos: 3% (Valores de referência: 0% a 5%)
Basófilos: 0,5% (Valores de referência: 0% a 2%)
Exame Microscópico:
Esses é um exame laboratorial que permite a visualização de elementos presentes nas
fezes, como parasitas, ovos e larvas de vermes, bactérias e outros microrganismos,
auxiliando no diagnóstico de infecções intestinais.Foram realizados exames microscópicos
de quatro amostras diferentes coletadas do paciente. Os resultados foram os seguintes:
● Urina: Não foram observadas anormalidades significativas nas amostras de urina.
● Sangue: Foram observados alguns neutrófilos em meio a glóbulos vermelhos
normais, indicando uma possível reação inflamatória sistêmica.
● Swab de mucosa oral: Não foram observadas anormalidades significativas na
amostra coletada da mucosa oral.
● Fezes: Observou-se a presença de muitas células de amebas, com cerca de 20 a 30
µm de diâmetro, que apresentavam pseudópodes e núcleos bem definidos. Além
disso, também foram encontrados fragmentos de tecido intestinal e células
inflamatórias, indicando uma resposta inflamatória aguda.
Resultado:
Os resultados indicam que o paciente não está infectado por múltiplos patógenos,
mas que seu resultado foi positivo para um desses: Salmonella typhi, Leptospira
spp., Plasmodium falciparum, vírus da dengue (sorotipo 2) ou vírus da hepatite B.
Resultado: Negativo para febre tifoide, malária e hepatite viral, o que descarta a
possibilidade de infecção por esses patógenos.
Questões:
1) Qual hipótese diagnóstica? 2) Qual tratamento deve ser realizado?
3) Quais são as principais complicações associadas à infecção por essa doença e como
podem ser evitadas?
CASO 6
IDENTIFICAÇÃO: A paciente é uma mulher de 30 anos chamada Ana, que se apresenta no
consultório médico com queixas de diarreia crônica, dor abdominal e perda de peso.
HISTÓRIA: Ana relata que os sintomas começaram há cerca de dois meses, após ter
viajado para uma região de clima tropical. Ela notou que sua diarreia se tornou mais
frequente e líquida, com dor abdominal e gases. Ela também experimentou perda de peso
significativa, o que a preocupou. Ana notou que seus sintomas pioravam depois de comer
certos alimentos, incluindo leite e produtos lácteos.
EXAME FÍSICO: Durante o exame físico, Ana parece desidratada e com palidez. O médico
verifica seus sinais vitais e nota que sua temperatura é normal, mas sua pressão arterial
está ligeiramente baixa. O abdômen de Ana está macio e sensível à palpação, com uma
sensação de distensão. O exame retal é normal.
RESULTADOS LABORATORIAIS:
Exame hematológico:
Hemoglobina: 15,2 g/dL (Valores de referência: 13,0 a 17,5 g/dL)
Hematócrito: 45% (Valores de referência: 38,0% a 50,0%)
Leucócitos: 9.500/mm³ (Valores de referência: 4.500 a 11.000/mm³)
Neutrófilos: 65% (Valores de referência: 40% a 60%)
Linfócitos: 25% (Valores de referência: 20% a 40%)
Monócitos: 7% (Valores de referência: 2% a 8%)
Eosinófilos: 2% (Valores de referência: 0% a 5%)
Basófilos: 1% (Valores de referência: 0% a 2%)
Imunológico:
IgG anti-Giardia lamblia: 1:128 (Positivo: acima de 1:64)
Foi realizado um exame microscópico das fezes em um paciente com suspeita de infecção
parasitária. O exame revelou a presença dos seguintes parasitas:
Cryptosporidium: ausente
Entamoeba histolytica: ausente
Cyclospora cayetanensis: inconclusivo
O exame microscópico das fezes é uma técnica útil para o diagnóstico de infecções
parasitárias, mas a sua sensibilidade e especificidade podem ser afetadas pela qualidade e
quantidade da amostra coletada, bem como pela presença de outros fatores que podem
interferir nos resultados, como medicamentos ou dieta alimentar.
Além disso, foram observados dois poros excretórios na extremidade posterior dessas
estruturas, responsáveis pela eliminação de resíduos. Outra característica observada foi a
presença de uma extremidade afilada e pontiaguda, que pode ser utilizada para a
penetração em tecidos ou para a fixação no intestino do hospedeiro.
Dissecação do parasita:
Durante a dissecação de um verme adulto encontrado em amostras fecais de um paciente
de 12 anos, foram observadas características que indicam fortemente a presença de uma
infecção por um parasita muito conhecido pelo homem. O verme possui um corpo alongado
e cilíndrico, com uma extremidade anterior achatada, adaptada para se fixar na parede
intestinal do hospedeiro e uma cavidade bucal com dentes quitinosos para se alimentar de
sangue e tecidos do hospedeiro.
Ao longo do corpo do verme, foram observados pares de ganchos recurvados e papilas
laterais, que ajudam na locomoção e na fixação do parasita. Além disso, o verme
apresentava um trato intestinal com três segmentos, incluindo o intestino anterior, o intestino
médio e o intestino posterior.
Os resultados do exame de sangue indicam uma leve anemia, com níveis de hemoglobina e
hematócrito abaixo da faixa de referência normal. Os níveis de leucócitos estão
aumentados, com predominância de neutrófilos. Os eosinófilos e basófilos estão
discretamente aumentados, o que pode indicar uma resposta alérgica ou inflamatória (uma
infecção parasitária pode causar uma reação inflamatória sistêmica).
O exame microscópico das fezes para ovos é uma técnica laboratorial utilizada para
diagnosticar infecções intestinais causadas por parasitas que apresentam ciclo de vida
fecal-oral, como as cestodas, nematodas e trematodas. O objetivo deste exame é identificar
a presença de ovos desses parasitas nas fezes do paciente.
Para a realização do exame, foi coletada uma amostra de fezes do paciente em frasco
apropriado e enviada para o laboratório. As fezes foram processadas utilizando a técnica de
sedimentação espontânea em tubo de ensaio. Após o processo de sedimentação, o
sedimento foi coletado e examinado microscopicamente com o objetivo de identificar a
presença de ovos de parasitas.
No exame microscópico das fezes para ovos, foram observados ovos de formato oval, com
uma casca fina e translúcida, medindo cerca de 35 a 45 micrômetros de comprimento e 25
a 35 micrômetros de largura. A presença desses ovos pode indicar a presença de um
parasita intestinal.
A presença desses ovos nas fezes pode ser um sinal de infecção por um parasita intestinal,
que pode ser transmitido através da ingestão de alimentos ou água contaminados com ovos
ou cisticercos. Embora a identificação precisa do parasita seja necessária para o tratamento
adequado, a presença desses ovos pode ser indicativa de várias infecções parasitárias
intestinais, incluindo a cisticercose, a teníase, a diphyllobothriasis e a hymenolepiasis.
Relatório de Tomografia Computadorizada (TC):
Técnica: Realizada TC de crânio com contraste intravenoso.
Resultado: Foram observadas múltiplas lesões hipodensas no córtex e substância branca
cerebral, com realce periférico após a administração do contraste, sugestivas de cistos de
uma doença causada por uma infecção parasitária que afeta o sistema nervoso central. Não
foram observadas lesões hemorrágicas ou outras alterações significativas.
Teste Sorológico:
Ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos IgG contra o parasita
Toxocara canis
Resultado: 0,0 UI/mL
Valor de referência: < 0,9 UI/mL
Ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos IgG contra o parasita
Toxoplasma gondii
Resultado: 0,0 UI/mL
Valor de referência: < 1,0 UI/mL
Imunofluorescência indireta (IFI) para detecção de anticorpos IgG contra o parasita
Echinococcus granulosus
Resultado: 0,0 UI/mL
Valor de referência: < 1:64
Ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos IgG contra o parasita Taenia
solium
Resultado: 2,1 UI/mL
Valor de referência: < 0,9 UI/mL
Questões:
1. Quais são os sintomas apresentados por Maria que indicam que ela pode estar
infectada por um parasita intestinal?
3. Quais alterações foram observadas nos resultados dos exames de sangue de Maria
que podem indicar uma infecção parasitária?
https://www.msdmanuals.com/professional/infectious-diseases/gram-negative-bacilli/shigello
sis?query=dysentery
https://www.msdmanuals.com/professional/infectious-diseases/cestodes-tapeworms/taenia-s
olium-pork-tapeworm-infection-and-cysticercosis?query=taeniasis
https://www.msdmanuals.com/professional/infectious-diseases/intestinal-protozoa-and-micro
sporidia/giardiasis?query=giardiae
https://www.msdmanuals.com/professional/infectious-diseases/nematodes-roundworms/asc
ariasis?query=ascariasis
https://www.msdmanuals.com/professional/SearchResults?query=leptospirosis
https://www.msdmanuals.com/professional/infectious-diseases/intestinal-protozoa-and-micro
sporidia/amebiasis?query=dysentery
https://www.msdmanuals.com/professional/infectious-diseases/gram-negative-bacilli/cholera
?query=cholera
https://www.msdmanuals.com/professional/infectious-diseases/gram-negative-bacilli/typhoid-
fever?query=typhoid