Você está na página 1de 3

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB

Disciplina: Enfermidades Infecciosas


Grupo 6: Brunno Rogerio, Camila Braz, Juliana Rosa, Kauanna
Nunes e Thayla Mascarenhas.

Discussão de Caso Clínico

1. Deu entrada um paciente, mulher de 40 anos no hospital das Clínicas


– Salvador- BA com relato síndrome gripal com os seguintes sintomas:
febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, pouco de inchaço na batata-da-perna.
Ela apresentava lesões avermelhadas e ulcerativas lesões nos braços e
pernas. Trata-se de uma paciente que mora na Barra do Choça-BA. Ela é
uma médica veterinária que trabalha no posto de vigilância ativa do
município e estava em Salvador por motivo de trabalho. Precisou levar
algumas amostras para análise no LACEN-BA. O médico humano solicitou
um médico veterinário porque ela relatou que teve contato com várias
espécies de animais de rua no processo de apreensão.

a. Qual o procedimento do grupo (anamnese e exames físicos)?

Anamnese:
Há quantos dias está apresentando os sintomas? 48 HORAS
Quando começou a apresentar os sintomas após o contato com os animais (dias,
semanas ou meses)? 2 DAIS
Quais foram as espécies de animais que houve o contato? Roedores silvestres
e animais domésticos
Algum desses animais aparentemente apresentava sinais clínicos evidentes de
alguma possível enfermidade (ferimentos, apatia, emagrecimento, entre outros)?
Emagrecimento e dificuldade de urinar
Ocorreu incidentes como mordedura, arranhadura, contato (direto) com
secreções? Contato com fluidos
Como iniciaram as lesões? de forma nodulares? teve pápulas? teve evolução de
tamanho e profundidade? Era semelhante à picada de inseto? Já havia outra
lesão existente no local? Iniciou com Áreas demarcada pequenas que depois
de 01 dia foi aumentando.

Exames físicos:
Recolher os dados obtidos pelo médico em relação aos parâmetros vitais da
paciente (frequência respiratória, cardíaca, de pulso, alteração em linfonodos,
temperatura), coloração de mucosas, palpação dos linfonodos
verificando se há aumento de tamanho, consistência, mobilidade, se está sensível
ao toque, presença de calor ou rubor. FR (normal), FC (normal), Pulso (normal),
Linfonodos normais. Não estava sensível ao toque.
Em relação a palpação região dolorosa, se houve resposta ao toque, na região de
inchaço realizar o teste de godet se positivo confirmando a presença de edema,
verificar se a aumento de temperatura na região. Sentiu dor
Em relação as lesões apresentadas verificar o tamanho, forma, coloração, textura
e a localização. Espalhadas por várias áreas do corpo com nas costas e barriga.

b. É possível fechar diagnóstico com essas informações? Justifique.

Não. Pois, para fechar um diagnóstico, é preciso fazer uma correlação com os
entre dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.
Dessa forma, se faz necessário a solicitação de exames complementares:
Hemograma, bioquímico, testes sorológicos, exames microscópicos da lesão ou
material coletado, cultura de fungos.

Parte II
O médico relatou que estava suspeitando de zoonose, mas não falou
quais. Quais as sugestões do grupo?
Suspeita: Leptospirose
Solicitação de teste para confirmação: Soroaglutinação microscópica
(SAM)
Diagnóstico diferencial: Esporotricose, Leishmaniose e Hepatite A.
Tratamento para Leptospirose em caso de positividade:
Fluidoterapia;
Para fase inicial usa-se doxiciclina/amoxicilina;
Para fase tardia pode se usar penicilina, ampicilina ou cefalotaxima;
Antitérmico.

Foi realizado o SAM com os seguintes resutados:

Copenhageni (1/800) , pomona (1/400) e castellonis (1/200),


grippotyphosa (1/600) cynopteri (1/400). A paciente piorou com o
quadro de insuficiência renal aguda e teve que ser internada no
hospital Couto Maia.

O ponto de corte do teste SAM 1/100

O diferencial deu tudo negativo.

Qual a posição do grupo com relação aos aspectos epidemiológgico


da paciente e para doença ?

Dica – Recomendo olhar os outros casos clínicos

Parte III
Com a junção de todos os dados coletados (epidemiológicos, clínicos e
laboratoriais), é possível concluir que a paciente em questão está infectada
com a bactéria Leptospira, pelos sorovares: Copenhageni, Pomona,
Castellonis, Grippotyphosa e Cynopteri. Vale destacar que o sorovar
Copenhageni se apresenta em maior predominância, sugerindo que esta
cepa específica da bactéria é a principal causadora da infecção.

Você também pode gostar