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Apresentação do caso clínico

L.R.L, sexo feminino, 20 anos, parda, estudante, natural de Feira de Santana e procedente de
Salvador. Paciente encaminhada ao ambulatório de gastroenterologia com história de pirose
retroesternal há 5 anos. Anteriormente o sintoma se apresentava de forma esporádica, mas
nos últimos 6 meses, a frequência e a intensidade dos episódios aumentaram. Atualmente
apresenta episódios todos os dias da semana com piora após refeições volumosas e após
deitar-se, além de ser acompanhada de regurgitação; sem fator de melhora. Refere que
associado a esses sintomas, apresenta tosse seca e rouquidão. Nega náuseas, vômitos,
diarreia, odinofagia, disfagia, hematêmese, perda ponderal e halitose. Nega uso de
medicamentos contínuos e alergias. Nega tabagismo e etilismo. Refere que possui uma
alimentação bem desregulada, abusando de pães, fast food e comidas processadas.

Ao exame físico, a paciente encontrava-se em bom estado geral, lúcida e orientada em tempo
e espaço, vigil, sem linfadenomegalias, afebril (36,3ºC), corada, hidratada, anictérica,
acianótica, normopneica (12 irp), normocárdica (78 bpm) e normotensa (120×80 mmHg).
Peso: 53 kg. Altura: 1,61m. IMC: 20,4. Exame de cabeça e pescoço apresenta erosão do
esmalte dentário e irritação na faringe. Aparelho respiratório com expansibilidade preservada,
FTV preservado, murmúrio vesticular bem distribuído sem ruídos adventícios. No aparelho
cardiovascular, apresenta ictus visível e palpável no 5º EIC na linha hemiclavicular esquerda,
com bulhas rítmicas e normofonéticas, sem sopros. No exame abdominal, apresenta abdômen
plano RHA normais, timpânico, espaço de Traube livre, hepatimetria sem alterações, indolor
à palpação.

Então, o médico gastroenterologista apontou como principal suspeita a Doença do Refluxo


Gastroesofágico. Como conduta, orientou a paciente a melhorar as condições nutricionais,
tomar omeprazol 20mg/dia e realizar uma Endoscopia Digestiva Alta com biópsia.

Após um mês, a paciente retornou ao consultório médico com os resultados dos exames. A
Endoscopia Digestiva Alta apresentou esofagite erosiva grau B e esôfago de Barret. Além
disso paciente relata controle dos sintomas, refere uso correto de medicamento e está
tentando melhorar os hábitos alimentares, evitando excessos e consumindo alimentos mais
leves e saudáveis.

Questões para orientar a discussão

1. Elabore um mapa mental ou fluxograma descrevendo: O que é Doença do Refluxo


Gastroesofágico? Qual sua fisiopatologia? Como é feito o diagnóstico? e Qual o tratamento?

2. Descreva qual a relação da DRGE com o esôfago de Barret? As complicações e


evolução da doença?

3. Qual a importância da nutrição na redução dos sintomas e tratamento da doença? Aponte


fatores do comportamento alimentar que podem estar associados a piora dos sintomas
relatados pela paciente e elabore orientações nutricionais para a paciente de acordo com as
recomendações dietoterapicas para DRGE.

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