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, Pfinha
Introdução:
● RGE é caracterizado pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago
● Algumas vezes atinge faringe, boca e vias aéreas superiores.
● Em geral é um processo fisiológico normal que ocorre várias vezes ao dia em pessoas saudáveis,
independente da idade.
● Afeta até 60% de todos os lactentes
● Inicia-se antes de 8 semanas de vida
● A frequência das regurgitações é variável
● As regurgitações aumentam em número e volume entre dois e quatro meses e posteriormente
diminuem
● Diferenciação entre regurgitação do lactente e Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) devem
ser feita por história e exame físico minuciosos
● Determinar a necessidade ou não de intervenção terapêutica e investigação laboratorial,
radiológica e/ou endoscópica
Etiopatogenia
● Multifatorial
● Mecanismos intrínsecos ou não
● Fatores que prejudicam a competência dos mecanismos anti-RGE, favorecem a ocorrência de
relaxamento transitório do esfíncter esofagiano inferior (RTEEI)
Joatã, Michelle, Nathao, Rafa F., Pfinha
Avaliação diagnóstica:
● Suspeita é fundamentalmente clínica
● Sem exames para confirmação diagnóstica em casos que não apresentem sinais de gravidade
● O exame ideal deverá documentar a ocorrência de RGE, detectar suas complicações, estabelecer
relação entre RGE e sintomas
● Nenhum teste isolado preenche todas essas características ao mesmo tempo
● Endoscopia: identifica esofagites
● pHmetria: mede RGE ácido
● Impedanciometria intraluminal: detecta todos os tipos de RGE, independente do pH
● Rx EED: detectar anormalidades estruturais anatômicas ( hérnias, estenose e volvo), avaliação do
esvaziamento gástrico
● Us abdominal: baixa sensibilidade e especificidade , útil para estenose hipertrófica de piloro e
má-rotação intestinal.
● Cintilografia: avalia esvaziamento gástrico, aspiração pulmonar
Medicamentos:
● Procinéticos:
- Capacidade de aumentar o tônus do EEI
- Melhorar o clearance esofágico
- Aceleração do esvaziamento gástrico
- À pHmetria não se comprova ação consistente na redução do número e duração dos refluxos
ácidos
● Metoclopramida/Bromoprida:
- Acelera o esvaziamento gástrico
- Aumenta a pressão no EEI
- Diminui regurgitação e vômitos
- Melhora nos parâmetros na pHmetria
- Elevada frequência de efeitos colaterais – irritabilidade, sonolência excessiva, liberação
extrapiramidal
- Dose tóxica muito próxima da terapêutica
- Metoclopramida foi retirada do mercado brasileiro pelo fabricante
● Domperidona:
- Efeito procinético moderado
- Ação não significante quanto ao número e duração dos refluxos ácidos
- Efeitos colaterais: cólicas e irritabilidade excessiva, prolongamento do intervalo QT no ECG de
4,2% das crianças em uso da domperidona.
● Antagonistas do receptor de histamina H2:
- Cimetidina, famotidina e ranitidina
- Ranitidina foi largamente utilizada em lactentes
Joatã, Michelle, Nathao, Rafa F., Pfinha
- Produz efeito antiácido razoável nas primeiras semanas, porém comumente, há perda da ação
com o passar do tempo (taquifilaxia)
- ANVISA suspendeu a comercialização desde agosto/2020 devido risco de contaminação pela
substância NITROSAMINA, impureza que tem potencial carcinogênico
● Inibidores da bomba de prótons:
- Indicados na esofagite erosiva, estenose péptica do esôfago ou esôfago de Barrett, (condições
incomuns em lactentes).
- Pacientes neurológicos ou com doença respiratória crônica associada à DRGE
- Bloqueio da secreção ácida mantém o pH acima de 4, efeito adicional de diminuição do volume
do conteúdo gástrico e material refluído
- Reações adversas: cefaleia, constipação, diarreia, cólicas abdominais e náuseas
- Hipergastrinemia pode gerar pólipos gástricos
- Hipocloridria predispõe à pneumonia, gastroenterite, candidíase e enterite necrosante no
prematuro
● Sucralfato:
- Citoprotetor
- Tentativa de proteger a mucosa gástrica e melhorar os sintomas
- Pouco efeito colateral
- Não há estudos suficientes em pediatria
Considerações finais:
● RGEF é comum e o pediatra deve estar atento aos sinais que possam indicar DRGE
● Crianças maiores e adolescentes verbalizam com mais clareza os sintomas
● Os exames subsidiários são complementares e sua solicitação está na dependência de qual
aspecto da DRGE o pediatra quer avaliar
● Medidas gerais como postura, correção de erros alimentares e estilo de vida devem ser sempre
instituídas
● Em lactentes incluir a possibilidade de alergia alimentar no diagnóstico diferencial
● Em lactentes, o tratamento só deve ser instituído após comprovação mais clara da DRGE
● Pode ser iniciado o tratamento empírico para DRGE em crianças maiores e adolescentes que
apresentam sintomatologia moderada sem sinais agravantes ou de complicações
Joatã, Michelle, Nathao, Rafa F., Pfinha
Anotações da Aula:
→ Qualquer pessoa pode apresentar refluxo e não significa que necessita de tratamento
→ Quando pensar em RGE no bebe? inicio com 2 meses de idade sendo ele o refluxo fisiológico, já os
com sintomas mais tardios, devemos pensar em algo patológico
→ Bebe antes 2 meses já tem vômito, conforme vai crescendo vai aumentando o número de mamadas,
e com isso, aumenta o número de vômitos. Até o 4 me é ascendente, e após vai diminuídos episódios de
refluxo, melhorando até 1 ano
→ Devemos diferenciar regurgitação do lactente (fisiológico) X RGE (patológico) : usar exame físico e
história
→ quando pensar em criança em grupo de risco? Paciente com paralisia cerebral, obesos, prematuro,
flebopatias, genética má formação no TGI. Avaliar se a criança tem comorbidade que deve pensar na
doença. Criança a termo, a chance de ser patológico diminui
→ Etiopatogenia é multifatorial, sendo eles extrínsecos e intrínsecos. Criança com paralisia tem
dificuldade na deglutição e incoordenação motora, medicações que agem no esfíncter esofágico,
alimentação
→ Alterações anatômicas são comuns, como hérnia de hiato
→ Para o diagnóstico deve ser levado em conta a história do paciente + avaliar sinal de gravidade para
observar a necessidade de solicitação de imagem
→ hoje não há exame padrão ouro, todos os exames têm alguma deficiência em algum momento.
Devemos primeiro saber o que queremos procurar de alterado para assim, solicitar o exame ideal
→ endoscopia avalia o que acontece no momento do exame, pesquisa alterações no TGI
Joatã, Michelle, Nathao, Rafa F., Pfinha
AULA PRÁTICA
1. necessidade hídrica basal: como calcular?
Joatã, Michelle, Nathao, Rafa F., Pfinha
2. Dipirona gota:
- 500mg/mL → em 1 mL tem 20 gotas → 25 mg/gota
- usa-se de 10 a 12mg/kg/dose
- solução → 50 mg/mL
- sempre lembrar de dose máxima em medicações. Dose máxima do dipirona → 4 mg (xarope)
3. amoxicilina → pc com 20 kgs e quero usar 50mg/kg/dia → se ela pesa 20 vou usar quanto?
1000mg/dia → vai usar 500mg/dose:
- 400mg em 5ml, quantos mL em 500 mg? Dose de 6,5 mL de manhã e 6,5 mL a noite
4. desidratada → SF → como calcula dose do choque na desidratação? Dose de ataque:
- usa-se o SF 0.9% de 10 a 20mL/kg em bolus
- fornece hidratação e depois reavaliar a criança. Se a criança não melhorou, repete o soro
5. seguimento no atendimento das crianças de puericultura: de 0 a 5 meses intervalo é mensal, 6 a 11 a
cada 2 meses, 12 a 23 a cada três meses e acima disso, intervalo semestral
6. Marco de desenvolvimento da criança de 1 ano
7. dor de crescimento → dor nas pernas. Fazer história completa + exame dos membros que doem.
8. maior causa de morte de crianças 5 a 14 anos no BR → acidente
9. manobra de desengasgo para maiores de 1 ano