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Objetivos:
1. Compreender a DRGE (etiologia, fisiopatologia, fator de risco, quadro clínico-sintomas
extradigestivos);
2. Discutir o diagnóstico da DRGE (graus de Los Angeles);
3. Citar os diagnósticos diferenciais da DRGE;
4. Explicar o tratamento farmacológico e não-farmacológico da DRGE (mecanismo de ação,
farmacocinética e posologia);
5. Correlacionar DRGE e esôfago de Barrett com o fator de risco para câncer.
Termos desconhecidos:
1. Procinético - Agentes procinéticos são fármacos que atuam de modo a aumentar a pressão
do esfíncter esofágico inferior (EEI), diminuir a regurgitação e acelerar o esvaziamento
gástrico.
Compreender a DRGE (etiologia, fisiopatologia, fator de risco, quadro clínico-sintomas
extradigestivos;
“A doença do refluxo gastroesofágico é a condição que se desenvolve quando o refluxo do
conteúdo do estômago provoca sintomas e/ou complicações.”
Todo mundo tem refluxo, fisiológico, principalmente após as refeições.
Definição: é quando os refluxos fisiológicos se tornam mais frequentes, com maior duração e
sintomas associados;
Epidemiologia: muito comum, até 40% da população mundial pode ter, a prevalência aumenta
muito ao longo da vida, não existe predileção quanto ao sexo;
Fisiopatologia:
Existem mecanismos que previnem o refluxo ou atenuam o refluxo:
• SUPRAESOFÁGICO - Produção de saliva intacta, deglutição intacta;
• CORPO ESOFAGICO - Motilidade esofágica eficaz, peristaltismo primário e secundário
intacto, Tight junctions intactas;
• JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA - Região do esfíncter esofagiano o tônus intacto, o esfíncter
sobreposto ao diafragma, relaxamento do esfíncter na hora correta.
• GASTRICO - Motilidade gástrica eficaz também auxilia a prevenir.
Mecanismos que aumentam a chance do refluxo:
• SUPRAESOFÁGICO - Xerostomia, deglutição comprometida;
• CORPO ESOFAGICO - Hipomotilidade, peristaltismo fragmentado, motilidade esofágica
ineficaz, contratilidade ausente, Tight junctions do esôfago;
• JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA – hernia de hiato, esfíncter hipotensivo, tônus no esfíncter
(relaxado) frequentemente;
• GÁSTRICO – Gastroparesia, hipersecreção.
Se o esfíncter esofagiano inferior tem algum comprometimento (principalmente o relaxamento
transitório exacerbado) é o mais comum fator para DRGE, e não está associado a deglutição,
como o fisiológico em que é associado. Hipotonia do EEI e a hernia de Hiato (discrepância de
localização do esfíncter e do diafragma), porém, não tem toda hernia gera DRGE.
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Dor abdominal, diarreia, vômitos e icterícia | P5 Mt2 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS
Acid Pocket – Formação do bolsão de ácido “boiando” acima do bolo alimentar, onde as pessoas
têm maiores sintomas após uma refeição mais “pesadas”. Nos pacientes com DRGE, sobretudo
aqueles com hernia hiatal a bolsa acida é maior e se estende mais proximalmente no esôfago.
Gastroparesia – tem maior dificuldade com o clearance gástrico.
Dismotilidade esofágica – não é específica, mais qualquer dismotilidade pode influenciar.
• Refluxo ácido: o mais comum,
• Refluxo alcalino e gasoso – tem-se estudado muito sobre e tem-se associado a gênese dos
sintomas atípicos em pacientes em tratamento com IBP
A DRGE provoca diminuição da resistência do epitélio mucoso esofágico com dilatação do espaço
intracelular e presença de erosões.
Classificação:
• DRGE não erosiva – mais frequente, e pode ser diagnostica pela história clínica do paciente
com presença de sintomas típicos
• DRGE erosiva – apresentação clássica da enfermidade, com sintomatologia clínica e
presença de erosões ao exame. 80-90% de chance de recidiva em 6 meses
Fatores de risco:
• Obesidade
o (principal) afeta muito o manejo
• Gestantes
o Mecanismo hormonal – pode aumentar o risco
o 30-50% das gestantes
• Medicações
o Bloqueadores de canal de cálcio, nitratos, antidepressivos
• Alimentos (sem evidência muito forte)
o Cafeína, álcool, gordura, chocolate, hortelã
• Tabagismo
• Idade avançada, sexo aparentemente mais em mulheres, fatores genéticos.
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Quadro clínico:
Sintomas típicos: os dois sintomas comitantemente aumentam a chance de diagnostico correto
para DRGE em 90%
Esôfago normal
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Graduado através dos tamanhos das erosões, grau A: erosões <5mm não confluentes, grau B: erosões >5mm não confluem, grau
C: erosões confluentes em <75% da circunferência, grau D: erosões confluentes em >75% da circunferência .
b. Hernias hiatais
Onde acontece a junção escamocolunar ou a transição esôfago gástrica e o diafragma (mesmo
nível) no caso das hernias de hiato parte do estômago invade a cavidade torácica por meio de uma
abertura onde o tubo alimentar (esôfago) liga-se ao estômago. Classificada em tipos de 1 a 4.
d. Estenose péptica – o orifício está bem reduzido, fibrosado, pode está associado com
ulceras, pacientes com sintomas mais prolongados.
Medicamento Posologia
Omeprazol 20-40mg 1-2x ao dia
Pantoprazol 20-40mg 1-2x ao dia
Esomeprazol 20-40mg 1-2x ao dia
Lansoprazol 15-30mg 1-2x ao dia
Dexlansoprazol 30-60mg 1x ao dia (mesma meia vida, porém, de liberação prolongada,
pode ser tomada com mais flexibilidade)
Rabeprazol 10-20mg 1-2x ao dia
Prevalência de 1,6-6,8%, surge em torno dos 55 anos, nas endoscopias em pacientes com DRGE
até 15% das vezes está presente.
Risco de desenvolvimento de displasia: o surgimento de adenocarcinoma e mortalidade não é tão
comum. Maior em paciente com Barrett longo, maior que 3cm.
• Endoscopia
o Projeção vermelho-salmão acima da TransiçãoEsofagoGástrica (linha Z, denteada,
não pode ser maior que 1cm);
o Classificação de Praga - A letra C equivale à extensão máxima circunferencial do
epitélio colunar, a letra M equivale à extensão máxima do epitélio colunar em forma
de linguetas.
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