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GASTROESOFÁGICO
DRGE
a) Alimento deglutido
b) Onda peristáltica + relaxamento esfíncter
esofágico inferior (EEI) = relaxamentos
transitórios apropriados do EEI
c) Aumento pressão estômago + retorno
esôfago alimento = RGE fisiológico
d) Onda secundária leva alimento para
estômago + saliva neutraliza acidez
DRGE
a) Dismotilidade esofágica (EEI barreira
fisiológica entre esôfago e estômago)
b) Relaxamentos inapropriados do EEI =
frequentes, demoradas, fora das
refeições e a noite
c) Não existe limpeza do conteúdo
esôfago
d) pH ácido = esofagite = DOENÇA DO
REFLUXO GASTROESOFÁGICO
DRGE
- IMPORTANTE
O RGE torna-se doença quando:
a) Acarreta sintomas desagradáveis
(pirose, regurgitação,odinofagia)
b) Prejudica estado nutricional
(desnutrição)
c) Acarreta esofagite (hematêmese,
anemia, disfagia)
d) Complicações respiratórias (aspiração,
pneumonia, apnéia, broncoespasmo)
DRGE
- Retornos pouco frequentes (RGEF)
- Retornos frequentes (DRGEP)
- Retornos rápidos < 3 minutos (RGEF)
- Retornos prolongados (DRGEP)
- Retornos não muito ácidos (RGEF)
- Retornos longe das refeições (DRGEP)
- Retornos próximos refeição (RGEF)
- Retorno durante a noite(DRGEP)
- Retorno sem desconforto (RGEF)
- Retorno com desconforto (DRGEP)
- Retorno sem prejuízo nutricional (RGEF)
- Retorno com prejuízo nutricional (DRGEP)
DRGE
1) Caracterização Clínica
a) Grupo I (RGE não complicado):
regurgitação, vômitos
b) Grupo II (RGE complicado): Grupo I +
esofagite
- Odinofagia, Dor epigástrica ou
retroesternal, “Azia”, Soluços,
“Empachamento”, Perda peso
DRGE
c) Grupo III (doença respiratória crônica)
- Bronquite, Asma “intratável”, Laringite
recorrente grave, Pneumonia recorrente,
Tosse crônica, Rouquidão persistente
d) Grupo IV (raro)
- Ruminação, Soluços incoercíveis, crises
apnéia, Síndrome de Sandifer-Sutcliffe
- Esôfago de Barrett = complicação a
longo prazo(metaplasia epitélio esôfago
por células colunares do estômago)
DRGE tratado pediatria sbp,2022
e) Grupos De Risco
c) Procinético
- Domperidona 3-4x/dia segundo peso
- Prolongamento intervalo QT no ECG (4,2%),
arritmias ventriculares.
d) Cirurgia
- Fundoplicatura de Nissen
REFERÊNCIAS
1) Pediatria: diagnóstico + tratamento / Jayme
Murahovschi – 6. ed. Ver. E atual. – São
Paulo: Sarvier, 2008.
2) Pediatria básica / coordenação geral
Eduardo Marcondes, 9. ed. São Paulo:
Sarvier, reimpressão, 2003
3) Tratado de pediatria – Sociedade Brasileira
de Pediatria – Barueri, SP; Manole, 2022.
4) Doença Refluxo Gastroesofágico. SBP, 2021
SÍNDROME NEFRÓTICA
1) Definição
- Alteração da filtração glomerular que leva
a Proteinúria maior que 50mg/kg/dia ou
maior 3,5g/24hs/1,73 metros quadrados
e Hipoalbuminemia menor que 2,5g%
- Outros achados frequentes: Edema,
Hipercolesterolemia e lipodúria
2) Etiologia
- Provável imunológica
SÍNDROME NEFRÓTICA
2) Etiologia
- A SN pode ser:
- a) Idiopática
- b) Secundária a outras Glomérulopatias: Lesão
histológica mínima (LHM); glomeruloesclerose segmentar e
focal (GESF); glomerulonefrite proliferativa mesangial;
glomerulonefrite membranoproliferativa (tipos I, II e III)
- 80 a 90% são idiopáticos por lesões
histológicas mínimas (LHM) = biópsia
normal microscopia óptica
3) Incidência
- 2 a 6 anos, sexo masculino (3:2)
ETIOLOGIA: c) Hereditária: mutações em gens que
codificam proteínas, NPHS1, NPHS2, WT1
d) Pós-infecciosas: Lues, malária, tuberculose,
varicela, hepatite B e C, HIV,endocardite infecciosa,
Epstein-Barr vírus,citomegalovírus,toxoplasmose,
Streptococcus beta-hemolítico do grupo A
e) Colagenoses e vasculites: Lúpus eritematoso
sistêmico, púrpura de Henoch-Schöenlein,
artrite reumatoide
f) Neoplasias: Linfoma de Hodgkin, linfoma não
Hodgkin, leucemias, tumor
de Wilms
g) Drogas: Anti-inflamatórios não hormonais,
ampicilina h) Alergia: Anti-inflamatórios não
hormonais, ampicilina
SÍNDROME NEFRÓTICA
4) Fisiopatologia
- Proteinúria seletiva para proteínas de
baixo peso molecular até 60.000
(Albumina); perda cargas eletronegativas
na membrana basal glomerular; disfunção
podocitária.
5) Quando suspeitar
- Edema generalizado + Proteinúria +
Hipoalbuminemia
SÍNDROME NEFRÓTICA
6) Quadro Clínico
a) Edema
- Intenso, mole, depressível, ação da
gravidade
- Instalação gradual ou rápida
- Tende formar Edema matinal palpebral,
Edema MIS, Derrame pleural, Ascite,
Bolsas escrotais
b) Oligúria (hipovolemia) e urina
espumosa (proteinúria)
SÍNDROME NEFRÓTICA
- Edema
. Teoria do hipofluxo (underfill): perda
proteica – hipovolemia - diminuição
pressão oncótica – queda filtração
glomerular – estimulação hormônio
antidiurético – ativação sistema renina-
angiotensina-aldosterona-retenção
secundária de sódio
. Teoria do hiperfluxo (overflow): defeito
renal absorção do sódio – aumento
reabsorção túbulo distal – resistência ao
peptídeo natriurético atrial(retenção sódio)
SÍNDROME NEFRÓTICA
6) Quadro Clínico
c) Sinais desnutrição; cabelos finos,
quebradiços, descorados; redução massa
muscular; unhas frágeis; pele seca com
estrias
d) Sinais de descalcificação óssea (devido
alteração metabolismo Vit.D e cálcio
ionizado ligado proteína)
e) 40 a 60% bronquite asmática e processo
alérgico
SÍNDROME NEFRÓTICA
6) Quadro Clínico
f) Processos infecciosos vias aéreas superiores,
Broncopneumonias, Celulite (infecção mais
frequente), Sepse, Peritonite bacteriana;
Streptococcus pneumoniae mais comum
g) Diarréia
h) Hematúria (36% casos) microscópica
i) Hipertensão é incomum
j) Diarréia grave
k) Complicações da S. Nefrótica: Infecção;
Trombose de veia renal; Embolia pulmonar;
IRA; Alteração tireóide; Alteração cálcio e
Vitamina D
SÍNDROME NEFRÓTICA
7) Diagnóstico Diferencial
- Kwashiorkor = desnutrição proteica
- Doença Celíaca: deficiência proteica, sem
proteinúria significativa
- Angioedema familiar: edema, mas
albuminemia normal, ausência proteinúria
e alteração complemento
SÍNDROME NEFRÓTICA
8) Comprovação Laboratorial
a) Proteinúria urina 24hs > 50mg/kg/dia
b) Amostra isolada urina: concentração
proteína/creatinina urinária (mg/dl) > 2,0 =
proteinúria nefrótica
c) Teste com ácido sulfossalicílico 10% =
primeira urina manhã (20ml) + 8 a 10
gotas ocorre precipitação
d) Urina tipo I: cilindros hialinos e
granulosos; hematúria microscópica 20%;
gotículas de gordura
SÍNDROME NEFRÓTICA
8) Comprovação Laboratorial
e) Eletroforese proteínas plasmáticas
- Diminuição de albumina < 2,5g% e
aumento alfa-2-globulina
- Queda acentuada de gamaglobulinas IgG
e IgA, aumento de IgM e IgE
f) Hipercolesterolemia > 250mg/dl aumento
de LDL, VLDL + prejuízo lipase
lipoproteíca.
SÍNDROME NEFRÓTICA fonte:
www.santelaboratorio.com.br
SÍNDROME NEFRÓTICA
8) Comprovação Laboratorial
f) Investigar doença base
- Hemograma
- Complemento sérico: normal (lesões
mínimas), se diminuído biópsia (GNMP,
GNDA, Lúpus)
- Anticorpos antinucleares (FAN): Lúpus
- Hepatites, HIV
SÍNDROME NEFRÓTICA
8) Comprovação Laboratorial
g) Exames para evolução
- Hiponatremia: retenção hídrica
- Hipercalemia: falência renal e acidose
metabólica
- Hipocalemia: diuréticos, alcalose
metabólica
- Hipocalcemia: disfunção metabolismo Vit
D
SÍNDROME NEFRÓTICA
9) Indicação biópsia renal
- Idade início SN < 1 ano ou > 10 anos
- Complemento sérico diminuído
- Hipertensão ou insuficiência renal
- Hematúria persistente
- Proteinúria persistente resistente ao
corticóide
SÍNDROME NEFRÓTICA
10) Tratamento
a) Controle proteinúria com teste ASS 10%
b) Repouso autorregulado
c) Dieta normal (normocalórica e
normoproteica); se edema e corticóide:
hipossódica
d) Corticóide: estabiliza membrana basal
(prednisona) = Meticorten
SÍNDROME NEFRÓTICA
10) Tratamento
e) Esquema recomendado (Prednisona)
. 1ª fase - 6 semanas: 2mg/kg/dia (máximo
de 80mg/dia), 8/8hs; após melhora 1x/dia
pela manhã
. 2ª fase – mais 6 semanas: 1,5mg/kg em
dias alternados pela manhã; após redução
gradual dose
SÍNDROME NEFRÓTICA
10) Tratamento
f) Grandes edemas
. Hidroclorotiazida (Clorana) ou Furosemida
(Lasix), V.O., 2 a 4mg/kg/dia, 12/12hs; se
furosemida repor potássio
g) Infecções: antibiótico (pneumococo e
gram-negativo)
SÍNDROME NEFRÓTICA
11) Resposta à corticoterapia
. Remissão = proteinúria negativa durante
3 dias (15° dia da primeira tentativa; 4-5°
dia nas recaídas)
. Recidiva = proteinúria 2+ durante 3 dias
. Recidivas frequentes = 2 ou mais
recaídas em 6 meses após uma crise
tratada
. Corticorresistentes = sem remissão após
8 semanas de corticóide
.Corticodependente=recaida redução dose
SÍNDROME NEFRÓTICA
11) Resposta à corticoterapia
a) Corticossensíveis: recaídas 80-90%
. Controle peso, PA, exames, teste ASS10%
b) Corticorresistentes: não há remissão
. Pulsoterapia – metilprednisolona (Solu-
medrol), 2mg/kg/dose (máximo 1g) IV em
100ml de SG5% em dias alternados, 3 a
6 doses
SÍNDROME NEFRÓTICA
11) Resposta à corticoterapia
b) Corticorresistentes = não há remissão
. Evolução 1 – sem resposta: biópsia
. Evolução 2 – remissão parcial:
ciclofosfamida por 60-90 dias +
prednisona por 1 ano
. Evolução 3 – remissão: prednisona 1 ano
SÍNDROME NEFRÓTICA
11) Resposta à corticoterapia
c) Corticodependente = recai ao retirar
corticóide
. Micofenolato mofetila 5mg/kg/dia, 12/12hs
+ prednisona em dias alternados por 1
ano
SÍNDROME NEFRÓTICA
1) Recidivas – conduta
. Tratar infecções
. Prednisona V.O., 2mg/kg/dia até proteinúria
negativa por 3 dias seguidos, após
1,5mg/kg/dia em dias alternados por 4 semanas
2) Recidivas frequentes
. Metilprednisolona IV
. Prednisona V.O., 2mg/kg/dia até proteinúria
negativa por 3 dias seguidos, após
1,5mg/kg/dia em dias alternados por 4
semanas, reduzir gradualmente
SÍNDROME NEFRÓTICA
3) Recaídas frequentes e doses altas
dependentes corticóides
- Hemoglobina do adulto: Hb A
(96%) + Hb A2 (2,5%) + Hb fetal
(1,5%)
TALASSEMIA
- Hb A = formada por duas cadeias
alfa e duas beta (alfa 2 beta 2)
- Hb A2 = formada por duas cadeias
alfa e duas delta (alfa 2 delta 2)
- Hb Fetal = formada por duas cadeias
alfa 2 e gama 2 (alfa 2 gama 2)
TALASSEMIA
3) Classificação
a) Talassemia Alfa (deleção gênica)
- Portador silencioso (deleção 1 gene) = sem
alterações hematológicas
- Traço talassêmico = anemia discreta,
microcítica, hipocrômica
- Doença Hb H (beta 4) = anemia
moderada/grave, icterícia discreta,
esplenomegalia (Hb H = 4-20%)
- Hidropsia fetal (gama 4)= óbito intrauterino (Hb
Bart’s 80-90%), prematuro, pálido,edema.
Ausência cadeia alfa, incompatível com vida
extra uterina.
TALASSEMIA
3) Classificação
b) Talassemia Beta (mutações gênicas)
- Portador silencioso (beta/beta diminuida) =
sem alterações hematológicas
- Traço talassêmico (beta/beta ausente) =
anemia discreta, microcítica, hipocrômica
(aumento de A2 e/ou Hb F)
- Intermédia (beta diminuida/beta diminuida) =
anemia moderada/grave, microcítica,
esplenomegalia, alterações esqueléticas
- Major (Cooley) (Hb A ausente e Hb F 20-100%)
= anemia grave (HB=3a5g/dl), esplenomegalia,
alt. Óssea, evidente 1° ano de vida
TALASSEMIA fonte:AbcMed
- Hemólise: Causa Icterícia,
Hepatomegalia e Esplenomegalia
- Hiperplasia da medula óssea: Causa
Osteoporose e Deformidades ósseas da
face
- Sobrecarga de ferro: Causa Insuficiência
endócrina (alteração maturidade sexual,
amenorréia, diabetes), Insuficiência
cardíaca (hipertrofia, dilatação,
degeneração miocárdio), Acometimento
hepático (fibrose e cirrose)
TALASSEMIA
4) Diagnóstico: Anemia hemolítica crônica
+ Origem familiar mediterrâneo
a) Beta Talassemia
- Anemia + Síntese eritropoetina +
Esplenomegalia + Hiperplasia eritroide da
medula + Tecido eritropoiético
extramedular (deformidade crânio e face)
+ Osteopenia
TALASSEMIA
4) Diagnóstico
a) Beta Talassemia
- Sobrecarga de ferro tecidos
. Após 1 ano de transfusões
. Segunda década: coração (degeneração
coração), fígado (fibrose e cirrose),
hipófise anterior (alt. Maturação sexual),
pâncreas (diabetes)
TALASSEMIA
4) Diagnóstico
b) Talassemia Major (Anemia de Cooley) =
beta ausente/beta ausente (β°/β°)
- Início: 1 ano idade
- Esplenomegalia: notada aos 6 meses e
acentuada aos 2 anos
- Hepatomegalia
- Palidez acentuada
TALASSEMIA
4) Diagnóstico
b) Beta Talassemia Major
- Fácies: hiperplasia do maxilar, má oclusão
dentária
12) Complicações
- Miocardiopatias, Hepatopatias (fibrose,
insuficiência), cálculos biliares,
colecistites, Nefropatia (fibrose glomerular
e síndrome nefrótica)
ANEMIA FALCIFORME
13) Tratamento
a) Nutricional: Alimentos ricos em ferro e Ácido
fólico
b) Hidroxiuréia (mielossupressor): 15-20mg/kg
1x/dia até 35mg/kg 1x/dia (menos episódios de
dor, dactilite e STA).
b) Prevenção e Profilaxia (pneumococcias)
- Vacinas: Haemophilus, meningococos,
influenza, pneumococos, hepatiteB
- Penicilina V (Pen-ve-oral): até 3 anos, 2,5ml,
2x/dia e após 3 anos até 5 anos, 5ml, 2x/dia;
Benzatina (Benzetacil) 600.000-1.200.000U IM
a cada 21 dias
ANEMIA FALCIFORME
13) Tratamento
c) Crises dolorosas
- Discreta: Líquidos, Analgésico oral
(dipirona, paracetamol, Anti-inflamatório
não hormonal), se não melhorar Codeína
- Moderada: Soro oral (120ml/kg/dia),
Analgésico (dipirona IV ou Anti-
inflamatório + Paracetamol + Codeína VO
ANEMIA FALCIFORME
13) Tratamento
c) Crises dolorosas
- Intensa: Hidratação IV, 50ml/kg
(SF/SG5%) em 2hs (reparação) + 80-
100ml/kg (1/4SF e SG10%); se acidose
(6ml bicarbonato sódio 3% para cada
100ml solução)
Morfina: 1°dose 0,1-0,15mg/kg IV, após 30
minutos repetir dose anterior (mais 25%)
ANEMIA FALCIFORME
13) Tratamento
c) Crises dolorosas
- Graves: Oxigênio, Transfusão papa
hemácias (10ml/kg cada 12hs)
d) Crises aplásticas
- Casos assintomáticos = observação
- Com anemia grave e/ou insuficiência
cardíaca: Transfusão concentrado
hemácias (20ml/kg) cada 8hs até Hb 7-
8g/dl + Oxigênio + Transfusão sangue total
+ Ácido fólico VO
ANEMIA FALCIFORME
13) Tratamento
e) Crises de sequestração
- Monitorizar PVC
- Transfusão de sangue total, plasma,
albumina para estabilizar hemodinâmica
- 1°crise maior 2 anos = esplenectomia
- Crises repetidas maior 5 anos =
esplenectomia
- Lactentes tranfusões crônicas sangue
(HbS < 50%)
ANEMIA FALCIFORME
13) Tratamento
f) Síndrome mão-pé: Corticóide
g) Crise torácica: Hidratação IV +
Analgésicos + Oxigênio + Penicilina
cristalina ou Ceftriaxona; associar
macrolídeo (micoplasma) + Gasometria
seriada + Exsanguíneotransfusão parcial
(se paO2 < 60, queda 25% paO2 inicial,
dispnéia aentuada, ICC)
ANEMIA FALCIFORME
13) Tratamento
h) Acidente vascular cerebral: Transfusão
hemácias (10ml/kg), se piora
Exsanguíneotransfusão parcial + risco
recorrência (Hipertransfusão) +
Considerar transplante medula
i) Priapismo: Analgésicos, Compressas
quentes, Hidratação + Transfusão sangue
+ Aspiração corpos cavernosos (após 4
hs dor)
ANEMIA FALCIFORME
13) Tratamento
j) Úlceras das Pernas: Repouso +
Antissépticos locais + Transfusões
k) Hematúria intermitente: Casos rebeldes
(ácido aminocapróico VO, 4x/dia, 2
semanas) + Alcalinização da urina
l) Alternativas para dor: Fisioterapia,
Banhos quentes, Hidroterapia, Hipnose
ANEMIA FALCIFORME
- Controle da hemossiderose:
.Se ferritina acima de 1000ng/ml e idade acima de 3 anos,
Desferoxamina (Desferal ampola 500mg) 20-40mg/kg/dia,
via subcutânea, 5x/semana
.Deferasirox (quelante oral) Via Oral, 20mg/kg/dia, 1x/dia,
acima de 2 anos de idade (remove ferro hepático) efeitos
colaterais nausea, vômitos, diarréia e nefrotoxidade;
.Deferiprone (L1) para crianças acima de 6 anos de idade
(remove ferro cardíaco), dose 75mg/kg/dia, VO, 8/8hs e
efeitos colaterais como agranulocitose (1%), artropatia (4-
50%), aumento transaminases. Pode ser usado com a
Desferoxamina
ANEMIA FALCIFORME
1) Pediatria: diagnóstico + tratamento /
Jayme Murahovschi – 6. ed. Ver. E atual.
– São Paulo: Sarvier, 2008.
2) Pediatria básica / coordenação geral
Eduardo Marcondes, 9. ed. São Paulo:
Sarvier, reimpressão, 2003
3) Tratado de pediatria – Sociedade
Brasileira de Pediatria – Barueri, SP;
Manole, 2022.
LINFOMA DE HODGKIN
1) Definição: Neoplasia malígna sistema linfóide
com aumento progressivo dos linfonodos e
disseminação para linfonodos contíguos (pelos
vasos linfaticos). Multiplicação clonal células
Reed-Sternberg. Linfócitos B
2) Incidência: Meninos (60%), entre 5 e 14
anos (aumenta após 11 anos até 30
anos)
3) Características: Nível sócio econômico
mais elevado, Maior escolaridade,
Amigdalectomizados, Célula típica é a de
Reed-Sternberg
LINFOMA DE HODGKINFONTE:
Yahoo Brasil
LINFOMA DE HODGKIN
4) Fisiopatologia
Associada a imunidade celular prejudicada
- Parece estar associado à doença infecciosa viral
(vírus de Epstein-Barr) = processo tumorigênico
(3O% PACIENTES COM LINFOMA TEM
PARTES DO VIRUS NAS CELULAS REED
STERNBERG)
5) Quando suspeitar
- Adenomegalia não dolorosa, Sem sinais
inflamatórios, Crescimento lento e persistente,
Região cervical, supraclavicular em escolares e
adolescentes
LINFOMA DE HODGKIN
6) Sinais gerais e sintomas B com Pior
Prognóstico
- Febre diária ≥ 38°C indeterminada; Sudorese
profusa noturna; Emagrecimento acima 10%
últimos 6 meses. Outros: Cansaço, Perda
apetite, Coceira
7) Manifestações clínicas:
- Adenomegalia (maior 2 cms) Cervical e
Supraclavicular, crescimento lento (acima de 4
semanas a meses), Consistência fibroelástica
(borracha), Sem sinais inflamatórios, 80% casos
- Mediastino (tosse, dispnéia, disfagia, infecções
pulmonares, estase jugular) 35% crianças jovens;
Baço (esplenomegalia)
LINFOMA DE HODGKIN
8) Exames
- Hemograma (anemia, leucocitose/leucopenia)
- VHS (aumentado): Marcador de atividade
proliferativa
- RX tórax (2 incidências) + Tomografia
computadorizada
- Ultrassonografia de abdome total + Tomografia
computadorizada
- Cintilografia com gálio-67 (massas residuais)
- PET(tomografia por emissão de pósitrons)-CT
(tomografia computadorizada), Fluordesoxiglicose
marcada com flúor 18 (radiofármaco) ; 1500
imagens/30 minutos em3D
LINFOMA DE HODGKIN
1) Tipos de linfoma de Hodgkin
a) Linfoma de Hodgkin Clássico (95%)
- Esclerose Nodular (60-80%): mais comum-
em jovens
- Celularidade Mista (15-30%) – adultos mais
velhos
- Predomínio Linfocitário (5%)
- Depleção Linfocitária (1%)- em idosos
b) Predomínio Linfocitário Nodular (5%)
Célula Pipoca (variante cél. Reed-Sternberg)
LINFOMA DE HODGKINFONTE:
Centro de Imagem Molecular do INCT-Medicina Molecular
LINFOMA DE HODGKIN
9) Diagnóstico
- Biópsia: Gânglio de fossa supraclavicular
(sempre biopsiar)
- Infiltração é focal: Retirar o gânglio inteiro
10) Estadiamento
- Estadiamento clínico (exame físico +
radiológico)
- Tomografia cervical, torácica, intra-abdominal
- Avaliação medula óssea (Biópsia)
- Estadiamento Ann Arbor de I a IV se B (com
sintomas, perda peso, febre indeterminada,
sudorese) ou A (sem sintomas clínicos)
LINFOMA DE HODGKIN
10) Estadiamento: segundo Ann Arbor
- Estágio I: envolvimento uma única região
ganglionar/extraganglionar
- Estágio II: duas ou mais áreas ganglionares do
mesmo lado do diafrágma ou uma área
extraganglionar e uma/mais regiões
ganglionares mesmo lado diafrágma
- Estágio III: áreas ganglionares lados diferentes
do diafrágma e extraganglionar localizado ou de
baço
- Estágio IV: regiões extraganglionares, fígado,
pulmões, pleura, ossos, medula óssea, pele
LINFOMA DE HODGKIN
11) Tratamento
- Poliquimioterapia (cada 15 dias): Ciclos (2 a 8) de
Adriamicina + Bleomicina + Vinblastina +
Dacarbazina (esquema ABVD)
- Associar Radioterapia de campo envolvido/local
envolvido (apenas gânglios com doença)
- Prognóstico bom (95% sobrevida); (70% todos os
estágios). Sobrevida relativa em 1 ano para todos
os pacientes diagnosticados com linfoma de
Hodgkin é de 92%, em 5 anos de 85% e 10 anos
de 80%.
- Se resistente quimioterapia: Transplante de
células-tronco hematopoiéticas (autólogo = do
paciente)/alogênico = irmão, irmã).
LINFOMA DE HODGKIN oncoguia
11) TRATAMENTO
• Estadiamento da doença.
• Volume da doença.
• Resultados os exames
• Idade do paciente.
• Outros esquemas:
• BEACOPP:Bleomicina.Etoposido.Adriamicina.Ciclofosfamida.Vi
ncristina.Procarbazina.Prednisona.
•
StanfordV: Doxorrubicina.Mecloretamina.Vincristina.Vinblasti
na.Bleomicina. Etoposide.Prednisona.
LINFOMA DE HODGKIN
• Estágios III e IV
• Doença localizada em qualquer dos lados do diafragma, que pode ter
se espalhado para um ou mais órgãos fora do sistema linfático.
6) Tratamento
a) Desimpactação: Lactentes (Supositório de
glicerina), Pré-escolares (Miniclister de sorbitol =
Minilax), Escolares e Adolescentes (Supositório
de bisacodil = Dulcolax), Adolescentes (Fleet
enema adulto). Polietilenoglicol (3350 ou 4000)1-
1,5g/kg/dia, 3 a 6 dias.
- No Pronto Socorro: Lavagem intestinal com
Solução Salina Glicerinada (10-20 ml/kg); solução
de glicerina a 12% (1ml=120mg glicerina)-10-
20ml/kg; 20 ml soro fisiológico + 50 ml de
glicerina (em Pré-escolares); 40 ml soro
fisiológico + 100 ml de glicerina (em Escolares)
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
CRÔNICA
6) Tratamento
- Após desimpactação (Estimulante do
peristaltismo intestinal): Base de sena
(Naturetti, Tamarine = 2-6 anos, 2,5-7,5
ml; 6-12 anos, 5-15 ml à noite por 1 mês)
ou Picossulfato (Guttalax = 5 gotas)
b) Orientação dietética: Rica em fibras +
Redução do leite (dar leite soja) +
Aumentar ingestão fibras insolúveis
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA
6) Tratamento
- Aumento ingestão fibras insolúveis
. Cozer farelo de trigo junto com feijão
. Suco laxante: meio copo de suco laranja + 1
fatia mamão + 3 ameixas-pretas
. Alimentação habitual: arroz integral, trigo (pão
integral, trigo para quibe), centeio (pão preto),
milho cozido/pipoca, leguminosas com
casca(feijão, lentilha, soja, grão-de-bico), frutas
(mamão, abacate, maçã com casca, laranja com
bagaço)
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA
6) Tratamento
- Alimentação Habitual: Frutas secas
(ameixa-preta, uva-passa, figo), Frutos e
sementes oleaginosas (coco, nozes,
castanha de caju, amendoim torrado com
casca, azeitona, óleo e azeite), Hortaliças
(brócolis, vagem, cenoura), Farelo de trigo
tostado, Alimentos industrializados
(Albran, Granola, Fibrapur), Fibras
medicamentosas (Fibracap, Benefiber,
Trifibra)
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA
6) Tratamento
- Ação intensa no peristaltismo intestinal:
acelga, almeirão, alface, agrião, couve,
espinafre, ervilha, feijões, lentilha, pimentão,
repolho, tomate, vagem, milho/aveia,
centeio/cevada, leite/iogurte, creme de leite,
manteiga, carnes vermelhas, chocolates
- Ação moderada no peristaltismo intestinal:
beterraba, berinjela, brócolis, cenoura, couve-
flor, nabo, amora, caqui, cereja, goiaba,
mexerica, morango, fubá, mel, queijo branco,
ricota, carnes brancas, ovos
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
CRÔNICA
6) Tratamento
c) Laxantes: Osmóticos (Lactulose –
Lactulona, Farlac = 1 a 3ml/kg/dia),
(Hidróxido de magnésio – Leite de
magnésia = 2,5 ml 2x/dia); Lubrificantes
(óleo mineral – Nujol = 1 ml/kg/dia) Obs:
não usar em menor 1 ano
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA
6) Tratamento
- Laxantes Osmóticos: Hidróxido de magnésio (Leite de
magnésia), Fosfato de sódio (Fleet enema), Sulfato de
sódio (Minilax), Sorbitol (Gutallax- 5 a10 gotas/dia),
Lactulose (Lactulona-até 5 anos = 5ml/dia e após 5 anos
= 10ml/dia)
- Lubrificantes: Vaselina líquida, Óleo mineral (Nujol)
- Umectantes: Dioctil sulfossuccinato de sódio (Dioctil)
- Formadores de volume: Farelos (Fibrapur), Sementes
de psyllium (Metamucil)
- Estimulantes do peristaltismo: Bisacodil (Dulcolax),
Cáscara sagrada (Eparema), Sena (Naturetti,
Tamarine), Rícino (Laxol)
- Atropínicos: Sulfato de atropina (Enterotonus)
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1) Pediatria: diagnóstico + tratamento /
Jayme Murahovschi – 6. ed. Ver. E atual.
– São Paulo: Sarvier, 2008.
2) Tratado de pediatria – Sociedade
Brasileira de Pediatria – Barueri, SP;
Manole, 2007.
3) Pediatria em consultório / coordenadoras
Ana Cecília Silveira Lins Sucupira
et.al.São Paulo: Sarvier, 2000.
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
1)Definição: São doenças que na sua
evolução apresentam lesões de pele
conhecidas como exantema.
2) Mecanismos que causam erupção
cutânea: invasão e multiplicação direta na
pele (varicela zoster, herpes simples);
ação de toxinas (escarlatina,
estafilococcias); ação imunoalérgica
(viroses); lesão vascular
(meningococcemia)
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
3) Mecanismos se manifestam
- máculas: lesões planas , não palpáveis
- pápulas: pequenas, percebidas ao tato
- nódulos: lesões maiores
- vesículas: pequenas com líquido
- bolhas: vesículas maiores
- pústulas: líquido purulento
- placas: planas, elevadas, grandes e se pruriginosas =
urticariformes
- eritematosa: cor avermelhada
- púrpura: extravasamento de sangue (pouco=petéquias;
muito=equimoses)
- morbiliforme: áreas de pele sã entre as lesões;
escarlatiniforme: difuso
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
4) Virais
a) Maculopapular: Sarampo, Rubéola, Eritema
infeccioso, Exantema súbito, Mononucleose
infecciosa, Vírus coxsackie, Vírus ECHO,
Citomegalovírus
b) Petéquias: Vírus coxsackie, Vírus ECHO,
Febres hemorrágicas, Citomegalia, Rubéola
congênita
c) Papulares: Síndrome de Gianotti-Crosti,
Verruga, Moluscum contagiosum
d) Vesiculares: Varicela, Herpes zoster e simples,
Eczema herpeticum, Vírus coxsackie e Echo
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
4) Não-Virais
a) Maculopapular: Escarlatina, Síndrome do
choque tóxico, Doença de Kawasaki, Febre
maculosa brasileira, Reação medicamentosa,
Toxoplasmose, Miliária rubra
b) Petéquias: Febre maculosa brasileira,
Meningococcemia, Coagulopatias, Escorbuto,
Endocardite subaguda, toxoplasmose
congênita, Febre purpúrica brasileira
c) Vesiculares: Urticária papular, Impetigo, Picada
de inseto, Reação medicamentosa, Dermatite
herpetiforme
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
5) Como avaliar
- Anamnese: Doença Kawasaki (mais
comum em origem oriental até 5 anos);
desaparecimento da febre e erupção
(Roséola); aumento da temperatura no
início do exantema (Sarampo); banhos
em lagoas de coceira
(Esquistossomose); contato enchente
(Leptospirose)
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
5) Como avaliar
- Exame físico: adenopatia (Toxoplasmose,
Febre tifóide)
- Exames laboratoriais: hemograma
(leucocitose, linfocitose, linfócitos
atípicos=Mononucleose; leucopenia,
neutrofilia, desvio a esquerda e
anaeosinofilia=Febre tifóide; anemia,
leucocitose, neutrofilia, desvio a esquerda,
eosinófilos presentes, plaquetose na
segunda semana=Doença de Kawasaki)
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
6) Doenças Exantemáticas
a) Exantema Súbito ou Roséola ou Sexta
moléstia
- Herpes vírus 6 e 7;
- 6 meses a 3 anos; primavera e outono;
- febre por 3-4 dias e queda febre surge EMP no
rosto, tronco; adenopatia cervical, irritabilidade,
convulsão;
- leucopenia após 2° dia febre; diagnóstico
clínico; período incubação=6 a 10 dias;
transmissão: contato com gotículas de saliva
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS fonte: Medicina net, Angelina
Maria Freire Gonçalvez FMUSP
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
6) Doenças Exantemáticas
b) Eritema infeccioso ou Quinta doença
- Parvovírus B19;
- 5-15 anos; final inverno e início primavera;
- eritema bochechas confluente esbofeteada,
rendilhado ou EMP; rosto, face, região extensora
dos membros; fotossensibilidade, artrite, artralgia,
cefaléia; febre.
- diagnóstico IgM específico e PCR;
- transmissão: secreção trato respiratório (7-11 dias
após início sintomas); após exantema não transmite
mais; período incubação: 14-21 dias.
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS fonte: Medicina net, Angelina
Maria Freire Gonçalvez FMUSP
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
6) Doenças exantemáticas
c) Sarampo
- Vírus RNA (Paramixovírus);
1) Escabiose (Sarna)
a) Definição: é uma dermatozoonose,
pruriginosa e frequentemente encontrada
no nosso meio
b) Agente etiológico: ácaro Sarcoptes
scabiei
c) Transmissão: por contato pessoal
INFESTAÇÕES PARASITÁRIAS -
DERMATOZOONOSES
d) Diagnóstico clínico:
- Prurido disseminado que aumenta à noite
- Casos idênticos nos familiares e na escola
- Local criança: região palmoplantar,
interdigitais, cotovelos, axilas, genitália
masculina, nádegas, couro cabeludo,
pavilhão auricular (lactentes), acima de 7
anos (sem lesão cabeça)
INFESTAÇÕES PARASITÁRIAS -
DERMATOZOONOSES
d) Diagnóstico clínico
- Lesão característica: sulcos/túneis
(lactentes); vesículas palmoplantares
(lactentes e criança pequena);
papulonodulares (cor eritemato-
acastanhada)
- Complicações das lesões: eczematização,
impetiginização (causa GNDA)
INFESTAÇÕES PARASITÁRIAS - DERMATOZOONOSES
e) Tratamento Sarna
- Permetrina a 5% creme (Toppyc) ou loção
5%
- Passar à noite, na pele seca, deixar 8-12hs
- Remover com banhos
- Reaplicar na noite seguinte
- Pausa 1 semana e repetir novamente 1 vez
- Lesão couro cabeludo: loção 5% permetrina
- Crianças menores 2 meses = enxofre a 6%
em vaselina – aplicar por 3 noites consecutivas
(telesus RS)
INFESTAÇÕES PARASITÁRIAS -
DERMATOZOONOSES
e) Tratamento Sarna
- Uso oral: Ivermectina (Revectina) dose
única de 15 a 24kg= meio cp, 25 a 35kg=
1 cp, 36 a 50kg= 1 e meio cp
e) Tratamento Escabiose Eczematizada
- Tratar eczema antes (corticóide) antes do
acaricida
INFESTAÇÕES PARASITÁRIAS -
DERMATOZOONOSES
2) Pediculose (Piolho)
d) Diagnóstico clínico
- Pediculose pubiana: transmissão sexual
(chato=piolho curto e achatado)
e) Tratamento
- Loção a 5% (Deltacid)
- Xampu (Deltacis plus)
- Creme rinse-permetrina (Nedax)
INFESTAÇÕES PARASITÁRIAS -
DERMATOZOONOSES
2) Pediculose (Piolho)
e) Tratamento
- Pentear cabelo com pente fino
- Segundo tratamento após 7-12 dias
- Oral: Ivermectina (Revectina) dose única
de 15 a 24kg= meio cp, 25 a 35kg= 1 cp,
36 a 50kg= 1 e meio cp
INFESTAÇÕES PARASITÁRIAS -
DERMATOZOONOSES
MATURIDADE NEUROMUSCULAR
CONTAGEM CONTAGEM
SINAL
-1 0 1 2 3 4 5 DO SINAL
Postura
Janela
quadrada
Retração
do braço
Ângulo
Popliteo
Sinal do
Xale
Calcanhar
à orelha
CONTAGEM CONTAGEM
SINAL
-1 0 1 2 3 4 5 DO SINAL
rash Descamação
Apergaminhada, Coriácea,
Pegajoso, gelatinoso, veias cor- descascando grosseira,
fissuras fissuras
Pele friável, vermelho, de-rosa, superficial de áreas de
profundas, sem profundas,
transparente translúcido visíveis lisas &/ou, poucas palidez, raras
vasos enrugada
veias veias
Avaliação da Maturidade:
TOTAL SCORE
SEMANAS
(NEUROMUSCULAR + PHYSICAL)
-10 20
-5 22
0 24
5 26
10 28
15 30
20 32
25 34
30 36
35 38
40 40
45 42
50 44
REFERÊNCIAS
1) Pediatria: diagnóstico + tratamento / Jayme
Murahovschi – 6. ed. Ver. E atual. – São Paulo: Sarvier,
2008.
2) Tratado de pediatria – Sociedade Brasileira de Pediatria
– Barueri, SP; Manole, 2007.
3) New Ballard Score, expanded to include extremely
premature infants. Ballard JL, Khoury JC, Wedig K,
Wang L, Eilers-Walsman BL, Lipp R. J Pediatr. 1991
Sep;119(3):417-23.
4) Pediatria básica / coordenação geral Eduardo
Marcondes, 9. ed. São Paulo: Sarvier, reimpressão,
2003
SANGRAMENTOS
NEONATAIS
1) Os distúrbios hemorrágicos são
decorrentes das características do
sistema hematológico e do processo
de coagulação sanguínea no feto e
no recém-nascido (RN) +
intercorrências patológicas
COAGULAÇÃO SANGUÍNEA FONTE: FISIOLOGIA DA COAGULAÇÃO,
ANTICOAGULAÇÃO E FIBRINÓLISE Rendrick F Franco, Medicina Ribeirão
preto, 2001
COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
SANGRAMENTOS NEONATAIS
2) Classificação das hemorragias do RN
a) Deficiência mecanismo de coagulação
b) Alteração mecanismo da coagulação por
processo patológico
c) Anomalias hereditárias e permanentes
d) Anomalias quantitativas e qualitativas das
plaquetas
e) Anomalias vasculares
f) Traumatismos
SANGRAMENTOS NEONATAIS
3) Roteiro Diagnóstico
a) Se sangramento gastrointestinal, excluir
deglutição de sangue materno pelo APT-
teste
b) Anamnese completa (materna e
nascimento)
c) Vitamina K: 2mg IM/IV (prova terapêutica)
d) Exames: Tempo de protrombina (TP),
Tempo de tromboplasina (TTP), Tempo de
sangramento (TS), Nível fibrinogênio
SANGRAMENTOS NEONATAIS
3) Roteiro Diagnóstico
e) Triagem Inicial
- RN “bem”: Deficiência de Vit. K,
Distúrbios hereditários e/ou transitórios da
coagulação, Plaquetopenia origem
imunológica ou medicamentosa, Trauma
- RN “doente”: CIVD, Hepatopatia,
Consumo mecânico de plaquetas,
Malformações vasculares localizadas
f) Coagulograma completo
SANGRAMENTOS NEONATAIS
3) Roteiro diagnóstico
a) Coagulograma
1. Tempo de Protrombina (TP=11-15
segundos): Avalia tempo de recalcificação
do plasma na presença de excesso do
fosfolípede tramboplastina. Depende da
formação complexo protrombínico (VII,V,X)
+ protrombina + fibrinogênio. Quando
prolongado: Deficiência fatores citados,
Deficiência vit. K, Doença hepática e
Medicamentos
SANGRAMENTOS NEONATAIS
3) Roteiro diagnóstico
a) Coagulograma
2) Tempo de Tromboplastina Parcial
Ativado (TTPA=8-11 segundos): Avalia a
via intrínseca coagulação (pré-calicreina,
cininogênio, XII, XI,, IX, VIII), fatores V, X,
protrombina e fibrinogênio, na presença de
cefalina e um ativador fase de contato
(silica, caolim ou ácido elágico). Valores
prolongados: Uso heparina ou
Anticoagulante oral, Deficiência fatores via
intrínseca, Doença hepática.
SANGRAMENTOS NEONATAIS
3) Roteiro diagnóstico
a) Coagulograma
3) Tempo de Trombina (TT=9-15
segundos): Avalia transformação de
fibrinogênio em fibrina. Valores
prolongados: Disfibrinogenemia congênita
ou adquirida, Inibidores da polimização da
fibrina (produtos de degradação de
firinogênio e fibrina), Presença de
antitrombina anormal ou Presença de
heparina
SANGRAMENTOS NEONATAIS
3) Roteiro diagnóstico
a) Coagulograma
4) Tempo de sangramento (1-3minutos-
Duke:
Avalia a hemostasia primária (vascular-plaquetas).
Prolongamento de teste: Plaquetopenia (˂
50.000/mm3), Alteração função plaquetária
(Síndrome de Bernard Soulier, Tromboastenia de
Glanzmann), Uremia, Mieloma, Alteração
fibrinogênio, Doença de von Willebrand,
Medicamentos)
SANGRAMENTOS
NEONATAIS
3) Roteiro diagnóstico
a) Coagulograma
5) Contagem de plaquetas: normal de
150.000 a 450.000/mm3
6) Tempo de coagulação: 2-12 minutos
(Método de Lee-White). Hemofilias A e B.
Controle do uso de heparina
SANGRAMENTOS NEONATAIS
4) RN com Sangramento
a) Com Aspecto Sadio (impressão
boa)
- Distúrbio primário da coagulação
- Deficiência de vitamina K
- Coagulopatia hereditária
- Ingestão de drogas pela mãe
SANGRAMENTOS NEONATAIS
4) RN com Sangramento
b) Com Aspecto Doentio (asfixia, acidose,
hipotermia, convulsão, prematuridade)
- Plaquetopenia + TP normal + TTP
prolongado: Sepse, Enterocolite
necrotisante, Trombos Plaquetários
- Plaquetopenia + TP prolongado + TTP
prolongado: CIVD (hepatoesplenomegalia),
Hepatopatia grave, Infecção
(congênita/adquirida), Eritroblastose fetal
SANGRAMENTOS NEONATAIS
5) Doença Hemorrágica do RN
a) Definição: Hemorragia neonatal devido a
deficiência fatores dependentes vitamina K ( II,
VII, IX e X)
b) Quando suspeitar
- RN bom estado geral
- Hemorragia 2°- 4° dia
- Sangramento gastrointestinal (hematêmese e
melena) e cordão umbilical
- Manifestações graves: Hemorragia intracraniana,
intra-pleural, intra-abdominal e renal
-
SANGRAMENTOS NEONATAIS
5) Doença Hemorrágica do RN
c) Diagnóstico
- Dados clínicos
- Dados Laboratoriais: TP e TTPA elevados +
Plaquetas normais
- Prova terapêutica: Parada do sangramento com
uso de vitamina K
d) Tratamento
- Vit. K 2mg IM/IV imediato, repetir após 6 horas
se necessário
- Continua sangrando: sangue fresco ou plasma
fresco 20ml/kg
SANGRAMENTOS NEONATAIS
6) Trombocitopenias Neonatais
(plaquetas ˂ 150.000/mm3)
a) História materna: sangramento prévio
(PTI), drogas, filhos com púrpura, rubéola
na gravidez, exames para sífilis
b) Mãe com plaquetas baixa
- PTI materno
- Púrpura por drogas
- Trombocitopenia hereditária
TRANSFUSÃO
1) Plasma fresco congelado
- Separado das hemácias e plaquetas e
congelado a -18°C (até 8 horas)
- 1 Unidade = 200-250ml
- Dose inicial = 15ml/kg e após 10ml/kg
(compatível ABO)
- Repor fatores: II, V, VII, IX, X, XI
- Doença hepática; CIVD
- Contra-indicado: expansor volume,
suplemento nutricional, para neutralizar
heparina
TRANSFUSÃO
2) Crioprecipitado
- Contem: fator VIII, fibrinogênio, fator
XIII, fator de von Willebrand
- Indicações: Anormalidades do
fibrinogênio (afibrogenemia,
hipofibrogenemia, disfibrogenemia)
- 1Unidade/5kg (eleva 75mg/dl e 100U
fator VIII)
TRANSFUSÃO
3) Plaquetas
- Se plaquetas ˂ 20.000/mm3 (risco
sangramento espontâneo elevado)
- Plaquetas entre 20.000-50.000/mm3 (com
sangramento ativo)
- Dose: 4 a 8U de plaquetas/m2 de
superfície corpórea; 10 ml/kg (eleva
50.000/mm3) ou 1u/m2 (eleva 10.000/mm3)
SANGRAMENTOS NEONATAIS
6) Trombocitopenias Neonatais
c) Mãe com plaquetas normal
- Exame físico da criança “normal”: Púrpura
isoimune, Uso tiazídicos, Trombocitopenia
hereditária, Anemia aplástica congênita precoce
- Exame físico com hepatoesplenomegalia:
Infecções (sepse, sífilis, herpes disseminado,
citomegalia, toxoplasmose), Leucemia
congênita
- Anomalias congênitas: Hemangiomas
gigantes, Rubéola, Anemia de Fanconi
SANGRAMENTOS NEONATAIS
6) Trombocitopenias neonatais
- Plaquetas diminuidas + TP aumentado +
TTP aumentado: CIVD (sepse, hipóxia,
eritroblastose fetal grave). Para confirmar:
TP, PDF, Fator V, Hemácias
fregmentadas.
- Plaquetas diminuidas + TP normal + TTP
normal: Púrpura trombocitopênica isoimune
neonatal
SANGRAMENTOS NEONATAIS
7) Plaquetas normais
- Plaquetas normais + TP aumentado +
TTP aumentado: Deficiência vit. K
- Plaquetas normais + TP normal + TTP
aumentado: Deficiência congênita de fatores
VIII, IX, XI, XII, Doença von Willebrand.
Para confirmar: teste fatores acima, TS
aumentado (Willebrand), TT prolongado
(efeito heparínico)
SANGRAMENTOS NEONATAIS
7) Plaquetas normais
- Plaquetas normais + TP aumentado +
TTP normal: deficiência congênita de
fatores II, VII. Para confirmar: teste fatores
acima
- Plaquetas normais + TP aumentado +
TTP normal: deficiência congênita fator XIII,
disfunçaõ plaquetária, Doença von
Willebrand. Para confirmar: teste fator XIII,
TS, Adesividade plaquetária, História
crônica drogas na mãe
SANGRAMENTOS NEONATAIS
8) Hemofilias: Doença hemorrágica
herança recessiva ligada ao cromossomo X
a) Hemofilia A (deficiência fator VIII) e
Hemofilia B (deficiência fator IX):
- Mais frequentes hemartroses e
hematomas
- Diagnóstico: Anamnese, Exame físico e
Exames complementares
- Prolongamento do TTPA e deficiência de
fator VIII ou IX
SANGRAMENTOS NEONATAIS
8) Hemofilias: Doença hemorrágica
herança recessiva ligada ao cromossomo X
a) Hemofilia A (deficiência fator VIII) e
Hemofilia B (deficiência fator IX):
- Tratamento:
1) Preventivo: Não usar antiinflamatórios,
Não usar via IM, Reposição fator (punções
vasos, biópsias ou cirurgias, endoscopia),
prática natação
SANGRAMENTOS NEONATAIS
8) Hemofilias: Doença hemorrágica
herança recessiva ligada ao cromossomo X
a) Hemofilia A (deficiência fator VIII) e
Hemofilia B (deficiência fator IX):
- Tratamento
2) Coadjuvante: Compressão e aplicação
de gelo sobre regiões sangrantes; Cola de
fibrina (pós-trauma e cirurgias);
Antifibrinolítico (ácido épsilon-amino-
capróico e tranxâmico)
SANGRAMENTOS NEONATAIS
8) Hemofilias: Doença hemorrágica
herança recessiva ligada ao cromossomo X
a) Hemofilia A (deficiência fator VIII) e
Hemofilia B (deficiência fator IX):
- Tratamento
3) Reposição do fator deficiente
(concentrado liofilizado específico):
número de unidades = peso (kg) x % atividade a atingir ÷ 2
(Hem. A) ou 1 (Hem. B)