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Esôfago

Distúrbios motores

Acalásia

Distúrbio primário da motilidade do esôfago, caracterizado pela perda de cel.


Ganglionares do plexo de Aurebach, que se manifesta por acentuada dismotilidade
esofagiana.

QC: tríade > disfagia + regurgitação + perda de peso

Diagnóstico? Padrão ouro: Esofagomanometria!!!

Achados?
1 - Déficit do relaxamento fisiológico do EEI durante a deglutição;
2- Graus variados de hipertonia do EEI;
3- Aperistalse ( ou ausência de contrações eficazes).

Outros exames? EED, EDA

Classificação de Mascarenhas:
I – ate 4 cm de dilatação
II – de 4-7 cm
III – 7 -10
IV - > 10 cm

Esofagopatia chagásica? Complicação da fase crônica da doença e possui quadro


semelhante a acalásia.

TTO?
O tratamento da acalasia visa diminuir a pressão de repouso no esfíncter esofágico inferior.

 Injeção de toxina botulínica


 Farmacológica: menos eficaz porem opção a pacientes que não podem ser
submetidos a cirurgia ou com falha a toxina botulínica.
O dinitrato de isossorbida sublingual (5 mg) é administrado 10 a 15 minutos antes
das refeições. Uma preparação sublingual de dinitrato de isossorbida não está mais
disponível nos Estados Unidos, mas permanece disponível em outros
lugares. Nitroglicerina sublingual 0,4 mg é uma alternativa se dinitrato de isossorbida
sublingual não estiver disponível e a terapia com nitrato for indicada 

Espasmo esofagiano difuso


É considerado uma consequência da inervação inibitória prejudicada, levando a
contrações prematuras e rapidamente propagadas no esôfago distal.

Clínica? Disfagia acompanhado de dor retroesternal.

Diagnóstico ?
- Fluoroscopia baritada: Esôfago em saca rolhas
- Manometria: contração silmutaneas, não peristálticas, prolongadas > 2,5s e de
grande amplitude > 120 mmHg e repetitivas que predominam nos 2/3 inferiores do
esôfago.

TTO?
Os objetivos da terapia inicial são controlar os sintomas da doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE) (azia, regurgitação), se estiverem presentes, e relaxar o músculo
liso hipercontrátil do esôfago.
- Usamos diltiazem 60 a 90 mg por via oral quatro vezes ao dia
- Os antidepressivos tricíclicos ( imipramina , 25 a 50 mg uma vez ao dia) 
 
Esofagite eosinofílica

Uma doença esofágica crônica, imune / mediada por antígeno, caracterizada clinicamente
por sintomas relacionados à disfunção esofágica e histologicamente por inflamação
predominantemente eosinofílica.
Manifestações clínicas em adultos:
●Disfagia
●Impactação de alimentos
●Dor no peito que geralmente está localizada centralmente e pode não responder aos
antiácidos
●Sintomas semelhantes à doença do refluxo gastroesofágico / azia refratária
●Dor abdominal superior

DIAGNÓSTICO
Suspeita e avaliação clínica  -  O diagnóstico de esofagite eosinofílica é baseado nos
sintomas, aparência endoscópica e achados histológicos. 
 endoscopia digestiva alta com biópsias esofágicas 
 Inflamação com predominância de eosinófilos na biópsia esofágica,
caracteristicamente consistindo em um valor de pico de ≥15 eosinófilos por campo
de grande aumento (HPF) (ou 60 eosinófilos por mm 2 ).
 15 eosinófilos por campo de grande aumento (valor de pico) em pelo menos uma
amostra de biópsia 
 níveis séricos elevados de IgE (> 114.000)

Os achados endoscópicos incluem:


•Anéis circulares empilhados (esôfago "felino")
•Estenoses (particularmente estenoses proximais)
•Atenuação do padrão vascular subepitelial
•Sulco linear que pode se estender por todo o comprimento do esôfago
•Pápulas esbranquiçadas (representando microabscessos de eosinófilos)
•Esôfago de pequeno calibre

Tratamento

Dieta?
Eliminação de quatro alimentos (ou seja, normalmente leite / laticínios, ovo, trigo e soja) 

Medicamento?
> um inibidor da bomba de prótons (IBP) ou com um glicocorticoide tópico
- IBP por 8 semanas e posterior avaliação com EDA
- Fluticasona por 8 semanas, 220 mcg / spray, quatro pulverizações diárias em doses
divididas. 

DRGE

QC: Pirose + regurgitação

Diagnóstico? CLÍNICO, EDA se “sinais de alarme”, pHmetria 24H, Manometria


(obrigatório no pré op.)

Classificação de Los Angeles

Grau A - Uma ou mais rupturas da mucosa, cada uma com ≤5 mm de comprimento


Grau B - pelo menos uma ruptura da mucosa> 5 mm de comprimento, mas não contínua
entre os topos das pregas mucosas adjacentes
Grau C - pelo menos uma ruptura da mucosa contínua entre os topos das pregas mucosas
adjacentes, mas não circunferencial
Grau D - Ruptura da mucosa que envolve pelo menos três quartos da circunferência
luminal 
Classificação de savary-miller (graduação da esofagite)

 Grau I - Uma ou mais manchas avermelhadas não confluentes, com ou sem


exsudato
 Grau II - Lesões erosivas e exsudativas no esôfago distal que podem ser
confluentes, mas não circunferenciais
 Grau III - Erosões circunferenciais no esôfago distal, cobertas por exsudato
hemorrágico e pseudomembranoso
 Grau IV - Complicações crônicas, como úlceras profundas, estenose, cicatrizes ou
metaplasia de Barret
pHmetria de 24 h com pH < 4 em mais de 7% das medidas = DRGE

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