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CARLA CRISTINA FONSECA MACIEL

CARBÚNCULO SINTOMÁTICO EM BOVINOS

Cidade
Ano

Uberlândia
2022
CARLA CRISTINA FONSECA MACIEL

CARBÚNCULO SINTOMÁTICO EM BOVINOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Medicina Veterinária.

Orientador: André Madeira

Uberlândia
2022
CARLA CRISTINA FONSECA MACIEL

CARBÚNCULO SINTOMÁTICO EM BOVINOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Medicina Veterinária.

Orientador: André Madeira

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Uberlândia, 07 de Novembro de 2022


Dedico esta conquista a minha
família, meus pais Márcio e Osair, meu
irmão Carlos Henrique, minhas amigas
Kerollyne e Pollyana que sempre esteve
comigo nessa caminhada, vocês foram
meus exemplos de vida e vitória nas
minhas conquistas. Obrigada pelo apoio e
incentivo inesgotáveis!
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela força е coragem, por me guiar e iluminar durante essa
caminhada até chegar aqui, por me conduzir nos momentos de dificuldade, me dar
conforto diante das derrotas e pela conquista da profissão por mim desejada.
Aos meus pais, por terem me ensinado a lutar diante das adversidades da
vida com dedicação, a eles devo meu caráter, minha ética como pessoa e
profissional, e devo a compreensão pelos momentos em que me ausentei para
dedicação total aos estudos.
Ao meu irmão, o qual sempre me apoiou, com palavras de incentivo e
carinho.
As minhas amigas, por estar sempre à disposição para uma conversa nas
horas que mais precisei.
A todos os professores, que ao longo da graduação nos transmitiram
conhecimentos com muita paciência.
Aos colegas de graduação que me receberam como amiga compartilhando
tarefas e sabedoria e estiveram comigo nos momentos mais difíceis.
Ao Dr. Moacir Inácio da Costa pela oportunidade de colocar em prática meus
conhecimentos teóricos e práticos, disponibilizando toda a sua estrutura na fazenda
Panorama ao aprendizado do meu estágio curricular.
A Faculdade Pitágoras por ter fornecido a base de todo o meu aprendizado, e
por tornar possível a realização de um ideal.
Agradeço até mesmo aqueles que não acreditaram na minha capacidade,
pois o desafio traz crescimento, e vencer obstáculos torna-se hábito.
A eles além da dedicatória desta conquista, dedico a minha vida!
“Podemos julgar o coração de um homem
pela forma como ele trata os animais.”
CARLA, Cristina Fonseca Maciel. Carbúnculo sintomático em bovinos. 2022. 33
folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) –
Faculdade Pitágoras, Uberlândia, 2022.

RESUMO

As clostridioses formam o grupo de infecções causadas por microrganismos do


gênero Clostridium. O carbúnculo sintomático é uma infecção aguda que acomete
os bovinos, cujo agente etiológico é Clostridium chauvoei. O objetivo geral desse
trabalho visa descrever o Carbúnculo Sintomático. E os objetivos específicos são de
identificar através de bibliografias, os sintomas da doença, patogenia, diagnóstico e
formas de prevenção aplicáveis à bovinocultura, compreender a identificação do
agente Clostridium Chauvoei e verificar a eficiência da imunização proporcionada
pelas vacinas clostridiais polivalentes. Através de uma Revisão de Literatura, onde
foram pesquisados livros e artigos científicos selecionados da área. O histórico e
epidemiologia com morte de bezerros sugerem a ocorrência do carbúnculo
sintomático, o aumento de volume muscular com crepitação ao toque, anoréticos,
deprimidos, febris e mancam. O tratamento à base de antibióticos como as
penicilinas são ineficazes devido à rapidez da evolução do quadro, principalmente,
do papel das toxinas produzidas pelos clostrídeos na patogenia das doenças. Cabe
ao médico veterinário alertar os criadores e conscientizar da importância de se
conhecer as cepas regionais e, em harmonia com os laboratórios de diagnóstico,
efetuar paralelamente à indústria um controle mais efetivo e a erradicação desta
enfermidade.

Palavras-chaves: Bovino. Carbúnculo Sintomático. Clostridium Chauvoei.


Prevenção. Vacinação.
CARLA, Cristina Fonseca Maciel. Carbúnculo sintomático em bovinos. 2022. 33
folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) –
Faculdade Pitágoras, Uberlândia, 2022.

ABSTRACT

Clostridioses form the group of infections caused by microorganisms of the genus


Clostridium. Symptomatic anthrax is an acute infection that affects cattle, whose
etiologic agent is Clostridium chauvoei. The general objective of this work is to
describe the Symptomatic Anthrax. And the specific objectives are to identify,
through bibliographies, the symptoms of the disease, pathogenesis, diagnosis and
forms of prevention applicable to cattle, to understand the identification of the
Clostridium Chauvoei agent and to verify the efficiency of the immunization provided
by the polyvalent clostridial vaccines. Through a Literature Review, where selected
books and scientific articles in the area were researched. The history and
epidemiology of calf death suggest the occurrence of symptomatic anthrax,
increased muscle volume with crackling to the touch, anorectic, depressed, febrile
and limp. Treatment based on antibiotics such as penicillins is ineffective due to the
rapid evolution of the condition, mainly due to the role of toxins produced by clostridia
in the pathogenesis of diseases. It is up to the veterinarian to alert breeders and
make them aware of the importance of knowing the regional strains and, in harmony
with the diagnostic laboratories, to carry out, in parallel with the industry, a more
effective control and eradication of this disease.

Keywords: Bovine. Symptomatic carbuncle. Clostridium Chauvoei. Prevention.


Vaccination.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Clostridium chauvoei anticorpo


fluorescente..............................................15
Figura 2: Animal com carbúnculo sintomático e gangrena gasosa...........................16
Figura 3: Lesões na região escápulo-umeral............................................................16
Figura 4: Bacilos de Clostridium Chauvoei, Clostridium spticum em fluorescência. 17
Figura 5: Representação típica da estrutura do esporo............................................18
Figura 6: Alteração da coloração do musculo afetado..............................................21
Figura 7: Eletroforese em gel de agarose a 2%........................................................21
Figura 8: Vacinas aplicadas......................................................................................24
Figura 9: Acompanhamento técnico..........................................................................24
Figura 10: Carcaças sendo incineradas....................................................................27
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Diagnóstico, nº de surtos, época de ocorrência, variação da mortalidade


nos surtos e categoria de morte súbita/superaguda em bovinos no Sul do Rio
Grande do Sul............................................................................................................22
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2. ETIOLOGIA DO CARBÚNCULO SINTOMÁTICO..............................................15
3. RELATO DE CASOS...........................................................................................20
4. CONTROLE E PREVENÇÃO.............................................................................26.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................29
REFERÊNCIAS...........................................................................................................30
13

INTRODUÇÃO

O carbúnculo sintomático também chamado de “peste da manqueira ou mal-de-


ano” ou blackleg é uma clostridiose, uma infecção “endógena” de enfermidade
aguda, não contagiosa produzida pela bactéria Clostridium chauvoei, que vive no
ambiente e que o animal tem naturalmente no seu organismo. Por algumas razões
essa bactéria começa a produzir toxinas caracterizadas por inflamação nos
músculos, inchaço da parte superior do membro acometido, mancar, apatia, perda
do apetite, atonia ruminal e outros sintomas.
São grandes as perdas econômicas e devido à escassez de testes
sorológicos capazes de mensurar a resposta imunológica necessária para garantir
um protocolo vacinal dos animais juntamente com a pouca abrangência da vigilância
epidemiológica, contribui para a ausência de discussões sobre a problemática.
Um correto diagnóstico da doença é importante para que sejam adotadas medidas
eficazes de prevenção e tratamento dos outros animais, quando o diagnóstico é
precoce e correto, a doença pode ser facilmente controlada.
A patogênese do carbúnculo sintomático em bovinos, especialmente a
circulação do patógeno desde o ponto de entrada até os tecidos acometidos ainda
não está completamente elucidada. Tanto do ponto de vista econômico quanto da
saúde animal, qualquer processo que possa auxiliar na prevenção e no
desenvolvimento de métodos de diagnósticos mais eficazes para doenças
infecciosas nos bovinos tem crucial importância.
Visto as dificuldades que o médico veterinário possui para diagnosticar o
carbúnculo sintomático, quais as estratégias ou medidas que este profissional
poderia utilizar para permitir a identificação desta afecção no indivíduo? Como é
uma doença de cunho agudo e a letalidade alta, as medidas profiláticas associadas
à vacinação são mais importantes do que a terapia antimicrobiana. E quando o
diagnóstico está correto, a doença pode ser facilmente controlada no restante do
rebanho. Ressaltando a importância de se administrar não só a primeira dose da
vacina como também a segunda, para que se tenha um período prolongado de
proteção da vacina e uma maior resposta imunitária.
Considerando, assim, o objetivo geral desse trabalho visa descrever o
Carbúnculo Sintomático. E os objetivos específicos são de identificar através de
bibliografias, os sintomas da doença, patogenia, diagnóstico e formas de prevenção
14

aplicáveis à bovinocultura, compreender a identificação do agente Clostridium


Chauvoei e verificar a eficiência da imunização proporcionada pelas vacinas
clostridiais polivalentes.
Para alcançar os objetivos deste trabalho fez-se necessário efetuar uma
Revisão de Literatura, onde foram pesquisados livros, dissertações e artigos
científicos selecionados através de busca nas seguintes bases de dados (livros,
sites de banco de dados bibliográficos como o Google acadêmico, Scielo, etc.) a
respeito de clostridiose em bovinos. O período dos artigos pesquisados foram os
trabalhos publicados nos últimos 10 anos. As palavras-chave utilizadas na busca
foram: ”clostridiose”, “Carbúnculo Sintomático”, ”vacina”, “manqueira”,
etc.
15

2 ETIOLOGIA DO CARBÚNCULO SINTOMÁTICO

Entre os fatores que acarretam prejuízos aos estabelecimentos de criação


bovina estão as doenças bacterianas, como as clostridioses. As clostridioses
formam o grupo de infecções e intoxicações causadas por microrganismos
anaeróbios do gênero Clostridium. Estes microrganismos são bacilos, gram positivos
e têm a habilidade de passar por uma forma de resistência chamada esporo e
podem, assim, se manter potencialmente infectantes no solo por longos períodos,
representando um risco significativo para a população animal e humana (TITBALL et
al., 2006). Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
2011), existem ao redor de 100 espécies de Clostridium sp distribuídas em áreas
geográficas distintas, muitas são constituintes da microbiota intestinal dos animais e
humanos, e algumas espécies podem causar enfermidades nos animais,
ocasionando grandes prejuízos econômicos.
Dentre as clostridioses, a principal doença que determina mionecrose é o
carbúnculo sintomático, uma infecção aguda ou superaguda que acomete
principalmente os bovinos, cujo agente etiológico é Clostridium chauvoei (SONGER,
2010). O carbúnculo sintomático foi reconhecido como doença distinta em 1782 por
Chabert, o qual a denominou “charbon symptomatique” (carvão, em francês, para se
referir à coloração preta da lesão necrótica que produz) e o distinguiu do carbúnculo
hemático, enfermidade com a qual é frequentemente confundido (KRIEK &
ODENDAAL, 2004).
O carbúnculo sintomático é uma doença aguda, usualmente fatal que acomete
principalmente animais com menos de três anos de vida e com grande poder
nutricional Acomete os bovinos e outras espécies de animais domésticos e
silvestres, causando grandes perdas econômicas (TORTORELLI, 2021). O agente
etiológico do carbúnculo sintomático é o Clostridium chauvoei, suas células são
móveis e apresentam flagelos peritríquios, os esporos ocorrem na posição central e
subterminal e distorcem a forma da célula, identificados pela coloração com
anticorpo fluorescente (Figura 1; PIRES, 2011).
16

Figura 1: Clostridium chauvoei anticorpo fluorescente.

Fonte: Lima, 2008

Os animais se apresentam anoréticos, deprimidos, febris e mancam, apresentando


um inchaço localizado, doloroso que se torna frio e edematoso com crepitação ao
toque associado à gangrena gasosa (Figura 2; ALVES, 2019).
Figura 2: Animal com carbúnculo sintomático
e gangrena gasosa

Fonte: ALVES, 2019

O agente Clostridium Chauvoei aparece em grandes músculos (quarto


traseiro, diafragma e coração), apresentam lesões na região escápulo-umeral do
animal (Figura 3) e a necropsia apresenta aspecto seco e esponjoso (ALVES, 2019).
O histórico e epidemiologia com morte de bezerros sugerem a ocorrência do
carbúnculo sintomático, o aumento de volume muscular com crepitação ao toque,
anoréticos, deprimidos, febris e mancam, apresentando um inchaço localizado,
doloroso que se torna frio e edematoso e as alterações de necropsia são achados
quem indicam carbúnculo sintomático, podendo morrer em até 48 horas, e é preciso
condenar as carcaças, órgãos e vísceras (NOGUEIRA, 2012). O isolamento da
bactéria confirma a doença (SILVA, 2018).
17

Figura 3: Lesões na região escápulo-umeral


do animal acometido pelo Clostridium chauvei

Fonte: EMBRAPA, 2011

Em caso de suspeita, em laboratório deve ser feito a diferenciação entre o C.


septicum (infecção de feridas) e o C. Chauvoei, que se dá pelas características
morfológicas e pela fluorescência direta. As do Clostridium têm uma forma bacilar
alongada, com bordas que podem ser arredondadas ou retas. O Clostridium
septicum são bacilos longos, finos, móveis e filamentosos, podendo formar cadeias
(Figura 4). Já o Clostridim chauvoei é um bastonete móvel, ocorrendo
separadamente ou aos pares. Os esporos formados são ovais, centrais, causando
deformação na célula mãe (PIRES, 2015).

Figura 4: Bacilos de Clostridium Chauvoei e Clostridium spticum em fluorescência

Fonte: J.Gagniere et al, 2016 

A esporulação é um mecanismo importante que permite a sobrevivência dos


clostrídios, garantindo a persistência e a disseminação dessas bactérias em
diferentes ambientes. O processo de formação de esporo dentro de uma célula
vegetativa é chamado de esporulação ou esporogênese, e essa esporogênese são
18

divididas em sete estágios, baseados nos aspectos morfológicos do esporo


(HECKLER, 2018).
Os esporos são representados por: exósporo, capa cortical, camada de
peptidioglicano (cortex), cerne, membrana citoplasmática, citoplasma, material
genético e membrana externa (Figura 5). No início desencadeiam um processo de
diferenciação celular regulado por genes que determinam a formação do esporo,
duplicação do material genético bacteriano, isolamento do citoplasma, maturação do
esporo até estágio final, com liberação do esporo (LEGGETT et al., 2012).
Figura 5: Representação típica da estrutura do esporo.

Fonte: Prhiscylla Sadanã Pires, 2015

O carbúnculo sintomático é uma infecção que resulta da ativação de esporos


latentes de C. chauvoei presentes no músculo, acometendo os ruminantes
domésticos. A principal hipótese é a de que o esporo desse agente seja depositado
no músculo após transporte pela circulação sanguínea, a partir do intestino,
possivelmente veiculado por macrófagos (PIRES, 2015), embora o C. chauvoei seja
considerado exclusivamente extracelular. No Carbúnculo Sintomático a detecção do
agente a partir de um determinado espécime é suficiente para diagnóstico (PIRES,
2015). O tratamento à base de antibióticos como as penicilinas são ineficazes devido
à rapidez da evolução do quadro, principalmente, do papel das toxinas produzidas
pelos clostrídeos na patogenia das doenças. Como forma de controle os animais
devem ser vacinados anualmente, com vacinas que contenham principalmente C.
septicum, C. chauvoei, C. novyi, C.sordellii (MONTEIRO, 2012).
Com o intuito de facilitar o manejo e reduzir o estresse dos animais durante a
vacinação, é comum a administração conjunta de diferentes vacinas, com diferentes
antígenos, simultaneamente, porém os efeitos da administração simultânea na
resposta imunológica, ainda não foram relatados pela literatura cientifica.
(POESTER, et al., 2013). Observando que a vacinação contra brucelose e
19

clostridiose contribui para reforçar a necessidade de informar e conscientizar os


produtores sobre o impacto da sanidade na maximização de ganhos em longo
prazo. Vacinando o gado, significa diminuir o risco de perdas produtivas, além de
reduzir a disseminação de doenças entre o rebanho e as pessoas responsáveis pelo
manejo, contribuindo para um ambiente mais saudável (CARVALHO, 2020).
O controle e profilaxia do carbúnculo sintomático devem ser feitos a partir de
medidas adequadas de manejo e com vacinações sistemáticas de todo o rebanho, já
que os animais estão em permanente contato com o agente e com os fatores que

poderão desencadear a enfermidade (QUEVEDO, 2010). A vacinação é voluntária,


mas há de ter reconhecimento dos pecuaristas sobre a importância e necessidade
de medidas preventivas. O médico veterinário deve alertar os criadores e
conscientizar da importância de se conhecer as cepas regionais e, juntamente com
os laboratórios de diagnóstico, efetuar paralelamente à indústria um controle efetivo
e a erradicação desta enfermidade (QUEVEDO, 2010).
20

3 RELATO DE CASOS

O carbúnculo sintomático é uma infecção “endógena ” não contagiosa


produzida pelo Clostridium chauvoei. Em contraste, o edema maligno nas diferentes
espécies animais susceptíveis, é uma doença “exógena ”, relacionada com a
presença de feridas na pele, podendo ser causada pelo C. chauvoei, Clostridium
septicum, Clostridium sordellii, Clostridium novyi tipo A e Clostridium perfringens tipo
A (GYLES, 1993). Existem duas formas de manifestação do carbúnculo sintomático
nos bovinos. A forma clássica, de ocorrência mais freqüente e que afeta
principalmente a musculatura esquelética, e a visceral que afeta principalmente o
coração (UZAL et al., 2003a).
 Assis et al, (2005) relatam um surto de carbúnculo sintomático em bezerros
com ênfase nas técnicas de imunofluorescência direta (IFD) e na reação em cadeia
da polimerase (PCR), no município de Nova União, Minas Gerais, Brasil. Onde lote
de oito bezerros mestiços de 4 a 8 meses de idade, com boa condição corporal,
morreram três animais num período de 12 dias. Eram criados em regime extensivo,
alojados em piquetes ricos em matéria orgânica adjacentes ao curral e não haviam
sido vacinados contra clostridioses. Segundo o proprietário, os animais acometidos
apresentaram manqueira, seguida de decúbito esternal, depressão e morreram entre
24 e 48 horas. Um animal foi encaminhado para o Hospital Veterinário da Escola de
Veterinária da UFMG e foi submetido à necropsia aproximadamente três horas após
a morte. Fragmento da musculatura lesada foi preservado em um recipiente
contendo formol tamponado a 10% e encaminhado para a histologia rotineira de
inclusão em parafina (LUNA, 1968).
Secções de 5mm foram obtidas para a coloração de hematoxilina-eosina,
técnica de coloração com a combinação de corantes hematoxilina e eosina (LUNA,
1968). Fragmento adicional foi assepticamente coletado e submetido sob
refrigeração ao Laboratório de Anaeróbios da Escola de Veterinária da UFMG, Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brasil. O mesmo foi assepticamente semeado em ágar
sangue e incubado a 37°C em condições de aerobiose e anaerobiose por 48 horas.
Impressões do tecido foram coradas pelo Gram e examinados por uma técnica de
21

IFD como previamente descrito por ASSIS et al., (2005), usando conjugados anti-C.
chauvoei, C. septicum, C. sordellii, C. novyi tipo A e C. perfringens tipo A produzidos
por ASSIS et al., (2001). Amostras de referência de C. chauvoei (ATCC 10092), C.
septicum (ATCC 12464), C. sordellii (ATCC 9764), C. novyi tipo A (ATCC 19402)
e C. perfringens tipo A (ATCC 3624), foram usadas como controle em cada
preparação (ASSIS et al, 2005).
À necropsia, observou-se inchaço e alteração da cor dos músculos, de
vermelho escuro a preto e hemorragias no músculos afetados (Figura 6).
Figura 6: Alteração da coloração do musculo afetado

Fonte: NUNES (2005)

Observaram-se nas impressões do tecido, bastonetes Gram positivos,


pleomórficos, esporulados ou não, identificados como C. chauvoei pela técnica de
IFD. Cada amostra controle foi corada pelo conjugado correspondente. Cultura pura
de bastonetes Gram positivos foi obtida a partir do fragmento da musculatura lesada
incubado em anaerobiose. C. chauvoei foi também identificado pela PCR a partir do
isolado, e nenhuma reação cruzada foi observada a partir dos extratos de DNA dos
outros clostrídios (Figura 7). Não houve crescimento em aerobiose (ASSIS et al,
2005).

Figura 7: Eletroforese em gel de agarose a 2%


22

Fonte: ASSIS et al, (2005)

De acordo com os sinais clínicos, achados de necropsia, histopatológicos e


microbiológicos, permitiu-se firmar o diagnóstico de carbúnculo sintomático. IFD, em
impressões obtidas diretamente do espécime clínico suspeito, é o critério
considerado suficiente para o diagnóstico definitivo de mionecroses (STERNE &
BATTY, 1975). Além disso, a técnica de PCR confirmou o diagnóstico de carbúnculo
sintomático (ASSIS et al, 2005).
Foi feito um levantamento nos protocolos de necropsias de bovinos com
histórico de morte súbita ou superaguda sem apresentação de uma doença prévia
ou sinal clínico no intervalo de 24 horas antes da observação do cadáver recebidos
no Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da
Universidade Federal de Pelotas (LRD/UFPel) entre 2000 e 2014 (SILVA et al,
2016).
Foram identificados 72 casos de morte súbita em bovinos de um total de
2.031 cadáveres desta espécie recebidos no LRD/UFPel, representando 3,5% do
total de casos analisados. Os diagnósticos dos casos são apresentados no Quadro
1. Em 18 oportunidades (25%) o diagnóstico foi inconclusivo e em 15 (20,8%) o
diagnóstico foi negativo a Bacillus anthracis. Os casos ocorreram em todas as
épocas do ano e em 34 casos (47,2%) os bovinos afetados eram adultos, em 23
casos (31,9%) tinham entre dois e três anos e em 11 (15,3%) tinham até um ano de
idade. Em quatro protocolos (5,6%) a idade não foi informada. Em 62 casos (86,1%)
a forma de criação era extensiva, em sete (9,7%) a forma era semi-intensiva e em
três (4,2%) a forma era intensiva (SILVA et al, 2016).
23

Quadro 1: Diagnóstico, nº de surtos, época de ocorrência, variação


da mortalidade nos surtos e categoria de morte súbita/superaguda
em bovinos no Sul do Rio Grande do Sul

Fonte: SILVA et al (2016)


O relato acima permitiu identificar as principais enfermidades diagnosticadas
em bovinos com histórico de morte súbita necropsiados no laboratório ou a campo,
na região Sul do Rio Grande do Sul (SILVA et al, 2016). Com base nos resultados foi
possível destituirr a afirmativa de que as mortes súbitas ou superagudas na região
Sul do Estado são causadas por agentes não identificados, sendo que as doenças
que as causam, na sua grande maioria, são bem conhecidas, endêmicas da região e
podem ser controladas ou evitadas. Foi possível concluir ainda que, o material de
órgãos enviados ao laboratório, apesar de ser uma prática importante para
realização de tantos vários diagnósticos em bovinos, quando é impossível a
remessa do cadáver completo, pode limitar a realização do diagnóstico conclusivo.
O elevado número de casos negativos a Bacillus anthracis deve-se, que carbúnculo
hemático é uma enfermidade que restringe a realização da necropsia e o material
remetido ao laboratório é inadequado para a realização de outros diagnósticos.
Concluiu-se ainda, que os casos mais frequentes de morte súbita ou superaguda
ocorrem em bovinos adultos criados extensivamente que aparecem mortos sem
observação de sinais clínicos em um período máximo de 24 horas (SILVA et al,
2016).
Uma pesquisa foi realizada com 64 produtores em dois períodos diferente da
vacinação de febre aftosa, entre novembro de 2018 e maio de 2019, onde o produtor
tinha a opção de simultaneamente realizar a vacina de carbúnculo sintomático e
outras, no qual se aplicou um questionário estruturado, com o intuito de traçar o
perfil dos participante se o grau de conhecimento sobre o assunto abordado. O
questionário utilizou dados da propriedade, tamanho da propriedade e quantidade de
animais, conhecimento sobre a sanidade animal e medidas gerais utilizadas na
propriedade para prevenção da enfermidade no rebanho. Para a análise das
24

informações coletadas através dos questionários, construiu-se um banco de dados


(ROMUALDO; SOFIATI, 2019).
O objetivo foi levantar dados de ocorrência da doença carbúnculo sintomático
na Região Norte do Estado do Mato Grosso e avaliar o grau de conscientização dos
pecuaristas a respeito da doença e dos valores envolvidos na perda dos mesmos,
como também elaborar uma cartilha informativa e orientar sobre a doença e sua
prevenção (ROMUALDO; SOFIATI, 2019).
Este questionário teve como base a realização de um projeto sobre controle e
prevenção de doenças (carbúnculo sintomático) em rebanhos bovinos, desenvolvido
no município de Guarantã do Norte no Estado de Mato Grosso, representando um
total de 4,25% do rebanho do Estado. Grande parte dos pecuaristas entrevistados
(51,57%) estão no ramo da pecuária a mais de 21 anos, onde apenas 20% dos
produtores estão a menos de 5 anos, assim fechando um ou dois ciclos da pecuária
se considerando um ciclo extensivo de 24 a 36 meses. Assim, são produtores
considerados experientes, pelo tempo já envolvido na atividade (ROMUALDO;
SOFIATI, 2019).
Apenas 81,25% dos pecuaristas realmente fazem a prevenção da doença,
neste caso o pecuarista mesmo sabendo da importância da prevenção e ciente do
risco sanitário que seu rebanho pode acometer e o prejuízo que pode ter caso o seu
rebanho venha manifestar a doença, arriscam sem fazer a prevenção (ROMUALDO;
SOFIATI, 2019). Em contrapartida 92,18% dos produtores dizem vacinar o seu
rebanho, mostrando que muitos dos pecuaristas vacinam o seu rebanho por uma
mera normalidade ou costume sem conhecer a gravidade da doença e o prejuízo
que realmente pode acarretar a sua propriedade (ROMUALDO; SOFIATI, 2019).
As vacinas feitas pelos produtores se resumem em 100% vacinam contra
febre aftosa, 95,31% contra Brucelose, 90,62% contra Carbúnculo Sintomático e
apenas 45,31% contra Raiva (Figura 8) mesmo sendo índices altos de vacinação
sabemos que ainda estamos muito longe da realidade de ter um rebanho totalmente
imunizado, por falta de dados ou de conhecimento da área onde não mais que
56,25% do produtores recebem algum tipo de assistência técnica, para acompanhar
e melhorar a sanidade e qualidade do rebanho e da produção (Figura 9).
Figura 8: Vacinas aplicadas Figura 9: Acompanhamento técnico
25

Fonte: ROMUALDO; SOFIATI (2019)

Com os dados levantados, que em sua grande maioria dos produtores no


Portal da Amazônia está composta por pequenas e médias propriedades rurais, as
quais são apresentados como atuante na pecuária e possuem conhecimento e
vivencia sobre a doença e como se deve prevenir. Cada animal que morre
independente da doença no seu rebanho, como são produtores de pequenas e
médias propriedades acarreta em um alto valor relacionado ao rendimento da
propriedade, intensificando a necessidade de campanhas e cartilhas para melhor
conscientizar os produtores dos danos que a doença pode causar no rebanho, além
dos prejuízos na propriedade e a necessidade de um acompanhamento de
assistência técnica (ARRUDA et al, 2010).
26

4 CONTROLE E PREVENÇÃO

A erradicação dos clotrídios é praticamente impossível, devido às suas


características ecológicas, que fazem parte da microbiota digestiva dos animais e do
solo e sua forma de resistência na natureza (PINHEIRO et al., 2007). Dessa forma,
para garantir o sucesso no controle do Carbúnculo Sintomático, deve-se realizar
manejo adequado e principalmente a vacinação em todos os animais (LOBATO,
2005).
As medidas que devem ser adotadas em relação ao manejo são medidas
como: higiene no momento da vacinação, assepsia do local de aplicação, manejo
adequado de carcaças, desinfecção de agulhas e instrumental cirúrgico (LOBATO,
2013) e a desinfecção de feridas e cortes, pois é uma porta de entrada para o
agente (MACHADO, 2008). Para animais no início da infecção, as chances de
recuperação são maiores ou em aqueles cuja lesão muscular não esteja
disseminada, mas geralmente os tratamentos não são bem sucedidos (LOBATO et
al., 2013), portanto, mais importante do que o tratamento são as medidas profiláticas
associadas à vacinação (GREGORY et al., 2006). Deve ser estabelecido um
programa de vacinação no rebanho e escolher uma vacina que seja eficiente para
que o sucesso da imunização ocorra. As apresentações no mercado de vacinas são
27

as monovalentes e polivalentes, sendo que as monovalentes protegem somente


para CS, pois são produzidas com o Clostridium chauvoei, enquanto que as
polivalentes abrangem outras como o Clostridium perfringes e Clostridium sordelii
que garantem proteção contra enteretoxemia (MACHADO, 2008). A vacina é
administrada por via subcutânea e a primeira dose deve ser aplicada aos 60 dias
após o nascimento. A segunda dose é aplicada quatro semanas antes do desmame
ou no período do desmame. Após a segunda dose deve-se fazer o reforço
anualmente (LOBATO et al., 2005). Quando o rebanho é sistemicamente vacinado,
os anticorpos colostrais protegem os animais por até 4 meses após o nascimento,
devendo então a primovacinação ser feita após esse período (LOBATO et al., 2007).
Em casos de surtos, os animais devem ser vacinados ou revacinados. A
transferência dos animais para áreas distantes do sítio de contaminação pode ser
uma estratégia, porém nem sempre efetiva. Carcaças devem ser incineradas (Figura
10) para prevenir a disseminação da bactéria (LOBATO et al., 2005).

Figura 10: Carcaças sendo incineradas

Fonte: PINHEIRO et al. (2007)

Algumas doenças que afetam os rebanhos e para as quais existem vacinas


disponíveis no mercado, ficando sua capacidade protetora associada a qualidade do
produto informada pelo seu fabricante e as condições em que foi utilizada. Sendo
que a atuação do médico-veterinário e o exame laboratorial para confirmar o
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diagnóstico são de extrema importância para estabelecer os métodos de tratamento


e prevenção (SOUZA et al, 2009).
A doença é endêmica e altamente fatal, todos os anos os bezerros devem ser
vacinados.  A principal arma é a vacina na prevenção da clostriodiose bovina. Por
ser transmitida por bactérias, é muito difícil um único animal ser contaminado.
Geralmente, um lote ou até o rebanho inteiro pode ficar doente a partir dessas
doenças. Por isso, o tratamento é muito difícil devido ao grande número de cabeças
que precisam ser tratadas ao mesmo tempo (EMBRAPA, 2011).
Como o gado é fechado para as vacinas, de acordo com o calendário
sanitário, insira mais essa dose no manejo. As doses podem ser monovalente ou
polivalentes. Uma indicação é conversar com o veterinário de confiança para
escolha da melhor para proteção do rebanho (EMBRAPA, 2011).
Deve-se iniciar a vacinação entre três a seis meses de idade dos bezerros,
podendo-se fazer outra vacinação antes de completarem um ano e outra vacinação
antes de completarem dois anos de idade. Como outros clostrídeos podem estar
envolvidos (Clostridium septicum, Clostridium novyi e Clostridium sordelli), é
recomendável utilizar vacinas polivalentes, isto é, que contenham os demais
agentes. Em caso de surtos é recomendável vacinar todos os bezerros, até dois
anos de idade, repetindo-se a vacinação em aproximadamente quatro semanas
(SOUZA et al, 2009).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ainda não existe um tratamento específico para Carbúnculo Sintomático e


também há poucos estudos envolvendo o tratamento medicamentoso de animais.
O tratamento envolvendo antibióticoterapia muitas vezes torna-se ineficaz
pois a doença evolui rapidamente levando a óbito.. Entretanto, para obter sucesso
no controle do Carbúnculo Sintomático ou manqueira, deve ser feito uma boa
imunização do rebanho com vacina polivalente, que previne também contra outros
tipos de clostrídios. A aplicação deve ser feita no pré-parto, ao nascimento, na
desmama e aos 12 meses de idade. Nos animais adultos deve ser aplicada uma vez
ao ano. Concluído assim que além da vacinação anual, o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento deve realizar pesquisas sobre novas cepas de
Clostridium chauvoei devido ao fato da existência de uma nova cepa de campo, que
foi comprovado através de pesquisas que a vacina é ineficaz.
Cabe ao médico veterinário alertar os criadores e conscientizar da
importância de se conhecer as cepas regionais e, em harmonia com os laboratórios
de diagnóstico, efetuar paralelamente à indústria um controle mais efetivo e a
erradicação desta enfermidade.
30

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