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OBS: Risco de CA: > 40 anos, sinal de alarme para malignidade do TGI (perda de peso, anemia, disfagia,
odinofagia)
OBS 1: Refluxo (DRGE) não é dispepsia, mas cofunde (abordagem própria). A dor no refluxo não é tanto
epigástrica. É uma dor em queimação, ascendente, retroesternal.
DRGE:
ÚLCERAS PÉPTICAS:
Incisura angular é pré-pilórica, ou seja, é uma úlcera gástrica.
O termo péptico quer dizer causado pelo acido. Se não reduzir a acidez do estômago a úlcera não
vai cicatrizar.
Geralmente, aparece no estômago ou no duodeno.
Como surge a úlcera? Houve mais fatores agredindo a mucosa do que protegendo essa mucosa.
Quais fatores agridem essa mucosa ÁCIDO.
Existem agentes que facilitam a formação de úlcera, mas o que causa é a acidez. São os agentes
facilitadores: AINEs, H. pylori.
Como o ácido é secretado? Quem fabrica a acidez gástrica são as bombas de próton. Tem bomba
de próton em todo o estômago, mas é MUITO mais concentrado no fundo gástrico.
O estômago é divido em fundo gástrico, corpo e antro (final). O piloro é a porção final do antro.
Estímulo para bomba de próton (produz ácido): estímulo vagal, histamina e gastrina (produzida
no antro).
Qual o melhor bloqueador histamínico ou IBP? IBP, pois inibe diretamente a bomba. A histamina
impede indiretamente a bomba de próton.
Por isso vagotomia, pode fazer parte do tratamento de úlcera.
Por isso, antrectomia, pode fazer parte do tratamento da úlcera.
AINEs: tem como mecanismo básico de ação a inibição da COX
o COX-1: fabrica prostaglandinas “do bem” barreira mucosa, protege a mucosa gástrica
do ácido.
o COX-2: prostaglandinas “do mal” inflamação. Induz a formação dos sinais inflamatórios.
o Tipos de AINES:
Inibidores não seletivos: inibe COX-1 e 2. Como inibe COX-2 resolve inflamação do
paciente.
Inibidores seletivos de COX-2 (coxibe): induziam agregação plaquetária. Se teve
muitos casos de AVC isquêmico.
Helicobacter pylori:
o Tem 2 fases: na primeira fase infecta o antro, induzindo a produção de gastrina
aumenta a acidez (hipercloridia)
o Segunda fase da infecção: quando infecta todo os estômago destrói até as bombas de
prótons gera hipocloridria, MAS também gera diminuição da barreira. Por isso, mesmo
com hipocloridria, pode-se ter formação de úlcera.
Quando houver úlcera e não tiver associação com AINE e nem H. pylori lembrar de... Síndrome
de Zollinger- Elisson Gastrinoma.
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO:
Úlcera gástrica: Dispepsia pior com alimentação.
Úlcera duodenal: dispepsia pior 2-3h após alimentação e à noite.
< 40 anos e sem alarme: diagnóstico presuntivo pela clínica.
> 40 anos ou alarme: diagnóstico por EDA.
o Se na EDA, tiver ulcera gástrica, independente do aspecto, tem que biopsiar, pois pode
ser câncer. Depois ao final do tratamento de ulcera gástrica tem que re-endoscopar para
ter certeza que não era câncer e que a ulcera sumiu (controle de cura).
TRATAMENTO:
(1) Reduzir acidez: IBP 4-8 semanas.
(2) Questionar AINE (suspender se possível)
(3) Pesquisar e erradicar H. pylori
o EDA: teste rápido da urease na úlcera (uréase é uma enzima que a bactéria tem)/
histologia (procurar indícios da bactéria).
o SEM EDA: teste de escolha uréase respiratória OU sorologia para H.pylori, porém uma
vez positivo vai ser positivo por anos OU Antígeno fecal.
ERRADICAÇÃO DE H. PILORY:
o Claritromicina 500mg 12/12h
o Amoxicilina 1g 12/12h
o Omeprazol 20mg 2x/dia
(4) Controle de cura: úlcera gástrica (nova EDA) e H.pilory (4 semanas depois e sem usar
sorologia).
ÚLCERAS:
Hipercloridria:
o Duodenal, sempre aparece em ambiente de hipercloridria.
o Gástrica tipo II: ocorre no corpo gástrico.
o Gástrica tipo III: pré-pilórica.
Hipocloridria (ocorre devido a diminuição da defesa):
o Ulcera gástrica tipo I: ocorre na pequena curvatura BAIXA do estômago.
o Ulcera gástrica tipo IV: pequena curvatura ALTA do estômago.
Cirurgia na úlcera péptica:
o Se hipercloridria: tem que ter no mínimo uma vagotomia, associado ou não a
antrectomia.
o Se úlcera gástrica: tem que retirar a úlcera, ou seja, tem que retirar a área do estômago
que tiver a úlcera.
Cirurgia na úlcera duodenal (hipercloridria):
o Opcões:
Vagotomia troncular + piloroplastia OU
Vagotomia troncular + antrectomia, lembrando que o piloro faz parte do antro, e
sai junto com ele nessa cirurgia.
Vagotomia superseletiva ou gástrica proximal: complica menos, mas ainda deixa
alguma produção de ácido remanescente.
o Vagotomia superseletiva OU vagotomia gástrica proximal: preserva a inervação para o
piloro, não é necessário fazer piloroplastia.
o Reconstrução do trânsito:
Billroth I (B1): é a reconstrução mais fácil. É juntar o que sobrou do estomago com
o duodeno Gastroduodenostomia.
Billroth II (B2): é uma gastrojejunoanastomose Gastrojejunostomia + alça
aferente. Alça aferente é a parte inicial do duodeno não ligada ao resto do
estômago, pois o estômago foi ligado ao jejuno. Pego o jejuno e levo ao estômago
e fica a alça de duodeno solta que é chamada de alça aferente.
o Piloro tem o tempo todo um tônus permanente (não relaxa), o vago é que faz o
relaxamento do piloro. Por isso, sempre que se faz uma vagotomia troncular tem que
realizar a piloroplastia.
Cirurgia na úlcera gástrica:
o Se hipercloridria: Vagotomia com ou sem antrectomia
oSe gástrica: retirar a área do estômago que contem a úlcera.
oTipo I (HIPOcloridria- peq. Curvatura baixa): gastrectomia distal + reconstrução a B1.
oTipo II (HIPERcloridria- corpo): Vagotomia troncular + gastrectomia distal + B1 ou B2
oTipo III (HIPERcloridria- pré-pilórica): Vagotomia troncular + gastrectomia distal + B1 ou
B2.
o Tipo IV (HIPOcloridria- peq. Curvatura alta): Gastrectomia subtotal + reconstrução em Y
de Roux.
COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS:
OBS: Qualquer cirurgia que envolva uma gastrectomia de algum tipo com reconstrução de transito,
pode ter essas complicações.