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Anamnese:
Ana, 32 anos, professora, procura atendimento médico relatando um histórico de seis meses de episódios recorrentes de diarreia, associados a dor
abdominal tipo cólica, que melhora após a evacuação. Ela menciona que o desconforto abdominal muitas vezes é aliviado após a eliminação das fezes.
Além disso, Ana observa uma alternância entre episódios de diarreia e constipação. Ela nega perda de peso significativa, febre, sangramento retal ou
outros sintomas alarmantes. A paciente relata um aumento significativo no estresse nas últimas semanas devido às demandas crescentes em seu
trabalho.
História Clínica:
Diarreia: Diarreia frequente (3-4 vezes ao dia), de consistência pastosa, sem presença de sangue.
Dor Abdominal: Dor abdominal tipo cólica, localizada principalmente na região inferior do abdome, associada aos episódios de diarreia.
Alteração no Hábito Intestinal: Alternância entre diarreia e constipação.
Estresse: Aumento do estresse nas últimas semanas devido a demandas no trabalho.
Outros Sintomas: Nega febre, perda de peso, sangramento retal, vômitos ou outros sintomas gastrointestinais.
Exame Físico:
Abdome: Palpação abdominal revela sensibilidade leve à palpação na região inferior do abdome, sem massas palpáveis. Ausência de sinais de
peritonite.
Exames Laboratoriais:
Hemograma Completo: Dentro dos limites normais.
Exame de Fezes: Sem presença de sangue, parasitas ou leucócitos. Cultura de fezes negativa para patógenos bacterianos.
Sorologia para Doença Celíaca: Não reativa.
Colonoscopia: Pode ser considerada para descartar outras patologias, mas geralmente é adiada inicialmente devido à idade jovem da paciente e à
natureza típica dos sintomas.
Testes de Função Tireoidiana: Normais.
02 Perguntas e Respostas
1. Quais as causas mais frequentes de diarreia crônica? (duração de mais de quatro semanas)
Síndrome do intestino irritável; Doença inflamatória intestinal; Efeitos colaterais de medicamentos; Má absorção.
2. Enumere dados de história e exame físico indispensáveis para a avaliação do paciente com diarreia
crônica.
É essencial que o médico questione:
As circunstâncias em que a diarreia começou (viagens recentes, alimentos ingeridos e fontes de água);
Uso de medicamentos (incluindo antibióticos nos últimos três meses);
Dor abdominal ou vômitos;
Frequência e horário das defecações;
Alterações nas fezes (sangue, pus, óleo, gordura ou muco e alterações na cor ou consistência);
Alterações no peso ou no apetite;
Sensação de necessidade urgente de defecar ou defecar constantemente.
5. Quais os sinais de alerta num caso de diarreia crônica? Quando pensar em neoplasia?
Sangue ou pus nas fezes; Febre; Sinais de desidratação (como micção reduzida, letargia ou
apatia, sede extrema e boca seca); Diarreia noturna; Perda de peso. Quando apresenta
presença de sangue nas fezes, dor abdominal, perda ponderal, podem ser sinais de neoplasia.