Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE SÃO PAULO
São Paulo
2018
ROSA, GUILHERME CÉSAR BARBOSA DA
Coloproctologia.
São Paulo
2018
2
AUTORIZO A DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
Assinatura do Autor:
___________________________________________________
3
Rosa, Guilherme César Barbosa da Rosa
UTILIZAÇÃO DA CALPROTECTINA
FECAL COMO MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO EM
PACIENTES COM RETOCOLITE ULCERATIVA 40 f.: il.
4
“A qualidade de nossas perguntas é a
Tony Robbins
RESUMO
6
ABSTRACT
Key words: Fecal calprotectin; chronic diarrhea; inflammatory bowel disease; follow-
up.
.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO________________________________________________9
1. OBJETIVOS________________________________________________11
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS___________________________12
3. RESULTADOS______________________________________________13
5.CONCLUSÃO_______________________________________________18
6. REFERÊNCIAS_____________________________________________19
8
INTRODUÇÃO
9
antimicrobiana, imunomoduladora e antiproliferativa. Está presente no epitélio
escamoso da membrana mucosa intestinal, mas não na mucosa intestinal
normal.12 Em comparação com outros candidatos (lactoferrina, lisozima, entre
outros), a calprotectina pode oferecer vantagens de desempenho com base nas
suas características biológicas e também no seu armazenamento.8 Estudos
iniciais realizados em grupos selecionados mostraram que a calprotectina fecal
é elevada entre os pacientes com doença inflamatória intestinal e parece
correlacionar-se com a atividade da doença também.13,14
10
1. OBJETIVOS ____________________________________
11
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS __________
12
3. RESULTADOS______________
13
Alguns trabalhos mostraram um cutoff na faixa de 300 mcg/g três meses
antes de uma eventual recidiva clínica dos sintomas.36 Com relação ao
desempenho da CF nas populações de RCU, vários autores identificaram
valores de corte variando de 120 µg / ga 250 µg / g como sendo capazes de
37-41.Na
prever recidiva clínica com boa acurácia nossa amostra, 33
pacientes(55%) tiveram os exames acima de 300 mcg/g.
14
4. DISCUSSÃO E REVISÃO DE LITERATURA____
15
Diversos estudos exploraram o papel da CF na distinção dos
26,27,
sintomas da SII/DII rastreando pacientes com maior probabilidade de
endoscopia por suspeita DII 28, monitorando a resposta à terapia em pacientes
com DII conhecida29 e avaliando cicatrização da mucosa. 30,31 Em um estudo
32,
recente de Takashima et al houve correlação significativa dos escores
endoscópicos de Mayo com CF (r = 0,58; p <0,0001) em 92 pacientes com
RCU.
Uma revisão e meta análise publicada no American Journal of
Gastroenterology em 2016 demonstrou uma boa sensibilidade e especificidade
do método para avaliação de pacientes com doença já conhecida e também
um bom método para avaliação da cicatrização da mucosa comparativamente
a colonoscopia como padrão ouro. Além do que a sensibilidade foi maior na
RCU em relação a DC no mesmo estudo. A proteína C reativa sérica foi
altamente específica para doença inflamatória intestinal endoscopicamente
ativa com um ponto de corte ótimo de 5 mg / dl, a calprotectina fecal foi um
marcador altamente sensível de doença inflamatória intestinal
endoscopicamente ativa, especialmente em colite ulcerativa, com um ótimo
ponto de corte de 50 mcg/g nessa meta análise.33
Foi relatado que níveis elevados de CF estão presentes até três meses
antes da apresentação clínica de um clarão de RCU.34,35 Lasson et al36
conduziram um estudo prospectivo, randomizado e controlado, focado em
alterar a terapia com base nos níveis de CF. Eles coletaram níveis mensais de
CF em 91 pacientes com RCU com leve a moderada. Se o valor de CF foi
superior a 300 μg / g em duas medições consecutivas dentro de uma semana,
a dose de 5-aminossalicilatos (5-ASAs) foi aumentada para tentar prevenir a
recaída. Dos pacientes com CF acima de 300 μg/g, os pacientes que tiveram
aumento da dose de 5-ASAs tiveram taxas de recaída significativamente
reduzidas em comparação com os pacientes do grupo controle (p <0,05). Em
18 dos 28 pacientes (64,3%) no braço de escalonamento de dose, seus valores
de FC caíram para menos de 200 μg / g.
A cicatrização da mucosa em RCU e DC está associada à remissão
clínica sustentada, reduzida taxas de hospitalizações, cirurgias e em câncer
colorretal da RCU. Embora não haja definição consensual de cicatrização da
mucosa, deve ser acessada regularmente exame endoscópico, que é o método
padrão-ouro para atividade endoscópica avaliação. Na RCU, a cicatrização da
mucosa é o principal resultado.42 Em pacientes em seguimento já conhecido da
doença, marcadores fecais são úteis para a diminuição de exames invasivos e
onerosos para pacientes e sistema de saúde.
16
Na prática clínica da DII, a aplicação mais adequada de biomarcadores,
como os marcadores fecais, é o monitoramento de pacientes assintomáticos,
para permitir a detecção precoce de recidiva subclínica. Embora muitos
médicos considerem que esta seja a melhor aplicação de marcadores fecais,
existem poucos estudos clínicos para provar a vantagem dessa abordagem.43
Porém nos últimos anos cada vez mais aumenta-se os trabalhos relacionados
ao tema e há uma busca para novos marcadores mais sensíveis e específicos
além de custo efetivos.
Em perspectivas futuras o teste imuno-histoquímico fecal (FIT) terá
provavelmente mais acessibilidade e novos trabalhos. No campo da triagem de
CRC em todo o mundo, a medição manual de sangue oculto nas fezes com
base em guaiaco foi substituída pela FIT com sistemas automatizados de
medição, devido ao seu melhor desempenho, facilidade de uso, baixo custo e
limpeza. Analisando esse fenômeno no campo da triagem de CRC, o uso de
FIT para o DII pode ser previsível em um futuro próximo.43
17
5. CONCLUSÃO___________________
18
6. REFERÊNCIAS
20
23. A. D. Sutherland, R. B. Gearry, and F. A. Frizelle, “Review of fecal
biomarkers in inflammatory bowel disease.,” Dis. Colon Rectum, vol. 51, no. 8,
pp. 1283–91, Aug. 2008.
24. M. K. Fagerhol, I. Dale, and T. Andersson, “A radioimmunoassay for a
granulocyte protein as a marker in studies on the turnover of such cells.,” Bull.
Eur. Physiopathol. Respir., vol. 16 Suppl, pp. 273–82, 1980.
25. R. L. Guerrant et al., “Measurement of fecal lactoferrin as a marker of fecal
leukocytes.,” J. Clin. Microbiol., vol. 30, no. 5, pp. 1238–42, May 1992.
26. N. A. Kennedy et al., “Clinical utility and diagnostic accuracy of faecal
calprotectin for IBD at first presentation to gastroenterology services in adults
aged 16-50 years.,” J. Crohns. Colitis, vol. 9, no. 1, pp. 41–9, Jan. 2015.
27. G. P. Caviglia et al., “Fecal calprotectin is an effective diagnostic tool that
differentiates inflammatory from functional intestinal disorders,” Scand. J.
Gastroenterol., vol. 49, no. 12, pp. 1419–1424, Dec. 2014.
28. P. F. van Rheenen, E. Van de Vijver, and V. Fidler, “Faecal calprotectin for
screening of patients with suspected inflammatory bowel disease: diagnostic
meta-analysis.,” BMJ, vol. 341, p. c3369, Jul. 2010.
29. U. Kopylov, G. Rosenfeld, B. Bressler, and E. Seidman, “Clinical utility of
fecal biomarkers for the diagnosis and management of inflammatory bowel
disease.,” Inflamm. Bowel Dis., vol. 20, no. 4, pp. 742–56, Apr. 2014.
30. R. W. Stidham and P. D. Higgins, “Value of mucosal assessment and
biomarkers in inflammatory bowel disease,” Expert Rev. Gastroenterol.
Hepatol., vol. 4, no. 3, pp. 285–291, Jun. 2010.
31. M. Iacucci and S. Ghosh, “Mucosal Healing - How Deep Is Enough?,” Dig.
Dis.,vol. 34, no. 1–2, pp. 160–164, 2016.
32. Takashima S, Kato J, Hiraoka S, Nakarai A, Takei D, Inokuchi T, Sugihara
Y, Takahara M, Harada K, Okada H, Tanaka T, Yamamoto K. Evaluation of
Mucosal Healing in Ulcerative Colitis by Fecal Calprotectin Vs. Fecal
Immunochemical Test. Am J Gastroenterol 2015; 110: 873-880 [PMID:
25823769 DOI: 10.1038/ajg.2015.66]
21
33. Mosli MH at all, C-Reactive Protein, Fecal Calprotectin, and Stool Lactoferrin
for Detection of Endoscopic Activity in Symptomatic Inflammatory Bowel
Disease Patients: A Systematic Review and Meta-Analysis. Am J Gastroenterol.
2015 Jun;110(6):802-19;
34. De Vos M, et al. Consecutive fecal calprotectin measurements to predict
relapse in patients with ulcerative colitis receiving infliximab maintenance
therapy. Inflamm Bowel Dis 2013; 19: 2111-2117 [PMID: 23883959 DOI:
10.1097/MIB.0b013e31829b2a37]
35. Molander P, et al. Does fecal calprotectin predict shortterm relapse after
stopping TNFα-blocking agents in inflammatory bowel disease patients in deep
remission? J Crohns Colitis 2015; 9: 33-40 [PMID: 25052347 DOI:
10.1016/j.crohns.2014.06.012]
36. Lasson A, Öhman L, Stotzer PO, Isaksson S, Überbacher O, Ung KA, Strid
H. Pharmacological intervention based on fecal calprotectin levels in patients
with ulcerative colitis at high risk of a relapse: A prospective, randomized,
controlled study. United European Gastroenterol J 2015; 3: 72-79 [PMID:
25653861 DOI: 10.1177/2050640614560785]
37. D’Incà R, Dal Pont E, Di Leo V, Benazzato L, Martinato M, Lamboglia F,
Oliva L, Sturniolo GC. Can calprotectin predict relapse risk in inflammatory
bowel disease? Am J Gastroenterol 2008; 103: 2007-2014 [PMID: 18802997]
38. Tibble JA, Sigthorsson G, Bridger S, Fagerhol MK, Bjarnason I. Surrogate
markers of intestinal inflammation are predictive of relapse in patients with
inflammatory bowel disease. Gastroenterology 2000; 119: 15-22 [PMID:
10889150]
39. Costa F, Mumolo MG, Ceccarelli L, Bellini M, Romano MR, Sterpi C,
Ricchiuti A, Marchi S, Bottai M. Calprotectin is a stronger predictive marker of
relapse in ulcerative colitis than in Crohn’s disease. Gut 2005; 54: 364-368
[PMID: 15710984]
40. Gisbert JP, Bermejo F, Pérez-Calle JL, Taxonera C, Vera I, McNicholl AG,
Algaba A, López P, López-Palacios N, Calvo M, González-Lama Y, Carneros
JA, Velasco M, Maté J. Fecal calprotectin and lactoferrin for the prediction of
22
inflammatory bowel disease relapse. Inflamm Bowel Dis 2009; 15: 1190-1198
[PMID: 19291780 DOI: 10.1002/ibd.20933]
41. García-Sánchez V, Iglesias-Flores E, González R, Gisbert JP, Gallardo-
Valverde JM, González-Galilea A, Naranjo-Rodríguez A, de Dios-Vega JF,
Muntané J, Gómez-Camacho F. Does fecal calprotectin predict relapse in
patients with Crohn’s disease and ulcerative colitis? J Crohns Colitis 2010; 4:
144-152 [PMID: 21122498 DOI: 10.1016/j.crohns.2009.09.008]
42. Paula Ministro & Diana Martins (2017): Fecal biomarkers in inflammatory
bowel disease: how, when and why?, Expert Review of Gastroenterology &
Hepatology, DOI: 10.1080/17474124.2017.1292128.
43. Jun Kato et al. Fecal immunochemical test as a biomarker for inflammatory
bowel diseases: can it rival fecal calprotectin? (Intest Res 2016;14:5-14).
44. Lee et al. BMC Gastroenterology (2017) 17:110 DOI 10.1186/s12876-017-
0669.
45. Colombel JF, Rutgeerts P, Reinisch W, Esser D, Wang Y, Lang Y, Marano
CW, Strauss R, Oddens BJ, Feagan BG, et al. Early mucosal healing with
infliximab is associated with improved long-term clinical outcomes in ulcerative
colitis. Gastroenterology. 2011;141(4):1194–201. 3. Frøslie KF, Jahnsen J,
Moum BA, Vatn MH, Group I. Mucosal healing in inflammatory bowel disease:
results from a Norwegian population-based cohort. Gastroenterology.
2007;133(2):412–22.
46. Lichtenstein GR, Rutgeerts P. Importance of mucosal healing in ulcerative
colitis. Inflamm Bowel Dis. 2010;16(2):338–46.
47. Peyrin-Biroulet L, Ferrante M, Magro F, Campbell S, Franchimont D, Fidder
H, Strid H, Ardizzone S, Veereman-Wauters G, Chevaux JB, et al. Results from
the 2nd scientific workshop of the ECCO. I: impact of mucosal healing on the
course of inflammatory bowel disease. J Crohns Colitis. 2011;5(5):477–83.
48.Sandborn WJ, Panés J J, Zhang H, Yu D, Niezychowski W, Su C. Correlation
between concentrations of fecal calprotectin and outcomes of patients with
ulcerative colitis in a phase 2 trial. Gastroenterology. 2016;150(1):96– 102.
23
49. Shah SC, Colombel JF, Sands BE, Narula N. Mucosal healing is associated
with improved long-term outcomes of patients with ulcerative colitis: a
systematic review and meta-analysis. Clin Gastroenterol Hepatol. 2016;14(9):
1245–55. e1248
50. Peyrin-Biroulet L, Sandborn W, Sands BE, Reinisch W, Bemelman W,
Bryant RV, D'Haens G, Dotan I, Dubinsky M, Feagan B, et al. Selecting
therapeutic targets in inflammatory bowel disease (STRIDE): determining
therapeutic goals for treat-to-target. Am J Gastroenterol. 2015;110(9):1324–38.
51. Wei SC. Could fecal calprotectin enter mainstream use for diagnosing and
monitoring inflammatory bowel disease? Intestinal Res. 2016;14(4):293–4.
24
7. Lista de abreviaturas
CF – calprotectina fecal
RCU – retocolite ulcerative
DII – doença inflamatória intestinal
PCR – proteína C reativa
FIT - teste imuno-histoquímico fecal
CRC – câncer coloretal
25