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DOENÇA DE CROHN: Fisiopatologia, Exames Solicitados e Tratamentos

Autor: Eliane Martins de Oliveira Kazmierczak

Autor: Flavia Amancio Pinto

Autor: Luis Antonio Pereira da Silva

Autor: Thomas Canellas Deluque

Orientadora: Francielly Campos

Introdução: A doença de Crohn (DC) foi descrita pela primeira vez em 1939 por Burrill
Bernard Crohn, Leon Ginzburg e Gordon Oppenheimer, ela faz parte de uma das
principais doenças inflamatórias intestinais, juntamente com a colite ulcerativa (UC).
Seus sintomas manifestam-se com dores abdominais, sangramento retal, graves
perdas de peso, ocorre quadro clínico de diarreia de evolução prolongada, recidivante,
remitente, que pode durar anos ou décadas, além de serem fatores de risco para
câncer colorretal (BRASILEIRO FILHO, 2011.P.750-752). Muitos danos são causados pelas
células imunológicas que afetam a região do tubo digestivo desde
a boca até o ânus, sendo a região mais afetada a do íleo (Associação Americana de
Gastroenterologia – AAG, 2012). Segundo o estudo de Vieira De Brito et al.,(2020), “às
úlceras aftoides, que ocorrem sobre placas de Peyer no intestino delgado e em agregados
linfoides no cólon, evoluem de tamanho, tornando-se estreladas ou serpiginosas”. Objetivo:
Coletar informações a respeito da doença de Crohn, sua fisiopatologia e quais são os exames
mais solicitados para investigação e diagnóstico da doença. Método: Revisão Integrativa,
contextualizada, de caráter quali-quantitativo, através de um levantamento realizado em base
de dados nacionais. Como técnica, a pesquisa bibliográfica foi desenvolvida pela leitura de
artigos científicos, guias e manuais, utilizando-se descritores pela interoperação com o DeCS
(Descritores em Ciência da Saúde) sendo eles: “Doença de Crohn”. A base de dados foi o
Google Acadêmico, encontrando-se Aproximadamente 5.060 resultados científicos. Os
critérios de filtragem utilizados foram: “Publicação 2018 - 2023”, “Idioma Português” e
pesquisa com dados livres. Excluindo-se artigos anteriores a 2018 e os que não discutiam o
tema proposto, teve-se como resultado final 8 artigos de base científica. Os artigos
selecionados encontram-se indexados nas seguintes bases de dados: SBC (Sociedade
Brasileira de Coloproctologia), DataSus (Departamento de Informática do Sistema Único de
Saúde), MSD (Merck Sharp and Dhone), Vieira de Brito, R. C. et al. (Doenças inflamatórias
intestinais no Brasil), Head, K.; Jurenka, J. (Inflammatory Bowel Disease Part II: Crohn’s
Disease), Brasileiro Filho, G. (Bogliolo Patologia. 8º edição. Rio de Janeiro), os quais foram
analisados e discutidos comparando-se a evolução do tema abordado no ensino-aprendizado
dos acadêmicos de medicina. Resultado: Para o diagnóstico da doença são solicitados exames
como a endoscopia digestiva e a colonoscopia, exames complementares de imagem também
podem ser utilizados no diagnóstico, como a Enterotomografia (Entero-TC), a
Enteroressonância (Entero-RM) e o Raio-X contrastado do trânsito intestinal, exames
laboratoriais e biomarcadores da doença também são fundamentais para se dar o diagnóstico
da doença sendo eles o hemograma, velocidade de sedimentação, proteína C reativa, albumina
sérica, exame parasitológico de fezes, calprotectina fecal, anticorpos anti-Saccharomyces
cerevisiae (ASCA) e anticorpos anti-neutrófilos (ANCA). O tratamento clínico da doença de
crohn é feita com a introdução de alguns fármacos, sendo mais utilizados no tratamento
corticosteroides como a prednisona ou budesonida, aminossalicilatos e seus derivados como a
sulfassalazina e mesalazina e os imunossupressores como azatioprina, 6-mercaptopurina ou o
metotrexato. Em alguns casos podem ser solicitados a cirurgia de remoção da porção
intestinal que foi afetada. Considerações Finais: É possível dizer que a doença de Crohn é
uma patologia crônica associada a um processo inflamatório que pode ser multifocal e que
atinge o trato gastrointestinal podendo ter graus de severidade variante. Estudos apontam que
a doença tem ligação com o sistema imunológico e multifatorial como a fatores genéticos,
imunitários e ambientais. É uma doença classificada como imunomediada, pois até o
momento não foram encontrados anticorpos que ataque estruturas ou células do indivíduo, o
que poderia fazer com que fosse caracterizada como autoimune. Pesquisas recentes sugerem
uma série de genes envolvidos no seu desenvolvimento, abrindo assim caminhos para novas
pesquisas e posteriormente uma remissão total nos indivíduos portadores da patologia. Para
um diagnóstico mais preciso da doença é realizado anamnese e alguns exames físicos,
também é necessário exames endoscópios, exames de imagens e biomarcadores como a
proteína C reativa e calprotectina fecal. É utilizado também algumas medicações como
imunossupressoras a fim de garantir uma melhor qualidade de vida para o paciente na fase
aguda da doença, também pode ser indicado ao paciente que não apresenta melhora com o
tratamento medicamentoso a remoção cirúrgica da porção intestinal que foi afetada.
Referência Bibliográfica

SBC - Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

DataSus - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde .

MSD – Merck Sharp and Dhone.

VIEIRA DE BRITO, R. C. et al. Doenças inflamatórias intestinais no Brasil: perfil das


internações, entre os anos de 2009 a 2019. Revista Educação em Saúde.V.8. n.1.
p.127-135. Abril de 2020.Paciente, Brasileiro, 42 anos, estudante de medicina, Goiânia 2023.

HEAD, K.; JURENKA, J. Inflammatory Bowel Disease Part II: Crohn’s Disease –
Pathophysiology and Conventional and Alternative Treatment Options. Alternative
Medicine Review. V.9. n.4. p.360-401. 2004.

BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo Patologia. 8º edição. Rio de Janeiro: Guanabara-


Koogan, 2011, p.295/750-752.

Palavras chave: Doença de Crohn, Etiologia, Fisiopatologia, Sintomas, Tratamentos.

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