Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 – Clínica Cirúrgica 2
AFECÇÕES BENIGNAS DO ESÔFAGO não existindo nenhum musculo que o feche e sim, um
conjunto de estruturas e condições que propiciam o
Características Especiais do Esôfago fechamento dessa região, como a pressão exercida pelo
É um longo tubo muscular predominantemente diafragma na parede do esôfago, a pressão positiva
intratorácico. abdominal sobre a porção intra-abdominal do esôfago e a
Apresenta irrigação sanguínea e drenagem linfática e não há presença da membrana frênico-esofágica envolvendo a
revestimento seroso. cárdia.
O esôfago faz parte da região cervical, torácica (maior
porção) e abdominal.
Apresenta relação anatômica com a traqueia, arco da aorta,
coração, estômago, carótidas, etc. e isso faz com que as
doenças malignas do esôfago sejam um problema, uma vez
que podem facilmente penetrar em estruturas nobres.
Fisiologia da Deglutição
1º: Alimento na faringe → abertura do EES.
2º: Quando o alimento entra no esôfago, o EES contrai,
fechando o orifício superior esofagiano.
3º: Há uma geração de uma onda na parede muscular
esofagiana que desloca o alimento para regiões distais.
4º: Quando o alimento atinge a porção distal do esôfago, o
EEI relaxa (reduz seu tônus) e permite a passagem do
alimento para o estômago.
Anatomia do Esôfago
Movimentos da Deglutição
Já na região distal esofagiana existe o esfíncter esofagiano
inferior (EEI), que é classificado como fisiológico (funcional),
Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Clínica Cirúrgica 2
EDA
Em um paciente com queixa de disfagia, o primeiro exame
a ser realizado é EDA, para tentar primeiramente visualizar
o que está ocorrendo no interior no esôfago.
Na EDA, comumente são encontrados, um acúmulo de
líquido na porção distal do esôfago associado a esofagites
causadas pela longa permanência do alimento em contato
com a mucosa esofagiana.
Acalásia
Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Clínica Cirúrgica 2
Esofagomanometria
A acalasia é uma doença funcional e com isso, o melhor
exame para fornecer a função esofagiana é a manometria de
esôfago.
Na acalasia a manometria encontrará:
▪ Ausência de relaxamento do EEI na deglutição
▪ Aumento da Pressão do EEI (>35 mmHg)
▪ Aperistalse do corpo esofagiano
EDA acalasia
Esofagografia
Na esofagografia são observados variados graus de
megaesôfago.
Manometria de Esôfago
Classificação do Megaesôfago
Existem duas formas de classificação do megaesôfago:
▪ Dilatação pneumática
Também é provisório. Nesse procedimento é inserido
uma sonda na região estenosada o qual abre um balão
na cardia, dilatando aquela região.
Cirurgia de Heller
Divertículo Faringoesofageano
(Divertículo de Zenker)
RX contrastado – Divertículo de Zenker
É o mais comum dos divertículos do esôfago, sendo essa uma
lesão adquirida. É um divertículo de PULSÃO.
Tratamento
Ocorre pela contração prematura do músculo cricofaríngeo Sempre que possível, CIRÚRGICO, uma vez que a qualquer
e predomina a partir da sexta década de vida. A herniação momento esse doente pode ter uma broncoaspiração mais
ocorre pela incoordenação do músculo cricofaríngeo severa.
favorecida pela idade, o qual contrai antes do tempo, ▪ DIVERTICULECTOMIA + MIOTOMIA
aumentando a pressão na região do triângulo de Killian, É a técnica mais indicada. É a retirada do divertículo e
favorecendo a protusão da mucosa esofágica nessa área. miotomia do cricofaríngeo para evitar novos aumentos da
pressão na região (sempre fazer a miotomia).
A forte suspeita clínica é dada pela história: disfagia e
regurgitação de alimentos não digeridos (bronco-
aspiração).
Diverticulectomia
Formação do Divertículo de Zenker
▪ DIVERTICULOPEXIA + MIOTOMIA
Diagnóstico Nessa técnica o divertículo é preso atrás do esôfago em
posição invertida, impossibilitando a entrada de alimentos.
▪ História clínica sugestiva
o Disfagia, regurgitação, halitose
o Quanto maior o divertículo, mais intensos são
os sintomas
▪ Endoscopia – Risco
O risco existe porque o divertículo pode ser confundido com
o esôfago e com isso ser perfurado a medida que o
endoscópio percorre sua luz.
Diverticulopexia
Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Clínica Cirúrgica 2
Divertículo Epifrênico
Divertículos de Rokitansky
Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Clínica Cirúrgica 2
Leiomioma
Pólipo Adenomatoso
Diferenciamos o leiomioma do tumor maligno pelo aspecto
Leiomiomas da lesão: o maligno é infiltrante e acaba deformando toda
Os leiomiomas ocorrem mais no terço distal do esôfago – superfície, já o leiomioma é mais regular.
originário de células mesenquimais. É um tumor
extramucoso.
➔ GIST – c-KIT oncogene → marcador
➔ Pode ser maligno, leiomiossarcoma ou benigno,
leiomioma.
Tratamento:
▪ Observação: < 2cm – comorbidades
▪ Enucleação: através de EDA – em tumores
pequenos.
▪ Tumores maiores: abrir a musculatura esofagiana e
retirar o tumor → cirurgia de ressecção.
Leiomioma