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É um tubo muscular oco que vai da epiglote (faringe) até a esôfago. Os sintomas incluem disfagia para sólidos e líquidos,
junção gastroesofágica cuja principal função é transportar dificuldade para eructar e dor torácica.
os alimentos sólidos e fluidos ingeridos para o estômago.
Acalasia primária consiste na degeneração de neurônios
Obstrução Esofágica inibidores esofágicos distais; A secundária pode surgir na
doença de Chagas, na qual a infecção pelo T.cruzi causa
Impedem a passagem do alimento para o estomago. Pode
destruição do plexo mioenterico, falha no peristaltisco e
ser do tipo estruturais ou funcionais.
dilatação esofágica.
Obstruções Funcionais: Resultam da alteração das ondas de
A acalasia é uma patologia com diversas etiologias, e suas
contração peristáltica. Essa dismotilidade é dividida pela modalidades de tratamento têm como objetivo vencer a
manometria (Manometria esofágica é um procedimento obstrução mecânica, e incluem a miotomia laparoscópica e
que mede a força e a função dos músculos do esôfago) em: a dilatação com balão pneumático. A injeção de
neurotoxina botulínica (Botox), para inibir os neurônios
Esôfago quebra nozes: Paciente com contrações de alta colinérgicos do EEI, também pode ser efetiva.
amplitude no esôfago distal;
Acalasia
É um distúrbio raro que dificulta a entrada de alimentos e Esofagite Química e Infecciosa: A mucosa escamosa
líquidos no estômago. O tônus aumentado do EEI, resultante estratificada do esôfago pode ser lesada por vários
do mal relaxamento do musculo liso é causa comum de compostos, com sintomatologia branda, autolimitada, dor
obstrução esofágica. Normalmente, a liberação de óxido especialmente ao engolir (odinofagia), mas pode levar a
nítrico e polipeptídios intestinais vasoativos dos neurônios hemorragia ou perfuração em casos graves.
inibitórios, juntamente com a interrupção da sinalização
colinérgica normal, permite que o EEI relaxe durante a Exemplos: Criança que ingere produtos químicos
deglutição. acidentalmente; esofagite induzida por pílula quando pílulas
se alojam e dissolvem no esôfago.
A acalásia é caracterizada pela tríade de relaxamento
incompleto do EEI, tônus aumentado do EEI e aperistalse do Dentro das causas infecciosas, temos que infecções em
indivíduos saudáveis são raras, sendo mais frequentes em
imunossuprimidos. Os principais causadores são Herpes
simples, CMV ou fungos como candidíase, mucormicose e hipotensivo, a partir de um aumento repentino na pressão
aspergilose. intra-abdominal, como quando o paciente tosse, faz esforços
ou o movimento de curvar-se. Outras condições que
Morfologia: Varia conforme a etiologia. Infiltrados densos de diminuem o tônus do esfíncter esofágico inferior ou
neutrófilos estão presentes na maioria dos casos, mas podem aumentam a pressão abdominal e contribuem para a DRGE
estar ausentes nas lesões induzidas por químicos, o que pode incluem o uso de álcool e tabaco, obesidade, depressivos do
resultar em necrose total da parede esofágica. Quando sistema nervoso central, gravidez, hérnia do hiato, atraso no
presente, a necrose é acompanhada de granulação e esvaziamento gástrico e volume gástrico aumentado. Em
fibrose. A infecção por fungo pode causar lesão ou muitos casos, nenhuma causa definitiva é identificada. O
complicar ulcera existente, onde os MO invadem a lâmina refluxo dos sucos gástricos é central para o desenvolvimento
própria e causam necrose da mucosa subjacente. de lesão
na mucosa na DRGE. Nos casos graves, o refluxo de bile do
A aparência endoscópica geralmente fornece uma pista duodeno pode exacerbar a lesão na mucosa esofágica.
sobre o agente infeccioso na esofagite viral. Os vírus do
herpes tipicamente causam úlceras em saca-bocados. Morfologia: A alteração pode ser apenas um hiperemia da
Amostras de biópsias demonstram inclusões virais nucleares região. No caso de uma doença mais avançada, os
dentro de um halo de células epiteliais em degeneração na eosinófilos são recrutados para a mucosa escamosa, seguida
borda da úlcera. Contrariamente, o CMV causa ulcerações por neutrófilos. Aumento da espessura do epitélio e
superficiais e inclusões citoplasmáticas e nucleares alongamento das papilas da LP também podem estar
características dentro das células endoteliais capilares e presentes.
estromais. Embora a aparência histológica seja
característica, as colorações imuno-histoquímicas para
antígenos vírus-específicos são ferramentas diagnósticas
sensíveis e específicas.
Os distúrbios do estômago são bastante comuns. O estomago Morfologia: Histologicamente, a gastrite aguda e a gastropatia
é dividido em 4 regiões anatômicas: cárdia, fundo, corpo e são difíceis de reconhecer pior a lâmina própria só esta
antro. A cárdia e o antro são repletos de células secretoras de edemaciada e com leve congestão vascular, estando o
mucina que formam glândulas. No antro, além das glândulas epitélio intacto, mas muito proliferado e com células foveolares
temos células G que secretam gastrina que estimula a liberação hiperplásicas e em saca-rolhas. No caso da gastrite alguns
de ácido. No corpo e no fundo temos as células principais que poucos neutrófilos podem ser encontrados entre as células
epiteliais. IMPORTANTE: A presença de neutrófilos acima da
produzem e secretam enzimas digestivas como a pepsina.
membrana basal, em contato direto com células epiteliais, é
anormal em todas as partes do TGI e significa uma inflamação
Gastropatia e Gastrite Aguda ativa, ou, nesse caso, gastrite (em vez da gastropatia).
A gastrite é uma inflamação da mucosa. Quando tem Com danos mais graves à mucosa, erosões e hemorragia se
desenvolvem. Na erosão ocorre perda do epitélio, resultando
neutrófilos, fica conhecido como gastrite aguda e na ausência
em um defeito superficial na mucosa. Esta é acompanhada por
de células inflamatórias dá-se o nome de gastropatia (pode ser
um infiltrado neutrofílico pronunciado na mucosa e um
causado por aines, álcool, bile, estress, hemorragia, ulceras de
exsudato purulento contendo fibrina na luz. A hemorragia pode
Curling). Essa gastropatia geralmente progride para gastrite. O ocorrer e causar pontos escuros na mucosa hiperêmica. Erosão
termo gastropatia é exemplificado pelas doenças de Ménétrier e hemorragia simultâneas são chamadas de gastrite
e síndrome de Zollinger-Ellison, visto adiante. Tanto a hemorrágica erosiva aguda. Essas erosões podem então evoluir
gastropatia quanto a gastrite podem ser assintomáticas ou para ulceras quando se estendem profundamente.
causar uma serie de sintomas como dor epigástrica, náusea,
vomito, e em casos graves, erosão de mucosa, ulceração, Aspectos Clínicos: O quadro clinico é comum entre gastropatia
hemorragia, hematêmese, melena e etc. e gastrite, mas varia de acordo com a etiologia – Quando
ocasionada por AINES tendem a gerar dores epigástricas que
Patogenia: A luz gástrica tem um pH em torno de 1. Esse pH respondem aos antiácidos ou inibidores de bomba de prótons;
ajuda na digestão, mas tem potencial de danificar a própria já a ocasionada por refluxo de bile, a dor epigástrica é
mucosa gástrica. Por isso, para proteger a mucosa temos alguns refratária ao tto podendo vir acompanhada por vomito bilioso
mecanismos como: a mucina, secretada pelas células ocasional.
foveolares, formam uma camada fina de muco e fosfolipídio
que impede que o alimento toque a mucosa além de formar Doença da Mucosa Relacionada ao Estresse
uma camada que protege a mucosa por ter um pH neutro (por Ocorre em pacientes com trauma graves como queimaduras,
conta da presença de bicarbonato). Sob o muco, as células doenças intacranianas e etc. Em alguns casos, as ulceras
epiteliais gástricas formam uma proteção mecânica que associadas levam nomes específicos:
impede que o ácido, ou a pepsina, chegue na lâmina própria. • As ulceras de estress são mais comuns em indivíduos com
Os capilares também auxiliam nessa proteção ao passo que choque, sepse ou trauma;
fornece bicarbonato, libera oxigênio e nutriente que remove o • Ulceras de Cruling acontecem no duodenal e estão
ácido que foi retroiifundido na LP. associadas a queimaduras graves ou traumas;
• Ulceras de Cushing surgem em pessoas com doença
Caso um desses mecanismos protetores se perca, temos as intracraniana e tem alta incidência de perfuração.
gastropatias e gastrites. Patogenia: Tem relação com a isquemia local que pode
• Os AINES inibem a produção de prostaglandinas E2 e I2 acontecer devido a hipotensão sistêmica ou fluxo sanguíneo
dependentes do COX que seriam responsáveis por estimular reduzido, causado pela vasoconstrição esplâncnica induzida
os mecanismos de defesa (secreção de muco, bicarbonato e por estress. Redução da regulação da NO sintase e aumento
fosfolipídio). A COX1 é mais importante para proteção, por isso da liberação da endotelina 1 também contribuem para a
temos que o risco de lesão gástrica induzida por AINE é maior isquemia. As lesões associadas a lesões intracranianas são
com inibidores não seletivos, como por exemplo a aspirina, causadas pela estimulação direta dos núcleos vagais que
ibuprofeno e naproxeno, porém a inibição de COX-2 seletiva, geram hipersecreção gástrica.
como no caso do celecoxibe, também pode resultar em
gastropatia ou gastrite. Morfologia: Varia de erosões superficiais com danos epiteliais
• Pacientes urêmicos ou com H. pylory uréase positiva tem superficiais até lesões profundas na mucosa. Geralmente as
lesões gástricas devido a inibição do transporte de ulceras são redondas, com 1 cm de diâmetro, base corada em
bicarbonato; marrom e negro (por cusa da digestão ácida do sangue)
• Em mais velhos, ocorre menor produção e secreção de podendo estar associada a inflamação transmural. Diferente
mucina o que acarreta em aumento da suscetibilidade em das ulceras pépticas, as ulceras de estress acontecem em
relação a gastrite. qualquer parto do estomago, sendo múltiplas. Além disso, são
nitidamente demarcadas, com mucosa adjacente
essencialmente normal. Estão visivelmente ausentes a
cicatrização e o espessamento dos vasos sanguíneos que
caracterizam as úlceras pépticas crônicas. E elas curam
completamente após remoção dos fatores que resultam na
lesão.
Aspectos Clínicos: Geralmente pacientes em estado critico na
UTI tem evidencias histológicas de danos a mucosa. Podem
ocorrer raras complicações como: perfuração, sangramento
de erosões. Os inibidores de bombas de prótons profiláticos
podem aliviar o impacto da ulceração por estresse, mas o
determinante mais importante do resultado clínico é a
habilidade de corrigir a condição subjacente.
Outras causas de hemorragia gatrica não relacionada ao Morfologia: A biopsia mostra o H. pylori no muco em indivíduos
estresse: infectados. Em casos extremos, os organismos formam um
• Lesão de Dieulafoy (causada por uma artéria submucosa tapete nas superfícies luminais das células foveolares e mucosas
que não se ramificou corretamente na parede do estomago do colo, e podem até mesmo se estender para dentro das
ficando na muosa); criptas gástricas. Os organismos são mais facilmente
• A Ectasia Vascular Antral Gástrica (EVAG) - Ela pode ser demonstrados com colorações especiais. O H. pylori exibe um
reconhecida através de endoscopia como listras tropismo pelo epitélio gástrico e geralmente não é encontrado
longitudinais de mucosa eritematosa e edematosa que se em associação com a metaplasia intestinal ou com o epitélio
alternam com mucosa menos gravemente afetada e mais duodenal. No estomago, o H. pylori é encontrado
clara, o que geralmente é conhecido como estômago em principalmente no antro, sendo menos comum na mucosa
melancia. As listras eritematosas são criadas por vasos oxíntica (produtora de ácido) do fundo e corpo, por isso, a
ectásicos na mucosa. Histologicamente, a mucosa antral biopsia antral é preferida para avaliação de gastrite.
mostra uma gastropatia reativa com capilares dilatados A mucosa infectada está eritematosa e com aparência
contendo trombos de fibrina. Geralmente é idiopática. grosseira e nodular. Tem infiltrada inflamatório de neutrófilos na
LP sendo que alguns vão até o epitélio e se acumulam na luz
Gastrite Crônica das criptas criando os abscessos de criptas. A LP também está
repleta de plasmócitos em grupos ou lâminas, e linfócitos e
A causa mais comum de gastrite crônica é a infecção por H.
macrófagos.
pylori; a maioria dos casos restantes é causada por gastrite
Neutrófilos intraepiteliais e plasmócitos subepiteliais são
autoimune que causam mais comumente a gastrite atrófica. *
características da gastrite por H. pylori.
No entanto, é importante reconhecer que infecções
duradouras por H. pylori também podem resultar em gastrite Quando intensos, os infiltrados inflamatórios podem criar pregas
atrófica, geralmente em um padrão multifocal em vez de um rugosas espessadas, que mimetizam a aparência de cânceres
padrão difuso. Em contraste à gastrite aguda, os sintomas em estágio inicial. Os agregados linfoides, alguns com centros
associados à gastrite crônica são tipicamente menos graves, germinativos, estão frequentemente presentes e representam
porém mais persistentes. Náuseas e dores abdominais superiores uma forma induzida de tecido linfoide associado à mucosa, ou
são típicas, algumas vezes com vômito, mas a hematêmese é MALT, que tem um potencial de se transformar em linfoma.
incomum.
Gastrite por H. pylori
H. pylori é a causa mais comum de gastrite crônica. A infecção
por esse bacilo não produz sintomas na maioria dos casos,
sendo descoberta apenas em exames de rastreio.
Linfoma
Os linfomas extranodais podem surgir em qualquer tecido e
acontece mais comumente no TGI (estomago). Nos receptores
de célula-tronco hematopoiética halogênica e nos receptores
de transplante de órgãos, o intestino também é o local mais
frequente de linfoproliferações de células B positivas para vírus Tumor Estromal Gastrointestinal
Epstein-Barr. No intestino chamam-se linfoma de tecido linfoide
Muitas neoplasias mesenquimais podem surgir no estomago e
associado a mucosa (MALT) ou MALTomas.
levam o nome de acordo com a célula que lembram. EX:
Tumor Carcinoide tumores do músculo liso são chamados de leiomiomas ou
Surgem em órgãos neuroendócrinos e epitélio gastrointestinal leiomiossarcomas, tumores da bainha nervosa são
neuroendócrino-diferenciados como as células G. Os denominados schwannomas, e aqueles que lembram
carcinoides gástricos podem estar associados a hiperplasia de organismos glômicos nos leitos ungueais e em outros locais são
células endócrinas, gastrite atrófica crônica e síndrome de chamados de tumores glômicos (todos eles são raros e não
Zollinger-Ellison. Esses tumores foram chamados de serão vistos aqui)
“carcinoides” porque apresentam crescimento mais lento do O tumor Estromal Gastrointestinal (GIST) é o tumor mesenquimal
que os carcinomas. Tem grau baixo, ou seja, baixa atividade mais comum e ocorre principalmente no estomago. São mais
mitótica. Mas vale ressaltar que o prognóstico é influenciado comuns em homens e com incidência maior aos 60 anos.
pela localização do tumor. Os tumores carcinoides surgem a
partir de componentes difusos do sistema endócrino e são mais Patogenia: 80% de todos os GIST tem mutação no gene que
comuns no trato gastrointestinal, particularmente no intestino codifica a tirosina cina c-KIT (receptor do fator de cel
delgado. O fator prognóstico mais importante é a localização: estaminais); em 8% encontrmos mutações na PDGFRA
tumores do intestino delgado tendem a ser mais agressivos, (Receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas).
enquanto aqueles do apêndice são quase sempre benignos Uma dessas mutações já é suficiente para causar o câncer visto
que nunca é encontrado duas mutações em um único tumor.
Morfologia: São massas intramurais e submucosas que criam
Morfologia: Geralmente formam uma massa na submucosa,
lesões polipoides. Tem cor amarelada ou castanha, com
solitária, bem circunscrita, carnuda que podem metastizar para
intensa reação de desmoplasia que pode romper ou obstruir o
o fígado formando pequenos nódulos serosos. Podem ser
intestino. Os tumores carcinoides são compostos de ilhas,
compostos por células fusiformes alongadas ou células
cordões de células uniformes com citoplasma granular rosa
epitelioides rolicas. O marcador diagnóstico é o c-KIT
escasso e núcleo pontilhado redondo ou oval.
Clínica: Os sintomas são relacionados aos efeitos de massa ou
Clínica: Mais comum em > 60 anos. Os sintomas dependem do ulceração da mucosa. A ressecção é o principal tto e o
hormônio produzido. Ex: síndrome cacinoide é causada por prognóstico se relaciona com o tamanho, índice mitótico e
substancias vasoativas secretadas pelo tumor que causam localização do tumor. Os pacientes com doença irressecável,
rubor cutâneo, sudorese, broncoespasmo, dor abdominal em recorrente ou metastática frequentemente respondem ao
cólica, diarreia, fibrose e etc. Quando ele ocorre no instestino, imatinibe, um inibidor da atividade da tirosina quinase de c-KIT
essas substancias passam pelo fígado sofrente efeito de e PDGFRA que também é eficaz na supressão da atividade de
primeira passagem, por isso menos de 10% dos pacientes cinase de BCR-ABL na leucemia mielogênica crônica
apresentam a síndrome carcinoide e é comumente associada
a doença metastática.
Bruna Fernandes, 252.
Local onde acontece uma grande variedade de doenças, É mais comum em homens, porém mais grave em mulheres.
sendo que muitas delas afetam o transporte de nutrientes e Os pacientes geralmente são RNs que não conseguem
de água, com consequente má absorção e diarreia. Além eliminar o mecônio no período pós natal imediato (nas
disso, o intestino é foco de vários MO sendo comum processos primeiras 12 horas seria o ideal) e depois apresentam
inflamatório e infecciosos. Finalmente o colón é o local mais obstipação obstrutiva. As principais ameaças a vida são as
comum de neoplasia do TGI. Enterocolite, distúrbios hidroeletrolíticos, perfuração e
peritonite. A intervenção cirúrgica com ressecção de
Anomalias congênitas segmento aganglionar com anastomose do colón normal
para o reto geralmente ajuda, mas esses pct demoram para
Anomalias congênitas como atrésia e estenose, são raras e
ter a função intestinal normal e a continência.
contribuem para a obstrução intestinal na época neonatal.
Atresia é a obstrução completa da luz intestinal, ao passo que Patogenia: O megacólon aganglionar congênito, ocorre
estenose seria um estreitamento, sem oclusão da luz. quando a migração de células neurais do ceco ao reto é
interrompida, fazendo com que um segmento distal do
DIVERTÍCULO DE MECKEL
intestino não tenha o plexo submucoso de Meissner e o plexo
A malformação congênita mais comum do intestino, que miontérico de Auerbach. Com isso as contrações peristálticas
resulta da persistência do ducto onfalomesentérico que são ausentes e ocorre obstrução funcional. A causa desse
conecta o intestino ao cordão umbilical. É um divertículo defeito de migração ainda não é conhecido, mas mutações
verdadeiro pois tem todas as camadas da parede intestinal. com perda da função da tirosina cinase receptora de PET são
Assintomático, é diagnosticado incidentalmente por ligadas a casos familiares (outros genes também podem
laparoscopia ou necrópsias. influenciar, mas isso ainda é incerto)
As alças do intestino delgado são as mais frequentemente A lesão isquêmica no intestino pode ser: infarto da mucosa (só
herniadas e essa pressão prejudica a drenagem venosa vai ate muscular da mucosa); infarto mural (envolve mucosa
levando a estase e edema que aumentam o volume da alça e submucosa) e infarto transmural (envolve as três camadas
herniada levando a aprisionamento permanente ou da parede). Os dois primeiros são causados principalmente
encarceramento que compromete, com o tempo, a por hipoperfusão aguda ou crônica. Ao passo que o infarto
drenagem arterial e venoso, ou estrangulamento que pode transmural é causado por obstrução vascular aguda causada
resultar em infarto. por exemplo por: arteriosclerose grave, aneurisma de aorta,
estados de hipercoagulabilidade, etc. A hipoperfusão
INTUSSUSCEPÇÃO/ INVAGINAÇÃO intestinal é relacionada a IC, choque, desidratação, fármacos
É a penetração de um segmento do intestino num segmento vasoconstrictores e etc. Outras causas menos comuns são as
imediatamente mais distal. Essa compressão pode gerar ao vasculites sistêmicas, trombose venosa mesentérica,
infarto do seguimento invaginado. É causado por alterações neoplasias invasivas, hipertensão portal e etc.
no peristaltismo intestinal, já que as ondas peristálticas
retrogradas do colón se encontram com as ondas normais do Patogenia: A resposta intestinal a isquemia ocorre em duas
íleo provocando a invaginação. Como fatores fases. 1- A lesão hipóxica inicial, gera pouco dano pois as
desencadeantes podemos citar a quantidade de tecido células epiteliais são relativamente resistentes a hipóxia
linfoide na região (por isso íleo é o local mais acometido- transitória. 2- Lesão de reperfusão, é iniciada pela restauração
placas de Payer) e a presença de uma massa intraluminal que do fluxo e é associada a maiores danos por mecanismos
funciona como ponto de tração, que pode ser um tumor, ainda não conhecidos, mas que envolvem produção de
hemorragia por causar tumefação na área envolvida; radicais livres, infiltração de neutrófilos, liberação de
traumas; espasmos anóxicos; ulceras intestinais; divertículos e mediadores inflamatórios e citocinas. Lembrando que a
corpo estranho. gravidade do comprometimento vascular, o período de
A invaginação agônica é diferente da intussuscepção
tempo durante o qual se desenvolve e vasos afetados são as
porque não possui alterações vasculares e inflamatórias. A
principais variáveis que determinam a gravidade da doença
intussuscepção é a causa principal de obstrução intestinal na
infância e gera dor abdominal em cólica, eliminação de intestinal isquêmica.
sangue e muco nas fezes. Os infartos intestinais são hemorrágicos (vermelhos)
independente da origem do comprometimento devido a
VOLVO reperfusão da área isquêmica pelos ramos colaterais.
Consiste na torção da alça intestinal sobre si mesma, levando Macroscopicamente, a mucosa é vermelho-escura e
a obstrução da luz e compressão do suprimento vascular edemaciada, podendo haver sangue na luz intestinal. A
gerando infarto e gangrena. Caso a alça esteja distendida demarcação da lesão é bem evidente nas oclusões arteriais,
(caso da Chagas), aumenta o risco do volvo. O quadro clinico porém, na venosa, o limite de área isquêmica da com parede
é de um abdome agudo obstrutivo similar a de outras normal é pouco definida. Acontecem mais na flexura
obstruções. esplênica do colón (região limítrofe de irrigação pelas art.
Mesentéricas sup. e inf., sendo uma área mais propícia).
ADERÊNCIAS/ BRIDAS
São traves fibrosas que se desenvolvem entre as alças Capilares intestinais correm ao lado das glândulas, a partir da
intestinais ou entre a parede abdominal. Essas aderências, cripta até a superfície, antes de fazer uma curva fechada na
quando fibrosas podem estrangular alças intestinais e causar superfície esvaziando nas vênulas pós-capilares. Essa
obstrução mecânica. configuração possibilita que sangue oxigenado vá para as
criptas, mas deixa o epitélio da superfície vulnerável a lesão
OBSTRUÇÃO POR ESTRUTURA SOLIDA isquêmica. Essa anatomia protege as criptas, que contêm as
É a obstrução da luz por fecaloma, bolo de áscaris e etc. Por células-tronco epiteliais que são necessárias para repovoar a
fecaloma é mais comum no reto e sigmoide sendo principal superfície. Assim, a atrofia epitelial de superfície, ou até
complicação do megacólon chagásico. Obstrução por bolo mesmo necrose com descamação consequente, com criptas
de áscaris ocorre mais em criança menores de 6 anos. normais ou hiperproliferativas, constitui uma assinatura
morfológica da doença intestinal isquêmica.
MECÔNIO
É o conteúdo intestinal do RN, esverdeado, denso e mucoide Morfologia: Apesar de ter áreas de suscetibilidade, o infarto
que deve ser eliminado espontaneamente no período
da mucosa e mural pode acontecer em qualquer parte. A
neonatal (primeiras 12 horas). Obstrução intestinal por
doença tem distribuição desigual, com mucosa hemorrágica
mecônio – íleo meconial- ocorre em RN com fibrose cística
que gera alterações na composição do mecônio que os e ulcerada. A parede do intestino é espessa por causado
torna mais espesso e de difícil eliminação. A obstrução por edemas que envolve a mucosa. Em casos graves, temos
mecônio se manifesta na primeira semana de vida por falta hemorragia intensa de mucosa e submucosa e necrose (mas
de eliminação do mecônio, distensão abdominal e vômitos. não atinge serosa). Nos casos de trombose arterial aguda e
Principais complicações: volvo, gangrena, perfuração e infarto transmural o quadro é mais grave. Muco corada de
peritonite meconial. sangue ou o próprio sangue se acumula na luz intestinal, e a
necrose coagulativa muscular está associada a serosite
purulenta e perfuração.
Distúrbios vasculares do intestino Na trombose venosa mesentérica o sangue flui por um tempo,
A maior parte do TGI é suprido pelas art. celíaca, mesentérica gerando transição menos abrupta do intestino acometido
superior e inferior que formam arcadas mesentéricas na para o normal.
parede intestinal. As interligações entre as arcadas e o
O exame microscópico do intestino isquêmico mostra atrofia Morfologia: Os vasos colaterais do plexo hemorroidal inferior
ou descamação de epitélio de superfície, criptas estão abaixo da linha anorretal e são chamados de
hiperproliferativas. No início as células inflamatórias estão hemorroidas externa; já aquelas que resultam da dilatação
ausentes, mas após horas os neutrófilos são recrutados após a do plexo hemorroidal superior no reto distal são chamadas de
reperfusão. A isquemia crônica é acompanhada de hemorroida interna. Na histologia, vemos vasos submucosos
cicatrização fibrosa na LP. Nas fases agudas de lesão dilatados, de paredes finas, projetados sob a mucosa anal ou
isquêmica, superinfecção bacteriana e liberação de retal. Como ficam expostos, estão sujeitos a trauma, ficando
enterotoxinas podem induzir formação de pseudomembrana inflamadas, trombosadas e recanalizadas com o tempo. Pode
que pode assemelhar-se a colite pseudomembranosa ocorrer ulceração
associada a Clostridium difficile
Clinica: São comuns dor e sangramento retal de cor
vermelha-viva observada no papel higiênico. Geralmente
acomete pessoas com mais de 30 anos (exceto grávidas –
qualquer idade). Caso decorra de hipertensão portal as
implicações são mais graves. O sangramento hemorroidal
não é emergência e pode ser tratado com escleroterapia,
ligadura elástica, coagulação por infravermelho. Em casos
graves: hemorroidectomia.
Doença diarreica
DIARREIA DISABSORTIVA
ESPRU TROPICAL
COLITE MICROSCÓPICA
Temos duas entidades: a colite colagenosa e a linfocítica que
se manifestam com diarreia crônica, não sanguinolenta,
aquosa, sem perda de peso e com achados endoscópicos
normais. A colagenosa é caracterizada pela presença de
uma camada de colágeno densa e aumento do número de
linfócitos intraepiteliais e infiltrado inflamatório misto dentro da
lâmina própria. A colite linfocítica é histologicamente
semelhante, mas a camada de colágeno subepitelial é de es-
pessura normal, e o aumento de linfócitos intraepiteliais pode
ser maior, estando associado a doença celíaca e autoimune
Enterocolite infecciosa Clínica: Diarreia aquosa, aguda, com inicio após podromo
semelhante a jipe. A doença é autolimitada e portanto,
Pode manifestar-se com ampla gama de sinais e sintomas, antibioticoterapia geralmente não é necessário e o
como diarreia, dor abdominal, urgência, desconforto diagnóstico é geralmente por cultura de fezes
SHIGELOSE para necrose e ulceração, especialmente sobre as placas de
Peyer. As úlceras são ovais, dispõem-se longitudinalmente,
São bacilos gram negativos anaeróbicos não encapsulados, apresentam bordas elevadas e têm fundo granular com restos
não moveis. São transmitidos pela via fecal-oral ou através de de material necrótico.
ingestão de água e alimento contaminado e afetam
principalmente crianças em creches, moradores de asilo e Gastroenterite: Deve-se a ingestão de água ou alimentos
viajantes. contaminados por S. enteritidis. A infecção manifesta-se após
curto período de incubação com náuseas, vômitos, diarreia,
Patogenia: A shigella é resistente ao ambiente acido do febre e prostração durante dois a quatro dias.
estomago. No intestino elas são fagocitadas pelas células M,
mas escapam e vão para a LP infectando as células epiteliais Salmonelose Septicêmica prolongada: causada por vários
do intestino delgado e do colón. Alternativamente, as shigella tipos de salmonelas geralmente se associa com
luminais modulam as junções celulares expondo receptores esquistossomose. Tem início insidioso com febre, diarreia,
bacterianos. Algumas outras cepas liberam a toxina Shiga Stx emagrecimento, adenomegalia, hemorragia e ascite, se
assemelhando com a leishmaniose visceral.
que inibe a síntese proteica eucariótica causando morte da
célula hospedeira.
COLITE PSEUDOMEMBRANOSA
Morfologia: São mais comuns do colón e íleo. Nos casos iniciais
a aparência histológica é semelhante a outras colites agudas. É um tipo de inflamação da mucosa colonica que acomete
Em casos mais graves a mucosa é hemorrágica e ulcerada, indivíduos em tratamento por ATB que geram um desequilíbrio
podendo haver presença de pseudomembranas. Ulceras de da microbiota favorecendo predomínio de MO anaeróbicos
aparência aftosa podem ocorrer devido a afinidade com as como o Clostridium difficile que produz citocinas que causam
células M. Para diagnóstico é necessário cultura de fezes. lesões epiteliais (perda de junções intimas, alterações e
apoptose); Histologicamente temos áreas de necrose na
Clinica: Provoca uma doença autolimitada com diarreia mucosa que fica recoberto por placas (pseudomembranas) .
inicialmente aquosa depois disentérica, febre e dor Na LP temos infiltrado purulento que pode fazer erupções na
abdominal. O tto com ATB reduz a evolução clínica, mas superfície da mucosa formando uma lesão em vulcão
medicamentos antidiarreicos são contraindicados porque característica da doença. As pseudomembranas são
prolongam os sintomas. formadas por acumulo exsudato e células destruídas.
E.COLI
São gram-negativas que colonizam o TGI saudável sendo a
maioria não patogênica, exceto por algumas cepas:
ENTEROCOLITE NECROSANTE
É uma entidade grave com muita mortalidade ocorrendo em
RN de baixo peso. Etiopatogênese multifatorial e associada a
isquemia, colonização, imaturidade funcional e fatores
alimentares (aleitamento artificial). Histologicamente, as
lesões caracterizam-se por necrose e hemorragia da mucosa,
com exsudação de neutrófilos, fibrina e muco; o material
necrótico misturado com fibrina e muco forma
pseudomembranas. As lesões evoluem rapidamente para
perfuração intestinal, peritonite e septicemia sendo uma
emergência gastrointestinal. Manifesta-se com distensão
abdominal, diarreia e hemorragia que evolui para choque e
óbito se não tratado.
CRIPTOSPORIDIOSE
Parasitose intestinais O Cryptosporidium causa Enterocolite grave em pacientes
AMEBÍASE imunossuprimidos. A mucosa do íleo é o local de colonização
É causada pela Entamoeba histolytica ocorrendo em locais do protozoário, que adere à superfície das células epiteliais,
com condições precárias de higiene por contato com agua mas não invade a mucosa. O quadro clínico em
e alimentos contaminados. A patogênese depende da imunocompetentes é de diarreia aquosa, de evolução
produção de enzimas líticas que dão ao parasita a autolimitada; em imunodeprimidos, a diarreia é prolongada e
capacidade de invadir a mucosa. A doença pode ser pode ser a primeira pista da doença de base, a AIDS.
assintomática ou gerar um quadro grave de diarreia
mucossanguinolenta. O parasita pode ainda se disseminar
para outros órgãos, formando abcessos (os hepáticos são os
mais comuns).
As lesões são causadas por
trofozoítos que aderem as células
epiteliais e liberam enzimas líticas
levando a apoptose e digestão
da mucosa. As úlceras são
características: apresentam colo
estreito e base larga, assumindo
aspecto de casa de botão;
frequentemente, comunicam-se
por túneis na submucosa. Os
trofozoítos (com citoplasma
amplo e vacuolado) são ESTRONGILOIDIASE
encontrados nas bordas das O Strongyloides stercoralis é um nematódeo intestinal, com
úlceras ou no interior de vasos habitat no duodeno e na primeira porção do jejuno. A maioria
adjacentes às lesões. dos indivíduos infectados é assintomática. As manifestações
compreendem dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia.
No intestino surge
Enterocolite e pequenas DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
ulceras. Nas formas graves,
formam-se granulomas com A doença inflamatória intestinal é uma condição crônica
necrose em torno de ovos ou resultante da ativação imune inadequada. Engloba Crhon e
parasitos, com infiltrado de colite ulcerativa, que se diferenciam pelo local e morfologia
mononuclears e rico em das lesões. A doença de Crohn acomete mais comumente
eosinófilos. A pele da região o íleo terminal e o ceco, mas qualquer local dentro do trato
perineal e anal apresenta gastrointestinal pode ser envolvido; lesões salteadas e
dermatite eczematoide e granulomas não caseosos são comuns. Ao passo que a colite
infecção secundária à ulcerativa está limitada ao cólon, é contínua a partir do reto
coceira. e varia em extensão desde apenas doença retal até
pancolite; nem lesões salteadas nem granulomas estão
TENÍASE presentes.
A larva da Taenia solium ou T saginata presente na carne de
porco ou de boi, quando ingeridas, são liberadas no intestino
onde se deselvolve um verme adulto que se fixa a parede
intestinal pelo escólex.Vivem sozinhos e por isso são chamados
de solitária. Pode causar dor abdominal, diarreia e perda de
peso.
Os humanos podem ser hospedeiros definitivos ou
intermediários (a infecção pode ocorrer por três mecanismos:
(1) autoinfecção interna, em que um proglote, que contém
milhares de ovos, libera alguns ovos que vão para o
estômago, onde liberam as larvas; (2) autoinfecção externa,
quando crianças ou deficientes mentais, por coprofagia,
levam proglotes à boca, permitindo sua deglutição e
liberação de larvas no estômago; (3) heteroinfecção, na qual
os ovos são ingeridos com água ou alimentos contaminados.
SINDROME FAMILIAR
Várias síndromes estão associadas a pólipos colônicos e
aumento da taxa de câncer de cólon.
ADENOCARCINOMA
É a neoplasia maligna mais comum do TGI e com grande
morbimortalidade. A incidência é maior entre os 60 – 70 anos
e em homens é mais comum. Baixa ingestão de fibra vegetal
não absorvível e o alto consumo de carboidratos refinados e
gordura aumentam o risco. Vários estudos mostram que o Morfologia: São distribuídos de maneira igual ao longo do
AINES tem um efeito protetor já que inibe a COX-2, enzima que colón. Os tumores no cólon proximal geralmente crescem
promove proliferação epitelial. como massas polipoides, exofíticas e raramente causam
Pelo menos duas vias genéticas distintas de via APC/b- obstruções. Em contrapartida, os carcinomas do cólon distal
catenina foram descritas. Em termos mais simples, esses são os tendem a ser lesões anulares que produzem constrições em
distúrbios que levam ao aumento da sinalização de WNT, e a “anel de guardanapo” e estreitamento luminal.
via de instabilidade microssatélite que está associada a Histologicamente é compsto por composta de células
defeitos no reparo de DNA. Ambas as vias envolvem o colunares altas que se assemelham ao epitélio displásico
acumulo gradual de mutações, mas os genes envolvidos são encontrado em adenomas, podendo formas glândulas.
diferentes. Outros podem produzir mucina abundante que se acumula
na parede intestinal, e estes têm prognóstico sombrio. Os
Via APC/B- catenina: É a sequência clássica do adeno- tumores também podem ser compostos por células em anel
carcinoma (80% dos tumores). O APC é um regulador de sinete, que são semelhantes àquelas dos cânceres
negativo importante de b-catenina, um componente da via gástricos.
de sinalização WNT. A proteína APC normalmente se liga à
degradação de b-catenina e a promove. Com a perda da
função de APC, a b-catenina se acumula e transloca para o
núcleo, onde ativa a transcrição de genes, como os que
codificam MYC e ciclina Dl, que promovem a proliferação.
Isso é acompanhado por mutações adicionais, como
mutações de ativação em KRAS, que também promovem o
crescimento e evitam a apoptose. A progressão neoplásica
também está associada a mutações em outros genes
supressores de tumor, como os que codificam SMAD2 e
SMAD4, que são efetores de sinalização de TGF-b. Pelo fato
de a sinalização do TGF-b normalmente inibir o ciclo celular, a
perda desses genes pode possibilitar crescimento celular
descontrolado. O gene supressor de tumor TP53 está mutado
por deleções cromossômicas ou por metilaões em 70-80% dos
cânceres do cólon, mas é pouco frequentemente afetado
Clínica: Se desenvolvem insidiosamente passando
despercebido por muito tempo. Os cânceres de ceco e ou-
tros tipos de câncer do lado direito do cólon na maioria das
vezes chamam a atenção dos médicos pela aparência de
fadiga e fraqueza devido à anemia ferropriva, por isso, é uma
máxima medica: anemia ferropriva em homem mais velo ou
mulher no pos menopausa é ca gastrointestinal até provaro o
contrario. Adenocarcinomas colorretais do lado esquerdo
podem produzir sangramento oculto, mudanças nos hábitos
intestinais ou desconforto no quadrante inferior esquerdo,
com cólicas. Os dois fatores progn´´osticos mais importantes
são profundidade de invação e presença ou ausência de
células linfonodais (as metástases podem ocorrer em fígado,
ossos, pulmões e etc). Esses fatores foram originalmente
reconhecidos por Dukes e Kirklin, e formam o núcleo da
classificação TNM (tumor-linfonodo-metástase) e o sistema de
estadiamento.