Você está na página 1de 53

DOENÇAS DO INTESTINO

GROSSO E DELGADO
SHEILA CRISTINA
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
INTESTINO DELGADO
SEGMENTAÇÃO X PERITALTISMO
DIVISÃO DO INTESTINO DELGADO
FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA DA DOENÇA CELÍACA

 Baseada na imunidade:

A gliadina, a porção solúvel em álcool do glúten, não pode ser totalmente


quebrada pelo intestino, e geralmente permanece no lúmen intestinal de
todos os indivíduos. Em pessoas com doença celíaca, ocasionalmente
pode passar pela camada epitelial do intestino e estimular uma resposta
imune em pessoas com susceptibilidade genética. Nestes indivíduos, esta
proteína de gliadina pobremente digerida se liga às moléculas DQ2 ou DQ8
do antígeno de leucócitos humanos, que então ativa células CD4 T na
mucosa intestinal.
PROFISSIONAL NUTRICIONISTA

Acompanhamento multiprofissional, onde é indispensável a


presença de um nutricionista para auxiliar, tanto na
orientação dos alimentos que podem ser consumidos,
quanto ao esclarecimento das dúvidas relacionadas,
assegurando uma melhor qualidade de vida aos indivíduos
celíacos.

Algumas misturas como a farinha de arroz, fécula de batata


e araruta é uma indicação nutritiva para os celíacos.
DEFECAÇÃO – INTESTINO GROSSO
MECANISMO DE PRODUÇÃO DA DIARREIA

 FISIOPATOLOGIA

1. Aumento na velocidade de transito (motilidade)


2. Aumento da secreção intestinal
3. Alteração da absorção
4. Aumento na osmolaridade
TUBO DIGESTÓRIO
PATOLOGIA DAS ENTERITES VIRAIS
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO INTESTINO

 A DII é uma patologia complexa, decorrendo


da interação entre a genética, ambiente e
microbiota intestinal. Nenhum dos fatores é,
só por si, suficiente para o desenvolvimento
da doença.
COLITE ULCEROSA

 A colite ulcerosa é uma doença inflamatória crônica do intestino grosso. A


inflamação ocasiona úlceras da camada interna do cólon, daí o nome de colite
ulcerosa. Se a inflamação apenas afeta a parte mais distal do intestino grosso – reto –,
define-se como proctite ulcerosa.
TÓPICOS

 Caracterizada com mais frequência por diarréia com sangue.


 Sintomas extraintestinais, particularmente artrite, podem ocorrer.
 O risco de câncer de cólon a longo prazo é elevado em comparação
com as pessoas não afetadas.
 O diagnóstico é por colonoscopia.
 O tratamento com ácido aminossalicílico, corticoides,
imunomoduladores, agentes biológicos, antibióticos e, ocasionalmente,
cirurgia.
FISIOPATOLOGIA – COLITE ULCERATIVA

 Em geral começa no reto;


 Pode permanecer localizada no reto (proctite ulcerativa) ou se estender
proximamente;
 Atinge mucosa e submucosa;
 Somente em casos mais graves a muscular é envolvida.
 No início da doença, a membrana mucosa é eritematosa, finamente granular
e friável, com perda do padrão vascular normal e frequentemente áreas
hemorrágicas espalhadas.
 Úlceras grandes da mucosa com exsudato purulento abundante
caracterizam doença grave.
 Áreas de mucosa relativamente normal ou com mucosa inflamatória
(pseudopólipos) projetam-se sobre a mucosa ulcerada.
FISIOPATOLOGIA - COLITE
FISIOPATOLOGIA – DOENÇA DE CROHN

 A Doença do Crohn (DC) é descrita como uma doença da


subcategoria das doenças inflamatórias intestinais (DII), uma
inflamação crônica progressiva intestinal que pode acometer desde a
boca até a região anal, onde as áreas mais afetadas são o íleo terminal,
válvula ileocecal e o ceco.
 A inflamação pode se estender para as camadas profundas do
intestino e também pode “pular” regiões do intestino, de modo que
pode haver partes doentes separadas por partes normais.
REGIÕES MAIS AFETADAS
FISIOPATOLOGIA

✓Formação de edema e a perda


da textura da mucosa;
✓Parede intestinal se torna
elástica e espessa;
✓Microscopias apontam
neutrófilos em grande quantidade
que se infiltram e danificam o
epitélio da cripta, esses neutrófilos
são denominados de abscessos
crípticos e estão associados a
destruição das criptas.
APENDICITE

É a inflamação do apêndice, um pequeno órgão linfático parecido com


o dedo de uma luva, localizado no ceco, a primeira porção do intestino
grosso. Na maioria dos casos, o problema ocorre por obstrução da luz
dessa pequena saliência do ceco pela retenção de materiais diversos
com restos fecais.
FISIOPATOLOGIA – APENDICITE

 O principal mecanismo fisiopatológico relacionado à apendicite aguda é a obstrução da sua


luz, em geral, por um fecalito e, raramente, por cálculo biliar, corpo estranho, linfonodos,
parasitas ou neoplasias. A obstrução da luz do apêndice promove acúmulo de secreções e
aumento da pressão intraluminal.
FISIOPATOLOGIA – APENDICITE

 O retorno venoso torna-se comprometido favorecendo o desenvolvimento de


congestão, isquemia, a proliferação bacteriana e a inflamação transmural. A seguir,
observa-se ulceração da mucosa, trombose arterial, gangrena e ruptura da parede.
A consequência é:
1. processo inflamatório infeccioso bacteriano extensivo ao peritônio parietal e
vísceras adjacentes (íleo terminal, ceco e órgãos pélvicos).
2. Pode haver formação de abscessos ou acometimento difuso do peritônio.
3. A apendicite pode se resolver espontaneamente, se tornar recorrente ou se
cronificar.
DIVERTICULITE
 Diverticulite é uma doença que se instala
quando os divertículos (saliências
gastrointestinais que retêm pequenas
quantidades de fezes) ficam inflamados ou
infectados, podendo apresentar abscesso
ou perfuração.
CLASSIFICAÇÃO
QUADRO CLÍNICO
.
 Divertículos colônicos são bolsas da mucosa em forma de saco que se projetam a
partir do cólon.

 A diverticulose é cada vez mais comum com a idade; está presente em cerca de 75%
das pessoas > 80 anos.

 A diverticulose geralmente é assintomática, mas cerca de 20% dos pacientes


desenvolvem sintomas e/ou complicações, incluindo inflamação (diverticulite) e
sangramento GI inferior.

 Diverticulose assintomática não exige tratamento.

 O sangramento diverticular cessa espontaneamente em cerca de 75% dos pacientes;


controlar o remanescente durante colonoscopia ou angiografia ou, raramente, com
cirurgia.
COMPLICAÇÕES
ORIENTAÇÕES
 Alguns estudos mostram um risco aumentado de
desenvolvimento da doença diverticular associado à dieta rica em
carne vermelha e gordura.
 Beber pouca água e comer alimentos com pouca fibra provoca a
constipação intestinal, causando o aumento da pressão no interior
do cólon;
 Alimentos como legumes, verduras e frutas são excelentes fontes
de fibras, vitaminas, minerais e de vários compostos que
contribuem para a prevenção de muitas doenças.
 Evitar os ultraprocessados;
 Medicamentos como os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs),
que é caso do paracetamol, podem provocar a diverticulite,
segundo o médico.
SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL

 A SII não é considerada uma doença inflamatória intestinal,


principalmente porque não causa inflamação no intestino. Trata-
se de um transtorno funcional, uma vez que não há uma
origem aparente para os sintomas, ao contrário das DIIs, que
são enfermidades orgânicas. Além disso, muitos indivíduos com
SII não apresentam quaisquer alterações em seus exames.
RETOCOLITE
 Trata-se de uma doença inflamatória idiopática que acomete
cólon e reto. Caracteriza-se pela inflamação da camada
superficial, restrita à mucosa, sem acometer a musculatura
das alças.
 A inflamação causada por esta moléstia é superficial, crônica
e abundante. Afeta unicamente a mucosa que recobre
o intestino grosso e causa lesões contínuas nas regiões em
que se manifesta. O que irá caracterizar a gravidade do
quadro são a extensão das lesões e suas características.
RETROCOLITE X DOENÇA DE CROHN

 A Doença de Crohn é uma doença inflamatória


intestinal que pode acometer qualquer ponto do
trato digestivo, desde a boca até o ânus. Porém, 80%
dos pacientes apresentam lesão do íleo distal e
região íleo cecal que são respectivamente a porção
final do intestino delgado e a região de transição
entre intestino delgado e cólon.

Você também pode gostar