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Introdução

Hoje em dia, as doenças são comuns no dia-a-dia das pessoas em geral. Ela
basicamente pode ser definida como manifestações patológicas que se apresentam em
nosso organismo. No entanto, as causas, sintomas e tratamento de muitas doenças ainda
são desconhecidas para as pessoas em geral.
Portanto, este trabalho aborda cabalmente sobre o diagnóstico, sintomas, causas
e tratamentos de especificamente 3 doenças que são: Apendicite, Hérnia e Cirrose
Hepática.

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Apendicite
Apendicite é a inflamação do apêndice. Os sintomas geralmente incluem dor na
parte inferior direita do abdómen, náuseas, vómitos e falta de apetite.
A apendicite é causada pelo bloqueio da cavidade do apêndice, geralmente por
um aglomerado de fezes calcificadas. Este bloqueio pode também ser causado por uma
inflamação do tecido linfoide por uma infeção viral, parasitas, cálculo biliar ou tumores.
O bloqueio provoca o aumento da pressão no apêndice, diminui o fornecimento de
sangue aos tecidos do órgão e potencia o crescimento de bactérias que causam a
inflamação. A combinação da inflamação, da diminuição do fornecimento de sangue e
da distensão causam lesões e morte dos tecidos. Se este processo não for tratado, o
apêndice pode romper, libertando as bactérias na cavidade abdominal, o que provoca
dores abdominais intensas e eventuais complicações graves.
O diagnóstico de apendicite tem por base os sinais e sintomas da pessoa. Nos
casos em que não é possível realizar o diagnóstico com base no historial clínico e no
exame físico, podem ser pedidas e exames de laboratório. Os dois exames
imagiológicos mais comuns são a ecografia e a tomografia computorizada (TAC). A
TAC tem demonstrado maior precisão na deteção de apendicite aguda. No entanto, a
ecografia é o método de primeira escolha em crianças e grávidas devido aos riscos
associados à exposição a radiação
O tratamento convencional para a apendicite aguda é a remoção cirúrgica do
apêndice. Este procedimento pode ser feito através de uma incisão no abdómen
(laparotomia) ou de várias pequenas incisões com a ajuda de câmaras (laparoscopia). A
cirurgia diminui o risco de complicações ou morte associados à ruptura do apêndice. Em
determinados casos de apendicite sem rutura, os antibióticos podem ser igualmente
eficazes. A apendicite é uma das causas mais comuns e significativas de dores
abdominais fortes e agudas em todo o mundo. Em 2015 ocorreram em todo o mundo
cerca de 11,6 milhões de casos, dos quais 50 100 resultaram em morte. Nos Estados
Unidos, a apendicite é a causa mais comum de dor abdominal aguda a necessitar de
intervenção cirúrgica. A primeira descrição da doença é atribuída a Reginald Heber Fitz
num artigo publicado em 1886.
Sinais e sintomas
A apresentação de apendicite aguda inclui dores abdominais, náuseas, vómitos e
febre. À medida que o apêndice se torna mais inchado e inflamado, começa a irritar a
parede abdominal adjacente. Isto leva a que a localização da dor passe para o quadrante
inferior direito do abdómen. No entanto, esta migração de dor característica da
apendicite pode não ser observada em crianças com menos de três anos. Esta dor é
facilmente localizável e pode ser bastante forte. A parede abdominal torna-se bastante
sensível à palpação. Verifica-se dor intensa na libertação súbita de pressão profunda no
abdómen inferior (sinal de Blumberg). Se o apêndice é retrocecal (situado por trás do
ceco), a pressão profunda pode não provocar resposta (apendicite silenciosa). Isto
acontece porque o ceco, distendido com gases, protege o apêndice inflamado da
pressão. Da mesma forma, no caso do apêndice se situar inteiramente na pelve,
geralmente não se verifica rigidez abdominal. Nestes casos, um exame retal digital

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provoca dor na escavação retovesical. Tossir provoca dor pontual nesta região (ponto de
McBurney).
Etiologia
Até recentemente, julgava-se que as apendicites surgiam após uma obstrução
continuada do seu lúmen por uma massa sólida. Hoje, obstruções permanentes são
responsáveis apenas por uma minoria dos casos. Por possuir o óstio no ceco, pode entrar
e ficar retido um fecálito ou coprólito (pequena pedra de fezes), ou mais raramente um
pequeno parasita intestinal, dificultando o seu esvaziamento. Outras causas são cálculos
da vesícula biliar, ou aumento de volume dos gânglios linfáticos locais. As bactérias que
permaneceram na luz do apêndice produzem gases que ficam retidos na cavidade,
causando distensão da parede do apêndice e dor. Este aumento da pressão dentro do
lúmen do órgão gera isquemia (déficit de oxigênio). Após várias horas de deficiência de
oxigénio, a isquemia transforma-se em necrose (morte das células), que estimula uma
maior multiplicação das bactérias. A maioria dos casos deverá ser devido à infecção
direta do apêndice aberto ou após breve obstrução.
Na maioria das vezes, a apendicite é uma condição aguda, porém, há casos de
apendicite crônica ou recorrente, provocada pela obstrução intermitente do lúmen do
apêndice. A apendicite recorrente pode ocorrer, por exemplo, quando há uma hipertrofia
da mucosa do apêndice, levando ao acúmulo de secreções no seu interior. Ao contrário
do que ocorre na apendicite aguda, na forma crônica ou recorrente, o aumento da
pressão dentro do lúmen é suficiente para vencer a obstrução, provocando alívio
temporário da inflamação e dos sintomas. Os pacientes que têm apendicite recorrente ou
crônica podem apresentar quadros cíclicos de dor abdominal do quadrante inferior
direito, que só desaparecem após a retirada cirúrgica do apêndice.
Diagnóstico
O diagnóstico de apendicite é difícil devido ao grande número de casos que
apresentam apenas alguns, ou até nenhum sintoma específico até muito tarde na
progressão da doença. As apendicites com poucos sintomas são mais frequentes em
idosos ou crianças pequenas. Outro problema é que o apêndice pode ter localizações
raras, o que dificulta a atribuição de uma dor num local onde ele não seja comum (como
no lado esquerdo). Contudo, a apendicite, se não tratada, é muitas vezes mortal, e
mesmo as apendicites atípicas são mais frequentes que qualquer outra causa de ventre
agudo, logo são sempre diagnosticadas cerca de 20% de falsas apendicites.
Exames
A maioria dos pacientes com apendicite aguda mostra alteração no hemograma,
caracterizada por aumento do número das células de defesa (leucócitos), que variam de
10000 a 20000 células (o normal é de até 10000 células). O exame de urina também
pode mostrar alteração, devido ao contato do apêndice inflamado com o ureter e a
bexiga.
Quanto aos exames de imagem, os mais utilizados atualmente são a
ultrassonografia e a tomografia computadorizada de abdome. Estes exames mostram o
espessamento do apêndice e a presença de pus ao seu redor (abscesso). Além disso,

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estes exames também são úteis para o diagnóstico de outras doenças que causam dor
abdominal, e que podem ser confundidas com apendicite, principalmente nas mulheres
(cisto de ovário, gravidez tubária). Os estudos atuais mostram que a tomografia
computadorizada mostra maior eficácia do que a ultrassonografia para os diagnósticos
de apendicite aguda. Não há maneira de prevenir apendicite. No entanto, a apendicite é
menos comum em pessoas que comem alimentos ricos em fibras, como frutas e vegetais
frescos.
Tratamento
O tratamento da apendicite é a remoção cirúrgica do apêndice, podendo ou não
ser seguido de antibioticoterapia na dependência do aspecto do apêndice no
intraoperatório. Atualmente, o método indicado para a realização da apendicectomia,
retirada do apêndice, é através de uma cirurgia laparoscópica, realizada através de 3
pequenas incisões, e com o auxílio de um monitor. Este tipo de cirurgia permite uma
recuperação mais rápida, devido ao pequeno tamanho das incisões, além de um melhor
efeito estético. Além disso, a cirurgia videolaparoscópica permite a inspeção de toda a
cavidade abdominal, excluindo-se assim, outras causas de dor abdominal que não a
apendicite. Nos casos em que há um abscesso, há a necessidade de colocação de dreno
para o completo esvaziamento do pus da cavidade abdominal.
O tempo de internação varia de 24 a 72 horas em média, dependendo da
recuperação do paciente e do grau de contaminação da cavidade abdominal (presença de
pus no momento da cirurgia).
Pós-operatório
O tempo de estadia no hospital pode variar de algumas horas até alguns dias,
mas pode ser algumas semanas se houver complicações. O processo de recuperação
pode variar dependendo da severidade da condição, se o apêndice tiver sofrido ou não
uma ruptura antes da cirurgia. O processo de recuperação pós-operatório é geralmente
muito mais rápido se o apêndice não tiver sido rompido. É importante que os pacientes
respeitem os conselhos de seus médicos e limitem a atividade física para que os seus
tecidos possam se recuperar mais rapidamente. Recuperação após uma apendicectomia
pode não requerer mudanças na dieta ou no estilo de vida. Depois que a cirurgia ocorre,
o paciente será transferido para uma unidade de tratamento pós-anestésica para que os
sinais vitais dele ou dela possam ser monitorados de perto para detectar uma possível
complicação decorrente da cirurgia ou da anestesia. Medicação para dor também pode
ser administrada, caso necessário. Após os pacientes estarem completamente acordados,
eles são deslocados para o quarto, para se recuperarem. Será oferecido para a maioria
dos indivíduos líquidos no dia seguinte a cirurgia para então prosseguir até a dieta
cotidiana quando os intestinos voltam a funcionar corretamente. É recomendado que os
pacientes sentem na ponta da cama e andem pequenas distâncias, várias vezes ao dia.
Mover-se é obrigatório e a medicação para dor pode ser dada se necessário. Completa
recuperação de apendicectomias ocorrem após aproximadamente 4 ou 6 semanas, mas
pode ser prolongado até 8 semanas se o apêndice tiver sofrido uma ruptura. Atividades
esportivas são liberadas após 1 mês e meio a 3 meses do procedimento.

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Hérnia
Hérnia é um tumor mole formado pela saída anormal de parte do tecido de um
órgão através de uma rotura da membrana da cavidade que o envolve. Há diversos tipos
de hérnias A maior parte situa-se no abdómen, sobretudo na virilha. As hérnias da
virilha mais comuns são inguinais, embora também possam ser femorais. Outros tipos
de hérnias incluem a do hiato esofágico, incisionais e umbilicais.
Os fatores de risco de desenvolvimento de uma hérnia incluem, entre outros,
fumar, doença pulmonar obstrutiva crónica, obesidade, gravidez, diálise peritoneal,
conectivopatia e ter realizado uma apendicectomia. As hérnias são de origem
parcialmente genética e ocorrem com maior frequência entre determinadas famílias.
Não é claro se as hérnias da virilha estão associadas com o levantamento de pesos. Em
muitos casos, as hérnias podem ser diagnosticadas com base nos sinais e sintomas. Por
vezes, pode ser necessária imagiologia médica para confirmar o diagnóstico e excluir
outras possíveis causas. O diagnóstico de hérnias do hiato é muitas vezes feito com
endoscopia.
Sinais e sintomas
As hérnias mais comuns se desenvolvem no abdómen, quando uma fraqueza na
parede abdominal evolui para um buraco localizado, ou "defeito", através do qual o
tecido adiposo ou órgãos abdominais cobertos com peritónio podem se projetar. Outra
hérnia comum envolve os discos da coluna vertebral e causa ciática. Uma hérnia de
hiato ocorre quando o estômago se projeta no mediastino através da abertura esofágica
no diafragma.
As hérnias podem ou não apresentar dor no local, um nódulo visível ou palpável
ou, em alguns casos, sintomas mais vagos resultantes da pressão sobre um órgão que
ficou "preso" na hérnia, às vezes levando à disfunção orgânica. O tecido adiposo
geralmente entra na hérnia primeiro, mas pode ser seguido ou acompanhado por um
órgão.
Tipos de hérnia
Os tipos de hérnia variam de acordo com a causa e o local do corpo em que
aparecem, sendo os principais:
1. Hérnia inguinal
A hérnia inguinal é uma saliência que aparece na virilha e ocorre quando se tem
uma abertura nos músculos abdominais fazendo com que uma parte do intestino ou de
outro órgão do abdômen consiga sair por essa abertura. Este tipo de hérnia geralmente
não causa dor, mas pode ser observado como um pequeno inchaço na região, que pode
estar sempre presente ou aparecer quando se faz esforços.
A hérnia inguinal pode acontecer em homens e mulheres, mas nos homens a
hérnia pode afetar também o escroto, causando dor ou dificuldade para andar, por
exemplo.
2. Hérnia de disco

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A hérnia de disco afeta a coluna e ocorre nos discos intervertebrais, que
funcionam como amortecedores entre as vértebras da coluna, sendo mais comum em
idosos por um processo natural de envelhecimento ou por obesidade, carregar peso em
excesso ou por enfraquecimento dos músculos do abdômen e das costas que dão suporte
à coluna.
Os sintomas da hérnia de disco geralmente aparecem quando a hérnia se localiza
na região lombar e incluem dor, formigamento ou dormência das pernas, pela
compressão dos nervos que ficam próximos da vértebra.
3. Hérnia de hiato
A hérnia de hiato, também chamada de hérnia diafragmática, acontece quando
uma parte do estômago consegue passar pelo hiato, que é um orifício presente no
músculo diafragma responsável por separar o tórax do abdômen.
Quando acontece a hérnia, uma parte do estômago acaba por subir pelo hiato e
fica localizada no tórax, gerando sintomas semelhantes aos do refluxo, como sensação
de queimação no estômago, arrotos ou refluxo dos ácidos do estômago que podem
provocar tosse e enjoo.
4. Hérnia umbilical
A hérnia umbilical é a passagem de uma parte do intestino através dos músculos
do abdômen, o que normalmente provoca um estufamento na região do umbigo. Esse
tipo de hérnia é mais comum em bebês ou crianças e geralmente não precisa de
tratamento específico.
5. Hérnia femoral
A hérnia femoral acontece quando uma parte do intestino consegue passar
através dos músculos do abdômen, na região do canal femoral, e causa uma saliência na
coxa ou na virilha.
Além disso, a hérnia femoral pode causar sintomas de dor abdominal, náusea,
vômitos ou cólicas intestinais, por exemplo.
6. Hérnia muscular
A hérnia muscular pode surgir em qualquer músculo do corpo, mas são mais
comuns nas pernas, na região entre os joelhos e o tornozelo. Este tipo de hérnia é mais
comum em adolescentes e jovens que praticam atividades físicas intensas.
7. Hérnia incisional
A hérnia incisional pode acontecer na cicatriz de uma cirurgia abdominal, meses
ou anos após a cirurgia, e geralmente não causa sintoma, apenas um pequeno inchaço ou
nódulo na cicatriz. No entanto, com o passar do tempo a hérnia incisional pode
aumentar, causando dor no local. Nestes casos, pode ser indicada cirurgia.

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Causas da hérnia
As principais causas de hérnia são:
• Levantamento de pesos na academia ou no trabalho;
• Carregar bolsas muito pesadas frequentemente;
• Tosse excessiva;
• Esforço extremo;
• Fazer muita força para defecar;
• Ter várias gravidezes num curto espaço de tempo.
As hérnias podem surgir em qualquer idade, mas são mais frequente nos adultos.
Nas crianças a hérnia mais comum é a hérnia umbilical, que surge por volta dos 6 meses
de idade e geralmente some sozinha por volta dos 4 anos.
Tratamento da Hérnia
Os tratamentos para hérnia dependem do tipo de hérnia e incluem:
1. Cirurgia
A cirurgia para hérnia é o melhor tratamento disponível, e consiste em
reposicionar o órgão no seu devido lugar, colocando se necessário uma tela de proteção
para evitar que a hérnia volte.
A cirurgia pode ser feita nos casos de:
• Hérnia umbilical em adultos;
• Hérnia inguinal;
• Hérnia femoral;
• Hérnia muscular;
• Hérnia incisional;
• Hérnia de disco que não melhora com fisioterapia.
Para a hérnia de hiato pode ser feita cirurgia exclusivamente por laparoscopia no
casos mais graves e que não melhoram com o uso de medicamentos.
O ideal é fazer a cirurgia logo que a hérnia é diagnosticada para evitar
complicações como o estrangulamento do órgão que acontece quando a hérnia não volta
para o lugar e prende a circulação sanguínea no local.
2. Medicamentos
Os medicamentos para hérnia, principalmente hérnia de disco, podem incluir
analgésicos para dor como paracetamol ou dipirona ou opióides prescritos pelo médico
em casos de dores fortes.

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Nos casos de hérnia de hiato, pode-se utilizar omeprazol ou esomeprazol, por
exemplo, para reduzir os sintomas de queimação no estômago e refluxo gastroesofágico.
3. Observação
A observação é indicada nos casos de hérnia umbilical em crianças e bebês pois
geralmente não necessitam de tratamento específico podendo ser somente feito o
acompanhamento médico. Além disso, o tratamento da hérnia muscular é repouso ou
uso de meias de compressão indicadas pelo médico, sendo a cirurgia indicada somente e
nos casos de dor intensa.
Complicações
Podem surgir complicações pós-operação, incluindo a rejeição da malha usada
para reparar a hérnia. No caso de uma rejeição da malha, é muito provável que a malha
precise ser removida. A rejeição da malha pode ser detectada por inchaço e dor óbvios,
às vezes localizados, ao redor da área da malha. A descarga contínua da cicatriz é
provável por um tempo após a malha ter sido removida.
Uma hérnia tratada cirurgicamente pode levar a complicações como a
inguinodinia, enquanto uma hérnia não tratada pode ser complicada por:
 Inflamação
 Obstrução de qualquer lúmen, como obstrução intestinal nas hérnias
intestinais
 Vôlvulo
 Hidrocele do saco hernial
 Hemorragia
 Problemas autoimunes
Irredutibilidade ou encarceramento, em que não pode ser reduzido ou recolocado
no lugar pelo menos não sem muito esforço externo. Nas hérnias intestinais, isso
também aumenta substancialmente o risco de obstrução e estrangulamento intestinal.
Recuperação
Muitas pessoas são gerenciadas através de centros de cirurgia diurna e podem
retornar ao trabalho dentro de uma semana ou duas, enquanto atividades intensas são
proibidas por um período mais longo. As pessoas que têm suas hérnias reparadas com
malha geralmente se recuperam em um mês, embora a dor possa durar mais tempo. As
complicações cirúrgicas incluem dor que dura mais de três meses, infecções no local da
cirurgia, lesões nos nervos e vasos sanguíneos, lesão em órgãos próximos e recorrência
de hérnia. Dor que dura mais de três meses ocorre em cerca de 10% das pessoas após o
reparo da hérnia.
Epidemiologia
Cerca de 27% dos homens e 3% das mulheres desenvolvem hérnia de virilha em
algum momento de suas vidas. Em 2013, cerca de 25 milhões de pessoas tiveram
hérnia. As hérnias inguinais, femorais e abdominais resultaram em 32.500 mortes em
todo o mundo em 2013 e 50.500 em 1990.

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Cirrose Hepática
Cirrose é uma condição médica em que o fígado deixa de funcionar
corretamente devido a lesões prolongadas. Estas lesões são caracterizadas pela
substituição do tecido normal do fígado por tecido fibroso A doença desenvolve-se
lentamente ao longo de meses ou anos No início é comum que não se manifestem
sintomas. À medida que a doença se vai agravando, a pessoa pode sentir-se cansada,
fraca, com comichão, ter as pernas inchadas, desenvolver icterícia, contrair nódoas
negras com facilidade, acumular líquido no abdómen ou surgirem angiomas estelares na
pele A acumulação de líquido no abdómen pode infetar de forma espontânea Entre
outras possíveis complicações estão a encefalopatia hepática, hemorragias das varizes
esofágicas ou gástricas e cancro do fígado. A encefalopatia hepática causa confusão e
pode provocar perda de consciência.
Causas
As causas mais comuns de cirrose são o consumo de bebidas alcoólicas, hepatite
B, hepatite C e doença hepática gordurosa não alcoólica. Geralmente são necessárias
mais do que duas ou três bebidas alcoólicas por dia ao longo de vários anos para se
desenvolver cirrose alcoólica A doença hepática gordurosa não alcoólica tem uma série
de causas, incluindo sobrepeso, diabetes, hiperlipidemia e hipertensão arterial Entre
outras causas pouco comuns de cirrose estão a hepatite autoimune, cirrose biliar
primária, hemocromatose, alguns medicamentos e cálculos na vesícula biliar. O
diagnóstico de cirrose tem por base análises ao sangue, exames imagiológicos e biópsia
ao fígado.
Algumas causas de cirrose, como a hepatite B, podem ser prevenidas com
vacinação O tratamento depende em parte da causa subjacente Abster-se de beber álcool
é recomendado para todos os casos de cirrose. As hepatites B e C podem ser tratadas
com antivirais. A hepatite autoimune pode ser tratada com corticosteroides. O ursodiol
pode ser útil nos casos em que a doença é causada pelo bloqueio dos ductos biliares
Estão também disponíveis medicamentos para tratar complicações como o inchaço
abdominal ou das pernas, a encefalopatia hepática e a dilatação das veias esofágicas.
Nos casos mais graves de cirrose pode ser considerado um transplante de fígado.
A primeira descrição conhecida da doença foi feita por Hipócrates no século V.
O termo cirrose tem origem no grego "κίρρωσις" (kirrhos), que significa "amarelado",
descrevendo a aparência de um fígado cirrótico.
Fatores de risco
– Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
– Excesso de peso e obesidade
– Hepatites (sobretudo as do tipo B e C)
– Predisposição genética
– Idade acima de 40 anos
– Uso (ou abuso) de medicamentos

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A prevenção
A melhor maneira de prevenir a cirrose hepática é adotar um estilo de vida mais
saudável, evitando exageros de bebidas alcoólicas, dieta muito calórica e a
automedicação. Outro fator de proteção é se proteger dos vírus das hepatites, sobretudo
o tipo B — para o qual existe vacina. O uso de preservativo em relações sexuais
também resguarda o organismo contra o agente viral. O tratamento de hepatites
crônicas, como a do tipo C, é crucial para impedir que o fígado entre em cirrose e, com
isso, perca suas funções.
O diagnóstico
O gastro ou hepatologista apura o histórico do paciente e analisa o estado do
fígado com exames de imagem como o ultrassom. Frequentemente é necessário realizar
uma biópsia para avaliar o tecido com um microscópio.
O tratamento
O objetivo é impedir que a cirrose se alastre e se agrave. O fundamental no
plano terapêutico é identificar a causa do problema e cortar a agressão — seja o vírus da
hepatite, seja a ingestão de álcool, seja a presença de gordura, a esteatose hepática.
Alguns medicamentos podem ser receitados nesse trajeto para poupar o fígado e o
acompanhamento com exames se torna importante para avaliar a evolução do quadro e
flagrar eventuais nódulos malignos no fígado, mal que pode aparecer em paralelo à
cirrose. Casos mais graves de cirrose acabam sendo encaminhados para o transplante de
fígado — o órgão perdido é substituído por outro, de um doador. Os médicos, no
entanto, tentam o possível para não chegar a essa solução. Daí a importância da
detecção precoce.
Complicações da Cirrose
A perda da função hepática afeta o organismo de diversas maneiras. A seguir,
estão problemas comuns, ou complicações, causados pela cirrose.
Edema e ascite: Quando o fígado perde a capacidade de produzir uma proteína
chamada albumina em quantidade suficiente, líquido se acumula nas pernas (edema) e na
cavidade abdominal (ascite).
Sangramentos: Quando o fígado diminui a produção de proteínas necessárias para
a coagulação do sangue, o indivíduo passa a apresentar sangramentos e equimoses
(“roxos”) com mais facilidade.
Icterícia: Icterícia é um tom amarelado dos olhos e da pele que aparece quando o
fígado não consegue mais processar e eliminar as bilirrubinas de maneira eficiente.
Prurido: Produtos da bile depositados na pele podem causar prurido intenso
(coceira).
Hipertensão portal: Normalmente, o sangue proveniente dos intestinos e do baço
é levado ao fígado pela veia porta. No entanto, a cirrose dificulta o fluxo de sangue através
desta veia, aumentando a pressão dentro dela. Esta condição é denominada hipertensão
portal.

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Cuidados de Enfermagem a se ter com pacientes com apendicite, hérnia e
cirrose hepática
1. Avaliar e anotar características da pele
2. Avaliar estado mental
3. Preparar material para intubação orotraqueal
4. Manter leito à 45°;
5. Administrar medicamentos prescritos
6. Restringir paciente ao leito em caso de agitação e confusão mental;
7. Realizar a passagem de SNG e medir e anotar características do volume drenado;
8. Realizar passagem de SVD e monitorar fluxo urinário
9. Preparar material para passagem de cateter venoso central
10. Ficar atento para sinais de edema cerebral
11. Medir circunferência abdominal pelo menos 1X/dia
12. Manter jejum VO absoluto;
13. Avaliar coagulograma diariamente;
14. Evitar higiene oral com escovação dentária se paciente apresentar plaquetopenia;
15. Evitar múltiplas punções venosas periféricas;
16. Monitorar criteriosamente os níveis de glicemia capilar;
17. Ficar atento a sinais de acidose metabólica;
18. Suspender anticoagulates em caso de alteração significativa no coagulograma.
19. Identificar expressões dolorosas na descompressão através do exame físico
gastrointestinal.

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Conclusão
Este trabalho abordou de forma elucidativa e plena sobre 3 doenças específicas:
A apendicite, a hérnia e a cirrose hepática, portanto em conclusão podemos afirmar que
Apendicite é a inflamação do apêndice, é causada pelo bloqueio da cavidade do apêndice,
geralmente por um aglomerado de fezes calcificadas, O tratamento da apendicite é a
remoção cirúrgica do apêndice, podendo ou não ser seguido de antibioticoterapia na
dependência do aspecto do apêndice no intraoperatório.
Cirrose hepática é é uma condição médica em que o fígado deixa de funcionar
corretamente devido a lesões prolongadas, é causado comumente pelo consumo excessivo
de bebidas alcoólicas e hepatite C e em sua forma final é considerada irreversível. A
Hérnia Hérnia é um tumor mole formado pela saída anormal de parte do tecido de um
órgão através de uma rotura da membrana da cavidade que o envolve, Levantamento de
pesos na academia ou no trabalho é a causa mais comum e o tratamento comum é a
cirurgia.

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