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MÉTODO SOAP
Grupo: G07
Tutor: Gabriel
S - Subjetivo
Campo que possibilita o registro da parte subjetiva da anamnese da consulta, ou seja, os dados do
sentimentos e percepções do indivíduo em relação à sua saúde.
Registra-se aqui as informações baseadas na experiência da pessoa que está sendo atendida. Pode-se anota
além das queixas, os sentimentos, motivo do atendimento, histórico, problema(s) apresentado(s) pelo
indivíduo.
O - Objetivo
Campo que possibilita o registro do exame físico, como sinais e sintomas detectados, além do registro
de resultados de exames realizados.
Registra-se aqui informações aferidas pelo profissional de saúde, ex.médico(a) e outros profissionais.
Dados do exame físico e/ou resultados dos exames complementares.
Paciente, foi examinada, apresentando SSVV de icterícia 2+/4+, T de 37,8º, PA 110 x 70 mmHg, FR 21
irpm, FC 98 bpm. O exame do abdome foi de difícil realização, devido a dor já à palpação superficial,
sobretudo, em HD, mas com Blumberg negativo. Foram coletados exames de sangue e solicitado uma
USG. As transaminases estavam alteradas, além das Bilirrubinas. A USG evidenciou dilatação das vias
biliares com presença de cálculos no interior da vesícula, e o radiologista sugeriu prosseguir investigação
com outro exame de imagem.
A - Avaliação
Campo que possibilita o registro da avaliação feita pelo profissional de saúde a partir dos dados
observados nos campos anteriores.
Registra-se aqui o problema detectado, possíveis hipóteses diagnósticas (CID 10/CIAP2) e o raciocínio
clínico desenvolvido relacionando com os conhecimentos anatômicos, fisiológicos, patológicos,
bioquímicos, psicossociais e todo conhecimento do ciclo básico com o caso em
Com base nos sintomas e sinais apresentados pela a paciente a HD mais prevalente para o caso é
(CID 10 – K80: Calculose da vesícula biliar com colicistite aguda, ou K80.3: Calculose de via biliar
com colangite.)
Além disso, é possível que a paciente apresente colangite secundária à colecistite aguda. A colangite
é uma complicação grave da obstrução das vias biliares, que pode ocorrer como resultado da
presença de cálculos na vesícula biliar. Quando um cálculo biliar migra da vesícula biliar para o
ducto biliar comum, pode causar obstrução parcial ou completa do fluxo biliar, levando à
inflamação e infecção das vias biliares, caracterizando a colangite. Os sintomas comuns da colangite
incluem dor abdominal intensa no quadrante superior direito, febre, icterícia, calafrios e sepse.
Portanto, dada a apresentação clínica da paciente com colecistite aguda e dilatação das vias biliares,
é importante considerar a possibilidade de colangite secundária.
LAB: Leucocitose com desvio à esquerda, A elevação das concentrações séricas de bilirrubina total e
fosfatase alcalina não é comum na colecistite aguda não complicada, uma vez que a obstrução é
limitada à vesícula biliar; se presentes, devem levantar preocupações sobre obstrução biliar e
condições como colangite, coledocolitíase ou síndrome de Mirizzi.
O que pode levantar suspeita? Dor no quadrante superior direito ou epigástrica, febre e leucocitose.
Um sinal de Murphy positivo no exame físico apoia o diagnóstico.
A COLECISTITE ACALCULOSA é uma doença necro inflamatória aguda da vesícula biliar com
patogênese multifatorial. A patogênese consiste em estase e isquemia da vesícula biliar, que causam
uma resposta inflamatória local na parede da vesícula biliar. A maioria dos pacientes com colecistite
acalculosa apresenta múltiplos fatores de risco como AIDS e doenças oportunistas como
microsporídios, Cryptosporidium ou citomegalovírus, Patologicamente, em pacientes com colecistite
acalculosa, lesão endotelial, isquemia da vesícula biliar e estase levam à concentração de sais
biliares, distensão da vesícula biliar e, eventualmente, necrose do tecido da vesícula biliar. Uma vez
estabelecida a colecistite acalculosa, a infecção secundária por patógenos entéricos, incluindo
Escherichia coli , Enterococcus faecalis , Klebsiella spp, Pseudomonas spp, Proteus spp e Bacteroides
fragilis e cepas relacionadas, é comum.
COLANGITE AGUDA: É uma síndrome clínica caracterizada por febre, icterícia e dor abdominal
que se desenvolve como resultado de estase e infecção no trato biliar. Também é conhecida como
colangite ascendente. A colangite foi descrita pela primeira vez por Charcot como uma doença grave
e potencialmente fatal; no entanto, agora se reconhece que a gravidade pode variar de leve a risco de
vida.
PATOGÊNESE: A colangite aguda é causada principalmente por infecção bacteriana em paciente
com obstrução biliar. Os organismos normalmente ascendem do duodeno; a disseminação
hematogênica da veia porta é uma fonte rara de infecção. A apresentação clássica da colangite
aguda é febre, dor abdominal e icterícia (tríade de Charcot), embora apenas 50 a 75 por cento dos
pacientes com colangite aguda apresentam todos os três achados. Os sintomas mais comuns da
colangite aguda são febre e dor abdominal. Confusão e hipotensão podem ocorrer em pacientes com
colangite grave (pêntade de Reynolds). A hipotensão pode ser o único sintoma apresentado em
adultos mais velhos ou naqueles que tomam glicocorticóides. Pacientes com colangite aguda também
podem apresentar complicações, incluindo abscesso hepático, sepse, disfunção de múltiplos órgãos e
choque.
Diagnóstico: Deve-se suspeitar de colangite aguda em pacientes com febre, dor abdominal e icterícia.
Um diagnóstico de colangite aguda requer evidência de inflamação sistêmica com um dos seguintes:
Febre e/ou calafrios. Evidência laboratorial de resposta inflamatória (contagem anormal de
leucócitos, aumento da proteína C reativa sérica ou outras alterações sugestivas de inflamação),
evidência de colestase: Bilirrubina ≥2 mg/dL ou química hepática anormal. Exames de imagem com
dilatação biliar ou evidência da etiologia subjacente (por exemplo, estenose, cálculo ou stent).
Avaliação inicial: Em pacientes com febre, dor abdominal, icterícia (tríade de Charcot) e testes
hepáticos anormais, procedemos diretamente à colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
(CPRE) para confirmar o diagnóstico e fornecer drenagem biliar.
LAB: ALT e AST séricas normalmente estão elevadas no início do curso da obstrução biliar. Mais
tarde, os testes hepáticos são tipicamente elevados em um padrão colestático, com elevações na
bilirrubina sérica, fosfatase alcalina e gama-glutamil transpeptidase sendo mais pronunciadas do
que aquelas na ALT e AST.
Complicações: Pancreatite aguda e colangite aguda os pacientes com pancreatite aguda geralmente
apresentam níveis séricos elevados de enzimas pancreáticas, e pacientes com colangite aguda
costumam apresentar febre com leucocitose. Pacientes com alto risco de apresentar cálculos no
ducto biliar comum e com vesícula biliar intacta geralmente procedem à colangiopancreatografía
retrógrada endoscópica (CPRE) com remoção do cálculo, seguida de colecistectomia eletiva, ou são
submetidos à colecistectomia com colangiografia intraoperatória, seguida de CPRE intra ou
pós-operatória; onde houver experiência disponível, a exploração laparoscópica do ducto biliar
comum pode ser realizada. Pacientes com risco intermediário são submetidos à ultrassonografia
endoscópica pré-operatória ou à colangiopancreatografia por ressonância magnética, ou procedem à
colecistectomia laparoscópica com colangiografia ou ultrassonografia intraoperatória. Pacientes de
baixo risco podem prosseguir diretamente para a colecistectomia sem exames adicionais, desde que
cálculos biliares ou lama tenham sido observados nos exames de imagem pré-operatórios.
P - Plano
Campo que possibilita o registro do plano de cuidado ao indivíduo em relação aos problemas
avaliados.
Registra-se aqui a proposta terapêutica elaborada pelo médico(a) considerando medicações prescritas,
solicitações de exames complementares, orientações realizadas, encaminhamentos e pendências para o
próximo atendimento, ou seja, um plano de ação para o indivíduo com base em abordagem farmacológicas
e não-farmacológicas contribuindo para a saúde do
Pacientes com diagnóstico de colecistite calculosa aguda devem ser internados no hospital e receber
cuidados de suporte, incluindo:
SOLICITO:
● USG abdominal;
● Hidratação intravenosa;
● Correção de quaisquer anormalidades eletrolíticas;
● Controle da dor: Usualmente com trometamol cetorolaco e caso o paciente tenha alguma
contraindicação à AINEs, opióides podem ser usados;
● Antibióticos intravenosos: Para pacientes com CCA complicada, são necessários antibióticos
de amplo espectro. Para aqueles com CCA não complicada, sugerimos também a
administração de antibióticos. Uma vez iniciada, a antibioticoterapia deve continuar até que
a vesícula biliar seja removida ou a colecistite se resolva clinicamente;
● Os pacientes devem ser mantidos em jejum e, embora raramente necessário, aqueles que
estão vomitando devem receber uma sonda nasogástrica;
REFERÊNCIAS