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Doença inflamatória intestinal é um termo empregado para designar a DOENÇA DE CROHN (DC) e a RETOCOLITE ULCERATIVA
(RCU). Essas doenças diferem quanto à localização e ao comprometimento das camadas do intestino e também pela
fisiopatologia.
EPIDEMIOLOGIA
Fatores genéticos tornam o indivíduo suscetível ao desenvolvimento da doença e fatores ambientais são responsáveis por
seu desencadeamento e sua modulação.
Há um acometimento de pessoas jovens. DC: 20-30 anos e RCU: 30-40 anos. A maior urbanização e mudança da dieta
tradicional para uma mais industrializada levou u aumento nos casos de DII.
Uso de antibiótico causa alteração na flora intestinal que permanece por 2 anos após fim do tratamento e quando usado no
primeiro ano de vida, fase em que a flora intestinal está em formação, aumenta o risco de desenvolvimento de DII.
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
A microbiota, células epiteliais e intestinais trabalham em homeostase. No entanto, ao ser afetado por fatores ambientais
como tabagismo, antibióticos, enteropatígenos ou fatores genéticos o hospedeiro rompe essa homeostase, ocasionando um
estado crônico de inflamação desregulada. Durante o início da vida, os efeitos microbianos sobre o hospedeiro podem ser
importantes na determinação do risco de DII. Componentes da microbiota podem promover ou proteger contra a doença.
Depois de iniciada DII por anormalidades no reconhecimento imune há uma cascata de mediadores inflamatórios que
aumentam essas respostas.
PATOLOGIA
RCU é uma doença inflamatória que causa inflamação e ulcerações no intestino grosso (cólon) e no reto em sua camada
mucosa. Com uma inflamação leve, a mucosa fica eritematosa e possui superfície granulosa. Na doença mais grave, a mucosa
é hemorrágica, edematosa e ulcerada. Na doença de longa duração pode haver pseudopólipos como resultado de
regeneração epitelial.
A DC é uma doença inflamatória do trato gastrointestinal. Ela afeta pré dominantemente a parte inferior do intestino
delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus. É
um processo transmural. Na doença leve há ulcerações aftosas,na doença mais ativa ulcerações se fundem
longitudinalmente e transversalmente criando um aspecto de pedra de calçada.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Diarréia
Sangramento retal
Tenesmo
Eliminação de muco
Dor abdominal em cólica
Anorexia
Náuseas
Vômitos
Febre
Redução ponderal
RETOCOLITE ULCERATIVA: COMPLICAÇÕES
Megacólon
Dilatações agudas
Perfuração
Fissuras anais
Abscessos perineais
Hemorróidas
MORFOFISIOLOGIA DO INTESTINO
INTESTINO DELGADO:
Sua estrutura é adaptada para digestão e absorção, já que os principais eventos dessa etapa correm nele. Sua extensão
fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares,
vilosidades e microvilosidades. Sua estrutura contempla o: DUODENO, JEJUNO E ÍLEO, estende-se do piloro até a jhnção
ileocecal.
INTESTINO GROSSO
Se estende do íleo até o ânus. Absorve água e apresenta algumas diferenças do intestino delgado, como: o calibre, as tênias,
os haustros e os apêndices. É dividido em quatro partes principais: CECO, CÓLON, RETO E ÂNUS.