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Período/Semestre: 4º semestre
Docente responsável:
Componente: Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s)

DIFERENÇAS ENTRE AS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS – SEMANA 02


A retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC) são doenças inflamatórias crônicas
idiopáticas e heterogêneas, comuns também entre crianças e adolescentes, constituindo cerca de
25% dos casos de doença inflamatória intestinal (DII). Ambas as doenças compartilham muitas
características, mas também possuem importantes diferenças entre si.
A DC, é uma doença inflamatória transmural e redicivante que pode acometer qualquer
segmento do tubo digestório, da boca ao ânus, caracterizada por inflamação descontínua dos
segmentos digestivos acometidos, isto é, separados por trechos de mucosa normal (lesões
salteadas), com formas distintas de manifestações em cada indivíduo (luminal, penetrante ou
fistulizante). Por outro lado, a RCU é uma doença que atinge preferencialmente a mucosa do reto e
cólon esquerdo, mas eventualmente todo o colón, e é tipicamente “ascendente” e uniforme.
Em relação a incidência, tem havido aumento na incidência da DC, enquanto a RCU
permanece estável. Explica-se este fato, pelo menos em parte, pela tendência geral do pediatra em
ter alto índice de suspeição em pacientes com dor abdominal crônica, ou história familiar positiva
para DII.
Quanto ao gênero as duas doenças acometem ambos os sexos, embora na RCU há uma
tendência de ocorrer mais em mulheres, principalmente na faixa etária dos 15 aos 35 anos.
Ademais, quanto aos fatores envolvidos na etiopatogênese, o tabagismo foi observado
como fator protetor nas RCU, não somente no surgimento da doença, mas também no seu curso
clínico e no aparecimento de manifestações extra intestinais da doença. Por outro lado, a DC é mais
comum entre fumantes, assim como a recorrência após ressecção cirúrgica.
Por fim, em relação as complicações DC e RCU se diferenciam em relação a:
- Presença de sangramentos. A pesquisa de sangue oculto é geralmente positiva em
pacientes com DC, mas sangramentos macroscópicos (hematoquezia) são muito mais frequentes na
RCU do que na DC;

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- Estenoses costumam resultar do comprometimento repetitivo e grave dos planos
profundos da parede intestinal e, por isso são mais comuns na DC. Se houver estenose intestinal,
predominam os sintomas de uma obstrução parcial, como cólicas e distensão abdominal pós-
prandiais, constipação/diarreia paradoxal e massa palpável (refletindo ou uma alça intestinal de
diâmetro aumentado, geralmente dolorosa à palpação, ou um abscesso intra-abdominal).
- As fístulas transmurais são típicas da DC e podem resultar em massas inflamatórias e
abscessos, quando se estendem para as estruturas adjacentes.
- O câncer colorretal, não raramente, complica uma RCU, na dependência de dois fatores:
extensão do acometimento da mucosa e duração da doença. A DC também pode aumentar a
incidência de adenocarcinoma intestinal, e os mesmos fatores de risco estão envolvidos (extensão e
duração), embora esta relação não seja tão evidente como ocorre com a RCU.

Referências Bibliográficas
DANI, R.; PASSOS, M. C. F. Gastroenterologia Essencial, 4ª edição. Rio de. Janeiro: Guanabara
Koogan: Grupo GEN, 2011. E-book. ISBN 978-85-277-1970-4. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-1970-4/. Acesso em: 11 ago. 2023.

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