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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA

SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV


PIETRA FERREIRA DE SOUZA SIMÕES
4º PERÍODO

ATIVIDADE ACADÊMICA
TIC´s – DIFERENÇAS ENTRE AS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
INTESTINAIS – SEMANA 2

GUANAMBI/BA
2023
PERGUNTA: Nesta semana, encaminhe sua atividade sob a forma de texto,
correlacionando as diferenças entre a Doença de Crohn e e Retocolite Ulcerativa, nos
seguintes parâmetros:

RESPOSTA:

1. INCIDÊNCIA:
No Brasil, tem sido observado aumento dos casos nos últimos anos, sendo as
mais comuns a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. De acordo com Paulo
Gustavo Kotze, membro titular da SBCP: “No Brasil, a prevalência das doenças
inflamatórias intestinais chega a 100 casos para cada 100 mil habitantes no
sistema público, sendo a maior concentração nas regiões Sudeste e Sul. Em
alguns países desenvolvidos, a prevalência pode chegar a até 1% da população.
Já a incidência média em 2020 no país foi de sete casos para retocolite ulcerativa
e três para doença de Crohn para cada 100 mil habitantes”.

2. GÊNERO:

A retocolite ulcerativa acomete pessoas de ambos os gêneros. Já a doença de


Crohn afeta, predominantemente, as mulheres - sendo pico de incidência dos 20
aos 40 anos.

3. RELAÇÃO COM O TABAGISMO:

A relação entre o fumo e a DII é complexa. Em muitos, a doença de Crohn está


associada ao fumo e a pesquisa sugere que fumar aumenta a gravidade da
doença. Por outro lado, fumar parece diminuir a gravidade da Retocolite
Ulcerativa (RCU), apesar de ainda acarretar muitos outros riscos à saúde.

4. IDADE MAIS COMUM:

Mesmo ocorrendo em idosos, a fase mais incidente das DIIs é na fase dos 20
aos 40 anos.

5. LOCALIZAÇÃO:

A doença de Crohn, habitualmente, afeta mais a região do íleo terminal e/ou


cólon. Já a retocolite é limitada a região retossigmóide ascendente.

6. ASPECTO PATOLÓGICO:

Na doença de Crohn podemos identificar diversas áreas inflamadas em regiões


diferentes do trato gastrointestinal. Não há uma continuidade da lesão. Na
retocolite toda uma área afetada, com a inflamação concentrada e podendo
expandir-se, mas sempre de forma gradativa, não isoladamente.
7. ASPECTO HISTOLÓGICO:

Retocolite ulcerativa: Microscopicamente há edema, os vasos sangüíneos


encontram-se dilatados e túrgidos (congestão vascular), e há formação de
abscessos de criptas (presença de pus nas criptas intestinais, estruturas
encontradas na mucosa dos cólons e reto.

Doença de Crohn: A doença começa com inflamação das criptas e dos


abscessos, que progridem para pequenas úlceras aftoides. Essas lesões da
mucosa podem evoluir para úlceras profundas transversais e longitudinais com
edema mucoso entre as úlceras, criando, no intestino, aspecto característico de
pedra de calçamento.

8. COMPLICAÇÕES USUALMENTE ENCONTRADAS:

Obstrução intestinal, megacólon tóxico ou perfuração, fístulas na região do


intestino, da bexiga, vagina, pele, dos tecidos moles e comumente formação de
abcessos. Além do alto risco de câncer.

REFERÊNCIAS: (USAR NORMAS ABNT)

KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 19 1 v. Porto Alegre: AMGH Editora,
2017.

DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo Friche. Gastroenterologia essencial. 4.ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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