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IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NO CONTROLE DA

ESQUISTOSSOMOSE

Manoel Gouveia dos Santos Neto¹; Luiz Henrique Morais Tenório²; José Davi
Pequeno Ferreira³; Amanda Soares de Vasconcelos 4.

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru,
Pernambuco, Brasil; ²Graduando em Medicina pela Universidade Federal de
Pernambuco, Caruaru, Pernambuco, Brasil; 3Graduando em Medicina pela
Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, Pernambuco, Brasil; 4Biomédica.
Doutora em Biologia de agentes Infecciosos e Parasitários da Universidade Federal
do Pará, Belém, Pará, Brasil.

Eixo temático: Agravos e Doenças Crônicas


E-mail do autor principal para correspondência: manoel.gouveia@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A esquistossomose é a segunda doença parasitária mais letal do


mundo. OA COVID-19, surgida em 2019, trouxe grande repercussão na população
mundial. Isso porque seu alto potencial de transmissão e sua elevada taxa de
mortalidade fizeram com que as autoridades globais tomassem medidas como
isolamento social e desvio de investimentos para COVID-19. O intuito desta revisão
é observar como os serviços de saúde se organizaram em relação à
esquistossomose durante o período de pandemia. OBJETIVOS: Analisar os
impactos da pandemia da COVID-19 no controle da esquistossomose.
METODOLOGIA: O trabalho consiste em uma revisão integrativa da literatura,
realizada nas bases de dados PubMed e SciELO. Os critérios de inclusão utilizados
foram: atualidade (2022), texto completo grátis e adequação temática em título e
resumo. Após a aplicação de filtros e análise crítica, 11 artigos foram encontrados, 9
foram lidos e 8 foram selecionados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A COVID-19
afetou diretamente o cuidado aos pacientes com doenças negligenciadas,
especialmente a esquistossomose. Os estudos apontam que o atraso de um ano no
tratamento em massa pode adiantar em dois anos as metas de controle para a
doença. Isso ocorre por vários motivos. O isolamento dificulta que a população
contraia o parasita, pois há menos possibilidade da população frequentar lagos e
rios. Porém, o isolamento também dificulta o controle do caramujo nos ambientes de
lagos e rios. Além disso, o medo da COVID-19 faz com que a população com
esquistossomose frequente menos os serviços de saúde. As pesquisas afirmam que
o número de pessoas não tratadas e subnotificadas aumentaram nos próximos
anos. Consequentemente, as repercussões sistêmicas como hepatopatia e
uropatias causadas pela esquistossomose tendem a crescer proporcionalmente.
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pandemia de COVID-19
reordenou os serviços de saúde a fim de mitigar o crescimento do número de casos
e óbitos pela doença viral. Assim, outras afecções como a esquistossomose
sofreram com essa reorganização. Acredita-se que os números de casos
subnotificados e pacientes sem tratamento aumentem nos próximos anos. Além
disso, o isolamento afeta diretamente o controle do caramujo transmissor, embora
diminua o contato das pessoas com rios e lagos.

PALAVRAS-CHAVE: Covid-19; Impact; Pandemic; Schistosomiasis.

REFERÊNCIAS

MARQUES, R. S. et al. Research on Schistosomiasis in the Era of the COVID-19


Pandemic: A Bibliometric Analysis. Int J Environ Res Public Health. v. 19, n. 13, p.
1-14, 2020.

KURA, K. et al.. Disruptions to schistosomiasis programmes due to COVID-19: an


analysis of potential impact and mitigation strategies. Trans R Soc Trop Med Hyg.
v. 115, n. 3m-, p. 236-244, 2021.

BAGCI, O. U. Impacto da Duração do COVID-19 em Doenças Parasitárias


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TOOR, J. et al.. Predicted Impact of COVID-19 on Neglected Tropical Disease


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LI, G. et al.. Impacto do bloqueio da doença de coronavírus 2019 na densidade do
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