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RESUMO
Com surgimento dos primeiros casos do COVID-19 reportados na cidade chinesa de
Wuhan, que rapidamente se propagou mundialmente impondo reinvenções das estratégicas
em diferentes dimensões para mitigar o impato socioenconómico. A declaração do estado de
emergência e imposição de medidas restritivas e de prevenção da COVID-19 em
Moçambique visava responder a propagação rápida para vertente comunitário e desta forma
diminuir impato deste sobre a pobre. Nem com isso a propagação não foi intorrompida e
dessiminando facilmente por o resto do país. É do conhecimento de todos que a oferta dos
serviços de saúde em Moçambique constitui um grande desafio devido a escassez de unidades
hospitalares capazes de responder com densidade populacional em associação com número
reduzido de Profissionais de Saúde, e com restrições impostas para controle da propagação de
COVID-19, de alguma forma a procura de serviços de saúde possa ter sido impactado em
certa escala. Analisar o impacto da COVID-19 sobre os serviços de saúde baseado na revisão
bibliográfica de estudos existentes, documentos normativos (decreto) e reportagens norteam a
presente trabalho. Para este trabalho foi usado uma pesquisa bibliografica descritiva,
qualitativa e visa analisar da COVID-19 na procura dos serviços de saúde.
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1 INTRODUÇÃO
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Iremos com o presente trabalho trazer informações sobre impacto da pandemia da
COVID-19 na procura de serviços básicos: movimentos de consultas externas, consultas
electivas, exames, internamentos, cirurgias, partos e procedimentos médicos realizados em
grandes hospitais do país, que foram durante o vigência de COVID-19 Centros de Referência
no atendimento à pacientes infectados pelo COVID-19.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
COVID-19
Segundo Brenda (2022, MSD Online): “Os coronavírus são vírus de RNA com
envelope que causam doença respiratória de gravidade variável, do resfriado comum à
pneumonia fatal”.
A própria Brenda descreve o seguinte em relação aos coronavírus:
Vários coronavírus, descobertos inicialmente em aves domésticas na
década de 1930, causam doença respiratória, gastrintestinal, hepática e neurológica nos
animais. Apenas 7 coronavírus sabidamente causam doença nos humanos.
Quatro de 7 coronavírus causam mais frequentemente sinais e sintomas
do resfriado comum. Os coronavírus 229E, OC43, NL63 e HKU1 são responsáveis por
cerca de 15 a 30% dos caos de resfriado comum. Em casos raros, pode haver infecção
grave do trato respiratório inferior, incluindo bronquiolite e pneumonia, principalmente
em crianças, idosos e pacientes imunocomprometidos.
Três dos 7 coronavírus causam infecção respiratórias nuito mais graves
nos humanos, por vezes fatais, do que os outros coronavírus e causam grandes surtos de
pnemonia fatal no século 21:
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O Sars-CoV-2 é o novo coronavírus identificado como agente etiológico
da doença causada pelo coronavírus (Covid-19) que começou em Wuhan, na China, no
final de 2019 e se espalhou por todo o mundo.
Mers-CoV foi identificado em 2012 como agente etiológico da síndrome
respiratória do Oriente Médio (mers).
O Sars-CoV foi identificado em 2003 como agente etiológico de uma
epidemia de síndrome respiratória agua grave (sars), que começou na China próximo do
fim do ano de 2002.
3 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste estudo foi realizada uma revisão bibliográfica
descritiva, com abordagem qualitativa. Realizou-se uma pesquisa de busca bibliográfica na
base de dados: PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS), Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário (fiocruz.br) e Portal de
Governo de Moçambique.
Segundo Gil (2002, pag.42) “as pesquisas descritivas têm como objectivo
primordial a descrição das características de determina população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre as variãveis.”
Baseado nesta definição que o grupo decidiu pela escolha da pesquisa descritiva
para trazer o impacto que o COVID-19 sobre a procura dos cuidados de saúde.
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trará sérios efeitos adversos à saúde, em especial nas populações mais vulneráveis, como
crianças, idosos, pessoas vivendo com doenças crónicas ou deficiências e grupos minoritários.
As medidas implementadas para o controlo e mitigação da pandemia resultaram em uma
diminuição simultânea da oferta e da demanda por serviços de saúde, com potenciais
consequências em termos de morbidade e mortalidade.
Figura 1: Análise temporal de 1ª consultas pré-natais, 2019 e 2020. Fonte: Relatório do 1º Ano de COVID-19
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4.2 Consultas Externas
Figura 2: Análise temporal de consultas externas para adultos, 2019 e 2020. Fonte: Relatório do 1º Ano de COVID-19
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quase 700.000 em Julho 2020 antes de estabilizar a um nível abaixo de 900.000, tal como se
verifica na Figura 3.
Figura 3: Análise temporal de 1ªs Consultas de criança doente, 2019 e 2020. Fonte: Relatório do 1º Ano de COVID-19
4.4 Doentes Testados para Malária com Testes de Diagnótico Rápido (TDR)
Tal como os demais indicadores, nota-se uma associação entre o total de doentes
testados para malária com testes de diagnóstico rápido (TDR) com a epidemia nacional de
SARS-CoV-2. É possível constatar uma tendência crescente nos primeiros 3 meses de 2020,
2.000.000 de Março para Abril (após a declaração do EEN) de doentes testados e uma queda
continuam ao longo dos restantes meses, tendo reduzido o número de testados no ano de 2020
para 1.200.000 em Dezembro. Em alguns casos, esta tendência de redução pode estar
associada a mudanças da situação epidemiológica, especialmente nas áreas urbanas, e não só
as mudanças no acesso aos serviços de saúde relacionadas com a pandemia (Figura 4).
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Figura 4: Análise temporal de Doentes testados para malária por TDR, 2019 e 2020. Fonte:Relatório do 1º Ano do COVID-
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Anos de Protecção Casal (Couple Year Protection, CYP) é um indicador que estima a
protecção da gravidez fornecida por métodos contraceptivos durante o período de um ano.
Dependendo de quanto tempo podem ser usados, a probabilidade de desperdício e a eficácia,
os diferentes métodos correspondem a diferentes valores CYP (exemplo, 15 ciclos de pilula
são necessários para fornecer 1 CYP).
Assim, olhando para a análise de tendência temporal, nota-se um aumento de 2.2% no
primeiro trimestre do ano 2020 do CYP, e uma redução de 18.5% no trimestre seguinte tanto
dos métodos de longa como nos de curta duração e avaliando o último trimestre não se nota
uma variação significante. Quando se analisa a variação anual, nota-se uma redução de 5,6%
do uso de planeamento familiar no ano 2020, Vide as Figuras 5 e 6.
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Figura 5: Análise temporal por trimestre do Planeamento Familiar, Anos de Protecção Casal, 2019 e 2020. Fonte:Relatório
do 1º Ano do COVID-19
Figura 6: Análise temporal por ano do Planeamento Familiar, Anos de Protecção Casal, 2019 e 2020. Fonte: Relatório do
1º Ano do COVID-19
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4.6 Infecção pelo COVID-19 em Funcionários e Agentes do Sistema Nacional de Saúde
(FASNS)
Segundo o Relatório do 1º Ano de COVID-19, até 31 de Março de 2021 tinham sido
infectados pelo COVID-19 um total de 2.937 Funcionários e Agentes do Sistema Nacional de
Saúde (FASNS) infectados por SARS-CoV-2 (figura 56), o que corresponde a 5% do total de
FASNS existentes até Dezembro de 2020.
A maior parte das infecções foi registada durante a segunda vaga, com 2.451 casos reportados,
em comparação com a primeira vaga onde foram reportados apenas 486 casos.
Para além das infecções, o absentismo laboral de FASNS que tiveram contacto com casos de
COVID-19 e, portanto, tiveram de ficar em quarentena aumentou a sobrecarga no SNS.
Em relação as infecções
por SARS-CoV-2, para
os FASNS tanto na
primeira como na
segunda vagas, as
infecções foram mais
frequentes em indivíduos
do sexo feminino Figura 7: Distribuição de FASNS infectados por sexo na primeira vaga (N=486) e na segunda
vaga (N=2451). Fonte: Relatório do 1º Ano do COVID-19
segunda vaga, registou-se maior número de casos na Cidade de Diferente do que se observou
na população moçambicana, no geral, em relação as infecções por SARS-CoV-2, para os
FASNS tanto na primeira como na segunda vagas, as infecções foram mais frequentes em
indivíduos do sexo feminino (figura 8).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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6 REFERÊNCIAS
SUNDE, Rosário M.; JÚLIO, Ossula A.; NHAGUAGA, Mércia A.F. Ensiso remoto em
tempos da pandemia da COVID-19: Desfios e Perspectivas. Revista Epistemologo e Práxis
Educativa. Moçambique, Setembro de 2020.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projecto de pesquisa. Editora ATLAS 4ª Edição. São
Paulo, 2002.
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