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FACULDADE COSMOPOLITA

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

CARLA ELIZABETE MORAES COSTA


TAYNARA DE FATIMA SILVA JESUS DE OLIVEIRA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO MANEJO DA GESTANTE DURANTE A


PANDEMIA DA COVID-19

BELÉM
2020
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CARLA ELIZABETE MORAES COSTA


TAYNARA DE FATIMA SILVA JESUS DE OLIVEIRA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO MANEJO DA GESTANTE DURANTE A


PANDEMIA DA COVID-19

Trabalho final de Conclusão de curso ,apresentado a

Disciplina de TCC II com o requisito para a obtenção do

grau no curso de Bacharelado em em Enfermagem pela

Faculdade Cosmopolita.

Orientadora: Zélia Saldanha.

Co-orientadora: Carla Patricia Santos dos Santos.

BELÉM
2020
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1 INTRODUÇÃO

Para a saúde pública o surto de qualquer doença representa um


desafio. Os principais patógenos responsáveis pela manifestação de infecções
sazonais são os vírus, e podem originar epidemias e até mesmo pandemias,
como já aconteceu durante a história da humanidade que representaram
grande ameaça para a saúde e economia mundial, doenças tais como Cólera,
Influenza, HIV e H1N1.¹
Designado de SARS-CoV-2 causadores da doença COVID-19, o novo
coronavírus, foi detectado na cidade de Wuhan, na China, em 31 de dezembro
de 2019. A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou a circulação do
vírus em 9 de janeiro de 2020, um dia após pesquisadores chineses publicaram
a primeira sequência do SARS-CoV-2. No Japão foi notificado o primeiro caso
no dia 16 de janeiro. Os Estados Unidos notificaram no dia 21 de janeiro. A
OMS no dia 30 de janeiro anunciou a epidemia uma emergência internacional.
Inúmeros países como Estados Unidos, Canadá e Austrália haviam confirmado
importações de casos. Em 7 de fevereiro, no Brasil, havia 9 casos em
investigações, mas sem registros de casos confirmados. ²
A transmissão da COVID-19 ocorre similarmente a transmissão da
Influenza e outras doenças respiratórias. Em geral, a transmissão ocorre por
meio do ar por gotículas respiratórias, contato pessoal em menos de 2 metros
de distância, contato com pessoas contaminadas, saliva, espirro, tosse e
catarro. ³
Durante o período gestacional, em relação a outras infecções
respiratórias virais até o momento a COVID-19,as gestantes de baixo risco
possuem a mesma probabilidade de apresentarem a sintomatologia da
população em geral, no entanto, gestantes que possuem doenças crônicas
como a Hipertensão, Diabetes ou Doenças Crônicas Respiratórias apresentam
uma taxa de complicações mais elevada.4
Ressalta-se a possibilidade de uma grávida estar na fase
assintomática da doença, porém ainda assim transmitir o vírus, essa condição
foi observada em 43 gestantes em Nova York, Estados Unidos da América
(EUA), nas quais 32% testaram positivo para COVID-19 e eram assintomáticas.
4

Em outra pesquisa com 210 mulheres americanas em trabalho de parto,


constatou-se que 29 parturientes eram assintomáticas para a doença.5
A prática dos profissionais de enfermagem está presente em várias
circunstâncias e tem como principal intuito o cuidado centrado nas pessoas. O
enfermeiro possui adquire um papel como uma figura de destaque nos
cuidados de saúde, através da orientação, do gerenciamento do cuidado, da
assistência direta, comunicação e supervisão. Mediante à esta condição e
estando na linha da frente para aqueles que necessitam dos serviços de saúde,
especialmente à grupos de risco, a essência da profissão aliada a identidade
profissional do enfermeiro concede um papel de destaque no combate a
COVID-19.6
Diante disso a enfermagem se expõe como uma profissão com
grande importância, atuando em vários setores no combate à pandemia,
colocando-se em risco para realizar a assistência à saúde em frente a longas
jornadas de trabalho arriscando-se ao vírus SARS-CoV-2.7
Nessa perspectiva, a assistência de enfermagem tem que atuar na
orientação da gestante durante a pandemia da COVID-19, deve elaborar
estratégias um processo de cuidar de qualidade, realizando a prevenção e
promoção de saúde para o bem-estar e uma gestação saudável. Frente ao
exposto, o presente artigo objetiva discutir o estado atual das publicações
sobre a assistência de enfermagem em gestantes frente à COVID-19.

2 METODOLOGIA

A complexa situação atual vivida pela pandemia do COVID-19 requer


uma metodologia de coleta e análise dos dados que seja útil para a
organização das ideias de como a assistência de enfermagem é prestada dado
o contexto atual do mundo, de modo a revelar a como tal assistência é dada 8.O
presente estudo trata-se de uma revisão narrativa qualitativa da literatura
cientifica, para a busca e seleção dos estudos, utilizou-se as seguintes bases
de dados: Cochrane Library (Wiley); Embase (Elsevier); Portal BVS; Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE, PubMed); CINAHL;
GOOGLE Acadêmico; e Scopus. O processo de seleção dos estudos foi
realizado em 10 de agosto de 2020. A seleção da pesquisa é realizada em
5

duas etapas. Em primeiro lugar, consideram-se as publicações de dezembro de


2019 a julho de 2020. Essas publicações foram usadas integralmente e sem
restrições de idioma. Os títulos e resumos podem ser avaliados para pré-
selecionar possíveis estudos. Na segunda etapa, foi realizada uma leitura
completa das publicações para verificar sua consistência com a questão de
revisão e coletar dados relacionados ao seu enfoque, incluindo: título, autor,
país / região, ano de publicação, objetivo da pesquisa, métodos, resultados e
conclusões.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pandemia da COVID-19

Em dezembro de 2019, surgiram vários casos de pneumonia de origem

desconhecida em Wuhan, na província de Hubei, na China. Denominado de

SARS-CoV-2 causadores da doença COVID-19, o novo coronavírus, doença se

espalhou rapidamente, para outras partes da China e mundialmente para

muitos países em 6 continentes.9

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 11 de março de 2020, declarou a

COVID-19 como uma pandemia mundial. Como o seu surgimento é recente,

existem diversas questões a serem esclarecidas, por exemplo, ainda ocorrem

dúvidas sobre a capacidade de transmissão por portadores assintomáticos,

como também não se sabe quanto tempo dura a imunidade após o contágio.

Em 24 de maio de 2020, de acordo com a Organização Mundial de Saúde

(OMS), o mundo já havia confirmado 5.204.508 casos de COVID-19 entre eles

333.687 haviam evoluído a óbito. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil no

mesmo período, já registrava mais de 363.211 casos confirmados e 22.666

óbitos. 10-11

A falta de conhecimento cientifico sobre o novo coronavírus, a grande

capacidade de provocar mortes em populações vulneráveis e sua alta


6

velocidade de disseminação, produzem incertezas sobre quais as melhores

estratégias para o enfrentamento da epidemia. Pela falta de informações, por

pouco se saber sobre as características da COVID-19 em um contexto de

grande desigualdade social, no Brasil, os desafios se tornam ainda maiores.12

Forma de Transmissão

Assim como os primeiros casos da COVID-19 estavam relacionados a

exposição ao Mercado Atacadista de Frutos do Mar Huanan de Wuhan, o

mecanismo principal de transmissão foi presumido de animal para humano.

Porém, de acordo com os casos subsequentes não foram associados a este

mecanismo, chegou-se a conclusão que o vírus é transmitido de pessoa para

pessoa, sendo as sintomáticas a fonte mais frequente de disseminação.13

As principais vias de transmissão do SARS-CoV-2 são por meio de gotículas

de secreções de vias respiratórias de indivíduos, sendo assintomáticos ou

sintomáticos, e de objeto que estejam contaminados por eles, há evidencias da

transmissão do patógeno pelas fezes.14

A transmissão da COVID-19 é rápida, e levando em consideração este fator,

uma pessoa infectada média transmite a doença para duas ou três pessoas,

provocando uma taxa exponencial de aumento. Isso significa que a COVID-19

será mais difícil de conter do que a Síndrome respiratória aguda grave (SARS)

ou a síndrome respiratória do Oriente Médio, que foram disseminadas com

menos eficiência, de outro modo a COVID-19 já causou 10 vezes mais casos

que a SARS.15

Sinais e Sintomas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sinais e sintomas

iniciais da doença lembram um quadro gripal comum, variando de pessoa para


7

pessoa, podendo se manifestar de forma leve ou grave. Grande parte das

pessoas infectadas apresenta a forma leve da doença, com os sintomas de

febre, fadiga, tosse, dor no corpo, dor de garganta, congestão nasal e em

alguns casos podem apresentar diarreia, náusea e vômito. Grupos de risco

como idosos, imunossuprimidos e grávidas podem ter um agravamento rápido,

principalmente se o paciente apresentar mais de uma patologia preexistente,

que pode levar a óbito. Em um estudo realizado na China com 41 casos,

identificou que a febre esteve presente em 98% dos casos, seguida por tosse

(76%), dispneia (55%) e mialgia/fadiga (44%).16

Desde a detecção da COVID-19 como uma pandemia, e sua alta taxa de

transmissibilidade, segundo a OMS,80% dos pacientes apresentam sintomas

leves e sem complicações,15% evoluem para hospitalização que necessita de

oxigenoterapia e 5% precisam ser atendidos em unidade de terapia intensiva

(UTI).17

GESTANTES E COVID-19

3.3.1 Medidas de prevenção

3.3.2 Assistência de enfermagem à gestante durante a

pandemia
8

Dondocas, as senhoritas NÃO REFERENCIARAM

NADA.
Segue um textinho sobre revisao narrativa:

A “revisão narrativa” não utiliza critérios explícitos e sistemáticos para a busca e análise crítica

da literatura. A busca pelos estudos não precisa esgotar as fontes de informações. Não aplica

estratégias de busca sofisticadas e exaustivas. A seleção dos estudos e a interpretação das

informações podem estar sujeitas à subjetividade dos autores. É adequada para a

fundamentação teórica de artigos, dissertações, teses, trabalhos de conclusão de cursos.


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REFERÊNCIAS

1 ESTELLITA, Maria Clara Ayres et al. Análise do coronavírus SARS-CoV-


2/COVID-19 no cenário atual da pandemia mundial: revisão de
literatura/Analysisofthecoronavirus SARS-CoV-2/COVID-19 in thecurrent
world pandemicscenario: literature review. BrazilianJournalof Health
Review, v. 3, n. 3, p. 7058-7072, 2020.
2 LANA, Raquel Martins et al. Emergência do novo coronavírus (SARS-
CoV-2) e o papel de uma vigilância nacional em saúde oportuna e
efetiva. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, p. e00019620, 2020.
3 TRAPANI JUNIOR, Alberto et al . Childbirth, Puerperium and Abortion
Care Protocol duringthe COVID-19 Pandemic. Rev. Bras. Ginecol.
Obstet., Rio de Janeiro , v. 42, n. 6, p. 349-355, June 2020 .
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script=sci_arttext&pid=S0100-72032020000600349&lng=en&nrm=iso>.
accesson 11 Sept. 2020. Epub July 17, 2020..
10

4 RAMIRO, Nathalia Cristina Machado Prado et al. Repercussões fetais e


possíveis complicações da COVID-19 durante a gestação. Saúde
Coletiva (Barueri), n. 54, p. 2679-2690, 2020.
5 MOUTA, Ricardo José Oliveira et al. Contribuições da Enfermagem
Obstétrica para o cuidado seguro às parturientes e aos neonatos no
contexto da pandemia COVID-19. Research, Society
andDevelopment, v. 9, n. 8, p. e27985362-e27985362, 2020.
6 VENTURA-SILVA, João Miguel Almeida et al. < b> Ano internacional da
enfermagem e a pandemia da covid-19: a expressão na
mídia/Internationalyearofthenursingandthepandemicof covid-19: media
xpression.. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 19, 2020.
7 BITENCOURT, Julia Valeria de Oliveira Vargas et al. PROTAGONISMO
DO ENFERMEIRO NA ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO DE UMA
UNIDADE ESPECÍFICA PARA COVID-19. Texto & Contexto-
Enfermagem, v. 29, 2020.
8 Barros FC, Victora CG, Vaughan JP. Causas de mortalidade perinatal
em Pelotas, RS (Brasil): utilização de uma classificação
simplificada. Rev Saúde Pública 1987;21:310-6.
9 DONG, Yuanyuan et al. Epidemiologia de COVID-19 em crianças na
China. Pediatrics , v. 145, n. 6, 2020.
10 MENEZES, Mariane de Oliveira et al. Testagem universal de COVID-19
na população obstétrica: impactos para a saúde pública. Cadernos de
Saúde Pública, v. 36, p. e00164820, 2020.
11 DE CARVALHO, Bruno Ramalho et al. COVID-19 e reprodução
assistida: um ponto de vista sobre o cenário brasileiro. Femina, v. 48, n.
6, p. 353-8, 2020.
12 WERNECK, Guilherme Loureiro; CARVALHO, Marilia Sá. A pandemia
de COVID-19 no Brasil: crônica de uma crise sanitária anunciada. 2020.
13 CASCELLA, Marco et al. Características, avaliação e tratamento do
coronavírus (COVID-19). In: Statpearls [internet] . StatPearls
Publishing, 2020
14 MASCARENHAS, Victor Hugo Alves et al . COVID-19 e a produção de
conhecimento sobre as recomendações na gravidez: revisão de
escopo. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 28, e3348,
11

2020 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?


script=sci_arttext&pid=S0104-11692020000100606&lng=pt&nrm=iso>.
acessos em 24 set. 2020. Epub 26-Jun-
2020. https://doi.org/10.1590/1518-8345.4523.3348.
15 GATES, Bill. Respondendo à Covid-19 - uma pandemia que ocorre uma
vez a cada século ?. New England Journal of Medicine , v. 382, n. 18,
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16 ISER, Betine Pinto Moehlecke et al. Definição de caso suspeito da
COVID-19: uma revisão narrativa dos sinais e sintomas mais frequentes
entre os casos confirmados. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v.
29, p. e2020233, 2020.
17 NORONHA, Kenya Valeria Micaela de Souza et al. Pandemia por
COVID-19 no Brasil: análise da demanda e da oferta de leitos
hospitalares e equipamentos de ventilação assistida segundo diferentes
cenários. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, p. e00115320, 2020.
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