FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS CURSO DE BACHARELADO EMENFERMAGEM
ANTONIA GOMES DE ALMEIDA NETA
OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ÀS GESTANTES FRENTE AO CONTEXTO
DA PANDEMIA DO COVID-19.
PATOS – PB 2022 4
1 INTRODUÇÃO
Os primeiros registros de contágio do novo coronavírus (Sars-Cov-2) foram
originários da China, em meados de dezembro de 2019, ocasionando uma rápida proliferação da doença em escala global, elevando ao status de pandemia pela Organização Mundial da Saúde - OMS. Em abril de 2020, cerca de 206 países registraram casos de pessoas contaminadas, chegando a uma marca que ultrapassava os 950 mil casos retificados, e aproximadamente 50.400 óbitos. (SCHMIDT et.al, 2020) No Brasil, na mesma data acima citada, já existiam mais de 9 mil casos e 359 mortes. Todavia, acredita-se que os dados apresentados na época eram muito maiores, tendo em vista os atrasos nas notificações e dificuldade dos municípios em registrar os números (RUSSEL et.al, 2020). Segundo a OMS, os casos até o final de fevereiro de 2022 chegaram à marca de 400 milhões em todo o planeta, apontando quase 6 milhões de óbitos. No brasil, os números mostravam 22 milhões de casos, e mais de 600 mil mortes (BRASIL, 2022). O novo coronavírus, SARS-COV, também conhecido como COVID-19, recebeu esse nome por causa de sua propagação iniciada no ano de 2019. De lá para cá, muito se tem falado sobre o assunto e suas consequências para saúde do homem. Na gestação, por exemplo, a doença pode se agravar com mais facilidade, já que esta fase se constitui por um cenário de alterações fisiológicas, e que por sua vez podem configurar um momento de vulnerabilidade, tendo em vista as limitadas informações a respeito do vírus. Além da possível infecção, a falta de informações acarreta uma série de frustrações incertezas, já que a ciência ainda não é capaz de compreender o vírus em sua totalidade, gerando nas mães um medo compreensível (ESTRELA, et.al 2020). Far-se-á cogente o mapeamento das recomendações para assistência as gestantes, tendo por base as informações definidas até o presente momento. É preciso lembrar que, em gestantes, principalmente no terceiro trimestre, os riscos são ainda maiores, uma vez que as modificações no corpo tendem a deixar o organismo mais suscetível ao desenvolvimento de infecções (ESTRELA, et.al 2020). 5
Segundo a própria OMS, e através das pesquisas e observações ao longo da
pandemia mostraram que essa doença inicialmente lembra uma gripe comum, podendo variar de pessoa para pessoa. Em alguns casos a infecção se manifesta de forma branda, já em outros podem se transformar em uma pneumonia grave. Apesar da maioria das pessoas apresentarem sintomas leves, a doença pode levar ao óbito. Para os sintomas mais comuns, há registros de febre, tosse, perda de paladar e/ou olfato, cansaço, E em casos mais isolados, sintomas como dores de garganta, diarreia, olhos vermelhos, irritações na pele, entre outros. É importante lembrar que o quadro respiratório agudo é um dos fatores que levam a morte do paciente (ISER et.al, 2020) Dentre tantas medidas adotadas pelas autoridades da saúde, o isolamento social, o repouso, uma nutrição monitorada, além das recorrentes orientações já efetivadas, são sem sombra de dúvidas, as melhores condições na atualidade para lidar com o vírus nesta fase, já que o acompanhamento da gestação requer um contato direto entre os profissionais da saúde e a genitora. (MASCARENHAS, et.al 2020) Dada a atual conjuntura do cenário da saúde no ano corrente, é necessário compreender o Coronavírus frente a fase da gestação, e quais os cuidados de enfermagem a gestante durante a pandemia do COVID19? A necessidade desta pesquisa se deve ao fato de que tais mudanças trouxeram também novas adaptações na gestação. Sendo assim, este trabalho buscou responder a seguinte questão-problema: Quais os cuidados de enfermagem realizados no atendimento a gestantes durante a pandemia do novo Coronavirus? Para responder a esta questão, o trabalho baseia-se através de um objetivo geral, além de objetivos específicos. O objetivo geral consistiu em “compreender as mudanças e adaptações no atendimento e acompanhamento da equipe de saúde sob as afetações da pandemia na gestação”. Sobre os Objetivos Específicos, A) Apontar as recomendações da saúde para assistência às gestantes durante a pandemia; B) Analisar os perigos da COVID nas gestantes, C) Identificar as adaptações nos cuidados de Enfermagem a gestante com COVID19. É necessário reforçar o impacto causado pela pandemia no cenário mundial, e as mudanças pelas quais equipe de saúde teve que se adaptar, em especial as 6
questões levantadas durante o processo de cuidado durante a gestação. Tais
mudanças objetivam a preservação da saúde não somente da equipe, mas das mães acompanhadas neste contexto. Espera-se que esta pesquisa sirva de instrumento para estudos da área, tendo em vista a persistente continuidade da pandemia no cenário atual, e as mudanças que ainda estão acontecendo em todo o mundo.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Constituição de 1988. –
Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2016.
ESTRELA, F. M. et.al. Gestantes no contexto da pandemia. Revista de Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, 2020.
ISER, B. P. M. Definição de caso suspeito da COVID-19: uma revisão narrativa dos
sinais e sintomas mais frequentes entre os casos confirmados. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 2020.
MASCARENHAS, V. H. A. et.al. COVID-19 e a produção de conhecimento sobre
as recomendações na gravidez: revisão de escopo. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online], vol.28, 2020. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 11692020000100606&script=sci_arttext&tlng=pt >
RUSSELL. T. et al. Using a delay-adjusted case fatality ratio to estimate under-
reporter. (2020).
SHIMIDT. B. et al. Impacto na saúde mental e intervenções psicológicas diante da
pandemia do novo Coronavírus (COVID-19). Revista Estudos de Psicologia, Campinas, 2020. Campinas, 2020. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/estpsi/a/L6j64vKkynZH9Gc4PtNWQng/?lang=pt >