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Departamento Científico de
Pediatria Ambulatorial (gestão 2022-2024)
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
o mais alto nível de alerta da Organização, con- • Agravos nutricionais, entre eles destaque para
forme previsto no Regulamento Sanitário Inter- a crescente prevalência de sobrepeso e obesi-
nacional.3 dade;8
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Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial (gestão 2022-2024) • Sociedade Brasileira de Pediatria
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
insegurança alimentar em algum grau: leve, mo- um patamar equivalente ao da década de 1990
derado ou grave (fome). O país regrediu para (Figura 2).13
Por outro lado, vemos outro extremo do adolescentes com obesidade (Global Atlas on
Brasil, a obesidade infantil se destacando como Childhood Obesity, 2019).17
um problema de saúde pública, e essa faixa etá-
Esta longa introdução e atualização sobre
ria foi consideravelmente afetada durante a pan-
a situação da saúde no Brasil, foi importante
demia pelo isolamento social, em especial pela
para podermos agora, focar nas ações presentes
dificuldade na prática de atividades físicas e no
e futuras, e uma delas começa com a pergunta
controle nutricional.14,15
a seguir.
O cenário atual é alarmante:
• 60,3% da população adulta brasileira está
acima do peso (Instituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística, IBGE, 2020);14
Como a consulta pré-natal pode
• 39 milhões de crianças menores de 5 anos impactar nesse cenário atual de
estão com sobrepeso ou obesidade (OMS, saúde da criança brasileira?
2021);15
• 1 em cada 3 crianças estão com sobrepeso ou Alguns dados científicos históricos precisam
obesidade no Brasil (MS, 2019);16 e ser apresentados e refletidos para podermos
• 5º lugar é a posição do Brasil no ranking de responder a esta pergunta, vamos pontuá-los
países como o maior número de crianças e de 1 a 4:
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
estavam no primeiro trimestre de gestação ti- Southampton, no Reino Unido, com idades en-
veram filhos com resistência à insulina, perfil tre 20 e 34 anos monitoradas quanto à dieta,
lipídico aterogênico, alterações da coagulação composição corporal, atividade física, estilo de
sanguínea (trombos), obesidade nas mulheres, vida e amostras sanguíneas dos principais mar-
sensibilidade extrema ao estresse, doenças coro- cadores de saúde durante o período pré-gesta-
narianas e maior incidência do câncer de mama.19 cional, gestacional e pós-gestacional. Os filhos
dessas mulheres foram também acompanhados
até os 6 anos de idade e observou-se associação
3. Mães com ganho excessivo de peso na
direta entre o ganho de peso materno excessivo
gestação têm filhos com risco aumentado
na gestação com maior adiposidade ao nascer,
para desenvolver obesidade.20
aos 4 e 6 anos em comparação com aquelas
Uma situação oposta à coorte da “fome ho- mães que ganharam peso de forma adequa-
landesa” foi documentada nas descobertas da. Veja na figura 3 o desvio padrão (SD) das
do Southampton Women’s Survey, uma coor- crianças cujas mães tiveram ganho excessivo de
te formada por 12.579 mulheres da região de peso.
Figura 3. Relação do desvio padrão (SD) da massa gorda da criança com o ganho de peso da mãe
durante a gestação (inadequado – adequado – excessivo). Vejam que desde a vida neonatal até
os 6 anos de idade as crianças cujas mães tiveram ganho excessivo de peso, também tiveram sua
massa gorda acima dos limites padrões.20
4. A subnutrição e desnutrição materna na tação a termo (280 dias) somado aos primeiros
gestação aumentam o risco de incremento dois anos de idade (730 dias) que apresentam
no índice Ano de Vida Ajustado por alto impacto na redução da mortalidade e morbi-
Incapacidade (DALY - Disability Adjusted dade, incluindo danos ao crescimento pôndero-
Life Years).21 -estatural e ao neurodesenvolvimento da criança.
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um DALY é igual a um ano perdido de vida saudá- A seguir vamos apresentar alguns pontos
vel. O estudo da relação entre os índices mater- básicos e obrigatórios para serem abordados na
nos e os infantis, comparando altura da mãe, peso consulta pré-natal com o pediatra.
ao nascer, restrição de crescimento intrauterino
com peso, altura e índice de massa corporal (IMC)
da criança aos 2 anos, segundo os novos gráficos
da OMS, e notaram nítida influência nos resulta-
dos finais na vida adulta com redução na altura A consulta pré-natal com o pediatra
final, no nível de escolaridade, na produtividade é prevista por resolução normativa
econômica, alterações no IMC, níveis glicêmicos
da Agência Nacional de Saúde (ANS)
e variações na pressão arterial, com um destaque,
a desnutrição intrauterina pode estar associada O atendimento ambulatorial de puericultura
a aumento na incidência de doenças mentais. é destinado à criança saudável, para a preven-
Ficou evidente nesses estudos que a altura da ção, e não para o tratamento de doenças. Sendo
criança aos 2 anos de idade é o melhor predi- assim, diante dos novos conceitos de program-
tor do capital humano futuro. Um dos estudos ming e epigenética, fica clara a necessidade da
focou nas intervenções realizadas nesta janela de assistência à saúde da criança se iniciar antes
oportunidades e concluiu que intervenções nes- mesmo de seu nascimento.24
ta fase intrauterina materno infantil têm resulta-
dos positivos em curto, médio e longo prazo com A ANS em 2013, pela Resolução Normativa
documentação científica comprovando redução nº 338, incluiu o procedimento pediátrico “aten-
dos DALYs e melhora da estatura final.21-23 dimento ambulatorial em puericultura” no rol
de consultas, passando a valer desde janeiro de
Após a apresentação desses dados ficam 2014. Uma vez incluído, o procedimento passou
algumas reflexões para o colega que está lendo a fazer parte da cobertura assistencial mínima
este texto. obrigatória pelos planos privados de assistên-
• Será que a situação de insegurança alimen- cia à saúde suplementar: operadoras, Unimed e
tar, com aumento da fome no Brasil no perío- intercâmbio.25
do pandêmico da COVID-19 (2020-2022) não O atendimento pediátrico a gestantes
poderia ser comparada à situação da fome ho- (terceiro trimestre) foi contemplado pelo Códi-
landesa da Segunda Guerra Mundial (1943 a go nº 1.01.06.04-9 com indicação de remune-
1947)? ração pelo Porte 2B, lembrando aos colegas pe-
• Se sua resposta for sim, quais seriam as reper- diatras a importância do preenchimento correto
cussões para essas crianças em curto, médio e do código da ANS nas guias de consulta para o
longo prazos? devido reembolso desse valor diferenciado.25
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
vários os objetivos dessa consulta, tanto para o aumento de morbimortalidade do feto e/ou o
pediatra quanto para a família, a saber:24,25,27,28 recém-nascido (RN) (alcoolismo, tabagismo, uso
• Estabelecer e fortalecer um vínculo entre o pe- de drogas injetáveis, uso crônico de medicamen-
diatra e os pais antes do nascimento da criança; tos, acidentes e traumas, exposição à radiação,
sorologias maternas positivas para patógenos de
• Preparar os pais para o cuidado do desenvol-
possível transmissão vertical.24,25,27,28
vimento físico e psicológico do bebê que está
chegando. Discutir os anseios, preocupações e Discutiremos em outros itens com mais deta-
necessidades com relação à criança; lhes sobre a SAF (Síndrome Alcoólica Fetal), so-
• Obter informações básicas de grande impor- bre o estresse tóxico na gestação e o ambiente
tância no pré-natal, como as doenças anterio- tóxico na gestação.
res e/ou ocorridas durante a gestação; e
• Identificação dos pais: nome, idade, procedên-
cia, profissão (objetivando identificar exposi-
ção habitual a produtos tóxicos), tipo sanguí- História familiar
neo e fator Rh.
Sífilis congênita
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de tratamento. A sífilis congênita (SC) é uma ser administrada simultaneamente a outras vaci-
doença de notificação compulsória, decorrente nas indicadas na gestação, tais como as vacinas
da disseminação hematogênica do Treponema adsorvida difteria e tétano adulto, hepatite B e
pallidum por via transplacentária, da gestante influenza.28,30
não tratada ou inadequadamente tratada para o
Atualmente, a Sociedade Brasileira de Imuni-
seu concepto. É um agravo evitável, entretanto,
zações (SBIm) recomenda três vacinas durante a
ainda representa um grave problema de saúde
gestação. São elas:30
pública e sua ocorrência evidencia falhas princi-
palmente da atenção pré-natal (PN). Influenza: pela baixa imunidade, as gestan-
tes e puérperas são mais suscetíveis às formas
O diagnóstico precoce da infecção materna, o
graves da gripe, sendo, inclusive, consideradas
tratamento adequado e oportuno é uma medida
grupo de risco para a doença. Por isso, é im-
simples e efetiva para a sua prevenção. Lembrar
portante tomar a vacina contra a influenza a
que a transmissão para o concepto pode ocor-
qualquer momento da gravidez. Mesmo que a
rer em qualquer fase da doença materna, sendo
grávida já tenha tomado o imunizante em uma
maior o risco nos estágios iniciais; entre 70% e
gestação anterior, ela deve ser aplicada nova-
100% das transmissões podem ocorrer na sífilis
mente. Se não conseguir tomar a vacina duran-
primária e secundária, e cerca de 30%, na sífilis
te os nove meses, pode ainda recebê-la em até
latente tardia e terciária.29
45 dias após o parto.30
Toda gestante deverá ser testada para sífi-
Hepatite B: caso a mãe seja contaminada com
lis logo após o diagnóstico da gravidez. É reco-
a hepatite B em um período próximo ao parto, o
mendada a realização do teste na entrada do PN,
bebê corre o risco de desenvolver infecção crô-
idealmente no primeiro trimestre, no segundo
nica do fígado. Portanto, essa é outra vacina que
e terceiro trimestres de gestação e na admissão
não pode ser deixada de lado pelas gestantes.
para o parto ou curetagem por abortamento,
O imunizante deve ser aplicado a partir do se-
independentemente de os exames terem sido
gundo trimestre de gravidez, em regime de três
realizados durante o PN.29
doses. Entre a primeira e a segunda doses, há um
A maior parte dos RN com sífilis congênita intervalo de 1 mês (30 dias); e, entre a primeira
é assintomática (mais de 50%) e os sintomas, e a terceira, 6 meses (180 dias). Caso a mulher já
geralmente, manifestam-se nos primeiros três tenha sido imunizada antes, não é preciso uma
meses de vida; por isso, é fundamental a triagem nova dose de reforço.30
sorológica da mãe na maternidade.29
Tríplice bacteriana (dTpa): protege contra
a difteria, o tétano e a coqueluche. A aplicação
é indispensável para impedir a transmissão ao
RN e protegê-lo nos primeiros meses de vida
Situação vacinal até que tenha idade suficiente para também ser
imunizado. A administração da dTpa depende de
cada situação:30
Revisar a situação vacinal da gestante, pois
nos últimos anos um fato vem se tornando pre- • Para gestantes que já se vacinaram previamen-
ocupante: o número de óbitos em lactentes por te com as três doses: uma dose de dTpa a partir
coqueluche (pertussis), quase a totalidade deles da 20ª semana de gestação;
com idade inferior a 6 meses. Para diminuir o • Para gestantes que já haviam recebido uma
número desses casos nos lactentes jovens, o MS dose: uma dose da dTpa a partir da 20ª sema-
recomenda às gestantes a vacina adsorvida dif- na de gestação e uma dose da dupla adulto
teria, tétano e pertussis (acelular), preferencial- (dT), com intervalo mínimo de um mês entre
mente após a 20ª semana de gestação, podendo elas;
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
• Para gestantes que já haviam recebido duas mente a da Pfizer/BioNTech. Produzida a partir
doses: uma dose de dTpa a partir da 20ª sema- de mRNA, esta vacina foi muito aplicada em ges-
na de gestação; tantes e não apresentou intercorrências.31
• Para gestantes que não haviam sido vacinadas:
uma dose da dTpa a partir da 20ª semana de
gestação e duas doses da dT, com intervalo mí- Estratégia casulo
nimo de 1 mês entre elas. (Cocoon Strategy)
• A dT também protege contra o tétano e a difte-
ria. Se não for imunizada durante a gravidez, a Esta é uma estratégia orientada pela OMS
mulher deve se vacinar o mais breve possível que objetiva proteger bebês contra doenças
após o parto. imunopreveníveis que podem levar a desfechos
como hospitalização e óbito em faixa etária na
qual eles não podem se vacinar ou estão apenas
parcialmente imunizados.
Vacinação contra Consiste na vacinação dos adultos (familia-
COVID-19 em lactantes res e cuidadores), adolescentes e outras crianças
do núcleo familiar, para evitar que eles adoe-
O Comitê Extraordinário de Monitoramento çam e transmitam as infecções para os bebês, no
COVID-19 da Associação Médica Brasileira (CEM ambiente doméstico.32
COVID_AMB), a Sociedade Brasileira de Pedia-
Os principais fatores associados à adesão
tria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações
a essa estratégia são a educação dos médicos
(SBIm) e a Federação Brasileira de Ginecologia
e leigos, pois muitos desconhecem o fato de
e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam que as
que a coqueluche acomete pessoas de todas as
gestantes e puérperas devam ser incluídas nos
idades, mesmo que tenham tido a doença ou sido
grupos prioritários para vacinas contra COVID-19
vacinadas na infância e que os riscos da coque-
no Plano Nacional de Imunização.31
luche já podem ser evitados por vacinas seguras
Gestantes e puérperas são mais suscetíveis e efetivas. Oferecer a vacina aos profissionais de
a desenvolverem as formas graves da COVID-19. saúde a familiares de lactentes jovens nos hos-
Por isso, considerando a situação da pandemia pitais ou maternidades, de preferência sem cus-
no Brasil e a circulação do SARS-CoV-2, o MS re- to, é uma excelente estratégia para a adesão à
comenda o esquema primário de vacinação para vacinação.32
esse grupo: duas doses mais uma dose de refor-
Também são recomendadas para os prin-
ço após um intervalo de 4 meses. O ideal é que
cipais contactantes com o RN e com a puérpe-
o imunizante não contenha o vetor viral, como
ra as vacinas contra: influenza, varicela, tríplice
é o caso da CoronaVac, produzida pelo Instituto
viral e contra doenças meningocócicas pelos
Butantan, e a da Pfizer. Para as gestantes que re-
sorogrupos ACWY e pelo sorogrupo B.32
ceberam a primeira dose da AstraZeneca, o MS
indica a continuação do esquema vacinal com a
Pfizer.31
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O termo FASD é uma expressão abrangente uti- atravessa livremente a barreira placentária.
lizada para se referir à gama de efeitos que po- O álcool é considerado o agente teratogêni-
dem ocorrer em um indivíduo exposto ao álcool co mais comum atualmente existente e a SAF,
durante o período pré-natal, o que pode resultar apesar de totalmente prevenível, represen-
em prejuízos em curto, médio e longo prazo.33 ta a causa mais comum de retardo mental não
congênito.33
A ingestão alcoólica durante a gravidez pode
causar graves repercussões no feto e no RN, com O consumo de álcool na gravidez pode ocor-
consequências irreversíveis para toda a vida. rer por depressão, carência afetiva, gravidez
É possível haver alterações físicas, mentais, indesejada, estado nutricional comprometido,
comportamentais e de aprendizado.33 desinformação sobre efeitos de drogas, além do
baixo custo e fácil acesso a bebidas alcoólicas,
Os efeitos podem variar de acordo com o visto ser uma substância socialmente aceita, é
tempo de exposição, o padrão de consumo e a importante na consulta pré-natal o pediatra
idade gestacional: 33 abordar esse tema.24,28,33
• 1º trimestre: anomalias faciais e alterações es-
Na consulta pré-natal com o pediatra, pode
truturais maiores;
ser aplicado um questionário curto, que demora
• 2º trimestre: aumento do risco de abortamento em torno de 2 minutos para respondê-lo, e que
espontâneo; e foi o primeiro teste rastreador para uso abusivo
bebida alcoólica validado para a prática obstétri-
• 3º trimestre: alterações do crescimento.
ca e ginecológica. Trata-se do questionário T-ACE
Não existe uma quantidade segura para o (Quadro 1) acrônimo em inglês das palavras:
consumo de álcool na gravidez; o feto é ex- Tolerance (tolerância), Annoyed (aborrecida),
tremamente vulnerável, visto que o álcool Cut-down (cortar), Eye-opener (abrir os olhos).34
T – Qual a quantidade que você precisa beber para se sentir desinibida ou “mais alegre”?
(avaliar conforme o número de doses-padrão)
Não bebo – 0 pontos
Até duas doses – 1 ponto
Três ou mais doses – 2 pontos
E – Você costuma tomar alguma bebida logo pela manhã para manter-se bem ou
para se livrar do mal-estar do “dia seguinte” (ressaca)?
Não – 0 pontos
Sim – 1 ponto
T-ACE: Tolerance, Annoyed, Cut-down e Eye-opener. Resultado de dois pontos ou mais indicam alta propensão
para um consumo alcoólico de risco durante a gestação.
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
Não existe tratamento para a SAF. Até o mo- O cérebro humano é muito sensível ao ET,
mento, dispõe-se apenas de medidas de supor- sobretudo na gestação e nos primeiros anos
te, que visam minimizar os danos causados e o de vida. Por exemplo, a depressão materna na
sentimento de culpa. As crianças e suas famílias gestação pode acarretar a produção de grande
devem ser acompanhadas por equipes multidis- quantidade dos hormônios do estresse, aumen-
ciplinares.33 tando o risco de parto prematuro, baixo peso ao
nascer e alterações no desenvolvimento e com-
Efetivamente, a prevenção é a única ma-
portamento da criança.36
neira de evitar a doença e somente será atin-
gida pela abstinência total de álcool durante a Estudos mostram que, no Brasil, a taxa de pre-
gestação e para mulheres que queiram engra- valência de transtornos mentais entre crianças e
vidar.33 adolescentes varia de 7% a 12,7%. O pediatra
tem um importante papel na diminuição do es-
tresse tóxico de todas as crianças, ao orientar
Se beber, não engravide; as famílias durante as consultas de puericultura
se engravidar NÃO BEBA! principalmente a pré-natal, já que a neurociência
tem comprovado que o principal fator protetor é
o contato amoroso e responsivo de seus pais e
cuidadores.36,37
Estresse tóxico
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e reduzindo o risco de doenças crônico-dege- captado a partir da 26º semana de gestação até
nerativas. Por outro lado, a ingestão inadequa- o nascimento.39
da de nutrientes por adolescentes e mulheres
O consumo materno de DHA é essencial para
jovens pode comprometer o processo reprodu-
a formação de todas as membranas celulares do
tivo e aumentar o risco de resultados adversos
sistema nervoso central, ajuda a prolongar ges-
na gravidez, tanto para a mãe quanto para o
tações de alto risco, aumenta o peso do RN, o
nascituro.38
comprimento e a circunferência da cabeça ao
Ademais, as adaptações metabólicas po- nascimento, aumenta a acuidade visual, coor-
dem aumentar o risco de desenvolver doenças denação motora mão-olhos, atenção, resolução
crônico-degenerativas e obesidade em longo de problemas e processamento de informa-
prazo. Para garantir uma ingestão adequada de ções.39,40
nutrientes durante essas importantes fases da
Na gestação várias situações alteram o apor-
vida, é preciso considerar as necessidades nu-
te de DHA para a gestante:39-41
tricionais. Este conceito estabelece os níveis
de nutrientes, energia e atividade física sufi- • Nutrição inadequada;
cientes para um estado individual de saúde e • Consumo de óleos e gorduras com alta pro-
bem-estar.38 porção de ômega 6 (óleos vegetais e gorduras
trans) e baixa proporção de ômega 3; e
O corpo exige pequena quantidade de calo-
rias durante uma gravidez típica, mas pode exi- • Gestações frequentes e múltiplas.
gir níveis elevados de certos nutrientes. Assim, Uma revisão de dados brasileiros mostra
as mulheres grávidas devem concentrar-se em que a ingestão dietética de fontes alimentares
aumentar a ingestão de alimentos ricos em nu- de ômega-3 é baixa, e possivelmente deficiente
trientes e de alta qualidade, limitando o consu- no Brasil, e que os índices bioquímicos do status
mo de bebidas e alimentos processados e com materno de DHA e do teor de DHA no leite ma-
calorias vazias.38 terno são baixos quando comparados à literatura
A suplementação pode ser necessária du- internacional.42
rante a gravidez, devido à perda de nutrientes.
Esses dados indicam um status inadequado
O suprimento de vitaminas e minerais deve
de DHA entre as mulheres brasileiras durante a
ser fornecido pela dieta regular, mas a inges-
gravidez e a lactação.42
tão de suplementos pode ajudar no alcance
dos níveis ideais quando a mulher grávida não O feto é totalmente dependente da nutri-
consome quantidades satisfatórias de micronu- ção materna para o crescimento e o desenvolvi-
trientes.38 mento, portanto, este é um aspecto de extrema
importância, sendo assim, a mãe deve receber
Vamos pontuar seis elementos fundamentais
aporte adequado de DHA para poder oferecer
para serem avaliados na consulta pré-natal.
ao feto quantidades mínimas nutricionais deste
elemento tão importante para o desenvolvimen-
to do sistema nervoso e visual.41,42
1. Ácido docosahexaenoico (DHA):
Diante de todas estas evidências científicas
um ácido graxo essencial
o profissional de saúde deve investigar cuidado-
O transporte de ácidos graxos essenciais é samente a ingestão de DHA pela gestante, obser-
realizado através da placenta e são depositados vando não apenas as quantidades diárias, mas
no cérebro e retina do feto, este depósito ocor- também a segurança alimentar relativa às suas
re principalmente no último trimestre da gravi- fontes, visando prevenir a ingestão de metais
dez, sendo que cerca de 80% do DHA cerebral é pesados, especialmente mercúrio.43
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
Quando se optar pelo consumo de peixes 41,8% de gestantes (IC 95%: 39,9-43,8), o que
marinhos, tais como atum, salmão e arenque, corresponde a 468 milhões (IC 95%: 446-491)
isso deve ser feito de forma cautelosa, evitando- e 56 milhões (IC 95%: 54-59) de mulheres, res-
-se o consumo caso não se tenha segurança em pectivamente.38
relação à origem do alimento devido aos riscos
A quantidade total de ferro no organismo
de contaminação com metais pesados. Também
é determinada por ingestão, perdas e armaze-
é importante conhecer a origem do pescado,
namento, variando de 2,5 a 4 g para o adulto,
uma vez que muitos peixes criados em cativeiro
diferindo entre homens e mulheres. A neces-
são alimentados com ração não fortificada com
sidade de ferro mais significativa nas mulhe-
DHA, o que faz com que esses peixes não de-
res decorre da busca do organismo em reabas-
vam ser considerados como fontes adequadas.
tecer estoques perdidos pela menstruação e
Uma porção de pescado equivale a aproxima-
sangramento durante o ciclo gravídico-puer-
damente 120 gramas, de modo que o consumo
peral.44
recomendado é de 3 porções/semana (360 gra-
mas/ semana). Se houver dúvida, sugere-se que O aumento da necessidade de ferro durante a
se garanta a ingestão através da suplementação gravidez é causado pelas alterações fisiológicas
de DHA.43 características desse período na vida da mulher.
Durante uma gestação única, ocorre a expan-
É recomendado para mulheres grávidas
são do volume sanguíneo em aproximadamente
e lactantes o consumo diário de pelo menos
50% (1.000 ml) e da massa total de eritrócitos
200 mg de DHA. Devido ao baixo consumo de
em aproximadamente 25% (300 ml), o que re-
peixe no Brasil e à insuficiente conversão de
sulta em consequente expansão de plasma e
ômega-3 em DHA, e considerando-se a eleva-
queda de hemoglobina e hematócrito.44
da relevância do DHA para o desenvolvimen-
to infantil, independentemente da dieta, toda O fornecimento diário de ferro elementar,
gestante deve receber suplemento diário de que deve ser de 15 a 18 mg por dia no período
DHA na dose de 200 mg, preferencialmente ob- pré-concepcional, aumenta para 27 mg por dia
tido industrialmente através de algas (produtor durante a gestação.44,45
primário de DHA).43
A prevenção primária da deficiência de fer-
ro durante a gravidez envolve a recomendação
de ingestão adequada proveniente da alimenta-
2. Ferro
ção associada à suplementação desse micronu-
A avaliação do Sistema de Informação Nu- triente. Uma dieta regular fornece cerca de 10 a
tricional de Vitaminas e Minerais da OMS evi- 20 mg de ferro por dia, mas apenas 10% são
denciou que a prevalência estimada de ane- absorvidos para compensar as perdas diárias.
mia na população global é de 24,8% (IC 95%: Portanto, torna-se relevante a suplementa-
22,9-26,7), o que corresponde a 1,62 bilhão de ção desse elemento durante o período gesta-
pessoas (IC 95%: 1,50-1,74).38 cional.44,45
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Tabela 2.
FIGO áreas com alta prevalência de anemia (> 20%): 60 mg/dia de ferro elementar
áreas com menor prevalência de anemia (< 20%): suplementação intermitente
de ferro elementar, 120 mg, uma vez por semana
CDC 30 mg/dia
OMS gestantes saudáveis: 30-60 mg/dia ou 120 mg de ferro elementar por semana
gestantes com alto risco para deficiência: 60-120 mg/dia de ferro elementar
ACOG: The American College of Obstetricians and Gynecologists (Colégio Americano de Obstetras e
Ginecologistas). FIGO: Fedération Internationale de Gynécologie et d’Obstétrique (Federação Internacional de
Ginecologia e Obstetrícia). CDC: Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controle e Prevenção
de Doenças dos Estados Unidos). OMS: Organização Mundial da Saúde. RCOG: Royal College of Obstetricians and
Gynaecologists (Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido). FEBRASGO: Federação Brasileira
das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. MS: Ministério da Saúde do Brasil.
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
frequentemente não são concordantes entre dos recém-nascidos e lactentes, entretanto não
os estudos. Tais evidências não são suficientes há conhecimento suficiente para a definição da
para recomendar a suplementação de vitamina dose ideal nem para garantir a inexistência de
D a fim de evitar pré-eclâmpsia e DMG, embora possíveis efeitos adversos em longo prazo.49
alguns estudos tenham demonstrado efeito be-
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Endo-
néfico.38,46,47
crinologia e Metabologia, baseada no Institute
Porém, há dados de que a suplementação de of Medicine e na Endocrine Society, recomen-
vitamina D diminua o risco da ocorrência de bai- da 600 UI/dia de vitamina D na gestação, mas
xo peso ao nascer ou de nascituro PIG, podendo ainda não existem dados populacionais para
favorecer pequeno aumento de peso do RN. Ade- recomendar doses exatas de vitamina D a esse
mais, há evidências de que a suplementação de grupo. Alguns países e organizações científi-
vitamina D durante a gestação diminui a chance cas internacionais sugerem a suplementação
de as crianças nascidas dessas mães apresenta- de gestantes com doses de vitamina D que va-
rem asma ou sibilos respiratórios.38,47 riam de 400–600 UI/dia (Institute of Medicine e
Royal College of Obstetricians and Gynaecolo-
Em 2018, a Sociedade Brasileira de Patolo-
gists) e 1.500–2.000 UI/dia (Endocrine Society e
gia Clínica - Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e a
Canadian Society of Endocrinology and Metabo-
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Meta-
lism), no Brasil a FEBRASGO recomenda 1.000 UI
bologia (SBEM) publicaram uma recomendação
por dia de vitamina D para manutenção dos ní-
sobre os intervalos de referência da vitamina D.
veis de 30 a 60 ng/ml, porém não há consenso
As gestantes são consideradas população de ris-
sobre esta recomendação até o momento.38,46,49
co, devendo ser acompanhadas para manuten-
ção dos níveis séricos entre 30 e 60 ng/ml.48
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• durante a gestação: o suplemento diário não ção e continuar nas primeiras 12 semanas de
deve exceder 10.000 UI (3.000 μg RAE) e o su- gestação.54
plemento semanal não deve exceder 25.000 UI
(7.500 μg RAE);
• durante os primeiros seis meses pós-parto, 6. Iodo
para a mulher: a suplementação é mais segu- O iodo é fundamental para o bom funciona-
ra se a mãe estiver amamentando, o que re- mento da tireoide materna e fetal; portanto, sua
duz a fertilidade. Caso contrário, o suplemento deficiência associa-se à alteração do desenvolvi-
administrado seis semanas após o parto não mento neurológico fetal e do RN. A necessidade
deve exceder 10.000 UI por dia (3.000 μg RAE de suplementação durante a gestação deve ser
por dia). avaliada no início da gravidez em regiões com
deficiência de iodo e naquelas em que a iodiza-
ção do sal não foi implementada.55
5. Ácido fólico
Em locais onde a ingestão é adequada, o ní-
O ácido fólico (ou vitamina B9) é a forma sin- vel de iodo já é suficiente para suprir o aumento
tética e mais estável do folato, vitamina hidros- de demanda causado pela produção do hormô-
solúvel cujo nome deriva do latim folium, que nio da tireoide durante a gravidez.56
significa folha. As hortaliças verde-escuras são
No Brasil, em virtude de o sal ser iodado, não
suas melhores fontes alimentares, mas também
há necessidade de utilizar suplemento de iodo
está presente em alimentos como feijão, ervilha,
de forma rotineira durante a gestação.38
amendoim, morango, entre outros. O ácido levo-
mefólico (ou 5-metiltetrahidrofolato, 5-MTHF) é
a forma ativa do folato.38,53
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
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A Consulta Pediátrica Pré-Natal – Atualização 2023
Diretoria Plena
Triênio 2022/2024
PRESIDENTE: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Anamaria Cavalcante e Silva (CE) AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) DIRETOR: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Camila dos Santos Salomão
1º VICE-PRESIDENTE: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA ADJUNTA: Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Ana Luiza Velloso da Paz Matos
2º VICE-PRESIDENTE: Sidnei Ferreira (RJ) Claudio Hoineff (RJ) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) Sidnei Ferreira (RJ) Anamaria Cavalcante e Silva
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL
SECRETÁRIO GERAL: MEMBROS: Donizetti Dimer Giambernardino (PR)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Gilberto Pascolat (PR) Renata Belém Pessoa de Melo Seixas
1º SECRETÁRIO: Paulo Tadeu Falanghe (SP) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) À DISTÂNCIA Carolina Strauss Estevez Gadelha
Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA
2º SECRETÁRIO:
Anenisia Coelho de Andrade (PI) Edson Ferreira Liberal (RJ) Valéria Granieri de Oliveira Araújo
Rodrigo Aboudib Ferreira (ES)
Isabel Rey Madeira (RJ) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
3º SECRETÁRIO: Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) DO MARANHÃO
Fábio Ancona Lopez (SP)
Claudio Hoineff (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) Silvia Helena Cavalcante de S. Godoy
DIRETORIA FINANCEIRA: Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA
Sidnei Ferreira (RJ) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) COORDENAÇÃO: Márcia Gomes Penido Machado
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Renato Soibelmann Procianoy (RS) MS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO DO SUL
DIRETORIA CIENTÍFICA
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) MEMBROS: Carmen Lúcia de Almeida Santos
DIRETOR: Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Dirceu Solé (SP) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA
Donizetti Dimer Giambernardino (PR) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Paula Helena de Almeida Gattass Bumlai
DIRETORIA CIENTÍFICA - ADJUNTA João Guilherme Bezerra Alves (PE)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Luciana Rodrigues Silva (BA) PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS: Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA
Dirceu Solé (SP) Maria do Socorro Ferreira Martins
COORDENADORES REGIONAIS Dirceu Solé (SP)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
NORTE: Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO
GRUPOS DE TRABALHO Alexsandra Ferreira da Costa Coelho
Adelma Alves de Figueiredo (RR) EDITORES REVISTA
Dirceu Solé (SP)
NORDESTE: Residência Pediátrica PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Marynea Silva do Vale (MA) Ramon Nunes Santos
MÍDIAS EDUCACIONAIS EDITORES CIENTÍFICOS:
SUDESTE: PR - SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
Marisa Lages Ribeiro (MG) Victor Horácio de Souza Costa Junior
Edson Ferreira Liberal (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
SUL: Rosana Alves (ES) RJ - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EDITORA ADJUNTA: Cláudio Hoineff
Cristina Targa Ferreira (RS) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (ES) Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO-OESTE: PROGRAMAS NACIONAIS DE ATUALIZAÇÃO CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Manoel Reginaldo Rocha de Holanda
Renata Belem Pessoa de Melo Seixas (DF) Sidnei Ferreira (RJ)
PEDIATRIA - PRONAP RO - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA
Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira (SP) EDITORES ASSOCIADOS: Wilmerson Vieira da Silva
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Danilo Blank (RS)
TITULARES: Tulio Konstantyner (SP) RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA
Claudia Bezerra Almeida (SP) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Erica Patricia Cavalcante Barbalho
Jose Hugo Lins Pessoa (SP) Renata Dejtiar Waksman (SP)
Marisa Lages Ribeiro (MG) NEONATOLOGIA - PRORN RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL
Renato Soibelmann Procianoy (RS) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Sérgio Luis Amantéa
Marynea Silva do Vale (MA) Angelica Maria Bicudo (SP)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Clea Rodrigues Leone (SP) SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza (PA) TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA - PROTIPED COORDENAÇÃO DE PESQUISA Nilza Maria Medeiros Perin
Werther Bronow de Carvalho (SP) Cláudio Leone (SP) SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA
SUPLENTES:
Analiria Moraes Pimentel (PE) TERAPÊUTICA PEDIÁTRICA - PROPED COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Ana Jovina Barreto Bispo
Dolores Fernanadez Fernandez (BA) Claudio Leone (SP) COORDENAÇÃO: SP - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO
Rosana Alves (ES) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Rosana Fiorini Puccini (SP) Renata Dejtiar Waksman
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA - PROEMPED MEMBROS: TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA
Sulim Abramovici (SP) Hany Simon Júnior (SP) Rosana Alves (ES) Ana Mackartney de Souza Marinho
Gilberto Pascolat (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS: DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Lucia Ferreira (RJ) • Aleitamento Materno
COORDENAÇÃO: Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Alergia
Dirceu Solé (SP) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) • Bioética
DIRETORIA E COORDENAÇÕES Luciana Rodrigues Silva (BA) • Cardiologia
COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PUBLICAÇÕES COORDENAÇÃO: • Dermatologia
PROFISSIONAL Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) • Emergência
TRATADO DE PEDIATRIA • Endocrinologia
Edson Ferreira Liberal (RJ) Fábio Ancona Lopes (SP) MEMBROS:
José Hugo de Lins Pessoa (SP) • Gastroenterologia
Luciana Rodrigues Silva (BA) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) • Genética Clínica
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) Dirceu Solé (SP) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) • Hematologia
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Clovis Artur Almeida da Silva (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR) • Hepatologia
Sidnei Ferreira (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) • Imunizações
Edson Ferreira Liberal (RJ) Tânia Denise Resener (RS) • Imunologia Clínica
COORDENAÇÃO DO CEXTEP (COMISSÃO EXECUTIVA DO Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) • Infectologia
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) OUTROS LIVROS Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) • Medicina da Dor e Cuidados Paliativos
COORDENAÇÃO: Fábio Ancona Lopes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS) • Medicina do Adolescente
Hélcio Villaça Simões (RJ) Dirceu Solé (SP) Sérgio Luís Amantéa (RS) • Medicina Intensiva Pediátrica
Clóvis Francisco Constantino (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ) • Nefrologia
COORDENAÇÃO ADJUNTA:
Aurimery Gomes Chermont (PA) • Neonatologia
Ricardo do Rego Barros (RJ)
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Silvia Regina Marques (SP) • Neurologia
MEMBROS: DIRETORA: Claudio Barssanti (SP) • Nutrologia
Clovis Francisco Constantino (SP) - Licenciado Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Marynea Silva do Vale (MA) • Oncologia
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Liana de Paula Medeiros de A. Cavalcante (PE) • Otorrinolaringologia
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) MEMBROS:
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) • Pediatria Ambulatorial
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES • Ped. Desenvolvimento e Comportamento
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Paulo César Guimarães (RJ) COORDENADOR:
Cléa Rodrigues Leone (SP) • Pneumologia
Sidnei Ferreira (RJ) Lelia Cardamone Gouveia (SP) • Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Paulo Tadeu de Mattos Prereira Poggiali (MG)
MUSEU DA PEDIATRIA na Infância e Adolescência
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA OBTENÇÃO DO COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL (MEMORIAL DA PEDIATRIA BRASILEIRA) • Reumatologia
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA AVALIAÇÃO Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) COORDENAÇÃO: • Saúde Escolar
SERIADA Ruth Guinsburg (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Sono
• Suporte Nutricional
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO MEMBROS: • Toxicologia e Saúde Ambiental
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) Mario Santoro Junior (SP)
Luciana Cordeiro Souza (PE) Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP) GRUPOS DE TRABALHO
MEMBROS: Sidnei Ferreira (RJ) • Atividade física
PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Jeferson Pedro Piva (RS) • Cirurgia pediátrica
João Carlos Batista Santana (RS)
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) COORDENAÇÃO GERAL: • Criança, adolescente e natureza
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO • Doença inflamatória intestinal
Ricardo Mendes Pereira (SP) COORDENAÇÃO:
Mara Morelo Rocha Felix (RJ) COORDENAÇÃO OPERACIONAL: • Doenças raras
Nilza Maria Medeiros Perin (SC) Claudio Barsanti (SP) • Drogas e violência na adolescência
Vera Hermina Kalika Koch (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Renata Dejtiar Waksman (SP) • Educação é Saúde
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Imunobiológicos em pediatria
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS MEMBROS: Paulo Tadeu Falanghe (SP) • Metodologia científica
Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Sergio Augusto Cabral (RJ) Marcia de Freitas (SP) • Oftalmologia pediátrica
AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA • Ortopedia pediátrica
Nelson Grisard (SC) Ana Isabel Coelho Montero
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Normeide Pedreira dos Santos Franca (BA) • Pediatria e humanidades
Ricardo do Rego Barros (RJ) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA • Políticas públicas para neonatologia
PORTAL SBP Marcos Reis Gonçalves • Saúde mental
INTERCÂMBIO COM OS PAÍSES DA LÍNGUA PORTUGUESA Clovis Francisco Constantino (SP) AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA • Saúde digital
Marcela Damasio Ribeiro de Castro (MG) Edson Ferreira Liberal (RJ) Adriana Távora de Albuquerque Taveira • Saúde Oral
www.sbp.com.br
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