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Posicionamento Conjunto

Sociedade Brasileira de Pediatria e


Sociedade Brasileira de Imunizações

Nº 129, 18 de Janeiro de 2024

Imunização passiva com


Nirsevimabe para prevenção
da doença pelo Vírus Sincicial
Respiratório (VSR) em crianças

Relatores: Marco Aurélio P. Sáfadia e Renato de Ávila Kfourib,c

a. Departamento Científico de Infectologia, Sociedade Brasileira de Pediatria


b. Departamento Científico de Imunizações, Sociedade Brasileira de Pediatria
c. Sociedade Brasileira de Imunizações

Departamento Científico de Infectologia (gestão 2022-2024)


Presidente: Marco Aurélio Palazzi Sáfadi
Secretária: Cristina de Oliveira Rodrigues
Conselho Científico: Anne Layze Galastri, Carolina Frizzera Dias,
Denise Cardoso das Neves Sztajnbok, Eitan Naaman Berezin,
Gabriela Araujo Costa, Jailson de Barros Correia,
Maria Cleonice Aguiar Justino, Roberio Dias Leite

Departamento Científico de Imunizações (gestão 2022-2024)


Presidente: Renato de Ávila Kfouri
Secretário: Eduardo Jorge da Fonseca Lima
Conselho Científico: Analíria Moraes Pimentel, Euzanete Maria Coser, Helena Keico Sato,
Isabella de Assis Ballalai, Normeide Pedreira dos Santos Franca,
Jocileide Sales Campos, Juarez Cunha, Melissa Palmieri,
Ricardo Queiroz Gurgel, Sonia Maria de Faria

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Posicionamento conjunto –Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações
Imunização passiva com Nirsevimabe para prevenção da doença pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças

maio, na região Sudeste em abril e na região Sul


Introdução
em junho.6

É importante destacar que, a despeito da pre-


O vírus sincicial respiratório (VSR) é a cau-
sença de fatores conhecidos de risco associados
sa mais comum de infecção do trato respirató-
à maior gravidade da infecção pelo VSR, 70% a
rio inferior (responsável por aproximadamente
80% das hospitalizações e mortes associadas
80% das bronquiolites e até 60% das pneumo-
ao VSR ocorrem em crianças nascidas a termo,
nias em menores de dois anos), com a grande
previamente saudáveis. A idade cronológica é o
maioria das crianças experimentando pelo me-
principal fator de risco preditivo de maior gra-
nos um episódio de infecção pelo VSR antes
vidade na bronquiolite, com a maioria das hos-
de completarem um ou dois anos de vida. A
pitalizações ocorrendo nos primeiros seis meses
elevada prevalência da infecção pelo VSR, as-
de idade, particularmente entre um e três meses
sim como as características clínicas da doença
de vida, coincidindo com o período de queda dos
em bebês, faz com que se estime que uma em
anticorpos adquiridos passivamente durante a
cada cinco crianças irá necessitar de atendi-
gestação.1,2 O fato desta passagem de anticor-
mento médico ambulatorial devido à infecção
pos neutralizantes transplacentários ocorrer pri-
pelo VSR e que uma em cada 50 crianças será
mordialmente no terceiro trimestre da gestação
hospitalizada ainda no primeiro ano de vida.1-4
explica, em parte, o maior risco de doença gra-
Estima-se que as infecções do trato respiratório
ve nos lactentes que nascem prematuros, sem
inferior (ITRI) pelo VSR causem entre dois e três
tempo, portanto, para receber uma quantidade
milhões de hospitalizações e aproximadamen-
eficiente de anticorpos intraútero. Apesar da
te entre 60.000 a 120.000 mortes em crianças
idade ser o principal fator de risco identificado,
menores de cinco anos anualmente, com um
a presença de determinadas condições também
dado ainda mais dramático: mais de 95% dos
contribui para maiores taxas de hospitalização e
episódios agudos de ITRI associados ao VSR e
ocorrência de doença mais grave pelo VSR. Entre
mais de 97% das mortes atribuíveis ao VSR em
estas condições destacamos a prematuridade,
todas as faixas etárias ocorreram em países de
a doença pulmonar crônica da prematuridade
baixa e média renda (LMIC), incluindo o Brasil.2,6
e a doença cardíaca congênita.1,7,8
Estes dados fazem do VSR a principal causa de
mortalidade entre bebês além do período pós- Foram ainda identificadas outras condições
-neonatal. associadas a maior risco de hospitalização, como
baixo peso ao nascimento, particularmente nas
As infecções pelo VSR têm comportamen-
crianças com peso de nascimento abaixo do
to sazonal bem definido em regiões de clima
percentil 10, imunodeficiências adquiridas ou
temperado, com predomínio de circulação en-
congênitas, síndrome de Down e outras altera-
tre os meses de outono e inverno. Em regiões
ções cromossômicas, doenças neuromusculares,
tropicais o comportamento sazonal é menos
fibrose cística, doença hepática, erros inatos do
previsível, podendo apresentar dois picos, na
metabolismo e doença pulmonar intersticial,
primavera e no outono, ou registro de ativida-
apesar dos dados relacionados a estas condições
de ao longo de todo ano. No Brasil, estudo re-
serem de menor evidência, quando comparados
alizado no período anterior à pandemia pela
aos grupos previamente destacados.1,7,8
COVID-19, com dados coletados pelo siste-
ma de vigilância epidemiológica de síndrome Embora o VSR seja uma causa comum de ITRI
gripal e hospitalizações associadas a infecção em lactentes e crianças pequenas, estudos recen-
por VSR, mostrou uma clara sazonalidade da tes reconhecem cada vez com maior frequência o
prevalência do VSR, com diferenças regionais. seu papel também como causa relevante de doen-
Nas regiões Norte e Centro-Oeste o pico de ati- ças graves e hospitalizações em idosos e em adul-
vidade ocorreu em abril, na região Nordeste em tos com condições cardiopulmonares crônicas.9

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Em face desta dramática realidade, a preven- trato respiratório inferior pelo VSR nos primeiros
ção das infecções associadas ao VSR foi identi- 180 dias de vida,14 assim como outros anticorpos
ficada como uma prioridade pela Organização monoclonais de ação prolongada.11,12
Mundial da Saúde (OMS) há mais de duas déca-
Em consequência destas novidades na pre-
das. A possibilidade de poder prevenir a infecção
venção e sua potencial relevância, com perspec-
pelo VSR ganhou ainda mais importância a par-
tivas de profundas mudanças na carga de morbi-
tir do acúmulo de evidências sugerindo a pos-
-mortalidade associada ao VRS em crianças, a
sibilidade de que lactentes hospitalizados com
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por seus
ITRI (especialmente as causadas pelo VSR e pelo
departamentos de infectologia e de imuniza-
rinovírus) têm maior risco de desenvolver episó-
ções, em parceria com a Sociedade Brasileira de
dios recorrentes de sibilância e asma no futuro,
Imunizações (SBIm), consideraram ser relevante
quando comparados a crianças que não tiveram
e oportuno emitir uma declaração oficial de po-
quadros graves de bronquiolite.10.11
sicionamento, incluindo recomendações sobre o
Apesar de todos os esforços realizados nas uso de nirsevimabe para a prevenção da doença
últimas décadas na tentativa do desenvolvimen- causada pelo VSR.
to de estratégias terapêuticas, ainda não dispo-
Neste documento científico, fazemos uma re-
mos de drogas antivirais específicas para comba-
visão das mais recentes evidências relacionadas
ter as infecções pelo VRS. As atuais medidas de
à carga da doença pelo VSR em crianças, seguida
prevenção disponíveis se concentravam em me-
de um resumo dos principais resultados dos es-
didas de higiene para redução do risco de trans-
tudos clínicos com o nirsevimabe que serviram
missão e no uso do palivizumabe, um anticorpo
de base para este posicionamento.
monoclonal indicado apenas para crianças de
alto risco, incluindo bebês prematuros e aque-
les com doença cardíaca congênita e displasia
broncopulmonar.12

Em outubro de 2023 a ANVISA autorizou no


Virus sincicial respiratório:
patogênese
Brasil o uso de nirsevimabe, um anticorpo mo-
noclonal, para a prevenção da infecção por VRS
em lactentes, com as seguintes indicações: re- O VSR é um vírus de RNA de fita simples
cém-nascidos e lactentes durante sua primeira pertencente à família pneumoviridae (Gênero:
temporada de circulação do VSR e crianças de orthopneumovirus). É composto por dois sub-
até 24 meses que permanecem vulneráveis à tipos, VSR-A e VSR-B, ambos causadores de in-
doença grave pelo VSR, que pode incluir crian- fecções agudas do trato respiratório superior e
ças com as seguintes condições clínicas: doen- inferior, não havendo uma associação clara entre
ça pulmonar crônica da prematuridade (DPCP); o subtipo de VSR e a gravidade da doença. Seu
doença cardíaca congênita com repercussão genoma codifica 11 diferentes proteínas, sendo
hemodinâmica; fibrose cística; doenças neu- a glicoproteína G, de adesão, uma importante
romusculares; anomalias congênitas das vias determinante de sua antigenicidade e susceptí-
aéreas; crianças imunocomprometidas; ou Sín- vel a frequentes alterações na sua composição,
drome de Down.13 fato que permite que o VSR escape das respos-
tas imunológicas desencadeadas em infecções
Outras ferramentas de prevenção da doença
anteriores.15
devem, em breve, ser também autorizadas para
uso no Brasil, como a imunização materna com A resposta imune após a infecção natural
a vacina da proteína F pré-fusão, que recente- é incompleta e a reinfecção, apesar de menos
mente se mostrou eficaz na redução do risco de sintomática, é frequente durante a vida. Ape-
internação hospitalar decorrente de infecção do sar da importância da presença de anticorpos

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Imunização passiva com Nirsevimabe para prevenção da doença pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças

neutralizantes contra as glicoproteínas de su- za, tosse com sibilância, taquipneia, desconforto
perfície para a proteção contra a infecção pelo respiratório e presença de retrações subcostais
VSR, a imunidade celular mediada pelas células e intercostais. Em prematuros pode-se observar
T parece desempenhar papel fundamental na a presença de episódios de apneia associados
eliminação do vírus durante a infecção. Em lac- à infecção pelo VSR.1,7,8
tentes que não tinham tido infecções anteriores,
O diagnóstico da bronquiolite é clínico e ba-
a presença de doença grave pelo VSR parece es-
seado nos sinais e sintomas respiratórios típi-
tar associada à ausência de resposta adaptativa
cos da doença. Os principais achados radiológi-
T citotóxica.7,8
cos caracterizam-se por infiltrados intersticiais,
hiperinsuflação e atelectasias. O diagnóstico
específico do VSR pode ser feito por métodos
de isolamento viral, detecção de antígenos vi-
Manifestações rais (testes de detecção rápida “point of care” e
clínicas e diagnóstico testes de imunofluorescência direta) ou testes
moleculares.16

O período de incubação, desde a infecção


até o início dos sintomas varia de dois a oito
dias. O período de transmissibilidade tem iní-
cio 48 horas antes do início dos sintomas e se
Tratamento
estende até a melhora clínica; em lactentes
e crianças menores, a disseminação do vírus
pode persistir por períodos mais prolongados. Não existem medicamentos específicos para
A transmissão ocorre pelo contato direto com o tratamento da doença causada pelo VSR. As di-
secreções respiratórias de pessoas infectadas, retrizes de tratamento publicadas pela Academia
ou de forma indireta, por objetos e superfícies Americana de Pediatria (AAP)16 enfatizam que o
contaminadas, onde o vírus pode sobreviver por diagnóstico deve ser baseado na história e no
até 24 horas. O vírus penetra no organismo do exame físico, sem necessidade de uso rotineiro
novo hospedeiro pelas mucosas da boca, na- de radiografias de tórax e exames laboratoriais.
riz ou olhos e também pela inalação de gotícu- O uso de drogas beta2 agonistas, adrenalina ou
las eliminadas pela tosse ou espirro da pessoa corticosteroides não está recomendado para o
infectada.1,7 tratamento de crianças com bronquiolite. Medi-
das de suporte ventilatório e de manutenção do
As manifestações clínicas da infecção pelo
estado geral, quando necessárias, são indicadas.
VSR são variadas, desde formas leves ou mesmo
Apenas os casos que apresentam infecções bac-
assintomáticas até comprometimento grave do
terianas concomitantes precisam ser tratados
trato respiratório inferior com risco de morte.
com antibioticoterapia.
A bronquiolite é a mais frequente das formas
clínicas com comprometimento do trato respi-
ratório inferior em lactentes infectados pelo
VSR, mas pneumonia e laringite são também
apresentações frequentes. Várias definições de
Prevenção com Estratégias
bronquiolite foram propostas, mas geralmente
de Imunização Passiva
aplica-se o termo para definir o primeiro epi-
sódio de sibilância em lactentes menores de
um ano de idade. O quadro clínico em lactentes A imunização passiva com anticorpos mo-
com bronquiolite é caracterizado por infecção do noclonais (mAbs) demonstrou ser uma estraté-
trato respiratório inferior, com febre baixa, cori- gia segura e eficaz para proteção de lactentes

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jovens contra as infecções. Estes mAbs podem mabe para a redução do risco de hospitalização
ser fabricados in vitro em grandes quantidades associado ao VSR entre lactentes.
com alta especificidade e consistência. Nos últi-
No Brasil o uso do palivizumabe para preven-
mos anos, o desenvolvimento de mAbs humanos
ção das infecções pelo VSR está regulamentado
altamente potentes fornecem novas oportunida-
pela portaria publicada pelo Ministério da Saú-
des de profilaxia.12
de, sendo também parte do rol de procedimen-
Até o ano de 2023, a principal ferramenta tos da Agência Nacional de Saúde (ANS), incluin-
para a prevenção das infecções pelo VSR, em ra- do as seguintes recomendações:19
zão da ausência de vacinas licenciadas, baseava-
• Crianças com menores de um ano de idade que
-se no uso do palivizumabe - um anticorpo mo-
nasceram prematuras com idade gestacional
noclonal (IgG1) humanizado, direcionado contra
menor ou igual a 28 semanas;
um epítopo conservado da proteína de fusão F
na superfície do VSR. Este anticorpo monoclonal • Crianças com até dois anos de idade com do-
humanizado é composto de 95% de sequên- ença pulmonar crônica ou doença cardíaca
cias de aminoácidos humanos e 5% de murinos. congênita com repercussão hemodinâmica de-
O palivizumabe apresenta atividade neutralizan- monstrada.
te e inibitória da fusão contra o VSR.8 A posologia recomendada de palivizumabe
O palivizumabe foi inicialmente licenciado é de 15mg/kg de peso corporal, administrados
nos Estados Unidos no final dos anos 1990 e em por via intramuscular, uma vez por mês durante o
seguida em diversos países do mundo, incluindo período de maior prevalência do VSR previsto na
o Brasil, para profilaxia em lactentes com maior respectiva comunidade, no total de, no máximo,
risco de infecção pelo VSR. cinco aplicações mensais consecutivas, dentro
do período sazonal, que é variável nas diferentes
O licenciamento baseou-se no resultado de regiões do Brasil.
um estudo conduzido nos Estados Unidos, Reino
Unido e Canadá, randomizado duplo-cego, con- O palivizumabe, em função de sua meia vida
trolado com placebo, que incluiu 1502 lactentes de curta duração, é um anticorpo monoclonal
prematuros ou com doença pulmonar crônica que implica em necessidade de administrações
(broncodisplasia), demonstrando que a imuno- mensais durante a sazonalidade do VRS. Além
profilaxia (cinco administrações intramuscula- disso, o elevado custo deste anticorpo monoclo-
res mensais de palivizumabe, 15mg/kg) reduziu nal limita o seu uso fazendo com que uma pro-
em aproximadamente 55% as taxas de hospita- porção muito pequena dos bebês no primeiro
lização por VSR (10,6% no grupo placebo contra ano de vida possa efetivamente se valer desta
4,8% entre os lactentes de alto risco que rece- estratégia.
beram palivizumabe (p<0,001).17 Os resultados
do estudo mostraram ainda menos tempo de
hospitalização, necessidade de uso de oxigênio
e menores taxas de admissão em UTI entre os
Novos anticorpos monoclonais
lactentes que receberam o palivizumabe. Não
para prevenção da doença causada
foi observada diferença nas taxas de eventos
pelo VSR
adversos nos dois grupos estudados.10 Em outro
estudo clínico randomizado duplo-cego, contro-
lado por placebo, realizado em lactentes com A OMS definiu em 2022, quais seriam, no seu
cardiopatia congênita evidenciou-se redução de entender, as características que idealmente de-
45% no risco de hospitalizações por VSR (9,7% veriam estar presentes em novos anticorpos mo-
vs 5,3%, p<0,01).18 Dados de vigilância, de mun- noclonais para imunização passiva e prevenção
do real, confirmaram a efetividade do palivizu- da doença causada pelo VSR em lactentes:11

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Imunização passiva com Nirsevimabe para prevenção da doença pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças

• Promover a prevenção da doença grave por lactentes que experimentam sua primeira tem-
VSR durante a primeira infância; porada de VSR, enquanto o palivizumabe requer
cinco doses mensais para cobrir uma temporada
• Possibilidade de indicação e uso para todos os
do vírus. Os dados de segurança, resposta imune
lactentes nos primeiros seis meses de vida;
e de eficácia foram extraídos principalmente de
• Regime de dose única, ao nascimento, intra- quatro ensaios clínicos de fase 2b e 3, a seguir
muscular ou subcutânea; descritos em detalhes.20-24
• Ter perfil de segurança comparável ao das va-
O primeiro destes estudos, um estudo de
cinas recomendadas pela OMS na mesma idade
fase IIb, foi conduzido em 23 países nos hemis-
(p ex. Hepatite B);
férios norte e sul, entre novembro de 2016 e de-
• Pelo menos 70% de eficácia contra a doença zembro de 2017, e incluiu em sua análise 1453
grave confirmada pelo VSR por pelo menos bebês prematuros saudáveis (entre 29 semanas
cinco meses; e 0 dias e 34 semanas e 6 dias de idade gestacio-
• Proteção contra os subtipos A e B do VSR; nal) em sua primeira temporada de VSR, não ele-
gíveis para receber palivizumabe (de acordo com
• Sem interferência com quaisquer vacinas
as diretrizes nacionais/locais). Eram também cri-
coadministradas;
térios de elegibilidade não ter recebido palivi-
• Custo acessível em países de baixa e média zumabe ou qualquer outro anticorpo ou vacina
renda para profilaxia do VSR e não ter tido infecção
prévia por VSR ou doença aguda no momento da
Entre os novos anticorpos monoclonais
randomização. Os bebês foram randomizados na
que estavam em desenvolvimento clínico, o
proporção de 2:1 para receber o nirsevimabe na
primeiro que se tonou disponível para uso em
dose de 50mg ou placebo, independentemente
diversos países, já em 2023, foi o nirsevimabe.
de seu peso.20
Trata-se de um novo anticorpo monoclonal hu-
mano, recombinante, neutralizante de imuno- A eficácia para a prevenção do desfecho pri-
globulina G1 kappa direcionado à conformação mário do estudo (infecção do trato respiratório
de pré-fusão da proteína de fusão (F) do VSR. inferior, motivando atendimento médico, com-
Essencialmente, ele se liga à proteína F para provadamente devida ao VSR nos primeiros
prevenir a entrada do vírus nas células. O nir- 150 dias após a administração do produto) foi
sevimabe também tem uma substituição de três de 70,1% (IC95%: 52,3-81,2, p<0,0001) – in-
aminoácidos resultando em meia-vida esten- cidência de 2,6% no grupo nirsevimabe versus
dida, prolongando, portanto, a duração de sua 9,5% no grupo placebo.
ação protetora.12
Além disso, a eficácia para prevenção do des-
Em comparação com o palivizumabe, o nirse- fecho secundário (hospitalização por VSR até
vimabe mostrou maior potência na redução da 150 dias após a administração do produto) foi
carga viral pulmonar em modelos animais. Além de 78,4% (IC95%: 51,9-90,3, p=0,0002) – in-
disso, o nirsevimabe foi concebido como uma cidência de 0,8% no grupo nirsevimabe versus
imunização passiva de dose única para todos os 4,1% no grupo placebo.

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Figura 1. Incidência de infecção do trato respiratório inferior (ITRI), com atendimento médico,
causada por VSR confirmado por RT-PCR e de hospitalização até 150 dias após a administração de
nirsevimabe versus placebo (estudo de fase IIb).20

Incidência de ITRI confirmada Incidência de hospitalizações


por VSR, com atendimento médico. por ITRI-VSR.
Desfecho primário Desfecho secundário

70,1% de eficácia;
100 (IC95%: 52,3-81,2; p<0,001) 100
ITRI com atendimento médico

10 10

Hospitalização por ITRI-VSR


9,5%
9 9
78,4% de eficácia;
após 150 dias (%)

8 8
7 7
(IC95%: 51,9-90,3; p<0,001)
6 6
5 5 4,1%
4 4
3 2,6% 3
2 2
0,8%
1 1
0 0
Placebo Nirsevimabe Placebo Nirsevimabe
N = 484 N = 969 N = 484 N = 969

Gráfico de Kaplan-Meier do tempo até primeira ITRI-VSR com atendimento médico

1,00

Nirsevimabe
0,98

0,96
Sobrevida livre
de eventos

0,94

0,92

0,90
Placebo
0,88
010 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
Tempo (dias)
Razão de risco, 0,26; (IC de 95%, 0,16-0,43)
valor p <0,0001 (teste Log-rank); valor p <0,0001 (Wilcoxon)

Reduções relativas estatisticamente signifi- uma exposição sub-ótima, resultando em eficá-


cantes no risco de infecções do trato respirató- cia inferior à dos lactentes com peso inferior a
rio inferior por VSR foram observadas em todos 5kg. Os estudos de fase III e fase II/III foram, por
os subgrupos pré-especificados que receberam conseguinte, ajustados para avaliar a segurança
nirsevimabe, com exceção de lactentes com e a eficácia de um nível de dose mais elevado,
idade superior a seis meses na randomização. de 100mg em lactentes com 5kg ou mais, man-
Uma análise farmacocinética indicou que os tendo a dose de 50mg nos lactentes com menos
lactentes com 5kg ou mais de peso tiveram de 5kg.

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Figura 2. Análise do desfecho primário de eficácia em diversos subgrupos20

Placebo Nirsevimabe
RRR
(N=484) (N=969)
Valor RRR
Subgrupo
de p Número Eventos Número Eventos Favorece Favorece (95% CI)
de obser- de obser- Placebo Nirsevimabe
sujeitos vados sujeitos vados

Hemisfério 0.6038
Hemisfério Norte 329 35 (7.6%) 659 12 (1.8%) 76.0% (52.9%, 87.8%)
Hemisfério Sul 155 21 (13.5%) 310 13 (4.2%) 69.0% (39.9%, 84.1%)
Idade da randomização 0.2291
Idade ≤ 3 meses 257 22 (8.6%) 516 7 (1.4%) 84.2% (63.4%, 93.4%)
Idade > 3 to ≤ 6 meses 153 16 (10.5%) 320 13 (4.1%) 81.2% (21.3%, 80.8%)
Idade > 6 meses 74 8 (10.8%) 133 5 (3.8%) 65.2% (-2.5%, 88.2%)
Sexo 0.1165
Feminino 224 24 (10.7%) 468 9 (1.9%) 82.1% (62.0%, 91.5%)
Masculino 260 22 (8.5%) 501 16 (3.2%) 62.3% (29.4%, 79.8%)
Raça 0.8266
Caucasiana 355 38 (10.7%) 693 21 (3.0%) 71.7% (52.5%, 83.1%)
Não caucasiana 129 8 (6.2%) 275 4 (1.5%) 76.5% (23.5%, 92.8%)
Idade Gestacional 0.8253
Idade > 29 a ≤ 32 semanas 165 18 (10.9%) 326 9 (2.8%) 74.7% (44.9%, 88.4%)
Idade > 32 semanas 299 25 (8.4%) 606 15 (2.5%) 70.4% (44.7%, 84.2%)
Irmãos participando 0.9970
do estudo
Sim 172 12 (7.0%) 336 6 (1.8%) 74.4% (33.0%, 90.2%)
Não 312 34 (10.9%) 633 19 (3.0%) 72.5% (52.5%, 84.0%)

-100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100

IC = intervalo de confiança; RRR = redução do risco relativo

Uma taxa reduzida de infecções de trato tes nascidos com mais de 35 semanas de idade
respiratório inferior por todas as causas foi ob- gestacional foram incluídos na coorte primária
servada para os participantes que receberam e randomizados em proporção de 2:1 para rece-
nirsevimabe versus placebo (redução relativa ber uma dose única intramuscular de nirsevima-
de 23,5% [IC95%: 7,1 a 37,0]).25 Além disso, foi be (n=994; dose de 50mg se a criança com peso
observada uma taxa reduzida de hospitalização inferior a 5kg de peso ou 100mg se com 5kg ou
por qualquer doença respiratória para os parti- mais de peso no momento da administração) ou
cipantes que receberam nirsevimabe versus pla- placebo (n=496).21 A escolha aleatória foi estra-
cebo (redução relativa de 42,5% [IC95%: 16,3 tificada por hemisfério (norte, sul) e por idade
a 60,5]). no momento da randomização (3 meses ou me-
O segundo o estudo MELODY, ensaio de fase nos, entre 3 e até 6 meses e acima de 6 meses).
III, foi constituído por uma coorte primária e uma Os participantes da coorte primária foram acom-
coorte de segurança adicional de aproximada- panhados por um período de 510 dias após
mente 1.500 participantes. Os participantes da a injeção (ou seja, duas temporadas de VSR;
coorte primária foram recrutados em 20 países 2019/20 e 2020/21), com 1.446 bebês acompa-
no hemisfério norte em 2019 e um país no he- nhados durante a segunda temporada (dias 361
misfério sul em 2020. Um total de 1.490 lacten- a 511; n=964 nirsevimabe e n=482 placebo).22

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O recrutamento no estudo MELODY foi reinicia- de 62,1% (IC95%: -8,6 a -86,8; p=0,07), não es-
do em abril de 2021 no hemisfério sul e em ju- tatisticamente significativa – incidência de 0,6%
lho de 2021 no hemisfério norte (após a pausa no grupo nirsevimabe versus 1,6% no grupo pla-
nos recrutamentos devido à pandemia de CO- cebo.21
VID-19), com final do recrutamento em outubro
Na análise final, incluindo os dados da coorte
de 2021, com um total de 3.012 participantes
completa de 3.012 bebês (figura 3), a eficácia
incluídos nas coortes do estudo. O estudo teve
contra infecção do trato respiratório inferior
como desfecho primário a prevenção de infecção
associada ao VSR clinicamente assistida foi de
do trato respiratório inferior, motivando atendi-
76,4% (IC95%: 62,3 a 85,2), consistente com a
mento médico, comprovadamente causada pelo
da coorte primária do estudo e sem evidência
VSR nos primeiros 150 dias após a administração
de diminuição da eficácia ao longo de 150 dias.
do produto e como desfecho secundário a pre-
Além disso, quando estratificada de acordo com
venção de hospitalização por VSR até 150 dias
o hemisfério de residência (norte ou sul), ida-
após a administração do produto.
de na randomização, sexo, raça e peso corporal
As medidas de saúde pública globais que foram no dia 1, mostrou-se igualmente consistente. O
implementadas para controlar a COVID-19 re- nirsevimabe demonstrou atividade tanto para
duziram a circulação de todos os vírus respira- as infecções causadas pelos tipos A como B do
tórios, incluindo o VSR, no decorrer do período VSR. A eficácia contra hospitalização por infec-
do estudo. Entretanto, como já havia um número ção do trato respiratório inferior associada ao
de casos suficiente para avaliação da capacidade VSR foi de 76,8% (IC 95%, 49,4 a 89,4%) e a efi-
do nirsevimabe em prevenir ITRI por VSR, foi re- cácia contra infecção do trato respiratório infe-
alizada uma análise interina de eficácia antes do rior associada ao VSR muito grave foi de 78,6%
inicialmente planejado com os primeiros 1.490 (IC95%: 48,8 a 91,0).22
bebês incluídos no estudo.
Na coorte primária, a hospitalização por qual-
Nessa coorte, a eficácia para prevenção de ITRI quer doença respiratória devido ao VSR ocorreu
por VSR, com atendimento médico, até o dia 150, em 0,9% (9/994) dos lactentes do grupo do nir-
foi de 74,9% (IC95%: 50,6 a 87,3, p<0,0001) - sevimabe e em 2,2% (11/496) do grupo placebo,
incidência de 1,2% no grupo nirsevimabe versus correspondendo a uma redução do risco relativo
5% no grupo placebo. A eficácia para prevenção de 59,0% com o nirsevimabe em comparação
de hospitalização, um desfecho secundário, foi com o placebo (IC95%: 1,8 a 82,9).

Figura 3. Incidência de infecção do trato respiratório inferior (ITRI) associada ao VSR até 150 dias
após a administração de nirsevimabe e eficácia em comparação com placebo na coorte completa
(estudo MELODY).22

Favorece Favorece
Placebo Nirsevimabe Eficácia
Placebo Nirsevimabe
(N=1003) (N=969) RRR (95% CI)

VSR ITRI-AM 54 (5.4) 24 (1.2) 76.4 (62.3, 85.2)

VSR ITRI-AM
20 (2.0 9 (0.4) 76.8 (49.4, 89.4)
com hospitalização

VSR ITRI-AM
17 (1.7) 7 (0.3) 78.6 (48.8, 91.0)
(muito grave)

-50 0 50 100

9
Posicionamento conjunto –Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações
Imunização passiva com Nirsevimabe para prevenção da doença pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças

Figura 4. Análise do desfecho primário de eficácia em diversos subgrupos. Estudo MELODY


(população ITT)22

Placebo Nirsevimabe
RRR
(N=496) (N=994)
Risco Relativo -
Subgrupo redução
Número Eventos Número Eventos Favorece Favorece (95% IC)
de observados de observados Placebo Nirsevimabe
sujeitos (%) sujeitos (%)

Hemisfério
Hemisfério Norte 342 25 (7.3) 686 12 (1.7) 76.1 (52.8, 88.4)
Hemisfério Sul 154 0 (0.0) 308 0 (0.0) N/A
Idade da randomização
≤ 3.0 meses 285 12 (4.2) 577 10 (1.7) 58.8 (3.4, 82,8)
> 3.0 meses 211 13 (6.2) 417 2 (0.5) 92,2 (69.6, 98.8)
Sexo
Feminino 257 13 (5.1) 464 5 (1.1) 78.7 (41.7, 93,2)
Masculino 239 12 (5.0) 530 7 (1.3) 73.7 (33.2, 90.3)
Raça
Caucasiana 272 17 (6.3) 524 8 (1.5) 75.6 (44.1, 90.0)
Não caucasiana 224 8 (3.6) 467 4 (0.9) 76.0 (20.7, 93.0)
Peso no dia 1
< 5 kg 192 7 (3.6) 403 7 (1.7) 52.4 (-41.9, 84.0)
≥ 5 kg 304 18 (5.9) 589 5 (0.8) 85.7 (62.9, 95.2)
Idade gestacional
≥ 35 semanas a ≤ 37 semanas 76 5 (6.6) 132 2 (1.5) 77.0 (-16.8, 96,9)
≥ 37 semanas 419 20 (4.8) 861 10 (1.2) 75.7 (48.5, 89.1)

-50 0 50 100

IC = intervalo de confiança; ITT = intenção de tratar; RRR = redução do risco relativo

Em uma análise agrupada24, que incluiu os [25,7-54,6]) e prescrições de antibióticos (23,6%


lactentes dos estudos de fase 2b e do estudo [3,8-39,3]).
Melody (2350 lactentes com pelo menos 29 se-
O perfil de segurança do nirsevimabe mos-
manas de idade gestacional, incluindo bebês
trou-se adequado entre os lactentes prematuros
nascidos a termo) verificou-se que a eficácia
tardios e nascidos a termo saudáveis.
do nirsevimabe para prevenção de ITRI causada
• A incidência de EA até 360 dias após a admi-
pelo VSR motivando atendimento médico foi de
nistração da primeira dose de nirsevimabe foi
79,5% [95% IC 65,9-87,7]). Foi demonstrada
semelhante entre os grupos de tratamento
eficácia consistente para desfechos adicionais
com nirsevimabe e placebo (87,4% vs. 86,8%,
de hospitalização devida à ITRI por VSR : 77,3%
respectivamente).2
[50,3-89,7] e ITRI por VSR muito grave: 86,0%
[62,5-94,8]. Os lactentes que receberam nirse- • A maioria dos EA foi de grau 1 ou 2 em gravi-
vimabe tiveram menos internações hospitalares dade, e apenas 3,6% dos eventos adversos no
por doença respiratória de qualquer causa (RRR grupo de nirsevimabe e 4,3% no grupo place-
43,8% [18,8-61,1]), ITRI motivando atendimen- bo foram considerados de grau 3 ou superior.2
to médico por qualquer causa (35,4% [21,5- • Um único evento adverso de interesse especial
46,9]), consultas ambulatoriais de ITRI (41,9% (erupção macular generalizada de grau 3 sem

10
Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações

quaisquer características sistêmicas 6 dias quatro doses intramuscular uma vez por mês de
após a injeção) ocorreu no grupo do nirsevi- placebo; os participantes do grupo palivizumabe
mabe, mas não necessitou de tratamento e foi receberam cinco doses IM uma vez por mês de
resolvido após 20 dias.2 palivizumabe 15mg/kg; a randomização foi es-
• A frequência de eventos adversos graves foi tratificada por hemisfério (norte, sul) e a idade
comparável entre os grupos de tratamento dos participantes no momento da randomização
com nirsevimabe e placebo (6,8% vs. 7,3%, (≤3 meses, >3 a ≤6 meses, >6 meses).
respectivamente); nenhum foi considerado re- Durante a primeira temporada de VSR, 4 de
lacionado ao tratamento pelo investigador.2 616 lactentes [0,6%] que receberam nirsevima-
• Três mortes ocorreram até o dia 361 (todas no be e 3 de 309 lactentes [1,0%] que receberam
grupo nirsevimabe); nenhuma foi considerada palivizumabe tiveram infecções por VSR do tra-
pelos pesquisadores como relacionado ao tra- to respiratório inferior motivando atendimento
tamento do estudo. médico (incidência 40% menor no grupo nirse-
vimabe).
Um terceiro estudo, chamado de MEDLEY,
incluiu 925 crianças, e o principal objetivo foi O estudo demonstrou ainda, que os efeitos
avaliar a segurança do nirsevimabe em lactentes adversos mais comuns para nirsevimabe foram
elegíveis para receber palivizumabe ao entrar agitação ou irritabilidade (0,7%), aumento da
na primeira ou segunda temporada de VSR23. Os temperatura (0,5%) e erupção cutânea (0,3%).
objetivos adicionais incluem a avaliação da far- Nirsevimabe teve um perfil de segurança seme-
macocinética e da eficácia descritiva do nirsevi- lhante em comparação com o tratamento padrão
mabe nesta população. Esta população de risco atual (palivizumabe) em bebês com doença pul-
incluía duas coortes, a primeira composta de be- monar crônica da prematuridade (DPCP) ou car-
bês prematuros nascidos com ≤ 35 semanas de diopatia congênita (DCC) e naqueles nascidos
gestação e a segunda coorte composta de bebês prematuros, acompanhados até 360 dias.
com doença pulmonar crônica da prematuridade A avaliação farmacocinética de anticorpos
ou com cardiopatia congênita. mostrou que no dia 151 após administração do
produto, os níveis séricos de nirsevimabe foram
Os lactentes eram elegíveis para recruta-
semelhantes nas duas coortes (dos bebês pre-
mento no MEDLEY se estivessem:
maturos e na dos bebês com DCC ou DPCP) e se-
• Nascidos com gestacional e sem CHD (cardio- melhantes às relatadas no estudo MELODY.
patia congênita) ou CLD (doença pulmonar
crônica (coorte prematuro), ou com cardiopatia O quarto estudo, de nome HARMONIE, é um
congênita não corrigida, parcialmente corrigi- estudo de fase 3, multicêntrico paralelo aberto
da ou tratada clinicamente, ou doença pulmo- de 2 braços que avalia a eficácia e segurança do
nar crônica que justificasse intervenção tera- nirsevimabe na prevenção de hospitalizações por
pêutica dentro de 6 meses (coorte CHD/CLD); ITRI por VSR durante a temporada 2022/2023 na
França, Alemanha e Reino Unido.16 Foram incluí-
• Em seu primeiro ano de vida;
dos bebês saudáveis nascidos com ≥ 29 semanas
• Elegível para receber palivizumabe. de idade gestacional e no primeiro ano de vida,
entrando em sua primeira temporada de VSR e
Os participantes foram randomizados em
não elegíveis para palivizumabe (nascidos den-
uma proporção de 2:1 para o grupo nirsevimabe
tro ou fora da temporada)25.
ou para o grupo palivizumabe; os participantes
do grupo nirsevimabe receberam uma dose úni- Entre agosto de 2022 e março de 2023, 8.058
ca intramuscular de nirsevimabe estratificada bebês foram randomizados na proporção de
por peso corporal no momento da administração 1:1 para receber dose única IM de nirsevimabe
(50mg se <5 kg ou 100mg se ≥5 kg), seguida de (n=4.037) ou nenhuma intervenção (n=4.021).

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Posicionamento conjunto –Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações
Imunização passiva com Nirsevimabe para prevenção da doença pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças

O objetivo primário do estudo foi a incidên- de hospitalização por ITRI por VSR, em geral e
cia global de hospitalização por ITRI confirmada em cada país, ao longo de 150 dias após a ad-
por VSR durante a temporada de VSR naqueles ministração/randomização; incidência de ITRI
países. por VSR muito grave nos três países combina-
da ao longo de 150 dias após a administração/
Os objetivos secundários incluíram: inci-
randomização; hospitalização geral por ITRI
dência de ITRI por VSR muito grave (definida
por todas as causas nos três países combinados
como hospitalização por ITRI por VSR com sa-
durante 150 dias após a administração/rando-
turação de oxigênio inferior a 90% a qualquer
mização.
momento e suplementação de oxigênio) duran-
te a temporada de VSR; incidência de hospita- O nirsevimabe demonstrou eficácia robusta
lização em cada país por ITRI por VSR durante contra a hospitalização por ITRI por VSR durante
a temporada de VSR; hospitalização geral por a temporada de VSR de 2022/2023, com redu-
ITRI por todas as causas nos três países combi- ção do risco relativo de 83,21% em comparação
nados durante a temporada de VSR; incidência com nenhuma intervenção (p<0,0001).

Figura 5. Eficácia do nirsevimabe para prevenção de hospitalização por ITRI causada pelo VSR
durante a sazonalidade 2022/2023 (Estudo HARMONIE)25

Nenhuma Incidência de hospitalização


Nirsevimabe
Intervenção confirmada por VSR,
(N = 4037)
(N = 4021) ao longo da sazonalidade

Hospitalização por ITRI causada pelo VSR durante a


sazonalidade, n(%) 100
83,21% de eficácia;
2 (IC95%: 67,77-92,04; p<0,001)
Hospitalização por VSR

Sim 11 (0,3) 60 (1,5) 1.8


na sazonalidade (%)

1.6 1,5%
1.4
Não 4025 (99,7) 3961 (98,5) 1.2
1
0.8
Eficácia 83,21% 0.6 0,3%
0.4
0.2
95% IC 67,77 - 92,04 0
No intervention Nirsevimabe
N = 4021 N = 4037
p-value <0.0001

O nirsevimabe demonstrou eficácia contra O nirsevimabe também demonstrou eficácia


ITRI muito grave por VSR, com redução do risco para a prevenção de hospitalização por ITRI de
relativo de 75,7% em comparação com nenhuma qualquer causa, com redução do risco relativo de
intervenção (p=0,0036). 58,04% em comparação com nenhuma interven-
ção (p<0,0001).

12
Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações

Figura 6. Eficácia do nirsevimabe para prevenção de hospitalização por ITRI de qualquer causa
durante a sazonalidade 2022/2023 (Estudo HARMONIE)25

Nenhuma Incidência de hospitalização


Nirsevimabe
Intervenção por ITRI de todas as causas
(N = 4037)
(N = 4021) ao longo da sazonalidade

ITRI por todas as causas durante a sazonalidade, n(%) 58,04% de eficácia;


(IC95%: 39,69-71,19; p<0,001)

2,5 2,4%
Sim 45 (1,1) 98 (2,4)

Hospitalização por VSR


na sazonalidade (%)
2
Não 3992 (98,9) 3923 (97,6)
1,5
1,1%
Eficácia 58,04% 1

0,5
95% IC 39,69 - 71,19
0
No intervention Nirsevimabe
p-value <0.0001 N = 4021 N = 4037

Mais uma vez, o perfil de tolerabilidade do VSR podem danificar as células ciliadas dos epi-
nirsevimabe observado durante o estudo HAR- télios das vias aéreas, levando a declínio da de-
MONIE foi adequado, sem preocupações de se- puração mucociliar, aumentando desta forma o
gurança, em sintonia com os resultados dos es- risco de desenvolvimento de uma infecção bac-
tudos MELODY e MEDLEY. teriana secundária.

Em resumo, os resultados dos estudos de fase A análise de todos estes estudos aponta para a
II e III demonstraram de forma consistente que o possibilidade de contarmos, finalmente, com uma
nirsevimabe forneceu proteção contra a doença estratégia eficaz e segura para a prevenção dos
pelo VSR em todos os lactentes com uma única graves desfechos associados à infecção pelo VSR
dose, por pelo menos cinco meses. Essa popu- nos lactentes, com expectativa de uso para todos
lação estudada de lactentes incluiu prematuros, os recém-nascidos e lactentes jovens e não apenas
prematuros tardios saudáveis e recém-nascidos os prematuros ou com cardiopatias e pneumopa-
a termo, bem como lactentes com DPCP e DCC. tias, levando em conta que a maior carga de morbi-
dade, hospitalização e mortes ocorre exatamente
Um interessante e inesperado achado foi o
entre as crianças saudáveis nascidas a termo.
uso menos frequente de antibióticos no grupo
que recebeu o nirsevimabe em comparação aos O Comitê Consultivo sobre Práticas de Imu-
que receberam placebo.24 Uma possível explica- nização (Advisory Committee on Immunization
ção é a redução correspondente nas infecções Practices – ACIP) dos Estados Unidos, desde
bacterianas secundárias associadas à infecção agosto/2023, publicou recomendações de uso
por VSR. A infecção por VSR tem sido associada do nirsevimabe, incluindo:26
a aumentos na incidência de otite média e pneu- – Lactentes menores de oito meses, nascidos du-
monia pneumocócica, em até 40% das crianças rante ou entrando na primeira sazonalidade de
com bronquiolite grave por VSR admitidas em VSR, em dose única de 50mg para crianças com
UTI com infecção bacteriana nas vias aéreas in- peso inferior a 5kg e 100mg para aqueles com
feriores. Além disso, vírus respiratórios como o peso de 5kg ou mais, por via intramuscular;

13
Posicionamento conjunto –Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações
Imunização passiva com Nirsevimabe para prevenção da doença pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças

– Lactentes e crianças de oito a 19 meses en-


trando na segunda sazonalidade E que tenham
Posicionamento das
Sociedades Brasileiras de
risco aumentado para desenvolverem formas
Pediatria e de Imunizações
graves da infecção pelo VSR por apresenta-
rem: DPCP com necessidade de suporte mé-
dico (corticoterapia crônica, terapia diurética Desta forma, levando em conta os benefí-
ou oxigenoterapia a qualquer momento por cios demonstrados de forma consistente nos es-
seis meses antes do início da segunda tempo- tudos e antecipando o grande impacto que esta
rada); imunocomprometimento grave; fibrose intervenção tem o potencial de promover na
cística que tenham manifestações de doença saúde dos lactentes e crianças, a SBP e a SBIm
pulmonar grave (hospitalização anterior por recomendam o uso do nirsevimabe (Beyfor-
exacerbação pulmonar no primeiro ano de tus©), em dose única, para todos os recém-nas-
vida ou anormalidades na imagem torácica cidos e lactentes menores de um ano nascidos
que persistem quando estáveis) ou peso para durante ou entrando em sua primeira tempora-
a estatura abaixo do 10º percentil; indígenas da de circulação do VSR. A dose recomendada é
americanas ou nativas do Alasca. Para estes de 50mg para crianças com peso inferior a 5Kg
grupos de crianças de oito a 19 meses na se- e 100mg para aquelas com peso de 5Kg ou mais.
gunda temporada, a ACIP recomenda uma dose A aplicação deve ser realizada próxima ou du-
de nirsevimabe de 200mg (administrado em rante a estação de maior circulação do VSR em
duas injeções de 100mg ao mesmo tempo, em cada região.
diferentes locais).
Crianças de até 24 meses de idade que per-
As recomendações para nirsevimabe apli- manecem vulneráveis à doença grave causada
cam-se também a lactentes e crianças com indi- pelo VSR até a sua segunda temporada do VSR,
cação para receber palivizumabe pela Academia que pode incluir, mas não se limita a crianças
Americana de Pediatria (AAP). com: doença pulmonar crônica da prematuri-
dade (DPCP); doença cardíaca congênita com
Similares recomendações de uso universal repercussão hemodinâmica; fibrose cística; do-
do nirsevimabe foram também publicadas por enças neuromusculares; anomalias congênitas
diversos países europeus (Espanha, França, Itá- das vias aéreas; crianças imunocomprometidas;
lia) e pelo Chile, aqui na América do Sul, que in- Síndrome de Down devem receber a profilaxia
cluiu a recomendação a todos os recém-nascidos com o nirsevimabe até a segunda temporada do
e lactentes em sua primeira temporada. VSR na dose de 200mg.

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Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações

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Bosheva M, Cabañas F, et al. Efficacy of nirsevimab Calendario de inmunizaciones de la Asociación
against respiratory syncytial virus lower Espanola de Pediatria. Razones y bases de las
respiratory tract infections in preterm and term recomendaciones 2023. Disponível em: https://
infants, and pharmacokinetic extrapolation to vacunasaep.org/profesionales/calendario-
infants with congenital heart disease and chronic deinmunizaciones-de-la-aep-2023. Acesso em
lung disease: a pooled analysis of randomised 15/12/2023.
controlled trials. Lancet Child Adolesc Health.
2023;7(3):180-189. 29. Chile. Recomendación del CAVEI sobre
incorporación de un anticuerpo monoclonal
25. Drysdale SB, Cathie K, Flamein F, Knuf M, Collins para inmunización pasiva contra virus
AM, Hill HC, et al. Nirsevimab for prevention of respiratorio sincicial en lactantes en el Programa
hospitalizations due to RSV in infants. N Engl J Nacional de Inmunizaciones. Rev Chil Infectol.
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16
Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações

SOCIEDADE BRASILEIRA SOCIEDADE BRASILEIRA


DE PEDIATRIA DE IMUNIZAÇÕES

Presidente: Presidente:
Clóvis Francisco Constantino Mônica Levi
1º Vice-presidente Vice-presidente:
Edson Ferreira Liberal Renato Kfouri
2ª Vice-presidente 1ª secretária:
Anamaria Cavalcante e Silva Flávia Bravo
Secretário Geral 2ª secretária:
Maria Tereza Fonseca da Costa Isabella Ballalai
1ª Secretário 1ª tesoureira:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner Mayra Moura
2º Secretário 2º tesoureiro:
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto Juarez Cunha
3º Secretário Regional Amazonas:
Claudio Hoineff Solange Dourado
Diretor Financeiro
Sidnei Ferreira
2ª Diretora Financeira
Maria Angelica Barcellos Svaiter
3º Diretor Financeiro
Donizetti Dimer Giamberardino Filho
Diretor Científico
Dirceu Solé
Diretora Científica Adjunta
Luciana Rodrigues Silva

17
Diretoria Plena
Triênio 2022/2024

PRESIDENTE: DIRETORIA DE DEFESA DA PEDIATRIA Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) REDE DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) DIRETOR: Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA
1º VICE-PRESIDENTE: Fábio Augusto de Castro Guerra (MG) Cassio da Cunha Ibiapina (MG) Ana Isabel Coelho Montero
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA ADJUNTA: Luiz Anderson Lopes (SP) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA
Sidnei Ferreira (RJ) Silvia Regina Marques (SP) Marcos Reis Gonçalves
2º VICE-PRESIDENTE:
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA
SECRETÁRIO GERAL: MEMBROS: Fábio Ancona Lopez (SP) Adriana Távora de Albuquerque Taveira
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Gilberto Pascolat (PR) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Camila dos Santos Salomão
1º SECRETÁRIO: Cláudio Orestes Britto Filho (PB)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA
Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (CE) Mariana Tschoepke Aires (RJ) Ana Luiza Velloso da Paz Matos
2º SECRETÁRIO: Anenisia Coelho de Andrade (PI) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Isabel Rey Madeira (RJ) EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) Anamaria Cavalcante e Silva
3º SECRETÁRIO: Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) COORDENAÇÃO: DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL
Claudio Hoineff (RJ) Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) Renato Soibelmann Procianoy (RS) Luciana de Freitas Velloso Monte
DIRETOR FINANCEIRO: Corina Maria Nina Viana Batista (AM) MEMBROS: ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA
Sidnei Ferreira (RJ) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA) Carolina Strauss Estevez Gadelha
1º DIRETOR FINANCEIRO: DIRETORIA CIENTÍFICA Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) João Guilherme Bezerra Alves (PE) Valéria Granieri de Oliveira Araújo
DIRETOR: Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP)
2º DIRETOR FINANCEIRO: Dirceu Solé (SP) Magda Lahorgue Nunes (RS) MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
Donizetti Dimer Giambernardino Filho (PR) DIRETORIA CIENTÍFICA - ADJUNTA Giselia Alves Pontes da Silva (PE) DO MARANHÃO
Luciana Rodrigues Silva (BA) Dirceu Solé (SP) Silvia Helena Cavalcante de S. Godoy
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E GRUPOS DE TRABALHO: MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ)
Dirceu Solé (SP) Márcia Gomes Penido Machado
Luciana Rodrigues Silva (BA) EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA MS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO DO SUL
COORDENADORES REGIONAIS
MÍDIAS EDUCACIONAIS EDITORES CIENTÍFICOS: Carmen Lúcia de Almeida Santos
NORTE: Adelma Alves de Figueiredo (RR) Clémax Couto Sant’Anna (RJ) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA)
NORDESTE: Marynea Silva do Vale (MA) Edson Ferreira Liberal (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) Paula Helena de Almeida Gattass Bumlai
SUDESTE: Marisa Lages Ribeiro (MG) Rosana Alves (ES) EDITORA ADJUNTA: PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA
Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (ES) Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
SUL: Cristina Targa Ferreira (RS) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO:
PROGRAMAS NACIONAIS DE ATUALIZAÇÃO PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA
CENTRO-OESTE: Renata Belem Pessoa de Melo Seixas (DF) Sidnei Ferreira (RJ) Maria do Socorro Ferreira Martins
PEDIATRIA - PRONAP Isabel Rey Madeira (RJ)
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira (SP) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO
Mariana Tschoepke Aires (RJ) Alexsandra Ferreira da Costa Coelho
TITULARES: Tulio Konstantyner (SP) Maria De Fatima Bazhuni Pombo Sant’Anna (RJ)
Jose Hugo Lins Pessoa (SP) Claudia Bezerra Almeida (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ
Marisa Lages Ribeiro (MG) NEONATOLOGIA - PRORN Rafaela Baroni Aurílio (RJ) Ramon Nunes Santos
Marynea Silva do Vale (MA) Renato Soibelmann Procianoy (RS) Leonardo Rodrigues Campos (RJ) PR - SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Clea Rodrigues Leone (SP) Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Victor Horácio de Souza Costa Junior
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza (PA) TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA - PROTIPED Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) RJ - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SUPLENTES: Werther Bronow de Carvalho (SP) Marcia C. Bellotti de Oliveira (RJ) Cláudio Hoineff
Analiria Moraes Pimentel (PE) TERAPÊUTICA PEDIÁTRICA - PROPED CONSULTORIA EDITORIAL RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Dolores Fernanadez Fernandez (BA) Claudio Leone (SP) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Manoel Reginaldo Rocha de Holanda
Rosana Alves (ES) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Fábio Ancona Lopez (SP) RO - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA - PROEMPED Dirceu Solé (SP) Wilmerson Vieira da Silva
Sulim Abramovici (SP) Hany Simon Júnior (SP) Angélica Maria Bicudo (SP) RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA
CONSELHO FISCAL Gilberto Pascolat (PR) EDITORES ASSOCIADOS: Erica Patricia Cavalcante Barbalho
TITULARES: DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Danilo Blank (RS) RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL
Cléa Rodrigues Leone (SP) Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Jose Paulo Vasconcellos Ferreira
Licia Maria Moreira (BA) Dirceu Solé (SP) Renata Dejtiar Waksman (SP) SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA
Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Nilza Maria Medeiros Perin
SUPLENTES: PUBLICAÇÕES Angelica Maria Bicudo (SP) SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA
Jocileide Sales Campos (CE) TRATADO DE PEDIATRIA COORDENAÇÃO DE PESQUISA Ana Jovina Barreto Bispo
Ana Márcia Guimarães Alves (GO) Fábio Ancona Lopes (SP) Cláudio Leone (SP) SP - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO
Gilberto Pascolat (PR) Luciana Rodrigues Silva (BA) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Renata Dejtiar Waksman
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS: Dirceu Solé (SP) COORDENAÇÃO: TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA
Clovis Artur Almeida da Silva (SP) Rosana Fiorini Puccini (SP) Ana Mackartney de Souza Marinho
COORDENAÇÃO:
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP) MEMBROS: DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
Edson Ferreira Liberal (RJ) Rosana Alves (ES) • Aleitamento Materno
MEMBROS: Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Alessandra Carla de Almeida Ribeiro (MG) • Alergia
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) OUTROS LIVROS Angélica Maria Bicudo (SP) • Bioética
Evelyn Eisenstein (RJ) Fábio Ancona Lopes (SP) Suzy Santana Cavalcante (BA) • Cardiologia
Rossiclei de Souza Pinheiro (AM) Dirceu Solé (SP) Ana Lucia Ferreira (RJ) • Dermatologia
Helenilce de Paula Fiod Costa (SP) Clóvis Francisco Constantino (SP) Silvia Wanick Sarinho (PE) • Emergência
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) • Endocrinologia
DIRETORIA E COORDENAÇÕES • Gastroenterologia
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL DIRETORA: COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) COORDENAÇÃO: • Genética Clínica
Edson Ferreira Liberal (RJ) • Hematologia
José Hugo de Lins Pessoa (SP) MEMBROS: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
• Hepatologia
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) MEMBROS: • Imunizações
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Paulo César Guimarães (RJ) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) • Imunologia Clínica
Cléa Rodrigues Leone (SP) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) • Infectologia
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Paulo Tadeu de Mattos Prereira Poggiali (MG) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Sidnei Ferreira (RJ) • Medicina da Dor e Cuidados Paliativos
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL Silvio da Rocha Carvalho (RJ) • Medicina do Adolescente
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Mauro Batista de Morais (SP) Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) • Medicina Intensiva Pediátrica
Ruth Guinsburg (SP) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) • Nefrologia
Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA • Neonatologia
COORDENAÇÃO DO CEXTEP (COMISSÃO EXECUTIVA DO Jefferson Pedro Piva (RS) • Neurologia
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) Sérgio Luís Amantéa (RS)
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) Kátia Laureano dos Santos (PB) • Nutrologia
Susana Maciel Wuillaume (RJ) • Oncologia
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA Aurimery Gomes Chermont (PA)
Hélcio Villaça Simões (RJ) Valéria Maria Bezerra Silva (PE) • Otorrinolaringologia
Silvia Regina Marques (SP) • Pediatria Ambulatorial
COORDENAÇÃO ADJUNTA: COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO Claudio Barssanti (SP)
Ricardo do Rego Barros (RJ) Marynea Silva do Vale (MA) • Ped. Desenvolvimento e Comportamento
EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) • Pneumologia
MEMBROS: Virgínia Resende Silva Weffort (MG) Liana de Paula Medeiros de A. Cavalcante (PE)
Clovis Francisco Constantino (SP) - Licenciado • Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES na Infância e Adolescência
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) COORDENAÇÃO GERAL: COORDENADOR: • Reumatologia
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Edson Ferreira Liberal (RJ) Lelia Cardamone Gouveia (SP) • Saúde Escolar
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) COORDENAÇÃO OPERACIONAL: MEMBROS: • Sono
Sidnei Ferreira (RJ) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) Cassio da Cunha Ibiapina (MG) • Suporte Nutricional
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Renata Dejtiar Waksman (SP) Luiz Anderson Lopes (SP) • Toxicologia e Saúde Ambiental
MEMBROS: Anna Tereza Miranda Soares de Moura (RJ) GRUPOS DE TRABALHO
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA OBTENÇÃO DO Adelma Alves de Figueiredo (RR)
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA AVALIAÇÃO SERIADA Adelma Alves de Figueiredo (RR) • Atividade física
Marcia de Freitas (SP) André Luis Santos Carmo (PR) • Cirurgia pediátrica
COORDENAÇÃO: Marynea Silva do Vale (MA)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Nelson Grisard (SC) • Criança, adolescente e natureza
Normeide Pedreira dos Santos Franca (BA) Fernanda Wagner Fredo dos Santos (PR) • Doença inflamatória intestinal
Luciana Cordeiro Souza (PE)
MUSEU DA PEDIATRIA (MEMORIAL DA PEDIATRIA BRASILEIRA) • Doenças raras
MEMBROS: PORTAL SBP • Drogas e violência na adolescência
João Carlos Batista Santana (RS) Clovis Francisco Constantino (SP) COORDENAÇÃO:
Edson Ferreira Liberal (RJ) • Educação é Saúde
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Imunobiológicos em pediatria
Ricardo Mendes Pereira (SP) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) MEMBROS:
Mario Santoro Junior (SP) • Metodologia científica
Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Oftalmologia pediátrica
Vera Hermina Kalika Koch (SP) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Sidnei Ferreira (RJ) • Ortopedia pediátrica
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) • Pediatria e humanidades
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Claudio Hoineff (RJ) Jeferson Pedro Piva (RS)
Nelson Augusto Rosário Filho (PR) • Pediatria Internacional dos Países de Língua Portuguesa/
Sidnei Ferreira (RJ) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO Povos Originários do Brasil
Sergio Augusto Cabral (RJ) Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ)
COORDENAÇÃO: • Políticas públicas para neonatologia
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Donizetti Dimer Giambernardino (PR) • Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Ricardo do Rego Barros (RJ) Claudio Barsanti (SP)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Edson Ferreira Liberal (RJ) • Saúde mental
INTERCÂMBIO COM OS PAÍSES DA LÍNGUA PORTUGUESA Luciana Rodrigues Silva (BA) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Saúde digital
Marcela Damasio Ribeiro de Castro (MG) Edson Ferreira Liberal (RJ) Paulo Tadeu Falanghe (SP) • Saúde Oral

www.sbp.com.br

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